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Livro Organização, Sistemas e Métodos

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2019
1a Edição
OrganizaçãO, SiStemaS 
e métOdOS
Profª. Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
M444o
 Mattos, Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas
 Organização, sistemas e métodos. / Miriam de Cassia do Carmo 
Mascarenhas Mattos. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 179 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0306-5
 1. Organização e métodos. - Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci.
CDD 658.4
III
apreSentaçãO
Acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Organização, sistemas e 
métodos, também conhecida por OS&M! 
Como futuro profissional da área de Biblioteconomia, você deve 
perceber o quanto os processos administrativos perpassam a atuação de um 
bibliotecário. Muitas vezes esse profissional tem, entre outras funções, a de 
administrador geral de unidades da informação, para isso, nos utilizamos de 
diversas ferramentas do campo da administração. 
Nosso objetivo é tornar você capaz de analisar e compreender as 
estratégias de atuação e instrumentos de OS&M em Unidades de informação, 
bem como conhecer instrumentos para levantamento de dados e informações 
para análise da estrutura organizacional.
Assim, é necessário que você conheça os diferentes tipos de unidades 
de informação, precisa levar a uma ação racional que é a adequação dos 
meios aos fins, e deve estar em condições de discutir ações, metas, estratégias 
e as técnicas para a construção de manuais, fluxogramas e gráficos. 
O gestor das unidades de informação deve considerar a atividade de 
sistemas e organização e métodos um instrumento facilitador de processo 
decisório e para a melhoria da eficiência, eficácia e efetividade da organização. 
Ao final desta disciplina, você deverá compreender a abordagem 
sistêmica, os aspectos básicos das atividades de sistemas, bem como as 
ferramentas de gestão organizacional. Para isso, os conteúdos foram 
organizados em três unidades de aprendizagens. 
Na primeira unidade, apresentaremos um breve contexto histórico 
da OS&M e sua relação com a teoria dos sistemas na administração, 
bem como funções do profissional de OS&M relacionando estas com as 
funções do profissional da informação. Também diferenciaremos os tipos 
de organizações, no âmbito público e privado, bem como as diferenças de 
atividades-meio e fim, para a eficiência e eficácia e efetividade das atividades 
de gestão em unidades de informação. 
Na segunda unidade, nosso foco será a estrutura e cultura 
organizacional das mesmas, trazendo aspectos formais e informais que 
fazem parte de sua estrutura. Nesta unidade, também trabalharemos 
conceitos de departamentalização, delegação e centralização nos processos 
organizacionais. Por fim, aprenderemos a importância e diferentes 
organogramas. 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
Na terceira unidade, conheceremos os processos de trabalho 
em unidades de informação. Aprenderemos a fazer diagnósticos e 
planejamentos, bem como desenvolver manuais e formulários que 
contribuíram para o acompanhamento da qualidade.
A cada unidade você será convidado a praticar exercícios que 
ajudarão no processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos!
Profª. Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – ORGANIZAÇÕES ....................................................................................................... 1
TÓPICO 1 – CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M ......................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M ............................................................................................ 4
3 SISTEMAS ............................................................................................................................................. 6
3.1 COMPONENTES DE UM SISTEMA .......................................................................................................................7
3.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ..............................................................................................9
3.3 BENEFÍCIOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ................................................10
3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ..........................................................................................................................11
3.5 MÉTODO.......................................................................................................................................................................................12
 3.6 O PROFISSIONAL DE OS&M ........................................................................................................ 13
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 – ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS ....................................... 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 19
2 ORGANIZAÇÕES E O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO .................................... 19
2.1 ORGANIZAÇÕES E A ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO ..................................................... 25
2.2 ATIVIDADES DE LINHA E ASSESSORIA ............................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 30
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 31
TÓPICO 3 – ATIVIDADES EM OS&M ............................................................................................. 33
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 33
2 ATIVIDADES EM OS&M E A GESTÃO DE UNIDADES DE INFORMAÇÃO...................... 33
3 MISSÃO, VISÃO E VALORES .......................................................................................................... 34
3.1 MISSÃO – POR QUÊ OU PARA QUÊ EXISTIMOS? .................................................................. 35
3.2 VISÃO – QUAL SITUAÇÃO FUTURA DESEJAMOS? .............................................................. 35
3.3 VALORES ORGANIZACIONAIS – AGIMOS COM QUAIS PRINCÍPIOS ÉTICOS? ........... 35
4 EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE .................................................................................... 36
5 OUTROS CONCEITOS ...................................................................................................................... 38
6 NÍVEIS DO SISTEMA ......................................................................................................................... 40
7 SUBSISTEMAS EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO ............................................................. 41
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 43
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 48
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 49
UNIDADE 2 – ESTRUTURA E CULTURA ORGANIZACIONAL ................................................ 51
TÓPICO 1 – ARQUITETURA E ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES .................................... 53
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 53
2 DIMENSÕES BÁSICAS ...................................................................................................................... 53
2.1 PROCESSOS ORGANIZACIONAIS ......................................................................................... 56
SumáriO
VIII
3 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ORGANIZAÇÃO ................................................................... 59
3.1 PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................................................................................... 60
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 63
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 64
TÓPICO 2 – CULTURA ORGANIZACIONAL: ASPECTOS FORMAIS E INFORMAIS ........ 65
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65
2 CULTURA ORGANIZACIONAL ................................................................................................ 66
3 CLIMA ORGANIZACIONAL ............................................................................................................ 68
4 PESQUISAS DE CLIMA ORGANIZACIONAL ......................................................................... 69
4.1 MUDANÇA E DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 71
5 ORGANIZAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS ........................................................................... 74
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 78
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 79
TÓPICO 3 – ORGANOGRAMAS ........................................................................................................ 81
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 81
2 SISTEMA DE RESPONSABILIDADE ............................................................................................. 82
2.1 DEPARTAMENTALIZAÇÃO ...................................................................................................... 82
2.2 ORGANOGRAMAS ....................................................................................................................... 86
2.3 ORGANOGRAMA TRADICIONAL OU LINEAR ................................................................. 87
2.4 ORGANIZAÇÃO EM LINHA OU STAFF ................................................................................. 88
2.5 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL ................................................................................................. 90
2.6 ESPECIALIZAÇÃO ....................................................................................................................... 91
3 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ...................................................................................................... 92
3.1 INSTRUMENTOS EXECUTIVOS DE COMUNICAÇÃO ..................................................... 92
3.1.1 Regulamento ........................................................................................................................... 93
3.1.2 Fluxograma ............................................................................................................................. 95
3.1.3 Instrumentos decisórios de comunicação .......................................................................... 97
3.1.4 Formulários ............................................................................................................................ 98
3.1.5 Manuais administrativos .....................................................................................................100
4 SISTEMA DE AUTORIDADE .........................................................................................................102
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................104
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................108
UNIDADE 3 – PLANEJAMENTO ......................................................................................................109
TÓPICO 1 – DIAGNÓSTICO ............................................................................................................111
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................111
2 DIAGNÓSTICO: QUESTÕES INICIAIS .....................................................................................112
2.1 PROCESSO DE SENSIBILIZAÇÃO ........................................................................................................114
2.2 DIAGNÓSTICOS ORGANIZACIONAIS ........................................................................................... 115
2.2.1 Quem faz o diagnóstico? ....................................................................................................116
2.2.2 Elaboração do diagnóstico organizacional .......................................................................118
2.2.3 Análise SWOT em processos de diagnósticos ..................................................................122
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................126
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................127
IX
TÓPICO 2 – PLANEJAMENTO DE AÇÕES ....................................................................................129
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................1292 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL ......................................131
3 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...........................................................132
3.1 CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .........................................133
4 METODOLOGIAS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ................................................133
4.1 METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO DE OLIVEIRA (1993) ........................................134
4.2 METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO DE MORAIS (1992) .............................................135
4.3 METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO DE CARLOS MATUS (1993) ............................136
4.4 METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO BIM – BARREIRA – IDEIA – MELHORIA ...137
4.5 BALANCED SCORECARD (BSC) ............................................................................................139
4.5.1 Componentes do BSC ...........................................................................................................141
4.6 MÉTODO 5W2H ............................................................................................................................143
4.7 BRAINSTORMING ......................................................................................................................144
4.8 MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO GUT ...........................................................................................145
5 MOMENTO TÁTICO-OPERACIONAL .......................................................................................147
6 PLANO DE CONTINGÊNCIA ......................................................................................................152
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................155
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................156
TÓPICO 3 – GERENCIAMENTO .....................................................................................................157
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................157
2 INDICADORES ................................................................................................................................159
3 FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO ............................................................................160
3.1 RELATÓRIOS ................................................................................................................................160
3.2 GRÁFICO DE GANTT .................................................................................................................161
3.2.1 Cinco partes principais do Gráfico de Gantt ....................................................................162
3.3 MATRIZ DE ADMINISTRAÇÃO DE TEMPO ........................................................................165
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................167
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................170
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................171
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................173
X
1
UNIDADE 1
ORGANIZAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os conceitos e contextos da OS&;
• diferenciar os tipos de organizações e serviços existentes;
• conhecer o perfil do profissional de OS&M e do profissional da informação;
• conhecer o papel da área de “organização, sistemas e métodos” no processo 
de administração e gestão de unidades de informação.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M 
TÓPICO 2 – ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
TÓPICO 3 – ATIVIDADES EM OS&M
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
1 INTRODUÇÃO
A OS&M — Organização, Sistemas e Métodos — é uma das áreas da 
administração que tem como papel propiciar às organizações as melhores 
formas de otimização, bem como práticas para seu desempenho, modelagem 
organizacional. Para isso estuda os fluxos operacionais, a distribuição física dos 
recursos, e orienta as regras de conduta e ação para normalizar os procedimentos 
(MARQUES; ODA, 2012).
 
Antes de aprofundarmos nossos estudos, convidamos você a conhecer 
alguns aspectos históricos da OS&M. Lembramos que esta disciplina de OS&M 
se relaciona diretamente com a disciplina da 1ª fase: “Fundamentos e teoria 
Organizacional”, principalmente a penúltima unidade que trata sobre a teoria 
sistêmica da administração. Se achar melhor, dê uma olhadinha lá antes de 
começar os estudos por aqui. 
Após relembrar alguns aspectos básicos da história da OS&M e da teoria 
dos sistemas, seus componentes e classificação, veremos o início da apresentação 
dos métodos administrativos, que serão aprofundados paulatinamente em todas 
as unidades desta disciplina. 
Então, delinearemos o perfil e funções do profissional desta área buscando 
relacioná-las com as funções do profissional da informação. 
Também conheceremos os tipos de organizações, no âmbito público e 
privado, ressaltando os espaços de atuação de biblioteconomia, bem como as 
diferenças de atividades-meio e fim.
Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade serão relembrados, assim 
como outras atividades de gestão em unidades de informação. Isso lhe propiciará 
a compreensão de aspectos básicos que possibilitaram seu aprofundamento 
progressivo do conhecimento. 
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
4
2 CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M 
 A partir dos anos 1930, podemos observar a ampliação da aplicação 
da teoria geral do sistema, com novas formas de administração. Isso, segundo 
Miranda (1993, p. 227), pode ser considerado “uma revolução nos princípios que 
orientam as organizações sociais”. O autor ressalta que:
Informação e conhecimento parecem ser as chaves do novo paradigma. 
Informação como instrumento para reduzir as incertezas e orientar as 
tomadas de decisão e, em sentido mais amplo, o conhecimento como o 
conjunto (em expansão contínua) de capacidades e saberes adequados 
para o desenvolvimento da organização em uma sociedade em 
transformação permanente (MIRANDA, 1993, p. 227). 
Nesta direção, podemos observar que a partir da década de 1950 começou-
se a utilizar a expressão “Organização & Métodos” (O&M). O termo é de origem 
norte-americana, e a O&M constituiu-se como uma importante disciplina no 
campo da Administração. Como a Biblioteconomia utiliza muitas estratégias da 
administração, passamos também a utilizar as ferramentas de O&M no âmbito da 
gestão em unidades de informação. 
Com o desenvolvimento da informática e o crescente uso de Tecnologias 
da Informação (TI) pelas empresas, a O&M foi substituída por “Organização, 
Sistemas e Métodos” (OS&M). 
Gonçalves (1995) destaca que na década de 1960, os assuntos de 
processamento de dados eram apresentados nos livros de O&M, passando a 
serem chamados de sistemas administrativos. A seguir, segundo o autor, durante 
toda a década de 70, há um período de convivência "dolorida" com o pessoal 
de sistemas e, depois, já nos anos 80, as funções de organização e métodos são 
absorvidas pelo pessoal da área de sistemas. Já no início da década de 1980, as 
áreas de O&M, então chamadas também de Desenvolvimento Organizacional, 
utilizavam técnicas e métodos das ciências do comportamento para ajustar a 
organização das empresas, de modo a acompanhar o ritmo das mudanças do 
ambiente, visualizando a organizaçãocomo um sistema integrado que busca a 
melhoria e eficácia com intervenções na estrutura organizacional das empresas 
(GONÇALVES, 1995, p. 24).
SIMCSIK (2001, p. 31) define OS&M assim:
Uma atividade administrativa voltada para a racionalização e 
agilização das atividades e tarefas, através de técnicas científicas que 
envolvem a reorganização de como o trabalho é feito e de quando 
deve ser realizado com eficiência e eficácia pelos recursos humanos, 
com base no tratamento de dados transformados em informações, que 
mantém a empresa em contínuo processo dinâmico de comunicação 
para o crescimento. 
Essa definição nos remete à quinta das cinco Leis da Biblioteconomia, 
idealizadas pelo indiano Ranganathan, um autor clássico da nossa área. 
TÓPICO 1 | CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
5
DICAS
RANGANATHAN, Shiyali Ramamrita. As cinco leis da Biblioteconomia. Brasília, 
DF: Briquet de Lemos, 2009.
1 – Os livros são para o uso.
2 – A cada leitor seu livro.
3 – A cada livro seu leitor.
4 – Poupe o tempo do leitor.
5 – A biblioteca é um organismo em crescimento.
FONTE: <http://sharinglibrarian.blogspot.com/2012/10/sr-ranganathan.html>. Acesso em: 
18 abr. 2019
Conheça mais sobre Ranganathan no e-book “As contribuições de Ranganathan para 
a biblioteconomia: reflexões e desafios”. Disponível no link: http://bibliotecadigital.puc-
campinas.edu.br/services/e-books/As_contribuicoes_de_Ranganathan.pdf.
Na quinta lei constatamos que, de fato, as unidades de informação estão 
em constante crescimento e transformação. Essa transformação perpassa o 
momento histórico, social e tecnológico que permeia mudanças nas práticas dos 
usuários, bem como das ferramentas de gestão. Dessa forma é necessário que seus 
profissionais também busquem mecanismos e ferramentas que acompanhem 
seus processos gerenciais.
Assim podemos considerar os estudos de OS&M como ferramenta 
eficaz para aumentar a qualidade dos serviços prestados por unidades de 
informação, afinal, está relacionado à melhoria contínua, ao aumento da 
produtividade e à contenção de desperdícios, o que reflete naturalmente no 
nível de satisfação dos usuários. 
http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books/As_contribuicoes_de_Ranganathan.pdf
http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books/As_contribuicoes_de_Ranganathan.pdf
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
6
Vimos que, segundo Gonçalves (1995), a função do profissional de O&M 
se diluiu em diversas áreas, em especial na área de sistemas. Observamos que 
dentro das unidades de informação, em geral, não temos um profissional com 
essa função específica, mas é fundamental entendermos as atividades e funções 
dos mesmos, pois podemos utilizá-los em nossas atividades. 
3 SISTEMAS
Segundo Oliveira (2006, p. 6), “sistema é um conjunto de partes 
interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário 
com determinado objetivo e efetuam função específica”. Para o autor, neste 
contexto é importante que se observe o ambiente do sistema ou, também, que 
se possa ser influenciado pelo sistema. Para exemplificar sua afirmação, o autor 
apresenta a ilustração que reproduzimos a seguir:
FIGURA 1 – AMBIENTE DO SISTEMA EMPRESARIAL
FONTE: Oliveira (2006, p. 7)
Agora, se fôssemos fazer essa mesma ilustração com informações 
direcionadas ao ambiente das unidades de informação, como ficaria? No centro 
estaria a unidade de informação, que é influenciada por vários fatores como: 
novas tecnologias, pelos recursos disponibilizados, pela cultura da instituição e 
também do usuário, pela estrutura e pela equipe entre outros. Utilize o espaço 
a seguir para refazer o desenho:
AUTOATIVIDADE
TÓPICO 1 | CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
7
3.1 COMPONENTES DE UM SISTEMA
De acordo com Marques e Oda (2012, p. 22), “todo sistema é composto 
por partes que interagem entre si para atingir um objetivo comum”. Os sistemas 
em sua maioria são abertos, trocam recursos com o ambiente. Para melhor 
compreender o processo dos sistemas, Oliveira (2005) ilustra os componentes do 
sistema da seguinte forma:
FIGURA 2 – COMPONENTES DE UM SISTEMA
FONTE: Oliveira (2005, p. 34)
Marques e Oda (2012, p. 22) apresentam de forma mais detalhada cada 
parte do sistema:
Entrada (input): composto pelos elementos que irão permitir o sistema 
operar, como energia, matérias-primas e outros.
Processamento ou transformação (throughput): são os processos de 
conversão dos insumos nos resultados do sistema. Todos os sistemas têm 
metas a atingir, transformar entradas em saídas.
Saídas (outputs): é o produto resultante do processo de transformação 
cujo foco principal é o objetivo do sistema.
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
8
Retroalimentação (feedback): é a informação sobre todos os aspectos 
que envolvem o sistema, entradas, transformação e saída, com o objetivo de 
avaliar o desempenho e aprimorar permanentemente o processo.
Entropia: é a tendência que os organismos têm para a desagregação. Os 
sistemas fechados tendem à força da entropia, que cresce até parar o sistema 
inteiro. Já no sistema aberto a entropia pode ser interrompida transformando-
se em entropia negativa ou homeostase. 
Já na Figura 3 podemos observar esse mesmo processo de uma forma 
mais relacionada com o sistema em unidades de informação.
FIGURA 3 – COMPONENTES DE UM SISTEMA EM UMA UNIDADE DE INFORMAÇÃO
ENTRADA SAÍDA
PROCESSAMENTO
Classificar, 
organizar, calcular
C
ontrole
Feedback
FONTE: Adaptado de Oliveira (2005)
Referenciados no pesquisador West Churchman, que também propôs 
considerações sobre o pensamento sistêmico, Marques e Oda (2012) apresentam 
cinco considerações básicas do sistema, representadas a seguir na Figura 4:
FIGURA 4 – CONSIDERAÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA
Os objetivos do
sistema as metas
para as quais o
sistema foi
constituído
O ambiente do
sistema 
Constituído por 
tudo, é externo 
ao sistema.
Os recursos do sistema
São recursos internos, 
como pessoas, 
equipamentos, 
monetários e outros.
Os componentes do 
sistema
Todas as atividades 
(processos) que agem 
para atingir os objetivos.
A administração
do sistema
Planejamento e 
controle
FONTE: Adaptado de Marques e Oda (2012, p. 25)
TÓPICO 1 | CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
9
3.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Entres os aspectos básicos dos sistemas estão os Sistemas de Informações 
Gerenciais (SIG). Estes geralmente são abrangentes a toda estrutura organizacional 
de uma empresa, apoiando a execução de operações e transações básicas. Integram 
os fluxos de trabalho dos seus processos fundamentais, desde o seu início até o 
seu encerramento, disponibilizando dados e informações.
DICAS
Na Ciência da Informação, grande área de pesquisa da Biblioteconomia, é 
importante a diferenciação dos conceitos de dado, informação e conhecimento. Porém, em 
nossa literatura profissional, eles apresentam significados diversificados para cada conceito, 
mesmo estando profundamente interligados. 
Para entender melhor este debate, que será aprofundado em outras disciplinas, indicamos 
a leitura do artigo Conceptual Approaches for defining Data, Information and 
Knowledge,(2007), resultado de pesquisa desenvolvida pelo professor Chaim Zins.
 
Chaim Zins é um cientista da informação israelense, especializado em mapeamento do 
conhecimento. Professor na Universidade de Haifa (Israel), do Gordon College of Education 
(Israel), e também professor visitante no Programa de Pós-Graduação em Ciência da 
Informação da UNESP (Marília, SP). Em seu site é possível acompanhar seus estudos e 
pesquisas, principalmente na área de mapeamento do conhecimento. Acesse: http://www.
success.co.il/.
FONTE: <http://www.success.co.il/knowledge/map/map-tree.html>. Acesso em: 18 abr. 2019.
http://www.success.co.il/
http://www.success.co.il/
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
10
Em geral, os SIG são ferramentas informatizadas de gestão e tem por 
objetivo o apoio e a operacionalização automática de atividades e tarefas das 
diversas áreas de uma organização, bem como processar os dadosdas operações 
para a obtenção de informações gerenciais a utilizar na sua estrutura decisória.
Além disso as SIG também possibilitam o fluxo eletrônico das informações 
entre as diversas funções e processos da empresa. Isso evita o retrabalho e otimiza 
o uso dos recursos operacionais e administrativos, gerando mais agilidade, 
precisão e segurança. 
O conhecimento das variáveis aos gestores contribui diretamente na 
tomada de decisões, gerando efetividade e sucesso na gestão. No quadro a seguir 
listamos alguns benefícios que os Sistemas de Informações Gerenciais oferecem:
3.3 BENEFÍCIOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES 
GERENCIAIS
QUADRO 1 – BENEFÍCIOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
• Redução dos custos das operações.
• Melhoria no acesso às informações.
• Aumento de produtividade.
• Melhoria nos serviços.
• Melhoria no processo de tomada de decisão, com informações mais rápidas e precisas.
• Estímulo para maior interação entre os decisores.
• Melhores projeções e análises dos efeitos das decisões.
• Melhoria na estrutura organizacional, com facilitação do fluxo informacional.
• Melhoria na estrutura de poder.
• Descentralização das decisões.
• Melhoria de adaptação para enfrentar imprevistos.
FONTE: Oliveira (2006, p. 47)
TÓPICO 1 | CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
11
3.4 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS
Segundo Marques e Oda (2012), os sistemas podem ser classificados 
quanto a sua constituição e quanto a sua natureza. 
Quanto a sua constituição, eles subdividem-se em: concreto ou físico e 
abstrato. 
FIGURA 5 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONSTITUIÇÃO
ABSTRATO
Ideias, conceitos, planos.
Quanto à natureza
CONCRETO OU FÍSICO
Produto, objetos, 
bens reais
QUANTO À CONSTITUIÇÃO
FONTE: A autora
Já em relação a sua natureza, Marques e Oda (2012) assim classificam: 
• ABERTOS – pessoas, grupos de pessoas, organizações, outros. Os sistemas 
abertos agem como organismos vivos, interagem com o ambiente, se expandem 
ou se retraem.
• FECHADOS – basicamente são experimentais, como uma máquina que não 
interage com o ambiente. Exigem também que as variáveis sejam conhecidas, 
controláveis ou previsíveis.
Segundo Assis (1981), a Biblioteca, enquanto organização, pertence 
ao sistema aberto. Para o autor, as unidades de informação são organizações 
complexas, podem ser estudadas e analisadas utilizando a teoria geral dos 
sistemas. Para isso é preciso definir seus objetivos e funções, e estabelecer seus 
parâmetros ambientais gerando sua integração dentro do sistema. 
FIGURA 6 – LIVRO
FONTE: <https://pt.depositphotos.com/161916756/stock-photo-open-book-and-drawings.html>. 
Acesso em: 5 abr. 2019.
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
12
Ainda sobre a classificação dos sistemas, Marques e Oda (2012) descrevem 
o que chamam de “fundamentos relevantes”, ou seja, outros conceitos que os 
autores classificam como importantes para visualização e definição de um sistema:
Limites – é a definição das fronteiras de um sistema, internas e 
externas.
Interfaces – a forma pelas quais os subsistemas se relacionam entre si.
Pontos de vista – todo sistema pode ser entendido ou observado 
por diferentes pontos de vista. A teoria dos sistemas considera que 
conforme o ponto de vista, um sistema pode ser influenciado.
Nível de abordagem – todo sistema tem um nível de detalhe, assegurar 
que o nível de detalhe utilizado é condizente com o propósito do 
sistema (MARQUES; ODA, 2012, p. 25).
3.5 MÉTODO
Segundo o Dicionário Aurélio, o termo método tem como significado: 
“modo usado para realizar alguma coisa; técnica: método científico”. Ou ainda, 
“um procedimento organizado que conduz a um resultado, modo de agir, de 
proceder, com regularidade e coerência na ação” (FERREIRA, 2009, p. 132).
De acordo com Marques e Oda (2012), ao longo do tempo, estudiosos 
e pesquisadores das organizações se preocuparam em desenvolver técnicas e 
ferramentas, ou seja, métodos para agilizar e padronizar as atividades globais 
e individuais exercidas. Assim passam a surgir ferramentas organizacionais 
reconhecida por gestores. 
FIGURA 7 – MÉTODO
FONTE: <https://pngimage.net/metodo-cientifico-png/>. Acesso em: 18 abr. 2019.
O método tem relação direta com a perspectiva de aperfeiçoamento do 
funcionamento das organizações, sendo necessário para isso o monitoramento 
dos fluxos e processos, identificando falhas e buscando soluções.
TÓPICO 1 | CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
13
ESTUDOS FU
TUROS
Nas Unidades 2 e 3, detalharemos diversas ferramentas que podem ser 
utilizadas nos métodos administrativos, como organogramas, gráficos, sistemas de controle 
e organização interna. Mas antes, precisamos que você conheça um pouco mais dos perfis 
dos profissionais de OS&M e sua relação com os profissionais da informação.
3.6 O PROFISSIONAL DE OS&M
Segundo Simcsik (2001), o profissional de OS&M é responsável por 
estabelecer as linhas de atividade administrativa, objetivando a eficácia e eficiência 
da estrutura organizacional. Ele busca estabelecer a melhor maneira de utilizar o 
componente eletromecânico no sistema produtivo da organização, estimulando 
o elemento intelectual na execução das tarefas, com vistas a maximizar os lucros. 
FIGURA 8 – PROFISSIONAL
FONTE: <https://pt.shopify.com/burst/imagens-hd/reuniao-de-negocios-da-equipe-de-
vendas?c=negocios>. Acesso em: 18 abr. 2019.
Oliveira (2006, p. 249) afirma que “Métodos administrativos são os meios 
manuais, mecânicos ou eletrônicos pelos quais as operações administrativas 
individuais e/ou das unidades organizacionais são executadas”. Já Cruz (2009, 
p. 106) afirma que: “Processo é a forma pela qual um conjunto de atividades 
cria, trabalha ou transforma insumos (entradas), agregando-lhes valor, com a 
finalidade de produzir bens ou serviços, com qualidade, para serem entregues a 
clientes (saídas), sejam eles internos ou externos”.
Cruz (2009) relaciona três tipos de analistas que atuam na área de 
Organização, Sistemas e Métodos:
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
14
FIGURA 9 – TIPOS DE ANALISTAS DE OS&M
Analista de Negócios:
• Definir o que fazer
• Busca as melhores oportunidades de negócios, analisa 
tendências, cria novos produtos, recria outros produtos, etc.
Analista de Processos:
• Definir como fazer
• Cria, implanta e melhora o processo produtivo do 
negócio idealizado, busca agregar valor aos bens/serviços 
produzidos por meio das atividades do processo.
Analista de Sistema: 
• Definir como automatizar
• Define o sistema de automação do fluxo de produção
 e, algumas vezes, trabalha como programador.
FONTE: Cruz (2009, p. 35)
Em unidades de informação, o profissional da área de Biblioteconomia 
acaba por abarcar funções que perpassam os três perfis apresentados por Cruz 
(2009). Utilizando a divisão proposta por este autor, exemplificamos essa 
afirmação na ilustração a seguir: 
FIGURA 10 – FUNÇÕES DE OS&M NA BIBLIOTECA 
Analista de Negócios:
• analisa tendências de atividades novas oferecidas em outras 
unidades de informação e de acordo com as necessidades de seus 
usuários cria novos serviços. Ex: exposições, atividades culturais, 
empréstimo de equipamentos eletrônicos.
Analista de Processos:
• busca verificar a eficácia e efetividade dos processos das atividades 
das unidades de informação. Ex: verifica se os tempos de 
processamento técnico do acervo estão apropriados, sanando as 
necessidades dos usuários.
Analista de Sistema:
• define o momento de automatizar serviços. Ex: aquisição de compra 
de equipamento de devolução automática ou ainda softwares que 
possibilitam automatização de renovação.
O que fazer
Como fazer
Como 
automatizar
FONTE: A autora
TÓPICO 1 | CONTEXTO HISTÓRICO DA OS&M
15
Na área da Biblioteconomia temos um autor bem conhecido, um dos 
nossos clássicos, muito citado, o qual aborda exatamente esse tema em que 
estamos nos aprofundando: falamos de Douglas John Foskett.
FIGURA 11 – DOUGLAS JOHN FOSKET
FONTE: <http://wiki.knihovna.cz/index.php/Douglas_John_Foskett>. Acesso em: 18 abr. 2019.
Foskett foibibliotecário britânico e cientista da informação. Nascido em 
Londres, em 27 de junho de 1918, a maioria de sua produção engloba livros e 
artigos, publicados das décadas de 1950 a 1980, período em que a teoria dos 
sistemas estava em alta. Entre suas produções, destacamos o artigo Teoria dos 
sistemas gerais e a organização de bibliotecas (1973). 
Em seu artigo, Foskett (1973) defende que as bibliotecas deveriam ser 
pensadas sob a ótica da teoria dos sistemas. Para o autor, uma biblioteca ou uma 
rede de bibliotecas são sistemas, em sua organização de registros e em relação 
às necessidades atuais e futuras dos usuários. Para sobreviver e satisfazer aos 
propósitos para os quais foram criados, a organização de suas várias partes 
deve ser modificada, não sendo sistemas fechados e estáticos, precisariam se 
desenvolver continuamente em relação ao ambiente.
Para Foskett (1973), os documentos, as bibliografias também são sistemas. 
Os documentos seriam mais que um monte de folhas de papel cheios de símbolos. 
São letras e palavras organizadas para que este propósito seja alcançado. 
Os sistemas de uma biblioteca podem ser explicados apenas em relação 
aos suprassistemas dos quais a biblioteca, por si mesma, é uma parte. Por exemplo: 
um país pode estabelecer uma rede de cooperação entre bibliotecas, como a 
existente no Reino Unido, com centros regionais organizados pela Biblioteca 
Nacional Central (FOSKETT, 1973).
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
16
QUADRO 2 – RELAÇÕES NAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO COMO ORGANIZAÇÃO
TIPO DE INSTITUIÇÃO RELAÇÕES DENTRO DA ORGANIZAÇÃO
UNIVERSIDADE Professores, estudantes, pesquisa.
INSTITUTO DE PESQUISA Pesquisadores, administração.
EMPRESAS PRIVADAS Pesquisadores, direção e pessoal.
ORGÃOS GOVERNAMENTAIS Profissionais de vários tipos, políticos.
BIBLIOTECA PÚBLICA A comunidade local.
BIBLIOTECA ESCOLAR Professores e alunos.
FONTE: Adaptado de Foskett (1973)
Nessa exposição de Foskett fica claro que isso representa uma “classificação 
cruzada” considerável, e demonstra a complexidade de inter-relacionamento 
numa organização social, podendo ainda apresentar outras relações provenientes 
do sistema interno de uma biblioteca.
QUADRO 3 – VÍNCULOS INTERNOS DIRETOS E INDIRETOS
Vínculos internos diretos Vínculos internos indiretos
Entre uma biblioteca e outra que são ligadas 
entre si.
Entre bibliotecas que contribuem 
para um catálogo coletivo, sendo esse 
catálogo, por si mesmo, o meio pelo 
qual as bibliotecas se comunicam umas 
com as outras.
Exemplo: entre bibliotecas de diferentes 
escolas dentro de uma universidade.
FONTE: Adaptado de Foskett (1973)
Uma biblioteca é também outro tipo de sistema, a organização em 
que está inserida, uma comunidade, uma indústria, um instituto de pesquisa, 
uma universidade etc. Em ambos os sistemas, a biblioteca sofre influências de 
fora de sua organização interna, mas possui também um dinamismo interno, 
proveniente de relações entre as suas próprias partes, e não é por estar envolvida 
nos suprassistemas que ela perde sua própria identidade. Vejamos as relações de 
dentro de uma organização, segundo Foskett (1973):
17
Neste tópico, você aprendeu que:
• A influência da teoria dos sistemas nas formas de gerenciamento a partir 
dos anos 1930 fez surgir na década de 1950 a expressão “Organização & 
Métodos” (O&M), e constituiu-se como uma importante disciplina no campo 
da Administração. Como a Biblioteconomia utiliza muitas estratégias da 
administração, passamos também a utilizar as ferramentas de O&M no âmbito 
da gestão em unidades de informação. 
• Um sistema pode ser definido como um conjunto de partes interagentes e 
interdependentes que, em conjunto, formam um todo unitário com determinado 
objetivo e efetuam função específica. 
• A OS&M – Organização, Sistemas e Métodos – é uma das áreas da administração 
que tem como papel propiciar às organizações as melhores formas de otimização, 
bem como práticas para seu desempenho, a modelagem organizacional. Para 
isso, estuda os fluxos operacionais, a distribuição física dos recursos e orienta 
as regras de conduta e ação para normalizar os procedimentos.
• Entre os aspectos básicos dos sistemas estão os Sistemas de Informações 
Gerenciais (SIG). Eles são abrangentes a toda estrutura organizacional, apoiando 
a execução de operações e transações básicas. Em geral, os SIG são ferramentas 
informatizadas de gestão e têm por objetivo o apoio e a operacionalização 
automática de atividades e tarefas das diversas áreas de uma organização, 
bem como processar os dados das operações para a obtenção de informações 
gerenciais a utilizar na sua estrutura decisória.
• Os sistemas podem ser classificados quanto a sua constituição e quanto a sua 
natureza. Quanto a sua constituição, eles subdividem-se em: concreto ou físico 
e abstrato; e quanto a sua natureza, classificam-se como abertos ou fechados.
 
• Os métodos administrativos são os meios manuais, mecânicos ou eletrônicos 
pelos quais as operações administrativas individuais e/ou das unidades 
organizacionais são executadas.
• O profissional de OS&M é responsável por estabelecer as linhas de atividade 
administrativa, objetivando a eficácia e eficiência da estrutura organizacional, 
que em geral se classifica em três tipos: analista de negócios, processos e sistemas. 
Em unidades de informação, o profissional da área de Biblioteconomia acaba 
por abarcar funções que perpassam esses três perfis. 
RESUMO DO TÓPICO 1
18
1 As bibliotecas e/ou unidades de informação podem ser pensadas na teoria 
sistêmica? Justifique sua resposta.
2 De acordo com Marques e Oda (2012, p. 22), “todo sistema é composto por 
partes que interagem entre si para atingir um objetivo comum”. Os sistemas, 
em sua maioria, são abertos e trocam recursos com o ambiente. Esse sistema 
é ilustrado pelos autores da seguinte maneira:
AUTOATIVIDADE
FIGURA – COMPONENTES DE UM SISTEMA
FONTE: Marques e Oda (2012, p. 22)
Com base na figura apresentada, relacione os conceitos a seguir:
(1) Entrada (input)
(2) Processamento ou transformação (throughput)
(3) Saídas (outputs)
(4) Retroalimentação (feedback)
(5) Entropia
a) ( ) É o produto resultante do processo de transformação cujo foco principal 
é o objetivo do sistema.
b) ( ) Composto pelos elementos que irão permitir o sistema operar, como 
energia, matérias-primas e outros.
c) ( ) É a tendência que os organismos têm para a desagregação. Os sistemas 
fechados tendem à força da entropia, que cresce até parar o sistema inteiro. 
Já no sistema aberto a entropia pode ser interrompida transformando-se 
em entropia negativa ou homeostase.
d) ( ) É a informação sobre todos os aspectos que envolvem o sistema, 
entradas, transformação e saída, com o objetivo de avaliar o desempenho 
e aprimorar permanentemente o processo. 
e) ( ) São os processos de conversão dos insumos nos resultados do sistema. 
Todos os sistemas têm metas a atingir, transformar entradas em saídas.
19
TÓPICO 2
ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Para darmos continuidade aos nossos estudos, neste tópico conheceremos 
um pouco mais sobre organizações pública e privada, bem como as diferenças de 
atuação do gestor em uma e outra.
Veremos que as possibilidades de atuação do profissional de 
biblioteconomia são grandes e vão além das bibliotecas. Conheceremos, então, as 
novas tendências de serviços. 
Apresentaremos as diferenças entre atividades em linha e de assessoria, 
suas vantagens e desvantagens no processo de gestão. E, novamente, focaremos 
nas atividades do profissional bibliotecário. Vamos lá?
2 ORGANIZAÇÕES E O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO 
O mundo é uma grande sociedade constituída de organizações que 
são administradas por pessoas: suas engrenagens!!! Seus diferentes trabalhos 
geram a produção de bens e a prestação de serviços. Todas essas atividades são 
planejadas, organizadas, executadas, dirigidas e controladas. 
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
20
FIGURA 12 – ENGRENAGENSDO SISTEMA
FONTE: <https://br.123rf.com/stock-photo/engrenagens_sistema.html?oriSearch=
engrenagens&sti=mj0949a1f38z21n2pu|&mediapopup=21139568>.
 Acesso em: 18 abr. 2019.
Nas palavras de Chiavenato (2011, p. 32): “as organizações são constituídas 
de pessoas que administram conhecimentos, físicos e materiais, financeiros, 
tecnológicos, mercadológicos etc.”. O autor explica que toda a produção de 
bens (produtos) ou de serviços (atividades especializadas) é realizada através 
de organizações. Ou seja, o mundo atual é uma sociedade institucionalizada e 
composta de organizações.
As unidades de informação também devem serem vistas como 
organizações, seja qual for a categoria e a realidade em que se enquadre:
FIGURA 13 – BIBLIOTECA UNIASSELVI INDAIAL
FONTE: <portal.uniasselvi.com.br>. Acesso em: 5 abr. 2019.
TÓPICO 2 | ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
21
As organizações perpassam nossas vidas desde o nosso nascimento. 
Hospitais, instituições de ensino em todos os níveis, fábricas, governos, 
supermercados, clubes, igrejas, escritórios... enfim, todas podem ser consideradas 
organizações que se estruturam pela natureza e pelos seus objetivos. 
Grande parte das organizações citadas são possíveis espaços de atuação 
dos profissionais da informação, mas a maioria destes profissionais ainda atua 
diretamente em bibliotecas. Nesses espaços, os bibliotecários enfrentam os 
desafios da gestão. 
Segundo Dziekaniak (2003), os bibliotecários em geral reconhecem 
a necessidade de uma formação gerencial para se administrar as unidades 
de informação, mas ocorre que lhes falta, muitas vezes, um efetivo preparo e 
entendimento destas como uma organização. Para a autora, isso implicaria na não 
utilização dos princípios de gestão aplicados aos demais tipos de organizações. 
“Assim a administração de bibliotecas ainda se torna um tanto complexa para 
eles, e por inexistência de uma administração realmente eficaz e de qualidade, 
tais profissionais enfrentam sérias dificuldades em atender, satisfatoriamente, as 
necessidades dos seus usuários” (DZIEKANIAK, 2003, p. 2). 
Antes de nos aprofundarmos nos processos e estruturas organizacionais, 
conheceremos um pouco dos tipos de organizações e as principais diferenças na 
gestão das organizações públicas e privadas:
FIGURA 14 – DIFERENÇAS NA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS
• Privado
• Público
O gestor se concentra nos objetivos 
empresariais e, em sua maioria, na 
lucratividade do seu produto junto 
ao mercado. A competitividade e a 
produtividade estão no centro de 
sua atuação, bem como a eficiência 
e a utilização de modernas 
técnicas administrativas
Já o gestor no âmbito público 
se concentra na qualidade da 
prestação de serviços e papel 
social da instituição, ou seja, os 
objetivos e respcetivos resultados 
devem estar relacionados aos 
interesses sociais.
FONTE: A autora
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
22
Destacamos aqui a importância da qualidade em serviços públicos, 
descrita no Decreto-Lei nº166/99 de 13 de maio de 1999 como “uma filosofia 
de gestão que permite alcançar uma maior eficácia e eficiência dos serviços, a 
desburocratização e simplificação de processos e procedimentos e a satisfação 
das necessidades explícitas e implícitas dos cidadãos” (BRASIL, 1999, p. 2). Este 
decreto cria o Sistema de Qualidade em Serviços Públicos.
DICAS
Para conhecer o Decreto-Lei nº 166/99 de 13 de maio de 1999, acesse:
http://www.uc.pt/fduc/pdfs/jean_monnet/sistemadequalidadeservicospub.pdf.
As organizações podem ser públicas, prestando serviços pelos estados, 
municípios ou ainda em nível Federal. Vejamos a seguir alguns exemplos de 
instituições públicas e privadas na Biblioteconomia:
FIGURA 15 – BIBLIOTECA PÚBLICA DE SC
FONTE: <http://www.cultura.sc.gov.br>. Acesso em: 5 abr. 2019.
http://www.uc.pt/fduc/pdfs/jean_monnet/sistemadequalidadeservicospub.pdf
TÓPICO 2 | ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
23
FIGURA 16 – BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SOBRAL
FONTE: <http://seducsobral.blogspot.com>. Acesso em: 5 abr. 2019.
FIGURA 17 – BIBLIOTECA
FONTE: <http://portal.bu.ufsc.br>. Acesso em: 5 abr. 2019.
Podem também ser privadas, com fins lucrativos, as empresas. Ou, ainda, 
filantrópicas, não governamentais (ONGs), comunitárias sem fins lucrativos. 
Como profissional da informação, você pode atuar em quaisquer tipos de 
organizações. 
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
24
FIGURA 18 – BIBLIOTECA SENAC
FONTE: <www.senac.br>. Acesso em: 5 abr. 2019.
FIGURA 19 – BIBLIOTECA EMPRESA PRIVADA ENGEPLUS
FONTE: <http://www.engeplus.com.br>. Acesso em: 5 abr. 2019.
FIGURA 20 – BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DONA ULA
FONTE: <http://www.acin.com.br/>. Acesso em: 5 abr. 2019.
TÓPICO 2 | ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
25
2.1 ORGANIZAÇÕES E A ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO
É importante ressaltar que os exemplos nas figuras apresentadas se 
reportam a bibliotecas, mas os ambientes de trabalho do bibliotecário vêm 
se ampliando e abrangem diversas áreas e tipos diferentes de instituições e 
organizações que antes não seriam pensadas como possibilidades de atuação. 
Além das bibliotecas, podemos observar as diversas organizações que o 
profissional de informação pode atuar:
FIGURA 21 – OUTRAS POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO
Livrarias
Editoras
Centros
de 
documentação
Presídios
Museus
Cartórios
Org. de
bases de
dados
virtuais
TV, 
Rádio e
Jornal
Outras
possibilidades
de atuação do 
bibliotecário
FONTE: A autora
Como você pode perceber, acadêmico, o profissional tem diversas opções 
de atuação. Para isso é necessário que ele faça interações com as mais diversas áreas 
do conhecimento, atualizando-se e capacitando-se para atender às demandas da 
organização e dos usuários. Santos (2000, p. 113) descreve algumas características 
de perfil, as quais resumimos a seguir: 
• ser especializado na área que atua; 
• ser conhecedor dos recursos informacionais disponíveis;
• ser um bom gestor; 
• dominar técnicas do tratamento da documentação; 
• exercer a liderança para enfrentamento das mudanças. 
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
26
Destacamos aqui que “ser um bom gestor” implica no domínio de diversas 
técnicas de gestão, e algumas destas encontramos na disciplina de Organização, 
sistemas e métodos. 
Santos (2000) também apresenta algumas atividades desenvolvidas pelo 
profissional da área de Biblioteconomia: 
• disponibilizar informação contida em vários tipos de instrumentos;
• gerenciar unidades, redes e sistemas de informação;
• tratar tecnicamente recursos informacionais;
• desenvolver recursos informacionais;
• disseminar informação;
• desenvolver estudos e pesquisas;
• prestar serviços de assessoria e consultoria;
• realizar difusão cultural; 
• desenvolver ações educativas.
Novamente, destacamos as atividades de gestão, base desta unidade. Mas 
voltemos às características das organizações. 
Falamos de atividades de gestão, porém existem algumas diferenças entre 
linha e assessoria, nosso próximo assunto.
2.2 ATIVIDADES DE LINHA E ASSESSORIA
Oliveira (2006) afirma a existência de duas formas de diferenciamento 
entre atividades de linha e assessoria:
QUADRO 4 – DIFERENCIAÇÃO DE ATIVIDADES
LINHA EXECUTANTE LINHA CONSELHEIRA
Na primeira, considera-se que as 
unidades organizacionais de linha têm 
ação de comando e estão ligadas à áreas-
fim.
Já as unidades organizacionais de assessoria 
não têm essa ação, pois apenas aconselham 
as unidades de linha no desempenho de 
suas atividades. 
FONTE:(OLIVEIRA, 2006, p. 46)
As atividades em linha estão ligadas diretamente às atividades 
operacionais da organização. Já as atividades de assessoria são conselheiras, 
auxiliando na análise e estudos da direção, liberando o mesmo para tarefas 
de estudos e pareceres. Essa assessoria pode facilitar e auxiliar no controle e 
coordenação organizacionais, bem como na aquisição e manutenção de recursos. 
Vejamos algumas atividades do tipo:
TÓPICO 2 | ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
27
• Assistente:auxiliar da direção.
• Assessoria geral: faz com que o trabalho do administrador seja executado de 
modo adequado.
• Assessoria especializada: treinados ou com qualificação técnica de modo a 
suprir conhecimentos específicos.
• Serviços operacionais: são os sistemas de trabalho secundários e que apenas 
existem para apoiar ou prestar serviços ao principal sistema de trabalho. 
Oliveira (2006) ressalta que a assessoria pode ter algumas desvantagens, 
principalmente se utilizada como “válvula de escape” aos erros do superior 
imediato, ou ainda, quando esta dificultar de alguma forma a delegação das tarefas 
ao pessoal de linha. Se assumir funções de linha, isso com certeza dificultará o 
processo administrativo. 
Outros problemas podem ocorrer quando houver conflitos entre 
administrador, subordinados e assessoria, sejam pessoais ou profissionais. Ou 
ainda quando os curtos operacionais da unidade de assessoria forem muito 
elevados em relação aos benefícios. 
As atividades do profissional bibliotecário podem ser de linha ou de 
assessoria, isso depende dos objetivos da organização e do perfil do profissional. 
NOTA
Destacamos a seguir um trecho da matéria Empreendendo na biblioteconomia 
– oportunidades de negócios e novos cenários para o mercado na área de informação para 
bibliotecários empreenderem:
As possibilidades de atuação do bibliotecário, segundo a entidade americana Association 
of Independent Information Professionals (2004 apud MOTA; OLIVEIRA, 2005, p. 105), 
encontram-se nas áreas de:
• Indústria e negócios – no atendimento a empresários executivos que necessitam de 
informações precisas, que os mantenham em nível de competição com outras empresas [...].
• Pesquisa jurídica – no gerenciamento de bibliotecas ou unidades de informação (públicas 
e/ou particulares) no campo jurídico fornecendo informações sobre leis, estatutos, 
andamento de processos, recursos ou argumentos informacionais que podem ser utilizados 
por advogados de defesa e/ou acusação em um julgamento etc.
• Saúde – no processamento de informações (utilização de descritores, metadados, 
definição de linguagens de indexação e terminologias), desenvolvimento e gerenciamento 
de Sistemas de Informação, como os Registros Eletrônicos em Saúde e Prontuários 
Eletrônicos dos Pacientes, no gerenciamento de bases de dados estatísticas e bibliográficas, 
por exemplo, sobre epidemias, cuidados com a saúde, no fornecimento de informações 
que possam auxiliar médicos e enfermeiros no processo de tomada de decisão, subsidiar 
políticas públicas na área da saúde e promover programas de prevenção de doenças.
• Bancos e finanças – na recuperação e análise de informações estratégicas e competitivas 
determinantes para transações comerciais e financeiras de sucesso.
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
28
• Poder público – em diversas instâncias, que vão desde a atuação em universidades e 
centros de pesquisa até arquivos públicos e gestão de bancos de dados que incluem 
documentos orçamentários, pesquisa sobre distribuição de renda, qualidade de vida da 
população etc.;
• Ciência e Tecnologia – no fornecimento de informações para o embasamento e a 
consolidação de pesquisas de profissionais de todas as áreas do conhecimento, atendendo 
desde pesquisadores de Ciências Exatas até os de Ciências Humanas.
• Document Delivery ou Entrega de Documentos – na disponibilização e entrega em 
domicílio de documentos on-line e/ou impressos (artigos, livros, pesquisas de mercado 
etc.), obedecendo à fixação de tarifas. Esse trabalho pode ser realizado de maneira 
autônoma ou institucional. No segundo caso, o Brasil conta com a Bierme, o Comut e o 
Scielo, entre outros. 
Na sequência, mais um trecho do artigo citado, em que destacamos as atividades de 
assessoria e linha:
[...] A partir disso, podemos vislumbrar algumas demandas na atual sociedade de 
oportunidades para bibliotecários empreenderem, conforme a seguir:
• Formação de um grupo organizado de pesquisa de mercado, onde a empresa recebe 
uma demanda de pesquisa e a mesma vai a campo executá-la: A pesquisa de mercado é 
uma importante ferramenta, utilizada para obter informações precisas sobre um produto, 
serviço, mercado e público-alvo. Através dela também é possível fazer testes que indicam 
a possibilidade de sucesso de uma estratégia. (ASSESSORIA) 
• Desenvolvimento de aplicativos, programas, sistemas de informação: O bibliotecário 
pode fazer parcerias para ter auxílio sobre as áreas que não tiver domínio ou pode fazer 
especializações na área para criar aplicativos e sistemas de informação. Um software 
aplicativo é um programa de computador que tem por objetivo ajudar o seu usuário 
a desempenhar uma tarefa específica, em geral ligada a processamento de dados. Sua 
natureza é diferente de outros tipos de software, como sistemas operacionais e ferramentas 
a eles ligadas, jogos e outros softwares lúdicos. (LINHA) 
• Monitoramento de publicações de informações: Muitos empresários querem saber o que 
a concorrência está fazendo ou profissionais como advogados e contadores precisam 
estar sempre atualizados em relação à legislação de ações jurídicas e legais. Dentro desse 
contexto, podem surgir oportunidades de negócios para os bibliotecários empreenderem 
atuando com inteligência competitiva e pesquisa em fontes de informação para atender 
essas demandas e necessidades informacionais. (ASSESSORIA) 
• Elaboração de infográficos: Infografia ou infográficos são gráficos com algumas 
informações comuns em revistas e outros meios de comunicação. Os infográficos são 
caracterizados pela junção de textos breves com ilustrações explicativas para o leitor 
entender o conteúdo. Eles facilitam a compreensão de matérias em que apenas dificultaria 
o entendimento. No design de jornais, por exemplo, o infográfico costuma ser usado 
para descrever como aconteceu determinado fato, quais suas consequências. Além de 
explicar, por meio de ilustrações, diagramas e textos, fatos que o texto ou a foto não 
conseguem detalhar com a mesma eficiência. (LINHA) 
• Consultoria em projetos de memória – Estudar acervos e coleções para criar produtos 
a partir destes como linhas do tempo, apontando dados sobre a memória de pequenas 
e médias empresas também é exemplo de um campo de atuação para o bibliotecário 
empreender. (ASSESSORIA)
Leia a matéria na íntegra acessando o link: http://empreendebiblio.com/empreendedorismo/. 
Você encontrará mais detalhes das experiências de empreendedorismo na área de 
Biblioteconomia. Acesse!
FONTE: ANDRADE, D. F.; ROMEIRO, N. L.; SOARES, V. R. Empreendendo na biblioteconomia 
–oportunidades de negócios e novos cenários para o mercado na área de informação para 
bibliotecários empreenderem. Empreendebiblio, set. 2014. http://empreendebiblio.com/
empreendedorismo/. Acesso em: 27 fev. 2019.
http://empreendebiblio.com/empreendedorismo/
TÓPICO 2 | ORGANIZAÇÕES E SEUS DIFERENTES TRABALHOS
29
Oliveira (2006) também problematiza a questão da assessoria lembrando 
que ela pode ser interna ou externa. Quando interna, é feita por funcionários 
da instituição e quando externa chama-se de consultoria. O autor apresenta as 
vantagens e desvantagens da assessoria interna e externa no quadro a seguir:
QUADRO 5 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DE ASSESSORIA
Vantagens do assessor interno Vantagens do assessor externo
Maior conhecimento da empresa.
Maior imparcialidade, pelo fato de 
estar menos envolvido no problema.
Trazer conhecimento e experiência de 
trabalhos em outras empresas.
Possibilidade de maior sigilo com referência 
a dados e informações da empresa.
Possibilidade de vivenciar os resultados do 
trabalho executado.
FONTE: Adaptado de Oliveira (2006)
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• As organizações são constituídas de pessoas que administram conhecimentos 
físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos etc., e que toda 
a produção de bens (produtos) ou de serviços (atividades especializadas) é 
realizada através de organizações.Ou seja, o mundo atual é uma sociedade 
institucionalizada e composta de organizações. 
• As unidades de informação também devem ser vistas como organizações, seja 
qual for a categoria e a realidade em que se enquadrem, sejam públicas ou 
privadas, ou ainda, enquanto seus fins como: universitária, escolar, comunitária, 
entre outras.
• Os espaços de atuação do profissional de biblioteconomia vêm se ampliando e 
abrangem diversas áreas e tipos diferentes de instituições e organizações que 
antes não seriam pensadas como possibilidades de atuação, como livrarias, 
editoras, organização de bases de dados, TVs, rádio e jornais, presídios, centros 
de documentação, cartórios, entre outros. 
• Para isso é necessário que se faça interações com as mais diversas áreas do 
conhecimento, atualizando-se e capacitando-se para atender às demandas da 
organização e dos usuários, devendo ter algumas características de perfil: ser 
especializado na área em que atua; ser conhecedor dos recursos informacionais 
disponíveis; ser um bom gestor; dominar técnicas do tratamento da 
documentação; exercer a liderança para enfrentamento das mudanças. 
• As atividades em linha estão ligadas diretamente às atividades operacionais 
da organização. Já as atividades de assessoria são conselheiras, auxiliando na 
análise e estudos da direção, liberando-as para tarefas de estudos e pareceres. 
As atividades do profissional bibliotecário podem ser de linha ou de assessoria, 
isso depende dos objetivos da organização e do perfil do profissional. 
31
1 Você gosta de atuar mais em linha ou assessoria? Justifique sua resposta e 
apresente um exemplo. 
2 Quais são as vantagens atribuídas à organização quando faz opção pela 
assessoria externa?
AUTOATIVIDADE
32
33
TÓPICO 3
ATIVIDADES EM OS&M
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste terceiro tópico, você será instigado a conhecer, com um pouco mais 
de profundidade, as atividades ligadas à organização sistemas e métodos. 
Para isso, começaremos trazendo conceitos de administração e alguns 
elementos de gestão fundamentais para passarmos para as próximas unidades, 
dentre eles os conceitos de missão, visão e valores e suas diferenças. Traremos 
exemplos, tanto no âmbito empresarial quanto no âmbito da biblioteconomia. 
Também veremos os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade e como 
estes conceitos podem ser utilizados na gestão de unidades de informação. 
Falaremos sobre métodos, recursos objetivos e ambiente, bem como os Inputs.
Ao abordar os níveis do sistema em administração aprenderemos os 
subsistemas em bibliotecas universitárias. 
2 ATIVIDADES EM OS&M E A GESTÃO DE UNIDADES DE 
INFORMAÇÃO
Como vimos nos tópicos anteriores, as atividades em OS&M são 
diretamente ligadas ao ato de administrar. Uma das principais funções dos 
profissionais da informação é a gestão de unidades de informação, ou seja, a forma 
de gestão, bem como a utilização das diversas ferramentas da administração e, 
por consequência, de Organização, Sistemas e Métodos. 
34
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
IMPORTANT
E
A administração das organizações requer todo um aparato de pessoas 
estratificadas em diversos níveis hierárquicos que têm incumbências, operações, tarefas e 
atividades.
Andrade e Amboni (2011) apresentam alguns conceitos sobre o que é 
administrar:
FIGURA 22 – CONCEITOS DE ADMINISTRAR
Um processo contínuo de tomada de
decisões estruturadas e não estruturadas,
por meio do planejamento, organização,
direção, coordenação e controle, visando
ao alcance de objetivos organizacionais e
sociais.
Administrar é um processo técnico
e político de gerenciar os recursos e
de liderar pessoas na busca de objetivos
organizacionais.
É planejar, organizar, dirigir e coordenar
os recursos e pessoas na busca de objetivos 
organizacionais
FONTE: Adaptado de Andrade e Amboni (2011)
3 MISSÃO, VISÃO E VALORES
As organizações têm missões, visões, valores, além de tamanhos e 
estruturas bem diferentes. Assim, a função e atividades do profissional da 
informação vai depender das características das mesmas, sendo do mais simples 
ao mais complexo. 
Antes de continuar, vejamos os conceitos e diferenças entre Missão, Visão 
e Valores: 
TÓPICO 3 | ATIVIDADES EM OS&M
35
3.1 MISSÃO – POR QUÊ OU PARA QUÊ EXISTIMOS?
MISSÃO: razão da existência da organização, define para quem ela atua 
e visando à produção qual é o impacto para esses clientes. A missão está ligada 
diretamente aos objetivos institucionais e aos motivos pelos quais a organização 
foi criada. Não deve ser confundida com os produtos ou serviços ofertados pela 
instituição. Exemplos: 
• Missão da Uniasselvi – "Ser a melhor solução de educação para a construção da 
sua própria história" (UNIASSELVI, 2019).
• Missão da Biblioteca Florestan Fernandes (USP) – "Promover o acesso e 
incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a qualidade do 
ensino, pesquisa e extensão, na Área de Humanidades" (USP, 2019). 
3.2 VISÃO – QUAL SITUAÇÃO FUTURA DESEJAMOS?
Chiavenato (1999, p. 51) define a visão como a imagem que a organização 
tem de si e do seu futuro. Trata-se de uma ideia mental que descreve o que a 
organização quer realizar objetivamente num prazo determinado. É mutável por 
natureza e representa algo concreto a ser alcançado: Exemplos: 
• VISÃO da Uniasselvi – "Ser líder nas regiões onde atua, referência para a 
melhoria de vida dos nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de 
todos os públicos" (UNIASSELVI, 2019).
• Missão da Biblioteca Florestan Fernandes (USP) – "Ser um modelo de excelência 
na gestão e disseminação da informação" (USP, 2019). 
3.3 VALORES ORGANIZACIONAIS – AGIMOS COM QUAIS 
PRINCÍPIOS ÉTICOS?
Os valores são o conjunto de princípios e crenças que orientam as 
atividades da instituição bem como a conduta de quem trabalha na organização, 
ou seja, o que o público pode esperar da organização. Segundo Chiavenatto (2011, 
p. 67), “quando claramente estabelecidos, ajudam a reagir rápida e decisivamente 
nas situações inesperadas que se apresentam”. Exemplos: 
• VALORES DA UNIASSELVI:
o Ética e Respeito: cumprir as regras sempre, com transparência e respeito, é 
a base do nosso relacionamento com alunos, funcionários e parceiros.
o Valorização do Conhecimento: não basta saber, é preciso saber fazer. 
Valorizamos o conhecimento como forma de inspirar e aproximar as 
pessoas.
36
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
o Vocação para ensinar: nossos profissionais têm prazer em educar e 
contribuir para o crescimento dos nossos alunos.
o Atitude de Dono: pensamos e agimos como donos do negócio.
o Simplicidade e Colaboração: trabalhamos juntos como um time, com 
diálogo aberto e direto.
o Foco em Resultado e Meritocracia: “nossa equipe cresce por mérito através 
da superação de metas e dedicação de cada um” (UNIASSELVI, 2019).
• VALORES da Biblioteca Florestan Fernandes (USP): 
o “Manter o compromisso com a democratização do acesso à informação de 
forma equitativa, respeitando a ética e os valores humanos” (USP, 2019). 
A Missão, Visão e Valores se relacionam diretamente com as atividades-
fim da organização, ou seja, atividades essenciais para organização. A maioria 
das organizações também depende de uma série de atividades-meio, que não é 
relacionada, diretamente, com a atividade-fim. Vejamos dois exemplos: 
a) A ATIVIDADE-FIM DA UNIASSELVI É O ENSINO. Mas em sua estrutura 
envolvem diversas atividades, como limpeza e segurança, por exemplo. As 
bibliotecas em geral são atividades-meio das instituições de ensino. 
b) Porém, quando analisamos a organização BIBLIOTECA, podemos afirmar que 
SUA ATIVIDADE-FIM É O ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS, sejam reais 
ou virtuais. Por exemplo, os serviços de referência que envolvem: divulgação, 
orientação e auxílio ao usuário são também atividades-fim da biblioteca. Já o 
planejamento e elaboração de políticas, seleção, aquisição, desbastamento e/ou 
descarte são atividades-meio. 
Mesmo que, na maioria das vezes, estas não tenham fins lucrativos, 
Maciel eMendonça (2006) destacam a questão estratégica dessa visão, pois com 
resultados programados e avaliados constatemente, possibilita a competição e 
maior acerto em ambientes de inovações. Seria assim um modo de facilitar o seu 
gerenciamente e acrescentar qualidade aos seus produtos e serviços, evidenciando 
o seu papel social junto às comunidades envolvidas. 
4 EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE
Maximiano (2006) esclarece que uma organização é um sistema que inclui 
recursos e busca realizar objetivos. Já Chiavenato (2011) observa que qualquer 
organização, seja industrial, comercial, com a finalidade de lucro ou não, necessita 
ser administrada adequadamente, a fim de alcançar seus objetivos com eficiência 
e eficácia e efetividade.
Eficiência e eficácia e efetividade são critérios de desempenho 
administrativo. Mas qual é a diferença entre estes conceitos? Observe o quadro a 
seguir:
TÓPICO 3 | ATIVIDADES EM OS&M
37
QUADRO 6 – EFICÁCIA E EFICIÊNCIA
Eficácia Eficiência
• É o alcance dos objetivos, 
sejam eles de natureza 
qualitativa ou quantitativa 
(ANDRADE; AMBONI, 
2011).
• Indica que a organização 
realiza seus objetivos. 
Quanto mais alto o grau de 
realização dos objetivos, 
mais a organização é eficaz 
(MAXIMIANO, 2006).
• Está ligada à racionalidade 
econômica, à razão custo/
benefício para alcançar os 
objetivos, coerência entre 
meios e fins (ANDRADE; 
AMBONI, 2011).
• Indica que a organização 
utiliza produtividade, ou 
de maneira econômica, seus 
recursos. Quanto mais alto 
o grau de produtividade ou 
economia para utilizar os 
recursos, mais a organização é 
eficiente (MAXIMIANO, 2006).
FONTE: Adaptado de Maximiano (2006); Andrade e Amboni (2011)
Já a efetividade trata-se de um critério político que reflete a capacidade 
administrativa para satisfazer às demandas concretas feitas pela comunidade 
externa. “É um critério substantivo extrínseco que reflete a capacidade de a 
educação responder às preocupações, exigências e necessidades da sociedade” 
(SANDER, 1982, p. 152).
Apresentamos na sequência um pouco mais sobre eficácia e eficiência, 
trazendo um detalhamento de suas diferenças:
QUADRO 7 – DIFERENÇAS ENTRE EFICÁCIA E EFICIÊNCIA
Eficácia Eficiência
Ênfase nos resultados Ênfase nos meios
Fazer as coisas certas Fazer corretamente as coisas
Atingir objetivos Resolver problemas
Otimizar a utilização dos recursos Salvaguardar os recursos
Obter resultados Cumprir tarefas e obrigações
Dar eficácia aos subordinados Treinar os subordinados
Máquinas em bom funcionamento Manter as máquinas
Prática de valores religiosos Presença nos templos
Ganhar o céu Rezar
Ganhar a partida Jogar futebol com arte
FONTE: Chiavenato (2011, p. 197)
38
UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
De acordo com Vergueiro e Carvalho (2011), a preocupação com qualidade 
em biblioteconomia começou a ser abordada em 1990, quando as unidades de 
informação passaram a implantar os processos de qualidade em seus trabalhos 
a fim de atingir a excelência na satisfação de seus usuários com a criação da 
ISO 11620, norma que pode ser usada para fazer essas medidas sistemáticas de 
eficiência e eficácia em todos os tipos de biblioteca. 
DICAS
ISO 11620 (1998) – Information and documentation – Library performance 
indicators
(Informação e documentação – indicadores de desempenho de bibliotecas). Acesse: https://
www.iso.org/standard/19552.html
Leia também o artigo: 
GUIMARAES, M. C. et al. Indicadores de desempenho de bibliotecas na Fiocruz: um caminho 
em construção, Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 3, p. 248-254, set./dez. 2006.
Rozados (2005) afirma que nos países desenvolvidos, o uso de indicadores 
em unidades de informação para avaliar o desempenho de serviços tem sido uma 
preocupação muito presente, especialmente nos Estados Unidos e em países da 
Europa que possuem uma marcante representação de estudiosos do assunto. 
No entanto, “no Brasil, o uso de indicadores para avaliar serviços de informação 
ainda não é uma prática comum” (ROZADOS, 2005 apud PIMENTA; COELHO 
JUNIOR, 2016, p. 1).
Nesse sentido, ressaltamos a importância dos profissionais de 
biblioteconomia se apropriarem de tais ferramentas utilizando-as para ter maior 
eficiência. 
5 OUTROS CONCEITOS 
Marques e Oda (2012) trazem, ainda, outros conceitos de termos muito 
utilizados na literatura de administração que afirmam serem importantes para se 
estabelecer uma visão homogênea dos sistemas: 
Método – busca a economia de esforço, tempo, movimento, através 
da simplificação do trabalho, gerando, consequentemente, aumento 
da produtividade e redução nos custos e despesas. Função: obter a 
eficiência e a eficácia da estrutura administrativa, através da aplicação 
de certas técnicas científicas de redução de tempo, esforços e custos.
https://www.iso.org/standard/19552.html
https://www.iso.org/standard/19552.html
TÓPICO 3 | ATIVIDADES EM OS&M
39
Recursos – representam todos os meios colocados à disposição 
da organização e necessários à realização das suas atividades. 
Basicamente são: recursos humanos, os recursos materiais ou físicos, 
recursos tecnológicos, os recursos financeiros, entre outros.
Objetivos – representam as metas ou resultados organizacionais a 
serem atingidos em um determinado prazo.
Ambiente – representa todos os elementos ou fatores externos que 
podem influenciar uma organização, de forma direta ou indireta, 
como economia, questão político-legal, concorrência, sociocultural, 
entre outros (MARQUES; ODA, 2012, p. 40).
DICAS
Você deve estar se perguntando: De fato podemos utilizar essas teorias nas 
Bibliotecas?
Para ajudar a responder a esta questão, sugerimos a leitura do texto de Edvaldo de Assis, 
intitulado A Biblioteca Universitária e as Teorias dos Sistemas, no qual o autor relaciona as 
bibliotecas universitárias dentro do suprasistema no qual estão inseridas, expondo as relações 
entre objetivos e funções nos subsistemas. 
Acesse o Link e confira: http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2011/08/pdf_7a9d5b0826_001
8357.pdf.
Para Assis (1981), a formação e desenvolvimento de coleções, um dos 
objetivos básicos dentro da teoria geral dos sistemas, implica em variáveis que 
serão vistas dentro do suprasistema "Universidade", que por sua vez depende 
do ambiente mais próximo, formado pelos professores, pesquisadores-alunos, 
pessoal técnico-administrativo etc. Para o autor, o principal objetivo de uma 
biblioteca é armazenar, de forma organizada, a informação, para facilitar o seu uso. 
E para cumpri-lo, se faz necessário que os objetivos básicos sejam determinados. 
Assim, em seu estudo, Assis (1981) afirma que os objetivos são os seguintes:
a) A formação e desenvolvimento de coleções.
b) Cooperação entre bibliotecas.
c) Processamento das coleções. 
d) Divulgação de serviços.
e) Utilização da informação.
Segundo Assis (1981), nessa pesquisa foi necessário estudar a organização 
a partir de inputs. 
http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2011/08/pdf_7a9d5b0826_0018357.pdf
http://www.brapci.inf.br/_repositorio/2011/08/pdf_7a9d5b0826_0018357.pdf
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UNIDADE 1 | ORGANIZAÇÕES
IMPORTANT
E
Considere input como a energia do ambiente que é recebida pelo sistema para 
o seu funcionamento, e se caracterizam como inputs de produção e de manutenção.
Os inputs de produção, no âmbito das bibliotecas, são os livros, 
periódicos e multimeios, entre outros itens do acervo, este depende dos inputs de 
manutenção, que podem ser as linhas de pesquisa que demandam esses materiais 
ou ainda outros agentes externos que determinam os assuntos desse acervo. Ou 
seja, ficam todos os inputs de produção dependentes do ambiente.
6 NÍVEIS DO SISTEMA
O ambiente é também chamado de meio ambiente, meio externo, meio ou 
entorno, e possui três níveis de hierarquia: 
• SISTEMA: é o que está sendo estudando ou considerando.
• SUBSISTEMA: são as partes identificadas de forma estruturada, que 
integram o sistema. 
• SUPERSISTEMA OU ECOSSISTEMA: é o todo, e o sistema é um 
subsistema dele (OLIVEIRA, 2006, p. 36).
Na ilustração a seguir,

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