Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 1 Prova III - Fisiologia renal A função primordial do sistema renal é controlar o volume de líquidos corpóreos. Em uma ingestão significativa supra-fisiológica de água, em um paciente saudável, o funcionamento dosrins - seconseguirãoexcretarvolumesuficienteparamanterafisiologiadentro da normalidade independente do volume de águaingerido – depende do caso: se for dado tempo necessário para essa eliminação, os rins certamente conseguirão excretar o volume de água. Da mesma forma, os rins conseguem eliminar o excesso de sódio caso seja dado tempo suficiente para que isso ocorra. O volume do líquido extracelular varia pouco (tem um aumento) e retorna à normalidade. Para controlar esses volumes corpóreos, é necessário que haja uma funcionalidade próxima da normalidade, ou seja, não haverá retenção de líquidos e eletrólitos se os rins estiverem com uma funcionalidade normal e se o tempo for respeitado. Aquantidadedeáguaindicadaparaoindivíduo,emtermosdeingestãodiária,depende da situação de cada um. É mais recomendado que tomemos água ao sentir sede, pois a sede é estimulada por uma alta osmolaridade. O que induz o estimulo no hipotálamo são osmoreceptores, portanto, a sede é o aumento da osmolaridade do fluido ou a diminuição da osmolaridade nessefluido. A vontade de beber água está ligada a alta osmolaridade: os neurônios hipotalâmicos apresentam uma estrutura sensível a variação de osmolaridade. Caso a osmolaridade esteja alta, o neurônio irá apresentar seu volume diminuído, esse estímulo de diminuição em um neurônio produtor e liberador de ADH (hormônio antidiurético) vai eliminar ou reter água. Quando a osmolaridade está alta, temospoucovolumedeágua,logo,oníveldeADHprecisaestaralto,poisafunçãodesse hormônio é reter água para evitar sua perda por viaurinária. A ingestão excessiva de água faz com que não haja o estímulo de sede, pois o fluido diminui e não sensibiliza os osmorreceptores, ou seja, o fluido extracelular diminui a osmolaridadee,consequentemente,dilui.Umaconse quênciaaessadiluiçãopodesera hiponatremia, soluções hipotônicas aumentam o volume celular e, ao considerar o encéfalo, o aumento dos neurônios e das células da glia pode causar o aumento da pressão intracraniana. Esse aumento de pressão pode causar a compressão de órgãos vitais que controlam as funções cardíacas e respiratórias, podendo levar o paciente a óbito por paradacardíaca. Se caso um indivíduo precise de 300ml de água e consuma 500ml, não haverá uma retenção de líquido, pois o volume em excesso será eliminado pelos rins através da urina. Porém, no caso de pacientes com insuficiência renal, os rins perdem a capacidade de eliminação. Organização do sistema urinário Onefronéaunidadebásicafuncionaldosrins,sãoestruturasintra-renaisquerealizam continuamente o processo de secreção, reabsorção e filtração, visando a manutenção do equilíbrio hídrico e eletroquímico. Existem cerca de 1,5 milhões de néfrons em cada rim. Ao sair do néfron, o líquido filtrado é captado pela pelve renal e, posteriormente, vai ser encaminhado pelos ureteres em direção a bexiga. Depois de sair do néfron, a urina só é modificada, em relação a eletrólitos e volume, em situações que tenha presença de infecções na bexiga. Os seres humanos possuem um par de rins, bilateralmente localizados, ligados a bexiga pelo ureter. É muito difícil pessoas saudáveis ficarem desidratadas - o corpo não diferencia água pura da água presente nas demais bebidas e alimentos que ingerimos diariamente. Em situações em que o indivíduo épraticante de esportes, é recomendado o uso de soluções isotônicas que, além da água, possuem eletrólitos para não causar desequilíbrio eletroquímico, e evitar a hiponatremia. Hiponatremia:condição em que não houve tempo para produção de urina, seguido de um consumo excessivo de água. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 2 Estruturas vasculares A artéria renal, é uma artéria de calibre razoável que direciona o sangue para passar pelo processo de filtração no néfron. Essa artéria se bifurca para os rins direito e esquerdo, ela é importante para definir o fluxo sanguíneo que o rim irá receber. Caso haja uma obstrução da artéria renal, nos dois rins, haverá um estreitamento da artéria (estenosebilateraldaartéria)quevaicomprometerofluxosanguí neo,fazendocomque asestruturasnãorecebamomesmoaportesanguíneo,mesmoa capacidadedefiltração do néfron não estandocomprometida. Para cada néfron há uma estrutura glomerular, que recebe sangue para uma arteríola de chegada (arteríola aferente). Essas arteríolas formam os capilares glomerulares que dão origem a uma arteríola eferente. As arteríolas eferentes formam os capilares peritubulares e a saída do sangue ocorre através de uma veia arqueada. Estruturas tubulares O néfron é composto por uma capsula glomerular (capsula de Bowman) onde os capilares glomerulares estão localizados. Dessa forma, quando o sangue chega pelas arteríolas aferentes e atinge esses capilares é nesse local (na imagem está vermelho) que ocorrerá a filtração sanguínea. O que foi filtrado entra na cápsula de Bowman, e o sangue que não foi filtrado volta pela arteríola eferente para continuar a circulação. Ocomponentefiltradocomeçaapercorreronéfronatravésdotú buloproximal,seguido pela alça de Henle segmento descendente e segmento ascendente. O segmento ascendente dará origem ao túbulo distal que passa entre as arteríolas e da origem ao túbulo conector, que origina o ductocoletor. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 3 A urina recebe esse nome após deixar o ducto coletor, antes de chegar nessa região ainda é possível mudar o conteúdo ou volume final do filtrado. Após sair do ducto, não ocorrem mais mudanças até a urina chegar na bexiga e ser eliminada. Bexiga A bexiga é composta por musculatura lisa e possui auto inervação autônoma. A inervaçãoparassimpáticanabexigacausaefeitocontrátil,jáainervaçãosimpáticacausa o relaxamento. Onervopudendocontrolaoesfíncterexterno,responsávelpelocontrolevoluntárioda micção. A resposta contrátil para a bexiga se dá através do volume intravesical, enchimento da parede e o relaxamento do esfíncter. A pressão intravesicalédefinidaporcm 3 delíquidos,ouseja,àmedidaqueovolumedelíquidos aumenta, começa a ocorrer as contrações demicção. Processos tubulares PROCESSOS RENAIS BÁSICOS: 1. Filtração:éapassagemdeelementospresentesnosangueparaointeriordacapsulade Bowman, esse processo só ocorre a nívelglomerular. 2. Reabsorção: passagem de componentes filtrados da região tubular para os capilares peritubulares. 3. Secreção: passagem de elementos dos capilares periglomerulares para a estrutura tubular renal. Ex.: hormônio ADH 4. Excreção: saída de componentes tubulares do néfron. Ao avaliarmos a função renal, estamos preocupados em avaliar o aspecto primordial, que é a filtração: o néfron que perde a capacidade de filtrar, consequentemente não consegue reabsorver, perde a capacidade de secreção e excreção dos metabólicos. Tudo aquilo que é filtrado e não foi reabsorvido é somado a secreção. A glicose é completamente filtrada e reabsorvida em indivíduos saudáveis. O diabético descontrolado excreta glicose, pois o excesso de glicose satura os transportadores não permitindo a reabsorção da glicose, o que faz com que ela seja excretada na urina. O único local onde é possível fazer a reabsorção da glicose são nos túbulos contorcidosproximais,casonãosejareabsorvidaéeliminadanaurin a. Forças envolvidas na filtração glomerular Estrutura de filtração: capilares glomerulares. Em fisiologia, filtrado é o que passa pelos capilares glomerulares e cai no espaço deBowman afim de continuar seu percurso. Forças envolvidas na filtração glomerular Células sanguíneas e proteínas plasmáticas não são filtradas; Nem tudo que é filtrado é eliminado: pode ser reabsorvido. A hematúria ou proteinúria podem indicar uma lesão na membrana glomerular dos capilares, que deixa proteínas e células sanguíneas passarem livremente. A danificaçãoda estrutura de filtração do néfron, implica na perda da capacidade de filtração. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 4 A favor da filtração: A principal força envolvida na filtração é a pressão sanguínea no capilar glomerular (PCG): 60mmHg Contrárias à filtração: Pressão de líquido no espaço de Bowman (PEB): 15mmHg a PEB é equivalente à PiLi Força osmótica devido à proteína no plasma(πCG):29mmHgretêmo líquido sanguíneo, o impedindo de passar para o espaço deBowman. Pressão de filtração glomerular final = PCG - PEB -πCG =16 mmHg. Efeito do tamanho da carga elétrica sobre a filtralidade Dextrana policatiônica (+): é um tipo de açúcar – tem preferência de passagem. Dextrana neutra Dextrana polianiônica (-) Algumas doenças podem alterar a presença dessas cargas, por isso dizemos que certas doenças interferem no nível de filtração. Proteínas que não eram filtradas começam a aparecer na urina. O tamanho molecular é a força determinante desse processo. Estrutura básica dos capilares Arteríola aferente: sanguechega. Arteríola eferente: sangue volta paracirculação. Osanguelevaseuconteúdoparaointeriordacapsulaglomerularatravésdoscapilares, e grande parte desses componentes retornam para a circulação normal via arteríola eferente. Membrana de filtração Possui fenestrações que permitem a passagem de elementos de baixo peso molecular. Glicose, aminoácidos e creatinina têm livre acesso a essa membrana. Além disso, moléculas positivas (policatiônicas) apresentam maior facilidade de passar pela membrana de filtração devido a Umapressãoexercidacommuitaforçaaolon godeanosnamembranadefiltraçãopode causar um dano, desencadear um processo de cicatrização e impossibilidade do néfron exercer sua função básica. A gravidade nãointerfere. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 5 presença de cargas negativas na membrana basal e nos podócitos. Dessa forma, algumas proteínas têm baixa capacidade de filtração (mesmosendomenoresqueosporos)devidoasuascargasnegativasquesãorepelidas pelas cargas da membrana de filtração, ex.:albumina. Mecanismo no controle da função do néfron Controle arteriolar de acordo com a pressão imposta Antes de atingir os capilares, o sangue é transportado pela arteríola aferente. Essa arteríola pode responder de acordo com o nível de pressão imposta. Dessa forma,a chegada de sangue pelas arteríolas pode influenciar no diâmetro arteriolar e na taxa de filtraçãoglomerular: caso haja aumento da pressão sanguínea, a arteríola tende a constringir para poder normalizar a filtração sanguínea, diminuindo a PA. Entretanto, caso haja uma diminuição da pressão sanguínea (durante o sono, por exemplo) a arteríola irá dilatar para aumentar o fluxo sanguíneo e manter a filtração na normalidade. Quanto maior a pressão maior a força filtrante, mais o néfron precisa se adaptar aos níveis de pressão impostos. Mecanismo túbulo glomerular Emumcontrolealongoprazo,ondeapressãoarterialestábaixa,apressãohidrostática glomerular também estará reduzida, o que diminuiu a taxa de filtração glomerular. Essa redução da taxa de filtração, faz com que o NaCl repassado para cápsula de Bowman, tambémestejapresenteemmenorquantidade.Osódiocomeçaapercorreraestrutura do néfron e quando chega ao túbulo contorcido distal (localizado entre as arteríolas aferente e eferentes) sensibiliza as células da macula densa (por estar em baixa quantidade). As células justaglomerulares que estão presentes nas arteríolas adjacentes a essas células (mácula densa), são responsáveis por produzir renina. A produção de renina faz aumenar a quantidade de ANG II nos receptores AT1 da arteríola eferente, constringindo - a e, consequentemente, reduzindo o calibre de saída para aumentar a pressão intraglomerular para manter os níveis de filtração, mantendo-a dentro danormalidade. Quando o paciente está com estenose bilateral da artéria renal (acometida por uma placa de ateroma que atrapalha o fluxo sanguíneo), a taxa de filtração glomerular estará baixa, caudando uma insuficiência renal pré renal. Por isso não é recomendado que o mesmo utilize um inibidor de ECA, porque o iECA reduz a produção de ANG II, de modo que a pressão de filtração caia (ainda mais). Já em um paciente com sobrecarga renal, o iECA é indicado, pois o paciente apresenta taxa de filtração glomerular elevada e é necessário reduzi-la. Emumportadordereninoma,tumornascélulasjustaglomerulares,haveráhipertensão; isso ocorre, pois a produção de renina aumenta consideravelmente, aumentando também a quantidade de ANG II, consequentemente aumenta a pressão de filtração. Em caso de hemorragia, como as arteríolas responde de forma simpática: há vasoconstrição periférica significativa e as arteríolas constringem, em decorrência de uma resposta adrenérgica, para favorecer os outros órgãos do corpo já que a demanda dos rins (por sangue) é muito grande, ele pode até parar momentaneamente - interrupção da atividade renal - que só é normalizada quando a volemia for recuperada. Para saber se a taxa de filtração glomerular é normal a pessoa deve estar produzindo urina em períodos determinados de tempo. Independente do indivíduo ter bebido muita ou pouca água, ele irá urinar, o único processo renal básico que será distinto é a reabsorção. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 6 Mecanismos reguladores da taxa de filtração glomerular A Regulação se dá por dois mecanismos que regulam o tônus da arteríola aferente: Miogênico (pressão arterial): É instantâneo: quando a PA cai, a taxa de filtração glomerular (TFG) inicialmente também cai, diminuindo a força exercida na parede das arteríolas e induzindo a dilatação das arteríolas aferentes, que aumentam a pressão glomerular fazendo com a TFG aumente, retornando ao nível normal. Quando a PA aumenta, a TFG inicialmente também aumenta, aumentando a força exercida na parede das arteríolas e induzindo à constrição das arteríolas aferentes, que diminui o volume sanguíneo no glomérulo fazendo com a TFG diminua, retornando ao nível normal. Tubuloglomerular – alteração nas concentrações de NACl; Através do SRAA; Mais demorado – a longo prazo; Com a diminuição da pressão sanguínea, as células justaglomerulares são ativadas e liberam renina, que converte o angiotensinogênio em angiotensina I; em seguida a ECA converte a angiotensina I em angiotensina Pressão arterial Pressão hidrostática glomerular TFG Mácula densa NaCl Renina ANG II Resistência arteriolar eferente Reabsorção proximal de NaCl Resistência arteriolar aferente + - O hormônio aldosterona, embora tenha sua principal função o efeito hipertensor, ele exerce também o controle a longo prazo fundamental a homeostase do K + . A sua liberação é ativada diante da hipercalemia. A partir daí, a taxa de escreção pode atingir aproximadamente 90% do total de potássio ingerido ao longo do dia. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 7 II, que constringe a arteríola eferente, aumentando a pressão glomerular (facilitando a filtração) a fim de manter a TFG. A aldosterona reabsorve o sódio. A ANG I estimula o córtex da adrenal a produzir aldosterona, queaumenta a reabsorção de Na + , aumenta a PA e a TFG, normalizando a taxa de filtração que está baixa. Simpático: Rápido - a curto prazo; Em casos de hemorragia a TFG cai devido à constrição das arteríolas aferentes e eferentes: quando a TFG e a PA caem, a atividade simpática (adrenérgica) aumenta. Diante desse mecanismo que é acionado pela baixa significativa da pressão sanguínea, observamos um aumento da atividade adrenérgica com constrição arteriolar mediada por receptores α1. A redução do fluxo sanguíneo para os néfrons visa manter o aporte sanguíneo a outros órgãos diante de condições emergenciais. A TFG pode ser reestabelecida após a administração de fluidos, como soro fisiológico endovenoso. Independentemente das mudanças na pressão sanguínea, a taxa de filtração glomerular deve se manter, sofrendo pequenas alterações/variações ao longo do dia, retornando ao normal devido às medidas compensatórias. Diante dos quadros de hipertensão, tornou-se fundamental o reestabelecimento da PA a fim de não comprometer o processo de filtração. A alta pressão nos capilares acarreta em dano estrutural e posterior perda da sua função. Os agentes anti-hipertensivos como os iECA, reduzem a resistência das arteríolas eferentes (aumentando o seu lúmen) diminuindo em seguida a TFG e regularizando a função renal. Avaliação da função renal Tem por objetivo observar a taxa de filtração glomerular esperada considerada normal. Quanto menos líquido (filtrado) os glomérulos reabsorvem, mais secretam; essa é a diferença entre quem bebe muita água de quem bebe pouca água. Depuração (CL):forma pela qual é possível purificar/limpar o sangue de algumas substâncias. Sempre leva em conta o nível da substância no plasma. Onde: U: concentração urináriada substância P: concentração plasmática da substância Características de um bom marcador da tax de filtração glomerular: 1. Ser livremente filtrado; 2. Não ser reabsorvido; 3. Não ser excretado. CL = U x fluxo / P A depuração é diretamente proporcional ao fluxo e a quantidade da substância na urina; e inversamente proporcional a concentração plasmática. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 8 A glicosenão é desejada paraavaliarseofuncionamentodosrinsestánormal: ela é completamente filtrada e reabsorvida. Substâncias livremente filtradas, que não podem ser reabsorvidas e são significativamente secretadas também não são bons marcadores da taxa de filtração glomerular, porque superestimam o valor da taxa de filtraçãoglomerular. Marcadores não perfeitos utilizados: Creatinina:é a mais usada, mais aproximada; todos produzem (quase constantemente ao longo do dia) e a quantidade produzida é proporcional a taxa eliminada. É livremente filtrada, não é reabsorvida, e levemente secretada. A creatinina maior taxa de excreção: só conseguimos detectar perda da funcionalidade dos néfrons quando 50-60% estão funcionando. Ureia:sofre influência de vários fatores: alimentação, idade e massa magra, não sendo muito interessante. Cistatina C: é metabolizada por células tubulares, então quando começa a aumentar no sangue a capacidade das células tubulares estábaixa. Inulina: seria a “perfeitinha”. Ela não é produzida pelo organismo. Não é muito utilizada. Cálculo a depuração da inulina: U = 300 mg/L P = 4 mg/L Fluxo = 100 mL/h = 0,1 L/h Caso fosse usada a creatinina, esse valor seria maior, pois a creatinina é levemente secretada. Quando a creatininaestá elevadanosangue,foradosvaloresdereferência(0,6a1,2ml/dL em homens), indica que há uma perda da funçãorenal. O valor de referência é maior para os homens: elestêm mais massa magra. Quando um paciente que faz uso de medicamentos (que sejam essenciais à vida) que são eliminadosvia renalapresentar creatinina plasmática alta, devemos diminuiradosedomedicamento: caso semantenhaadose e aeliminaçãofor menor, podemos aumentar o nível de toxidade do medicamento no organismo, causando danos ao paciente. Alguns fármacos são dosados de acordo com a taxa de depuração da creatinina: Se está acima de 75% usamos a dose padrão; Se está entre 50 e 75% usamos a metade da dose padrão; Se está abaixo de 50% usamos ¼ da dose padrão. Após os 50 anos de idade, há perda da função renal (inevitavelmente): devido à quantidade de néfrons, vivemos bem, sem insuficiência renal. Um paciente idoso que faz uso de fármacos, não utiliza a mesma dose inicial que um adulto saudável: porque oidosotemos rins com menorcapacidadedefiltraçãodoqueoadulto, o que acaba diminuindo a capacidade de metabolizar fármacos no organismo. Funções tubulares renais As células do túbulo proximal possuem uma membrana luminal que fica em contato com o fluído, e membrana basolateral que fica em contato com a parede do néfron. Na reabsorção, o filtrado sai do lúmen tubular, atravessa as membranas da célula (passa da Cl = U x fluxo/P Cl = 300 x 100/4 Cl = 7,5 L/h 125 mL/min Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 9 membrana luminal para a basolateral) e vai para os capilares peritubulares, retornando a corrente sanguínea.O transporte pode ser via: Transcelular: o filtrado passa pordentro dascélulas Paracelular: o filtrado passa pelos espaços existentesentre ascélulas. A membrana luminal é a primeira parte da célula que entra em contato com o filtrado renal. As microvilosidades estão mais dispostas nas estruturas onde há função de reabsorção. Ex.: no túbulo contorcido, as microvilosidades estão dispostas no lúmen. Cada segmento do néfron possui características histológicas distintas. Processo de reabsorção Água Pode atravessar por via transceular e paracelular. Ela jamais é secretada, é sempre reabsorvida: o que ocorre é uma maior ou menor secreção de água maior volume de urina significa que menos águaestásendoreabsorvida.Issoacontece graças a diferença de concentração desolutos: na luz tubularestámenosconcentrado; jáno espaço entre o capilar peritubular e a célula está mais concentrado – interstício e sangue - devido à presença das proteínas ATPase, sendo a mais importante a Na + /K + ATPase, que estão presentes - em ampla distribuição - na membrana basolateral, e são responsáveis por manteromeiointracelularcommenossódio: o Na + sai e fica concentrado no interstício. Na tentativa de diluir, a água flui para o ambiente mais concentrado (por osmose). Se a bomba de Na + /K + ATPase estivesse na membrana basolateral, o Na + ficaria a nível tubular, puxando a água, fazendo com que a mesma fosse secretada. Lembrando que a bomba de Na + /K + ATPase está sempre ativa. O meio menos concentrado é o nível luz tubular. Para água ser reabsorvida são utilizadasaquaporinas. DIURÉTICO: o termo correto seria natriurético, por causa do Na + - “a água vai atrás do Na + ”. Seu efeito deve- se ao bloqueio da reabsorção de Na + : consequentemente, há eliminação significativa de água. Fazendo assim, com que o volume de sangue e a PA caiam. O objetivo primário do diurético é diminuir a volemia e controlar a PA, podendo também reduzir edemas. Diurético e insuficiência cardiaca a indicação ou não de uso de diuréticos para pacientes com insuficiência cardíaca, depende do grau da insuficiência, que varia de I a IV. Edema: é a retenção de líquido nos espaços instersticiais. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 10 Ao bloquearmos a reabsorção da glicose, a mesma deve cair. Néfron 1º segmento: túbulo contorcido proximal - TCP Reabsorção de glicose e aminoácidos e HCO3 - sendo as duas primeiras exclusivas no TCP. Só vai para a arteriola eferente aquilo que NÃO foi filtrado, o que continuaráseu trajeto normal na circulação. Ao bloquearmo o SLGT1 – com um diurético – a glicose deixa de ser reabsorvida (ela é transportada para o interior das células através da bomba de Na + /K + ATPase por maio do transporte ativo secundário) e uma parte do Na + também.Logo, serão eliminados no filtrado, o que chamamos de glicosúria. Um paciente diabético descontrolado possui uma característica muito comum, que é a poliúria por saturação dos canais – excesso de glicose filtrada – filtra uma quantidade maior que a capacidade de reabsorver. Reabsorção de HCO3 - O íon bicabornato é utilizado na manutenção do pH sanguíneo (solução tampão): ser um ânion (-), ele neutraliza a acidez do organismo. O bicabornato não possui molécula transportadora na membrana luminal, por isso não consegueserreabsorvidodiretamente.Dessaforma ,obicabornatoprecisa ser convertido emCO2(pela anidrase carbônica) através do íon H + liberado do meio intracelular devido a entrada de Na + no mesmo, dando origem a um ácidocarbônico.Logo depois, a ação da enzima anidrase carbônica faz com que a molécula de ácido carbônico seja desidratada, dando origem a uma molécula de água e uma de gás carbônico. HCO3 - +H+H2CO3 H2O + CO2 AC – anidrase carbônica A anidrase carbônica hidrata e desidrata moléculas, fazendo com que as mesmas se dissociem ou se associem. Sistema ou solução tampão tem por objetivo regular o equilíbrio ácido básico do organismo. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 11 O CO2 tem alta taxa de lipossolubilidade e, ao entrar dentro da célula, é reidratado pela enzima anidrase carbônica, dandoorigem ao ácido carbônico que se dissocia em H+ e HCO3-. Na membrana basolateral, existe a possibilidade desse bicabornato serreabsorvido. pH baixo indica concentração de H + . O excesso de H + sanguíneo (pH ácido) gera um aumento de H + nos tecidos em geral. Assim, o transporte de Na + fica favorecido – Na + entra na célula e o H + vai para o lúmen tubular – fazendo com que haja maior capacidade de dissociação do bicarbonato no lúmen tubular na forma de CO2 aumentando a taxa dereabsorção de bicabornato para tamponar a acidez sangue. RESUMINDO: a diminuição do pH sanguíneo favorece a dissociação de HCO3 - e, como consequência temos a sua reabsorção para tamponar a acidez do pH sanguíneo. Bebidas ou qualquer outra medida tomada não têm a capacidade de alterar o pH do organismo de forma significativa: isso só conseguimos através do sistema tampão que são extremamente eficientes. Dentre eles, podemos citar o urinário/renal. Na disfunção renal, a capacidade de regulação do pH sanguíneo não é a mesma; por isso é muito comum que pacientes renais precisem fazer suplementação com bicarbonato. Acetazolamida Nome comercial dianox, é um inibidor da anidrase carbônica. Existe também na forma de colírio para tratamento do glaucoma. Ao inibirmos a anidrase carbônica: 1. Não haverá a dissociação do H2CO3, e como consequência, será reabsorvido. 2. Deixa mais HCO3 - , mais Na + - que aumenta o volume de solutos a nível tubular – efeito diurético. O sangue fica mais ácido e o filtrado mais básico. É um diurético interessante na correção do desequilíbrio ácido base. Após algumas semanas de uso esse diurético não demonstrou ser mais eficaz, porque o néfron se adapta às condições impostas. Como ele atura a nível dos túbulos proximais, os remanescentes tendem a compensar esse impedimento na reabsorção. Um diurético, para ser mais eficiente, deve atuar nos seguimentos mais distais: TCD, seguimento espesso da laça de Henle e no ducto coletor, por diminuir as chances de compensação. O acetazolamida é utilizado em pacientes com a “doença das montanhas rochosas”:alpinistas que escalam à altas altitudes, quando chegam ao pico, hiperventilam – para conseguir respirar – o que causa a alcalinização do sangue dos mesmos e pode gerar edema pulmonar. Ele atua na correção da alcalose e do edema. 2º segmento: alça de henle – ramo descendente Reabsorve exclusivamente águae não é permeável a solutos, por isso não precisa de grande quantidade da bomba de Na + /K + ATPase, mas precisa de aquaporina e transportadores de ureia na membrana basolateral. É um concentrador, apto a reabsorção de água. A ureia é o único soluto que utiliza polos hidrofílicos e, por isso, é permeável. À medida que o fluido tubular percorre o ramo descendente, ele fica mais concentrado – porque reabsorve água – e por isso chamado de seguimento concentrador de água. Um ácido fraco em meio básico ganha carga – ioniza – passando a ser menos reabsorvido, e é eliminado mais rápido, levando à desintoxicação Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 12 3º segmento: alça de henle – ramo ascendente ou espesso Permeável a solutos e íons: Cl - , Na + , K + , Mg + e impermeável à agua. Quase tudo que é filtrado sofre reabsorção o túbulo contorcido proximal; é considerado concentrador porque é apto à reabsorção de água. O segmento ascendente é diluidor do filtrado, porque ele reabsorve eletrólitos e é impermeável à agua. Portanto, não há a presença de aquaporina nesse segmento. Como a quantidade de Na + intracelular diminui consideravelmente devido a ação da bomba de Na + /K + ATPase, o Na + do fluido tende a entrar na célula. Assim, o K + e o Cl - entram junto com o Na + na célula, porém o K + sai por um canal especifico – escape – mantendo o nível de K + tubular elevado. A diferença de concentração proveniente da bomba de Na + /K + ATPase faz com que o sódio do filtrado seja reabsorvido para o interior da célula. Esse transporte é realizado pela proteína NCK2 e, junto com o sódio, entram um íon K + e dois íons Cl - . Ao analisarmos o gradiente eletroquímico, temos que: entra Cl - e sai K + , portanto ele está positivo. A fim de não ocorrer acúmulo de K + no meio intracelular, o potássio é devolvido para o túbulo filtrado, deixando-o com potencial positivo. Dessa forma, a concentração de potássio no fluido cria um gradiente que “expulsa” os íons Ca ++ e Mg + pela via paracelular, fazendo com que eles sejam reabsorvidos. Um inibidor de NKC2 impede que os íons (Cl - , Na + , K + , Mg + e Ca 2+ ) sejam reabsorvidos, causando um efeito diuréticopor diminuir a volemia e, por consequência, adiminuiçãodapressãosanguínea.São os diuréticos mais importantes da classe – chamados diuréticos de alça ou dispensadores de potássio -. Com o uso desse diurético, o Ca 2+ tende a ficar maisconcentrado no fluido, o que não é interessante para pacientes com predisposição a ter cálculos renais: o cálcio satura no fluido tubular e forma os cálculos. Em casos de hipocalemia (tetania hipocalêmica), esse diurético pode agravar essa condição. Em pacientes que o NCK2 não funciona normalmente (quando há mutação no transportador NCK2), a pressão arterial é baixa e está associada a hipocalemia, que pode causar arritmia cardíaca, porque há alto volume urinário. 4º segmento: túbulo contorcido distal - tcd Reabsorve NaCl - e Ca 2+ (cerca de 8%). À medida que retira o Na + extra luminal tende a ser reabsorvido, traz o Cl - também. Há também a existência de canais de cálcio, que são dependentes do hormônio paratireoideo (PTH) para aumentar a sua atividade. O PTH gera, via receptor PTH1R, uma via intracelularligadaaelevaçãodeAMPce, consequentemente, aatividadedaPKA, aumentando a taxa de reabsorção de Ca 2+ pelo transportadorTRPVS (passivo). À medida que a bomba de Na+/K+ATPase está em funcionamento, parte do Na + dointerstício retorna para a célula e, ao retornar, consegue retirar mais Ca + para o nível intersticial trocador Na + Ca 2+ . Os diuréticos tiazídicos inibem o transportador NaCl- , ao usá-lo, a célula compensa aumentando a reabsorção de Ca 2+ . Tem enxofre e nitrogênio. O mais comum é o hidrocortiazida. O objetivo de reabsorver sódio é colocar o interstício mais concentrado. Reduz a PA por reduzir a volemia - efeito diurético. Esse diurético é mais indicado para pacientes com predisposição para cálculo renal. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 13 5º segmento: ducto coletor Controla o volume urinário e o nível de acidez – ambos finais. É a última possibilidade da regulagem da urina. Sofre regulagem hormonal ADH e aldosterona. Último ponto de regulagem do pH. Ao sair do ducto coletor, o filtrado torna-se urina. A aldosterona é um mineralocorticoide, produzido na glândula adrenal (córtex – glomerulosa). É um hormônio esteroide – lipossolúvel. Todo hormônio é controlado pela expressão gênica – transcrição e tradução gênica – expressão de proteínas (subunidades que vão compor a bomba de Na + /K + e as subunidades que vão compor os canais de Na + (eNAC – canal epitelial de Na + ) da membrana luminal) que é direcionado ao núcleo da célula, se liga à uma região promotora e induz a transcrição gênica.Quando a aldosterona é liberada, as células principais do ducto coletor vão expressar maiornúmerodeATPaseseENaC,causandomaiorreabsorçãodesódioemaispotássio secretado. Quanto mais bombas, maior a quantidade de Na + na função tubular renal – reabsorvido e maior quantidade de K + é secretado e posteriormente excretado. As células reguladas hormonalmente são chamadas principais. Tipos de células Células principais: controlam a reabsorção de Na + e HCO3 - Células intercalares: controlam a secreção de HCO3 - e H + . Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 14 O portador de hipoaldosteronismo tem como característicamais Na + excretado, tendendo a hipercalemia. Diuréticos antagonistas de aldosterona impedem que a aldosterona se ligue ao seu receptor. Sãochamados de poupadores de potássio, pois aumentam o nível do mesmo nosangue,aumentandoaconcentraçãodepotássionointerstíci oedesódio no túbulo distal, impedindo a reabsorção. Geralmente são associados a outros diuréticos de alça. Ex: espironolactona (antagonista de aldosterona) + furosemida (diurético de alça). Como os diuréticos antagonistas de aldosterona bloqueiam a ação de hormônios esteroides, podem bloquear também hormônios sexuais, causando impotência sexual. É usado em tratamento de acne hormonal. Caso o ENaC não esteja funcionando corretamente, ocorrerá hipotensão devido a liberação de sódio na urina. Processos tubulares e homeostase do potássio Células principais: processo regulado pela aldosterona – volume final Células intercaladas OADH– vasopressina – aumenta a pressão sanguínea através da reabsorção de água: ao recoloca-lo ao nível plasmático, o volume sanguíneo aumenta e a pressão sanguínea também. Regulação hormonal neural Quandoháumamaior osmolaridade, há um aumento na sede, aumentando também a concentração de solutos, atingindo os neurônios mangocelulares. Mesmo em pequenas variações no volume celular – perda de H2O para o meio extracelular, por exemplo – muda a dinâmica desse neurônio, sendo suficiente para a liberação do ADH. Após ser secretado e se ligar a um receptor V2, que é diretamente acoplado a uma proteína Gs (adenilato ciclase) cuja função é converter ATP em AMPc. Assim, o aumento de AMPc na célula vai fazer com que a PKA (proteína quinase dependente) fosforize vesículas contento moléculas de aquaporina, para que sejam translocadas para membrana luminal, e faça uma regulagem da transcrição genica das unidades deaquaporinas. RESUMINDO: as variações geradas na osmolaridade dos fluidos extracelulares, fazem com que o neurônio mude a sua dinâmica, induzindo a uma maior liberação de ADH.A presença de ADH secretado nas células principais do ducto coletor acarreta umaumentononúmerodeaquaporinasnasmembranasluminale basolateral, permitindo um maior acesso da água ao nível intersticial esanguíneo. A regulação hormonal neural precisa controlar a taxa a ser reabsorvida. A síndrome de Cohn está ligada ao hiperaldosteronismo primário. Normalmente acontece por um tumor/angioma que acomete a adrenal, fazendo com que haja produção excessiva de aldosterona, mesmo sem a presença de renina. Como consequência, temos: hipertensão, edema e hipocalemia. Solução: bloquear a aldosterona com o antagonista. ADH – o corpo celular dos neurônios produtores está no hipotálamo – neurônios magnocelulares hipotalâmicos que se projetam para a hipófise. Vasopressina – responsável por controlar os volumes corpóreos. São de2 produção hipotalâmica e liberação hipofisária. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 15 Em traumatismo crânio encefálico que comprometa- inviabilize- os neurônios mangocelulares (a função retentora é instantaneamente perdida), que são produtoresdeADH, a produção dessehormônio fica comprometida e ele não seriasecretado,aumentando a excreção de líquido, gerando apoliúria – sede excessiva – onde a urina é clara, quase como água – de baixa densidade, caracterizando a diabetes insípidos neurogênica. Em casos de desidratação os níveis de aquaporina e ADH estarão altos. O corpo não retém água de forma necessária – lembre-se que quando bebemos cerveja, vamos ao banheiro direto. Há, ainda, a necessidade de regular o pH sanguíneo através da acidez da urina através das células intercaladas α e β. Células alfa de secreção ácida no DC Também pode ser chamada de célula intercalada A ou α; É a célula secretora de H + ; ele é secretado por estar em excesso no meio intracelular, graças a dissociação do H2CO3 - . Para cada H + secretado, tem-se 1 HCO3 - reabsorvido a nível intersticial e sanguíneo. Mandar H + para a urina, significa tamponar com um H + no nível sanguíneo. NolúmentubularhápresençadeíonsH + transportadosporumabombaprótonATPase. EssesíonsH + sãoprovenientesdadissociaçãodoácidocarbônicoquegeraumprótone uma molécula de bicabornato, que é mandada para o nível intersticial no momento em que íons Cl - entram na célula. O trocador próton- potássio manda íons H + para o nível luminal internaliza os íonsK + . IMPORTANTE: Para cada íon H + secretado há um bicabornato reabsorvido no nível intersticial. Ou seja, à medida que o H + é secretado e eliminado pela via urinária, estamos permitindo um tamponamento de H + no nível sanguíneo. Célula beta de secreção alcalina Também pode ser chamada de célula intercalada B ou β; Diabetesinsipidusneurogênica:diureseelevadacomurinapoucoconcentrada(muito clara). Diabetes insípidus nefrogênica (DING): o receptor não responde corretamente ao ADH, eliminando urina excessivamente e tendo muitasede. Insípidus = semgosto. Mellitus = característica doce Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 16 Antagônicas às células α: secretoras do íon bicabornato à medida que um bicarbonato é secretado. Um H + é reabsorvido. Se o pH tiver uma leve queda tendendo a acidose, a célula α possui uma maior atividade, sendo preciso liberar esse ácido em excesso. Na disfunção renal (perda de néfrons funcionanais), o paciente perda essas funções reguladoras do controle do equilíbrio do pH. Homeostase do íon K+ É o equilíbrio fisiológico desse íon a nível plasmático. Necessita de um controle ainda mais refinado que o Na + . O K + varia muito pouco: sua avaliação se dá por meio do ECG. Hipercalemia – K + elevado; Hipocalemia – K + diminuído. Hipercalemia Aumento da amplitude da onda T (4 - 7)7 – 8 intervalo PR prolongado; Depressão do segmento ST Onda T alta. 8 – 9 parada atrial; Bloqueio intraventricular. 9 – 10 fibrilação ventricular. hipocalemia Diminuição da amplitude da onda T (< 4) 4 – 3,5 onda T baixa – achatamento da onda. 3,5 – 3 onda T baixa; Onda U alta. 3 – 2,5 onda T baixa; Onda U alta; Segmento ST baixo. 2,3 g/dia de Na + é considerado baixo, considerando o sistema; K + - entre 4 e 5 mEq/L é considerado normal Normalmente, a onda U NÃO aparece no ECG! O K + mata: a injeção concentrada de KCl aumenta o nível de K + circulante, o que dificulta a repolarização celular de toda/qualquer célula, fazendo o corção fibrilar, por isso leva o paciente a óbito. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 17 Efeitos das variações de K+sobreo Potencial de Ação Hipercalemia: A célula tem dificuldade de voltar aopotencial de ação (há muito K + dentro da célula; fica mais positiva – mais excitável): ela não consegue repolarizar (através da saída de K + ) e gerar um novo potencial de membrana; gera contrações musculares involuntárias. Hipocalemia: A célula ficahiperpolarizada (sai muito K + , fica mais negativo): demora mais tempo para despolarizar e gerar um potencial de ação; gera fraqueza muscular. Síntese da homeostase do potássio Parte do potássio absorvido pelo intestino é concentrado no fluido extracelular: para quehajainternalizaçãodesseíon,énecessária a atuação de um dostrêshormônios a seguir:insulina, adrenalina e aldosterona. Em seguida, os rins regulam a concentração de potássio ao longo do dia. Em um caso de hipercalemia, uma intervenção interessante é a aplicação de insulina glicosada no indivíduo: ela internaliza o potássio (o coloca para o meio intracelular). Dieta 100 mEq de K + /dia Absorção intestinal 90 mEq de K + /dia Fluido extracelular 65 mEq de K + /dia Estoques teciduais 3,45 mEq de K + Insulina Adrenalina Aldosterona {K + ] no plasma HAD Aldosterona Fezes 5 - 10 mEq de K + /dia Urina 90 - 95 mEq de K + /dia Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 18 Se os receptores β da adrenalina estiverem ativados, ela capta o K + ; se os receptores α estiverem ativados. Ela disponibiliza o K + . Por isso que o diabético descompensado e o hipertenso (que utiliza betabloqueador) sofrem hipercalemia: há perda de K + . Transporte de potássio ao longo do néfron Se houver muito potássio circulante, é necessário que haja uma elevada excreção de potássio. Se houver pouco potássio, a excreção serámenor. A aldosterona reabsorve Na + e secreta K + - aumento. Depleção de potássio Ingestão normal e aumentada de potássio TP: 67% TP: 67% SAE: 20% SAE: 20% TD: 3% TD: 10 a 50% DC: 9% DC: 5 a 30% DCMI: 1% DCMI: 15 a 80% Somente o túbulo distal e o ducto coletor sofrem alterações de acordo com a quantidade de potássio devido a presença do hormônio aldosterona. Diante de um excesso (sanguíneo) de potássio, a liberação de aldosterona irá aumentar, pois precisa secretar mais íonsK + . O aumento de potássio no sangue é um sensibilizador dealdosterona. Homeostase do cálcio e a função dos rins no equilíbrio ácido-básico Relação a concentração de K+ no plasma e secreção pelo tcd e dc Impacto da produção de ácidos no organismo Metabolismo Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 19 40 – 80 mmols H + /dia = 3,9 a 7,8g de H2SO4 e/ou H2PO4 - . Indivíduo de 70 kgs = 1,82 – 3,64 mmol/L pH: 2,44 – 2,74 Ph sanguíneo: 7,35 a7,45 Em nível plasmático, a acidez não pode variar muito devido a dependência de alguns processos em relação a concentração desses íons H + . Concentração de íons H+ Plasma: 35 a 40nanomols/L (frutas cítricas: 3mM; estômago: 0,15M) pH: - log H + em água pura: 10 -7 ou pH7 Valores acima de 7 tendem a alcalose, e valores abaixo tendem a acidose. Quanto mais íons H + mais ácido está o meio. Tampão bicarbonato pKa = 6,1 pH = 6,1 + log HCO3 - / CO2 6,1 é fixo, o que varia são as taxas de HCO3 - e CO2produzidos. Tamponar a acidez fisiológica: asatividades metabólicas do organismotendem a acidose, porque na maioria das vezes, gera produtos de caráter ácido. A maioria das células não consegue sobreviver a esses meios: assim há a necessidade de utilizar o sistema tampão para neutralizar o plasma. O tampão de bicarbonato é o mais eficiente, pois, em conjunto com o íon H + um ácido carbônicoéformadoe,aosofreraçãodaenzimaanidrasecarbônicaoprodutoseráuma molécula de água e uma deCO2. HCO3 - + H + = H2CO3 H2O + CO2 O componente determinante da acidez é reduzido complexo do componente ácido com o tampão bicarbonato. HCO3 - = 24 mEq/L pCO2 = mmHg Anidrase carbônica Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 20 O pH do meio obrigatoriamente tem que ter em relação direta com o HCO3 - circulante. Se tiver alta quantidade de HCO3 - no meio, o pH vai ser maior: são diretamente proporcionais. Se começar a produzir muito CO2 ou produzir CO2 de forma normal, mas haver dificuldade para eliminá- lo, o CO2 fica concentrado no organismo: desloca a reação (para esquerda ou para a direita) para dissociar o H2CO3 a HCO3 - + CO2 menor capacidade tamponante e maior quantidade de H + livre. Reter CO2significa aumentar a acidez. Quanto maior a concentração de CO2 , menor é o pH – inversamente proporcional. pH sanguíneo - 7,35 – 7,45 variação aceitável. A enfisema pulmonar é uma patologia, que resulta em insuficiência respiratória (dificuldade de respirar): o paciente não consegue eliminar o CO2 da mesma forma que uma pessoa saudável, tendendo a um quadro de acidose. Os sistemas respiratório e renal agem para a manutenção do pH do organismo, mantendo o equilíbrio ácido-básico. A diabetesmelitustipo1se não corrigida (sem administração de insulina para o tratamento)temtendênciaaacidose:osmetabólitosorgânicosácidos tem potencial e conseguem alterar o pH. Ex.: derivados da oxidação de ácidos graxos para fornecer recursos energéticos. Quando um diabético está em quadro de acidose, ele hiperventila, na tentativa de eliminar via excreção os corpos cetônicos para controlar a desregulação – como forma de compensação (é diferente de aumentar a ventilação ao praticar atividades físicas). Induzir a hiperventilação diminui o nível de álcool no organismo, mas não significativamente – não muda o aspecto de alcoolizado a nível de ser percebido e processado no etilômetro. lembrar do cheiro do quarto no dia seguinte à bebedeira.. A glicose é um neutralizador do álcool – oxida o etanol: melhora, mas não anula o efeito do mesmo na circulação. Reabsorção segmentar de bicabornato Células intercaladas β secretoras de HCO3 - e reabsorve H + agrava a acidose. Atividade secretora básica implica em maior reabsorção do íon H + . Células intercaladas α secretoras de H + e reabsorve HCO3 - agrava a alcalose. Atividade secretora ácida implica em maior reabsorção do HCO3 - . Reabsorção segmentar de Bicarbonato no tcp A maior parte da reabsorção do bicarbonato ocorre no túbulo contorcido proximal. No ducto coletor há presença de células beta intercaladas que secretam bicabornato para ser novamente reabsorvido e não ser eliminado na urina. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 21 Quanto maior o aporte de H + para célula, mais fácil sua saída para o nível lúmen tubular e mais fácil vai sera reabsorção de bicabornato. No ducto coletor a reabsorção está associada com as células alfa e beta intercaladas. Mecanismo de reabsorção do bicarbonato no DC Características dos distúrbios ácido – base simples DISTÚRBIO pH PLASMÁTICO ALTERAÇÃO PRIMÁRIA MECANISMO DE DEFESA Acidose metabólica plasma [HCO3 - ] Tampões do FIC e do FEC, hiperventilação (pCO2), EAL renal. Alcalose metabólica plasma [HCO3 - ] Tampões do FIC e do FEC, hipoventilação (pCO2), EAL renal. Acidose pCO2 Tampões do FIC, EAL renal. Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 22 respiratória Alcalose respiratória pCO2 Tampões do FIC, EAL renal. Ex: pH – 7,29 – isoladamente é ácido, mas precisamos analisar os outros parâmetros para entender o que gerou tal fato. HCO3 - : 26mEq/L mecanismo compensatório (nesse caso) – ocorreu a nível renal: mesmo que não tenha corrigido de forma satisfatória, tentou minimizar os efeitos da acidose. pCO2 arterial: 45mmHg Mecanismo compensatório da alcalose respiratória menor reabsorção de HCO3 - - células intercaladas α baixas e β elevadas; ALCALOSE RESPIRATÓRIA pH = 7,49 HCO3 - : 22mEq/L pCO2 : 37mmHg ACIDOSE MISTA pH = 7,28 HCO3 - : 22mEq/L pCO2: 45mmHg Acidoses (valores de pH inferiores a 7,4): Acidose metabólica Acidose respiratória Alcalose (valores de pH superiores a 7,4): Alcalose metabólica Alcalose respiratória Esquema para a análise dos distúrbios ácido – base simples EAL: excreção líquida de ácido; FIC: fluido intracelular; FEC: fluido extracelular; pH sanguíneo: 7,4 HCO3 - : 24mEq/L pCO2 arterial: 40mmHg Amostra de sangue arterial ACIDOSE ALCALOSE Acidose metabólica Acidose respiratória Alcalose metabólica Alcalose respiratória pCO2 < 40 mmHg [HCO3 - ] > 24 mEq/L pCO2 > 40 mmHg [HCO3 - ] < 24 mEq/L pH < 7,4 pH > 7,4 pCO2 > 40 mmHg [HCO3 - ] < 24 mEq/L pCO2 < 40 mmHg [HCO3 - ] > 24 mEq/L Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 23 Se a resposta compensatória não for apropriada, devemos suspeitar de um distúrbio de ácido base misto. Altas altitudes: menor disponibilidade de O2 – hiperventila. Produção, transporte e excreção de amônia no néfron O metabolismo do aminoácido glutamina lança como produto NH3 (amônia), que se de associa ao H + , formando o NH4 + . Ao eliminar NH4 + , excreta-se mais ácido que o normal. Se o mecanismo de secreção de glutamina encontra-se elevada, trata-se de excretar mais ácido que o normal tende a um quadro de acidose. Homeostase do Cálcio A concentração de cálcio no organismo precisa manter-se quase que fixa em nível plasmático; dependendo da taxa de se internaliza no organismo, há a necessidade de medidas de controle. 1000mg – 1g. Ossos são reserva de cálcio. mEq/L = mmol/L Compensação respiratória Compensação renal Compensação respiratória Compensação renal 1,2 mmHg pCO2 por 1 mEq/L em [HCO3 - ] 3,5 mEq/L [HCO3 - ] por10 mmHg em pCO2 0,7 mmHg pCO2 por 1 mEq/L em [HCO3 - ] 5 mEq/L[HCO3 - ] por 10mmHg em pCO2 Dieta 1500 mg Intestino Fezes 1300 mg Urina 200 mg Osso Absorvi do Secreta do Calcitonin a PTH Calcitriol PTH Calcitonin a Calcitriol Concentrado de cálcio Rins Absorvi do Secreta do Calcitrio l Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 24 Pth e calcitonina PTH – eleva o Ca 2+ circulante. Reabsorção de ca2+ no tcp Trocador Ca 2+ - Na + participação do PTH. A reabsorção de Ca 2+ paracelular é sempre a mesma: segmento ascendente da alça de Henle. Ativação da vitamina D3 A vitamina D3 precisar passar por 2 conversões: 1 no fígado (calciferol) e a outra no rim (calcitriol). Quando a taxa de Ca 2+ cai, libera o PTH que facilita a conversão da vitamina D3 em calciferol, que é responsável pela reabsorção de Ca 2+ anível renal. PARÂMETROS – NÍVEIS Ca 2+ = 10 mg pH = 7,35 – 7,45 K + = 4 – 5 mEq/L Na + = 135 – 145 mEq/L HCO3 - = 24 mEq/L pCO2 = 40 mmHg pO2 = 35 – 45 mmHg PA = 120 x 80 mmHg Pvenosa = 20 mmHg VALORES DE pO2 e pCO2 pO2arterial 100 mmHg pO2alveolar 105 mmHg pO2venosa 40 mmHg pCO2arterial 40 mmHg pCO2alveolar 40 mmHg pCO2venosa 46 mmHg Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 25 Anotações complementares Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 26 Deliane araujo – turma 71 Sandy carvalho – turma 71 Eduardo jésus – turma 68 27
Compartilhar