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Pneumonia hospitalar e por ventilação mecânica

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É a infecção associada a assistência de saúde que é diagnosticada após 48 horas e que não 
estava em incubação no momento da admissão no hospital. 
A pneumonia associada a ventilação mecânica é quando ocorre uma pneumonia dois dias 
após a intubação, sendo que na data da infecção o paciente estava em VM ou o ventilador 
mecânico havia sido removido no dia anterior. 
Os critérios epidemiológicos de pneumonia relacionada a asistencia a saude em pacientes com 
ou sem ventilação mecânica são os mesmos: 
Pneumonia definida 
clinicamente 
- Paciente com doença cardíaca ou úlmonar de base com 
duas ou mais radiografias de tórax seriadas com um dos 
seguintes achados, persistentes, novos ou progressivos: 
• Infiltrado 
• Opacificação 
• Cavitação 
- Pelo menos um dos sinais e sintomas: 
• Febre (38ºC) sem outra causa associada 
• Leucopenia (<4000 cel/mm3) ou leucocitose (>12000 
cel/mm3) 
• Alteraç]ão do nível de consciência, sem outra causa 
aparente, em pacientes maiores ou iguais a 70 anos 
- Pelo menos 2 dos sinais e sintomas: 
• Surgimento de cresceção purulenta ou mudança das 
carater´siticas da secreçãi ou aumento da secreção 
respiratória ou aumento da necessidade de 
aspiração 
• Piora da troca gasosa (dessaturação ou aumento da 
oferta de oxigenio ou aumento dos aprametros 
ventialtorios 
• Ausculta com roncos ou estertores 
• Inicio ou piora da tossa ou dispneia ou taquipneia 
Há vários fatores de risco como sonda nasogástrica, tubo endotraqueal e colonização gástrica 
desses tubos, os quais favorecem perda de defesa da traqueia por meio de movimentos ciliares e 
tosse, gerando uma secreção acumulada que propicia colonização 
Diagnóstico: clínico/radiológico, exames laboratoriais, hemoculturas, marcadores biológicos 
(procalcitonina) e pesquisa microbiológica. 
A resistência bacteriana está diretamente relacionada ao tempo de internamento, a gravidade 
da patologia, uso indiscriminado de ATB, transporte do paciente e transmissão cruzada. 
Os agentes etiológicos para PH vão depender do perfil do paciente, dos métodos diagnósticos 
utilizados, tempo de internação na UTI e tempo de uso da ventilação mecânica. 
Agentes etiológicos – Pneumonia nasocomial 
Gram-negativos entéricos (60% dos casos) 
- Família Enterobacteriaceae (30-40% dos casos) 
- E. coli 
- Klebsiella pneumoniae 
- Serratia marcescens 
- Pseudomonas aeruginosa – (15-20% dos casos) 
- Acinetobacter spp. 
Estafilococos (15-25% dos casos) 
- Staphylococcus aureus 
Anaeróbios (30% dos casos – pneumonia aspirativa) 
- Peptostreptococcus (14%) 
- Bacteroides melaninogenicus (9%) 
- Fusobacterium (10%) 
- Peptococcus (11%) 
- Bacteroides fragilis (8%) 
Polimicrobiana (30-40% dos casos) 
- Gram-positivo + Gram-negativo 
- Anaeróbio + aeróbio 
Outros (< 10% dos casos) 
- S. pneumoniae (5-8% dos casos) 
- H. influenzae (6%) dos casos 
- Legionella pneumophila (5%) 
- Vírus (influenza, parainfluenza) 
Assistência de enfermagem ao paciente acometido por PAH/PAVM: cuidado com a troca de 
circuitos, filtros e umidificadores; limpeza e conservação de equipamentos; cuidados durante 
banho e mudanças de decúbito. 
Assistência de enfermagem ao paciente acometido por PAH/PAVM: aspiração de viras aéreas, 
higienização da cavidade oral com clorexidine 2%. 
Complicações: 
• Derrame pleural: acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural, que é o espaço virtual 
entre as pleuras visceral e parietal, as quais deslizam uma sobre a outra, separadas por 
uma fina película de líquido. 
• Empiema pleural: derrame parapneumônico – derrame pleural decorrente da 
pneumonia. Devido a uma persistência da pneumonia, ou por não tratamento, ou por 
tratamento inadequado, ou até mesmo por uma resposta inadequada do paciente ao 
tratamento. 
• Abscesso pulmonar: lesão cavitaria > 2 cm, contendo pus, localizado no parênquima 
pulmonar, geralmente contendo nível hidroaéreo. Pode ocorrer necrose da área do 
aprenquima pulmonar devido a infecção por germe destrutivo. Presença de pequenas 
cavitações < 2 cm o interior de um infiltrado pneumônico → pneumonia necrosante. Só a 
antibioticoterapia não adianta para o tratamento, deve ser feito uma drenagem 
pulmonar.

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