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SISTEMA CARDIOVASCULAR Sistema responsável por transportar nutrientes e oxigênio para todo o corpo É formado pelos vasos sanguíneos e pelo coração É um dos primeiros sistemas orgânicos a funcionar no embrião, em virtude da necessidade de nutrientes, já que o suprimento nutritivo não é capaz de ser realizado apenas por difusão O coração primitivo é tubular e com extremidade venosa/seio venoso, aonde desembocam as veias vitelinas, advindas da vesícula vitelina, veias umbilicais e as veias cardinais, advindas do corpo. Ele surge na terceira semana e, no 22 dia, começa a apresentar batimentos OBS: Do seio venoso, o sangue passa para o átrio e para o ventrículo e sai pelo bulbo cardíaco e pelo bulbo arterial, para ser distribuído pelas aortas, a fim de atingir a placenta, onde é oxigenado OBS: Os seus batimentos NÃO dependem de inervação. Logo, NÃO depende do desenvolvimento do SN DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Os primeiros vasos sanguíneos surgem, no início da IV semana, a partir de ilhotas de células/ilhotas de Wolff presentes no mesoderma ao entorno do saco vitelino e na região do mesoderma extraembrionário, que forma as vilosidades coriônicas. As células periféricas dessas ilhotas se diferenciam em endotélio e se tornam as paredes dos vasos sanguíneos, enquanto as células centrais se diferenciam em células sanguíneos O coração primitivo e os grandes vasos, por sua vez, são formados pelo mesoderma cardiogênico, que fica à frente da placa pre-cordal e de cada lado da extremidade cefálica do embrião. Esse mesoderma forma duas regiões de tecidos cardiogênicos que, durante os dobramentos laterais, formam tubos cardíacos primitivos, chamados de tubos endocárdicos. A fusão deles origina um tubo único, que corresponde ao coração primitivo, preso à cavidade pericárdica pela sua extremidade aórtica/arterial e pela extremidade do seio venoso. Ele é, assim, revestido por endotélio e circundado por mioblastos Com o desenvolvimento do coração primitivo, as câmaras, ao invés de em série, ficam dispostas lateralmente e sobrepostas. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO CORAÇÃO O mesoderma cardiogênico, que estava à frente da placa precordal, desloca-se caudamente e ventralmente, de forma a atingir a região cervical e, depois, o tórax À medida que o embrião cresce e curva cefalocaudamente, ele também se dobra lateralmente As regiões caudais do tubo cardíacos se fusionam OBS: MESOCÁRDIO: é um folheto que prende o tubo cardíaco único à parede pericárdica FORMAÇÃO E FUSÃO DOS TUBOS ENDOCÁRDICOS MIOCÁRDIO O mesoderma do tecido esplânico forma a gelatina cardíaca e, a partir dela, o miocárdio primitivo ENDOCÁRDIO Proveniente do endotélio dos tubos endocárdicos PERICÁRDIO DIFERENCIAÇÃO DOS TUBOS ENDOCÁRDICOS Com o alongamento do coração tubular, ocorre o desenvolvimento de dilatações e de constrições alternadas que definem TRONCO ARTERIAL Saída da aorta e da pulmonar BULBO CARDÍACO Composto por tronco arterial, cone arterial e cone cordial Origem ao VD VENTRÍCULO PRIMITIVO Origina o VE ÁTRIO PRIMITIVO SEIO VENOSO Recebe as veias umbilicais, vitelínica e cardinais comuns, respectivamente, do córion, do saco vitelino e do embrião Origina os átrios cardíacos OBS: As câmaras do coração primitivo são separadas externamente por sulcos, que se aprofundam e delimitam essas regiões EX: Entre o seio venoso e o átrio primitivo, há o sulco sinoatrial O tubo cardíaco continua a se desenvolver conforme as células do segundo campo cardíaco são adicionadas à sua extremidade cranial. Esse processo é importante para formar a região que inclui parte do VD, vias de saída (cone arterial e trono arterioso) e alça cardíaca DOBRAMENTOS DO CORAÇÃO Com o crescimento rápido do bulbo cardíaco e do ventrículo, o coração se dobra sobre si próprio, formando uma alça bulbo ventricular em formato de U Á medida que o coração se alonga e se dobra, ele se invagina para a cavidade pericárdica, ficando preso somente por suas extremidades cranial e caudal, eventualmente adquirindo uma forma de S FORMAÇÃO DA ALÇA CARDÍACA ALÇA CARDÍACA: Curvatura cardíaca Na 23 semana, o tubo cardíaco começa a se curvar A parte cranial se dobra ventralmente, caudamente e para a direita. Já a parte caudal, se desloca no sentido dorsocranial para a esquerda. Assim, as câmaras se dispõe lateralmente A extremidade do seio venoso (átrio primitivo) é deslocada para trás e para cima, como se estivesse abraçando o tronco arterial Essa dobradura origina a alça cardíaca, que se completa na 28 semana. Esse dobramento é determinado pelo estímulo de apoptose, determinada geneticamente IM: AZUL/LARANJA: Ventrículo primitivo, que ficava abaixo do bulbo cardíaco e que forma o VE VERDE: Bulbo cardíaco, que se torna o VD OBS: Alguns arcos aórticos originam artérias do pescoço (carótida e braquiocefálica) OBS: Crosta da aorta é formada a partir do 4 arco aórtico esquerdo COXIN ENDOCÁRDICO Separa o átrio primitivo das câmaras ventriculares, de maneira a originar o septo atrioventricular, onde surgem as válvulas bicúspide e mitral A CIRCULAÇÃO ATRAVÉS DO CORAÇÃO PRIMITIVO A circulação no início é do tipo fluxo- refluxo, porém, ao final da quarta semana, contrações coordenadas resultam em um fluxo unidirecional, estabelecido após a septação das câmaras O sangue que entra no seio venoso vem: do embrião, através das veias cardinais comuns, da placenta, através das veias umbilicais, e do saco vitelínico, através das veias vitelínicas O sangue do seio venoso vai para o átrio primitivo, controlado pelas válvulas sinoatrias. Ele passa, então, através do canal atrioventricular para o ventrículo primitivo. O ventrículo contrai e o sangue é bombeado para o saco aórtico, passando pela aorta para ser então distribuído para o embrião, o saco vitelínico e a placenta DESENVOLVIMENTO DAS VEIAS ASSOCIADAS AO CORAÇÃO VEIAS VITELÍNICAS Levam o sangue com pouco oxigênio do saco vitelínico para o embrião VEIAS CARDINAIS Levam o sangue venoso do corpo do embrião para o seio venoso do coração VEIAS UMBILICAIS Levam o sangue oxigenado do cordão umbilical para o seio venoso do coração DESENVOLVIMENTO DOS SEPTOS DO CORAÇÃO Início: Septo atrioventricular, que surge a partir do coxim, proveniente do mesoderma das cristas neurais, ao se posicionar entre os átrios e os ventrículos. Os dois coxim crescem um em direção ao outro até se fundirem para formar o supracitado. À direita desse coxim, forma-se a válvula tricúspide e, à esquerda, a válvula mitral Além disso, esses coxim fazem parte do septo interatrial e do septo interventricular OBS: As células que formam os coxim são sensíveis ao ácido retinóico/vitamina A ácida/Roacutam, teratógeno que pode destruí-las, o que justifica o cumprimento da não gravidez quando o seu uso é indicado. Além do coração, o mesenquima da face é, na sua maior parte, originado desses coxins, o que possibilita o defeito conjunto com essa região SEPTAÇÃO DO CANAL ATRIOVENTRICULAR Ocorre a partir dos conxins endocárdicos ventrais e dorsais SEPTAÇÃO DO ÁTRIO PRIMITIVO O seio venoso, localizado logo atrás dele, o irriga e forma a veia cava superior e inferior na região direita, que desembocam como cardinais nele Inicialmente, na metade esquerda do átrio, surge um septo, denominado septo primum, de cima para baixo, que desce em direção ao coxim endocárdico. À medida que isso ocorre, ele limita uma abertura progressivamente menor, que é o forame primum, que mantém os átrios ainda em comunicação Antes que ocorra a fusão entre o septo primum e o coxim para o fechamento do forame primum,a parte alta do septo primum é reabsorvida e apresenta uma vacuolização para formação de um novo forame, o forame secundum, que mantem a comunicação entre o AD e o AE Depois disso, o átrio primitivo apresenta o crescimento de um segundo septo (septo secundum), que surge à direita do primeiro e que segue em direção ao coxim, da mesma forma que o primeiro. Porém, ele possui uma parte que cresce de cima para baixo e outra que cresce de baixo para cima, que segue em direção à primeira, apesar de não se encontrarem. Essa NÃO união leva à formação do forame oval/forame de botal Assim, a septação atrial termina com a presença de dois septos OBS: A saída de sangue do AD para o AE é importante nesse momento pelo colabamento pulmonar e pela resistência de alta pressão do VD por esse motivo SEPTAÇÃO DOS VENTRÍCULOS 2/3 do septo interventricular é fibromuscular (miocárdio) e é o aprofundamento do sulco bulbo ventricular direito O terço superior desse septo, que é a porção membranosa formada pelo mesmo tecido membranoso do coxim endocárdico, fica próximo ao coxim e completa o fechamento entre ele e o septo interventricular muscular. Essa porção é formada por 5 componentes, que devem estar orientados na mesma posição Logo, deve haver, nessa parte membranosa, o alinhamento do tronco arterial na posição centralizada em relação aos átrios e, simultaneamente, a septação dele, para que seja dividido em tronco arterial aórtico e em tronco arterial pulmonar SEPTAÇÃO DO BULBO CARDÍACO E DO TRONCO ARTERIAL A septação do tronco arterial ocorre pelas cristas conotruncais/bulbais, uma ventral e outra dorsal., que formam suas metades de maneira helicoidal e alinhada. Esse processo implica que a metade do aórtica drene o sangue do VE e, a metade pulmonar, do VD. OBS: Caso a septação fosse retilínea, o sangue do lado direito iria para a aorta e o do lado esquerdo para o pulmão, o que levaria à separação da circulação LOGO 5 COMPONENTES Depende dos dois coxims, das cristas dorsal e ventral alinhadas aos coxins e da borda livre do septo interventricular muscular para a formação do septo membranoso. Por ser extremamente complexa, a malformação congênita mais comum é a comunicação interventricular do septo membranoso OBS: Isso justifica as adaptações presentes na circulação fetal, a exemplo do ducto venoso, que comunica a veia umbilical com a veia cava, sem passar pelos capilares. Além disso, há a comunicação interatrial, dado o colabamento do pulmão. Ainda, há o ducto arterial, que, desvia o sangue da artéria pulmonar, que sai do VD, à aorta DESENVOLVIMENTO DAS VÁLVULAS CARDÍACAS Surgem dos folhetos advindos dos coxins e separam os átrios dos ventrículos SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO Esses nódulos de condução se comunicam por ramos, união por meio da qual se permite a irrigação da parede do coração, passando pelo feixe de His O estímulo se inicia o tecido atrial, segue para o nódulo atrioventricular e se espalha pelo septo e pelos feixes presentes NÓDULO SINUSAL A frequência desse nódulo, localizado no átrio direito, estimula o tecido cardíaco Pode ser bloqueado por meio de um bloqueio de ramo NÓDULO ATRIOVENTRICULAR FEIXE DE HIS OBS: Caso nenhum dos nódulos realizem os estímulos necessários, há células especializadas no tecido cardíaco que permite o automatismo desse órgão e o seu transplante ANOMALIAS NO SISTEMA DE CONDUÇÃO SÍNDROME DA MORTE SÚBITA INFANTIL (SM SI) Uma anomalia no desenvolvimento do tronco cerebral ou retardo na maturação da neurorregulação do controle cardiorrespiratório parecem ser as hipóteses mais prováveis para a SM SI DEXTROCARDIA Inversão na posição das câmaras cardíacas, devido a formação anômala e rotação inversa da alça cardíaca A ausculta cardíaca ocorre no lado direito e pode haver ou não no funcionamento dos vasos DEXTROCARDIA COM SITUS INVERSUS SITUS INVERSUS Inversão do resto dos órgãos em lados que não deveriam ECTOPIA DO CORAÇÃO Tórax aberto e coração para fora DEFEITO DO SEPTO ATRIAL Pode ser causada por forame oval patente com septo primum Manteve comunicação interatrial, independentemente do forame oval FORAME OVAL PATENTE Sangue desviado através do forame oval para o AE, em que há grande mistura de sangue não oxigenado na circulação sistêmica COMUNICAÇÃO INTERATRIAL DO FORAMEM SECUNDUM Comunicação interatrial pela persistência do forame secundum DEFEITOS DO FORAME SECUNDUM DEFEITO NO COXIM ENDOCÁRDICO NO FORAME PRIMUM Defeito da parte caudal do septo primum, que não fecha e mantem a comunicação do forame primum AUSÊNCIA DO COXIM ENDOCÁRDICO Passagem do sangue direto do átrio para o ventrículo e do átrio para o átrio, quando não ocorre seu fechamento COMUNICAÇÃO INTERATRIAL DO TIPO SEIO VENOSO Seio venoso desemboca no VD COMUNICAÇÃO INTERATRIAL POR ÁTRIO COMUM Não ocorre septação DEFEITO NO SEPTO VENTRICULAR Cardiopatia MAIS comum Geralmente, afeta a porção membranosa, que depende do alinhamento das cristas com o conxim FECHAMENTO INCOMPLETO DO FORAME INTERVENTRICULAR Crescimento comprometido do musculo do septo, mantendo abertura abaixo da porção membranosa Problema na divisão realizada pelas cristas, por uma estenose pulmonar, por exemplo VENTRÍCULO COMUM Ausência completa do septo interventricular TRONCO ARTERIAL PERSISTENTE Tronco não sofre nenhuma septação. É um tronco único que drena dos dois ventrículos Não há o septo interventricular completo, já que sua parte alta depende das cristas Ocorre cianose e a pressão sistêmica sobrecarregará a pulmonar TRANSPOSIÇÃO DAS GRANDES ARTÉRIAS A septação ocorreu de forma retilínea, e não helicoidal A aorta drena o VD e a pulmonar o VE, de forma que a circulação sistêmica e pulmonar permaneceriam separadas Somente sobrevive nas primeiras horas de vida por possuir a comunicação interatrial ainda patente Primeiro, é realizado uma cirurgia de blalock, que consiste no aumento do fluxo pulmonar pela anastomose sistêmica-pulmonar para que não ocorra o fechamento do ducto arterioso. É uma ponte entre a circulação sistêmica e pulmonar O problema advém após o nascimento, já que antes disso os nutrientes e o oxigênio são providos pela placenta OBS: Caso a septação não ocorra de forma alinhada, a região estreita é denominada estenose COR TRILOCULAR BIVENTRICULAR Presença de apenas um átrio e de dois ventrículos TETRALOGIA DE FALLOT I – ESTENOSE PULMONAR Divisão estreita do tronco arterial, em que a crista ficou voltada para o lado pulmonar II – AORTA ALARGADA E DESVIADA Sobreposta à pulmonar III – COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR Pela crista desviada do septo IV – HIPERTROFIA VENTRICULAR DIREITA O ventrículo direito deve fazer uma maior força devido a estenose pulmonar, o que leva a sua hipertrofia ESTENOSE E ATRESIA AÓRTICA ESTENOSE: Estreitamento ATRESIA: Fechamento completo SÍNDROME DO CORAÇÃO ESQUERDO HIPOPLÁSICO Há a atresia da aorta, em que ela está fechada e o coração esquerdo não trabalha O coração direito é responsável, assim, por mandar sangue a aorta (pelo ducto arterioso) e a pulmonar CIRCULAÇÃO FETAL Ligadura do cordão umbilical leva: Fechamento do ducto venoso, que comunicava a veia umbilical com a veia cava, e forma o ligamento venoso do fígado Fechamento do ducto arterioso, pela diminuição do suprimento de prostaglandinas, produzidas pela placenta LOGO Sangue passa a circular pelo pulmão, pulmão expande, diminui-se a pressão do lado direito e o pequeno septo primum é empurrado da esquerda para a direita, de forma que fique alinhado com o restante do septo DERIVADOS DE ESTRUTURAS VASCULARESLIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO Advém da veia umbilical, que traz o sangue da placenta LIGAMENTO VENOSO Advém do ducto venoso LIGAMENTOS ABDOMINAIS Advém das artérias umbilicais CICATRIZ Advinda do forame oval LIGAMENTO DA ARTÉRIA PULMONAR AO ARCO AÓRTICO Advém do ducto arterioso
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