Buscar

Aula_-_Direito_coletivo_-_organizaao_sindical_-_greve_2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. Direito Coletivo do trabalho. 
 
Complexo de institutos, princípios e regras jurídicas que regulam as rela-
ções laborais de empregados e empregadores e outros grupos jurídicos norma-
tivamente especificados, considerada sua ação coletiva, realizada autonoma-
mente ou através das respectivas entidades sindicais. 
 
O direito do trabalho regula as relações inerentes a chamada autonomia 
privada coletiva, isto é, relações entre organizações coletivas de empregados e 
empregadores e/ou entre organizações obreiras e empregadores diretamente, a 
par da demais surgidas na dinâmica da representação e atuação coletiva dos 
trabalhadores. 
 
Controvérsia sobre autonomia do segmento juscoletivo trabalhista 
 
Existe uma controvérsia sobre a autonomia do direito coletivo do trabalho. 
Independente da referida controvérsia, há institutos e particularidades do direi-
to coletivo do trabalho que reclamam o exame circunstanciado, por exemplo, a 
negociação coletiva e seus instrumentos, dos sujeitos coletivos trabalhistas, es-
pecialmente os sindicatos, da greve, da mediação e arbitragem coletivas e do 
dissídio coletivo. 
 
Conteúdo e função 
 
O direito coletivo do trabalho tem função de regulamentar as relações cole-
tivas entre entidades sindicais e empresa/empregador. 
 
No direito individual é desigual a relação jurídica, em razão da subordina-
ção jurídica do empregado. 
 
Já na relação coletiva de trabalho há a presença coletiva do sindicato para a 
defesa dos trabalhadores, em que se equiparam as partes, isto é, estão equiva-
lentes. 
 
Por essa razão pode o sindicado dispor de alguns direitos legalmente pre-
vistos, desde que o faça por acordo ou convenção coletiva. 
 
Formação histórica: Direito Coletivo teve início no século XVIII em face de 
abusos cometidos durante a revolução industrial, nos movimentos de união de 
trabalhadores, com o intuito de lutar contra as péssimas condições de trabalho, 
reivindicando , ilustrativamente, melhores salários e redução de jornada. 
 
Inglaterra: o berço do sindicalismo ocorre na Inglaterra em razão da Revo-
lução Industrial ter ocorrido primeiro naquele país. O Parlamento inglês aprova 
legislação que tolera a união de trabalhadores, o que faz com que os sindicatos 
surjam, conhecidos como “trade unions”. 
 
 
 
 
Corporativismo e intervenção estatal 
 
Durante os regimes fascistas na Europa sindicatos assumem natureza pú-
blica, pois o Poder Público passa a intervir e interferir na fundação, organização 
e funcionamento dos sindicatos. Esse modelo influenciou fortemente o desen-
volvimento do sindicalismo no Brasil nas décadas de 1930 a 1940. 
 
Concepção fundada na autonomia de vontade e liberdade sindical: após a 
II Guerra Mundial e término dos regimes fascistas, surgem as concepções que 
visam o desvincular o sindicato do Estado, seguindo o princípio democrático, 
hoje predominante. Nesse sentido a OIT estabelece a necessidade dos Estados 
assegurarem a plena liberdade sindical, conforme disposto na Convenção 87 da 
OIT. 
 
Princípios do direito coletivo 
 
1. Princípio da liberdade sindical: traz em seu bojo a liberdade de criação, 
administração e filiação sindical. 
 
No Brasil como ocorre a formação de um sindicato? 
 
Primeiramente haverá a fundação do sindicatos com necessidade de ins-
crever os atos constitutivos na Junta Comercial para adquirir personalidade ju-
rídica, posteriormente registrar-se no Ministério do Trabalho e Emprego para 
controle da unicidade sindical, para garantir a legitimidade de representação. 
 
2. Princípio da unicidade sindical no Brasil 
 
O princípio da liberdade sindical é mitigado em razão da necessidade obri-
gatória de garantia de legitimidade pelo MTE em decorrência da distribuição de 
bases territoriais, e vedação de criação de sindicato em área inferior e um muni-
cípio. 
 
Também é oposta a liberdade sindical a obrigatoriedade do imposto sindi-
cal. (reforma trabalhista isentou os trabalhadores). 
 
Em razão desses dois dispostos que a Convenção n.º 87 da OIT não foi rati-
ficada. 
 
3. Princípio da Autorregulamentação 
 
É o poder conferido ao sindicato de estabelecer normas coletivas que serão 
aplicadas no contrato de trabalho. Os instrumentos coletivos são fonte formal 
autônoma, cogentes e imperativos. 
 
4. Princípio da adequação setorial negociada 
 
Os instrumentos devem ter sempre a finalidade de buscar condições mais 
benéficas para o trabalhador. As normas prejudiciais podem ser estipuladas de 
forma excepcional, na busca de interesses mais amplos para a categoria e nos 
casos previstos pelo legislador, podemos citar como exemplo: redução salarial, 
aumento da jornada para quem trabalha em turnos ininterruptos de revezamen-
to, compensação de horas etc. 
 
5. Princípio da Boa-fé, lealdade ou transparência. 
 
A boa-fé é fundamental para a elaboração de acordo que traga melhores 
benefícios às partes, analisando adequadamente a situação econômica da em-
presa e as reivindicações dos trabalhadores. 
 
Organização sindical brasileira 
 
Sindicalismo no Brasil: com a formação de sindicato surgiu no país no Sé-
culo XX, fortemente influenciada pela chegada dos imigrantes europeus por 
meio das ligas europeias. Logo a primeira formação de sindicato ocorreu no 
âmbito rural em 1903 e no âmbito rural ocorreu em 1907. 
 
Diversas greves foram realizadas durante a República Velha (1889-1930), 
sendo reprimidas pelo Estado. 
 
 Decreto n.º 19.770/1931 (influencia fascista). Diante dos regimes corpora-
tivistas e sob influência europeia é editado decreto conhecido com “lei dos 
sindicatos”, que prevê o caráter público dos sindicatos e permite a inter-
venção do estado em seu funcionamento. Nesse momento, é estabelecida 
a representação dos trabalhadores por sindicato único e a distinção entre 
sindicato de empregados e empregadores, que permanece até os dias de 
hoje. 
 
 Constituição de 1934: previu o pluralismo sindical. Mas este era mitigado 
pelo Dec. 24.694/1934, trouxe diversas restrições a essa pluralidade, com a 
necessidade de atendimento a diversos requisitos para a criação da enti-
dade sindical. 
 
 Constituição de 1937: outorgada no regime de Estado Novo por Getúlio 
Vargas trouxe a noção de corporação, que reuniu representantes dos tra-
balhadores e empregadores para dentro da estrutura estatal, evitando lu-
tas de classe. Os movimentos grevistas e reivindicatórios foram reprimi-
dos pelo Governo. Esse modelo foi mantido com a promulgação da CLT 
em 1943. 
 
Constituição Federal 1988: assegurou o respeito a liberdade sindical e de-
terminou que o Estado não interfira no funcionamento dos sindicatos. 
 
No entanto manteve dois pilares corporativistas: unicidade sindical e con-
tribuição sindical obrigatória. 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindi-
cato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a 
interferência e a intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer 
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base 
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessa-
dos, não podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou indi-
viduais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de cate-
goria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confede-
rativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribui-
ção prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas 
de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organiza-
ções sindicais; 
VIII- é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do regis-
tro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, 
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer fal-
ta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de 
sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei 
estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores de-
cidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por 
meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores 
nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a 
eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-
lhes o entendimento direto com os empregadores. 
 
2. Organização Sindical. 
 
 
1. Confederação Sindical 
 
 
2. Federação 
 
 3. Sindicatos 
 
 
O sistema da estrutura sindical de pirâmide que se compõe de sindicato 
(na parte inferior), federação em seu meio e confederação em sua cúpula. 
 
Ressaltasse que as centrais sindicais não compõe o modelo corporativista, 
sendo de certo modo, seu contraponto. A jurisprudência não tem lhe reconheci-
do os poderes inerentes às entidades sindicais, principalmente, a representação 
jurídica. 
 
A base territorial mínima de um sindicato é o município (Art. 8.º II da CF). 
Desse modo a CF não recepcionou os dispositivos da CLT que permitia uma 
base mais reduzida, o distrito municipal, art. 517 da CLT. É possível até base 
territorial mais abrangente como os sindicatos de território nacional. 
 
Confederação são entidades de âmbito nacional, com sede em Brasilia. São 
formadas pela a união de no mínimo 3 (três) federações respeitadas a respectiva 
categoria, art. 535 da CLT. Cabe frisar que a confederação tem legitimidade de 
propor ação direta de inconstitucionalidade (art. 103, inciso IX, da CF) 
 
A Federação resulta da conjugação de no mínimo 5 (cinco) sindicatos da 
mesma categoria diferenciada, profissional e econômica, art. 534 da CLT. Tem o 
objetivo de coordenar interesses e reunir sindicatos. 
 
CENTRAIS SINDICAIS 
 
 
CENTRAIS 
SINDICAIS 
Não tem poderes de representação, não participando do ponto de vista 
formal das negociações coletivas trabalhistas. 
 
Lei 11.648/2008: considera-se central sindical a entidade de representação 
dos trabalhadores, constituída em âmbito nacional, como ente associativo pri-
vado, composto de organizações sindicais dos trabalhadores e que atenda os 
requisitos de filiação mínimos legalmente estabelecidos. 
 
Note-se que a aferição desses requisitos mínimos de representatividade se-
rá aferida pelo Ministério do trabalho e emprego. Art. 4.º da Lei 11.648/2008. 
 
Tem as seguintes atribuições e prerrogativas: 
 
I – Coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organiza-
ções sindicais por ela filiadas; 
II – Participar das negociações em fóruns e colegiados de órgãos públicos e 
demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais 
estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores. 
 
SINDICATOS 
 
Sindicatos podem ser definidos como entidades associativas e permanentes 
que representam interesses de trabalhadores e empregadores, visando a defesa 
dos interesses coletivos de seus representantes. 
 
Finalidade do sindicato: representar os interesses da categoria, tanto na es-
fera judicial, quanto na esfera extrajudicial. 
 
Natureza Jurídica do Sindicato: pessoa jurídica de direito privado e adqui-
re a personalidade jurídica com a inscrição dos atos constitutivos no Cartório de 
registro civil. 
 
 A composição será de no máximo 7 (sete) e no mínimo 3 (três) mem-
bros. 
 
 A existência de um conselho fiscal de no máximo 3 (três) membros. 
 
 Todos os membros serão eleitos serão eleitos pela assembleia geral. 
Art. 522 da CLT. 
 
 No art. 523 da CLT existem também os delegados sindicais, que não 
são eleitos pela assembleia, mas designados pela diretoria. 
 
Do registro sindical: os estatutos sindicais devem ser registrados no cor-
respondente Cartório de registro Civil de pessoas jurídicas, como qualquer ou-
tra entidade associativa. 
 
Após devem ser levados a depósito no órgão correspondente do Ministério 
do Trabalho, para fins essencialmente cadastrais e de verificação da unicidade 
sindical. 
 
Da organização dos Sindicatos 
 
Assembleia geral: é órgão de deliberação do sindicato, por tomar decisões 
em diversas matérias, apresentar-se como órgão máximo de um sindicato. 
 
Diretoria sindical: função dos dirigentes sindicais, isto é, tem a função de 
administrar o sindicato e é composta de no mínimo 3 e no máximo 7 membros 
(todos portadores da garantia provisória de emprego). 
 
Conselho fiscal: tem atribuição de fiscalizar as contas e gastos do sindicato. 
Este órgão é formado por 3 membros eleitos pela assembleia geral e não gozam 
de garantia provisória de emprego. (OJ n.º 365 SDI-1 do TST). 
 
Delegados sindicais: são indicados pela diretoria com o fim de representar 
e defender os interesses do sindicato perante os poderes públicos e as empre-
sas. De acordo com a jurisprudência não possuem poderes de direção sindical e 
são indicados pela diretoria. 
 
Funções dos sindicatos 
 
REPRESENTAÇÃO: a principal função e prerrogativa dos sindicatos é a 
de representação, no sentido amplo de suas bases trabalhistas. 
 
O sindicato organiza-se para falar e agir em nome de sua categoria, para 
defender os interesses no plano da relação do trabalho e até mesmo, em plano 
social mais largo. Nessa linha é que a própria Constituição enfatiza a função re-
presentativa dos sindicatos (art. 8.º inciso III da CF). 
 
No tocante a atuação judicial, ela se faz pelos meios processuais existentes. 
O mais importante caminho é o da autuação direta em favor dos membros da 
categoria, ainda que não associados, como sujeito coletivo próprio, tal como se 
passa nos dissídios coletivos e casos de substituição processual. 
 
NEGOCIAL: por meio dessa se busca o diálogo com os empregadores e 
sindicatos empresariais com vistas a celebração dos diplomas coletivos compos-
tos por regras jurídicas que irão reger os contratos de trabalho das respectivas 
bases representadas. A função negocial coletiva, do ponto de vista dos traba-
lhadores, é exclusiva das entidades sindicais, no sistema jurídico brasileiro (art. 
8.º inciso VI, da CF.). 
 
ASSISTENCIAL: que consiste na prestação de serviços a seus associados 
ou, de modo extensivo, em alguns casos, a todos os membros da categoria, co-
mo por exemplo, serviços médicos, educacionais, médicos, jurídicos e diversos 
outros. 
 
Não foi recepcionado pela Constituição: Art. 514 da CLT. Alguns desses 
serviços são tidos como obrigação do sindicato, como manter um serviço de as-
sistência de caráter jurídico, promover a fundação de cooperativas de consumo, 
fundar e manter escolas de alfabetização e pré-vocacionais. 
 
Nessa linha assistencial há a homologação administrativa de rescisões con-
tratuais trabalhistas (art. 477, §§ 1.º, 3.º e 7.º da CLT) 
 
Cláusulas antissindicais: 
 
 Cláusula de filiação automática ou forçada de trabalhadores (preferenci-
al shop): cláusulas em acordos ou convenções coletivas que determinam a filia-
ção automática ou forçada de trabalhadores ou que proíbam a desfiliação. Tam-
bém proibida a instituição de preferencial shop que favorece a contratação de 
empregados sindicalizado. 
 
 Cláusulas que impeçam a filiação dos trabalhadores: são também deno-
minadas de “yellow dogs contracts”que obrigam o empregado a não se filiar a 
nenhum sindicato depois de admitido na empresa. 
 
 Cláusulas de controle a atividade sindical (company union): é possível 
mencionar ainda as denominadas company unions, pelas quais o próprio em-
pregador controla a organização do sindicato profissional e estimula a sindica-
lização dos empregados. No Brasil, os sindicatos controlados pelos empregado-
res são chamados de “sindicatos pelegos”. 
 
 Lista negra de trabalhadores sindicalizados (mise à l’index): lista negra 
pela qual os trabalhadores divulgam os nomes dos empregados que possuem 
atuação sindical expressiva, para excluí-los do mercado de trabalho. 
 
 Fontes de custeio dos sindicatos 
 
 Contribuição confederativa: serve para custear o sistema confedera-
tivo dos sindicatos (sindicato, federação e confederação). A expressa 
contribuição prevista no art. 8.º inciso IV da CF e pode somente ser 
cobrada dos trabalhadores sindicalizados. Súmula Vinculante n.º 40. 
 
 Contribuição sindical (imposto sindical): é obrigatória para os em-
pregados, empregadores e profissionais liberais (art. 578 a 610 da 
CLT). (artigos alterados pela reforma) 
 
Da contribuição obrigatória. 
 
Art. 589. Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão fei-
tos os seguintes créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma das instruções 
que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho: 
 
I - para os empregadores: 
 
a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; 
b) 15% (quinze por cento) para a federação; 
c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e 
d) 20% (vinte por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’; 
 
II - para os trabalhadores: 
 
a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; 
b) 10% (dez por cento) para a central sindical; 
c) 15% (quinze por cento) para a federação; 
d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e 
e) 10% (dez por cento) para a ‘Conta Especial Emprego e Salário’; 
 
Reforma: 
 
“Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pa-
gamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as 
contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados. 
..........................................................................” (NR) 
“Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das 
categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas 
pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, 
pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que 
prévia e expressamente autorizadas.” (NR) 
“Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autori-
zação prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria 
econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato 
representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na con-
formidade do disposto no art. 591 desta Consolidação.” (NR) 
“Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar da folha de paga-
mento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição 
sindical dos empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu reco-
lhimento aos respectivos sindicatos. 
 
 
3. Direito de greve e lockout. 
 
o Greve: considera-se legítimo o exercício de greve, que pressupõe a 
paralisação da prestação de serviços. 
o A participação em greve suspende a prestação de serviços. (Art. 7.º 
da Lei de Greve). 
 
o Para a decretação da greve deve-se obedecer aos seguintes requisi-
tos da Lei 7.789/89. 
 
 1.º Real tentativa de negociação, conforme prevê o art. 3.º. 
 
 2.º Realização da assembleia geral, de acordo com o estatuto da en-
tidade sindical. Art. 4.º parágrafo único. (na falta de entidade sindical será cons-
tituída uma comissão de negociação pelos trabalhadores art. 4.º, § 2.º). 
 
 3.º Prévio aviso: 
 
 48 horas para as atividades não consideradas essenciais. Art. 3.º pa-
rágrafo único. 
 72 horas para as atividades essenciais, arroladas no art. 10.º da Lei 
de greve. Art. 13.º da Lei de greve. 
 
o É vedada a rescisão contratual de trabalho durante a greve, salvo: 
 
Na hipótese de manter greve sem manter equipes em atividades que resul-
tem prejuízos irreparável à empregador, como no caso, de deterioração irrever-
sível de máquinas, bens e equipamentos, isto é deve-se manter as atividades es-
senciais da empresa; (art. 9.º) 
 
Em caso de abuso do direito de greve e inobservância dos requisitos conti-
dos na lei de greve, bem como manutenção do movimento após celebração de 
acordo, convenção ou decisão judicial. 
 
o Não constitui abuso do exercício de greve, a paralisação: 
 
a) que tenha objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição do 
acordo; 
 
b) seja motivada pela superveniência de fatos novos ou imprevisto que 
modifique a relação de trabalho. 
 
 É vedada a greve por parte do empregador, isto é, lockout. Art. 17 
da Lei de greve. Em caso de paralisação pelo empregador é devido os respecti-
vos salários. 
 
 TEMAS DE REPRECUSSÃO GERAL SOBRE GREVE 
 
 STF – RE 693456 - RJ - Desconto nos vencimentos dos servidores 
públicos dos dias não trabalhados em virtude de greve. Decisão: O Tribunal, 
apreciando o tema 531 da repercussão geral, por unanimidade, conheceu em 
parte do recurso, e, por maioria, na parte conhecida, deu-lhe provimento, ven-
cidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Marco Aurélio e Ricardo Lewan-
dowski, que lhe negavam provimento. Em seguida, o Tribunal, por maioria, fi-
xou tese nos seguintes termos: "A administração pública deve proceder ao des-
conto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos 
servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela de-
corre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, 
incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do 
Poder Público", vencido o Ministro Edson Fachin. Não participaram da fixação 
da tese a Ministra Rosa Weber e o Ministro Marco Aurélio. Presidiu o julgamen-
to a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 27.10.2016. 
 
 Fundamentos: 
 1.º Que a greve tem natureza jurídica de suspensão contratual de 
trabalho, ou seja, o sujeito não trabalha e também não recebe salário. 
 2.º Que a demora no retorno das atividades dos servidores públicos 
acarrete prejuízo à sociedade. 
 Observação: somente em caso de greve por ato ilegal do adminis-
trador, será devido o salários e todos os outros benefícios. Ex: greve em decor-
rência do atraso de salários. 
 
 
Mandado de Injunção e Direito de Greve - 7 
 
O Tribunal concluiu julgamento de três mandados de injunção impetrados, res-
pectivamente, pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo - 
SINDIPOL, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de 
João Pessoa - SINTEM, e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário 
do Estado do Pará - SINJEP, em que se pretendia fosse garantido aos seus asso-
ciados o exercício do direito de greve previsto no art. 37, VII, da CF ("Art. 37. ... 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei 
específica;") - v. Informativos 308, 430, 462, 468, 480 e 484. O Tribunal, por maio-
ria, conheceu dos mandados de injunção e propôs a solução para a omissão le-
gislativa com a aplicação, no que couber, da Lei 7.783/89, que dispõe sobre o 
exercício do direito de greve na iniciativa privada. 
MI 670/ES, rel. orig. Min. Maurício Corrêa, rel. p/ o acórdão Min. Gilmar 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoDetalhe.asp?incidente=4255687
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=670&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
Mendes, 25.10.2007. (MI-670) 
MI 708/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 25.10.2007. (MI-708) 
MI 712/PA, rel. Min. Eros Grau, 25.10.2007. (MI-712) 
 
 Mandado de Injunçãoe Direito de Greve - 8 
 
No MI 670/ES e no MI 708/DF prevaleceu o voto do Min. Gilmar Mendes. Ne-
le, inicialmente, teceram-se considerações a respeito da questão da conformação 
constitucional do mandado de injunção no Direito Brasileiro e da evolução da 
interpretação que o Supremo lhe tem conferido. Ressaltou-se que a Corte, afas-
tando-se da orientação inicialmente perfilhada no sentido de estar limitada à 
declaração da existência da mora legislativa para a edição de norma regulamen-
tadora específica, passou, sem assumir compromisso com o exercício de uma 
típica função legislativa, a aceitar a possibilidade de uma regulação provisória 
pelo próprio Judiciário. Registrou-se, ademais, o quadro de omissão que se de-
senhou, não obstante as sucessivas decisões proferidas nos mandados de injun-
ção. Entendeu-se que, diante disso, talvez se devesse refletir sobre a adoção, 
como alternativa provisória, para esse impasse, de uma moderada sentença de 
perfil aditivo. Aduziu-se, no ponto, no que concerne à aceitação das sentenças 
aditivas ou modificativas, que elas são em geral aceitas quando integram ou 
completam um regime previamente adotado pelo legislador ou, ainda, quando 
a solução adotada pelo Tribunal incorpora "solução constitucionalmente obriga-
tória". Salientou-se que a disciplina do direito de greve para os trabalhadores 
em geral, no que tange às denominadas atividades essenciais, é especificamente 
delineada nos artigos 9 a 11 da Lei 7.783/89 e que, no caso de aplicação dessa 
legislação à hipótese do direito de greve dos servidores públicos, afigurar-se-ia 
inegável o conflito existente entre as necessidades mínimas de legislação para o 
exercício do direito de greve dos servidores públicos, de um lado, com o direito 
a serviços públicos adequados e prestados de forma contínua, de outro. Assim, 
tendo em conta que ao legislador não seria dado escolher se concede ou não o 
direito de greve, podendo tão-somente dispor sobre a adequada configuração 
da sua disciplina, reconheceu-se a necessidade de uma solução obrigatória da 
perspectiva constitucional. 
MI 670/ES, rel. orig. Min. Maurício Corrêa, rel. p/ o acórdão Min. Gilmar 
Mendes, 25.10.2007. (MI-670) 
MI 708/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 25.10.2007. (MI-708) 
MI 712/PA, rel. Min. Eros Grau, 25.10.2007. (MI-712) 
 
 Mandado de Injunção e Direito de Greve - 9 
 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=670&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=708&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=712&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=670&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=670&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=708&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=712&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
Por fim, concluiu-se que, sob pena de injustificada e inadmissível negativa de 
prestação jurisdicional nos âmbitos federal, estadual e municipal, seria mister 
que, na decisão do writ, fossem fixados, também, os parâmetros institucionais e 
constitucionais de definição de competência, provisória e ampliativa, para apre-
ciação de dissídios de greve instaurados entre o Poder Público e os servidores 
com vínculo estatutário. Dessa forma, no plano procedimental, vislumbrou-se a 
possibilidade de aplicação da Lei 7.701/88, que cuida da especialização das 
turmas dos Tribunais do Trabalho em processos coletivos. No MI 712/PA, pre-
valeceu o voto do Min. Eros Grau, relator, nessa mesma linha. Ficaram venci-
dos, em parte, nos três mandados de injunção, os Ministros Ricardo Lewan-
dowski, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que limitavam a decisão à categoria 
representada pelos respectivos sindicatos e estabeleciam condições específicas 
para o exercício das paralisações. Também ficou vencido, parcialmente, no MI 
670/ES, o Min. Maurício Corrêa, relator, que conhecia do writ apenas para cer-
tificar a mora do Congresso Nacional. 
MI 670/ES, rel. orig. Min. Maurício Corrêa, rel. p/ o acórdão Min. Gilmar 
Mendes, 25.10.2007. (MI-670) 
MI 708/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 25.10.2007. (MI-708) 
MI 712/PA, rel. Min. Eros Grau, 25.10.2007. (MI-712) 
 
 
 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=670&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=670&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=708&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=712&classe=MI&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M

Outros materiais