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POESIA INTIMISTA E TELLES Introdução A poesia intimista é uma classificação dada aos poemas que possuem um caráter mais íntimo. Trata-se de uma tendência explorada sobretudo pelos escritores modernistas. Principais características Exploração da alma humana Introspecção, emoção e reflexão Sensibilidade e musicalidade Conflitos pessoais do indivíduo Valorização do psicológico Questões espirituais e metafísicas Universo onírico (sonho) Exploração do consciente e inconsciente Literatura Intimista no Brasil No Brasil, muitos escritores modernos adotaram a literatura intimista seja na prosa ou na poesia. Clarice Lispector e Cecília Meireles. Lya Luft, Lygia Fagundes Telles, Fernando Sabino Poesia Intimista Romantismo Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, para pensar um belo pensamento e pousá-lo no vento! Quem tivesse um amor – longe, certo e impossível – para se ver chorando, e gostar de chorar. e adormecer de lágrimas e luar! Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas, partisse por nuvens, dormente e acordado, levitando apenas, pelo amor levado... Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula, sem antes nem depois: verdade e alegoria... Ah! Quem tivesse... (Mas, quem teve? quem teria?) Cecília Meireles Lygia Fagundes Telles Lygia Fagundes Telles é uma escritora modernista brasileira. Em 2005, Lygia recebeu o “Prêmio Camões”. nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Passou sua infância em diversas cidades do interior paulista. Com 17 anos, ingressou na Escola Superior de Educação Física. Lygia Fagundes Telles colaboradora em jornais como a Arcádia e A Balança. Durante os anos de faculdade começou a frequentar locais em que se reuniam diversos literatos. Em 1973, publicou o romance "As meninas". Em 1987, Lygia tomou posse da cadeira número 16 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Lygia Fagundes Telles "Às vezes, a esperança. O homem vai sobreviver, e essa certeza me vem quando vejo o mar, um mar que talhou com tanta poluição, embora! mas resistindo. Contemplo as montanhas e fico maravilhada porque elas ainda estão vivas. Sei que é preciso apostar e de aposta em aposta cheguei a esta Casa para a harmoniosa convivência com aqueles que apostam na palavra." (Trecho do "Discurso de Posse", 1987) Lygia Fagundes Telles Lygia é uma ávida escritora e reúne um vasto conjunto de contos, crônicas e romances. Muitos livros da escritora foram publicados em outros países. mais relevantes de contos e romances da escritora: Contos: Porão e sobrado (1938) Antes do Baile Verde (1970) Seminário dos Ratos (1977) Mistérios (1981) Invenção e Memória (2000) Romances: Ciranda de Pedra (1954) Verão no Aquário (1964) As Meninas (1973) As horas nuas (1989) Lygia Fagundes Telles OS QUE BEBEM COMO CÃES Assis Almeida Brasil Os que bebem como os cães Assis Almeida Brasil. Assis Brasil é um nome falado com orgulhosa reverência pelos piauienses que o conhecem e suscita nos demais a vontade de compartilhar o conhecimento de sua literatura. Primeira edição, em l975. Recebeu o Prêmio Nacional Walmap e o Prêmio Joaquim Manuel de Macedo. Os que bebem como os cães Três contextos: A Cela, O Pátio, O Grito Em quarenta e um capítulos o autor desenha a trajetória do personagem. A denominação dos capítulos, A Cela, O Pátio, O Grito remetem a ritos que devem ser cumpridos. O livro traz quatorze capítulos relativos à A Cela; catorze capítulos relativos a O Pátio e treze a O Grito. Os que bebem como os cães Um personagem com memória prejudicada. O que instiga o leitor é a falta de lembrança, o embotamento da memória do personagem. Uma narrativa marcada pela falta de antecedentes pessoais. um homem com quarenta e dois anos, casado, professor de literatura, pai de uma menina e com mãe viva; empregado, com alunos, tem uma casa. Os que bebem como os cães Mas a peça termina e saímos sem saber a razão dele ter perdido a memória. O olhar do autor é profundo, incisivo. Uma obra nascida em mil novecentos e setenta e cinco, quando o Brasil, entre outros países irmãos, se encontrava refém de uma ditadura militar. Ler Os que bebem como os cães, é oferecer a si mesmo a oportunidade de ampliar a visão de mundo. Os que bebem como os cães A mensagem do livro “Os que bebem como os cães” é real, recente, atualizada. Porque a luta do homem por sua verdade é contínua. Este livro alerta sobre as possibilidades da ocorrência de fatos degradantes que expõem a face oculta do homem que detém o poder e o usa contra aqueles que o contradizem e, por isto, são colocados em condições de subjugação. OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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