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Drenagem do Sistema Nervoso Central

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DRENAGEM VENOSA DO SISTEMA NERVOSO 
CENTRAL 
 
1. INTRODUÇÃO 
Buscando identificar as diferentes vias pelo qual o sistema nervoso central 
do ser humano, de forma venosa, é drenado, esse trabalho vem com intuito de 
fazer esse debate mostrando como esse poderoso órgão faz para ter seus 
principais componentes irrigados de forma a manter o metabolismo do 
organismo funcionando de acordo com a seu necessário equilíbrio. Este ainda é 
feito de forma resumida, com o interesse de fazer uma rápida análise das 
principais veias e artérias – sendo esta também inclusa de modo a complementar 
o trabalho, mostrando também essa importante forma de drenagem - que 
compõem esse sistema, de onde saem e para onde irão levar o sangue. 
2. VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
O sistema nervoso é formado de estruturas complexas e de importante 
relevância para todo o organismo, fazendo assim com que seja exigido para o 
seu bom metabolismo um suprimento contínuo e em grande quantidade de 
diversas substâncias, entre elas a glicose e o oxigênio. Devido a esse grande 
metabolismo, o consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo acontece em taxas 
muito elevadas, o que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. Algum tipo de 
queda na concentração de glicose e de oxigênio no sangue circulante ou, por 
outro lado, a suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo não é tolerada por um 
período muito longo, tornando-se necessário a correção desse problema 
imediatamente. 
Uma parada do fluxo de sangue no cérebro por mais de sete segundos 
leva o indivíduo a perda da consciência. Depois de um período de cinco minutos, 
começam aparecer lesões que podem ser irreversíveis, pois as células nervosas 
não se regeneram. Assim, percebemos o que essa parada pode causar em uma 
parte do organismo onde a circulação sanguínea é bastante elevada, sendo 
superada apenas pela circulação do rim e pela do coração. Calcula-se que, em 
um minuto, circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente 
igual ao seu próprio peso. 
 
3. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO 
 O encéfalo pode ter sua vascularização feita por intermédio de dois 
sistemas, o vértebro-basilar e o carotídeo – artérias vertebrais e artérias 
carótidas internas, respectivamente. Estas artérias têm sua importância ligada a 
sua responsabilidade pela irrigação do encéfalo, além de formar, na base do 
crânio, o polígono de Willis, que é o local de onde saem as principais artérias 
para a vascularização cerebral. Essas artérias vertebrais se juntam originando a 
artéria basilar, que está alojada na goteira basilar. Ela acaba se dividindo em 
duas outras artérias cerebrais posteriores que são responsáveis por irrigar a 
parte posterior da face e a parte interior de cada um dos hemisférios cerebrais. 
Ainda nesse contexto, as artérias carótidas internas originam, de cada lado, uma 
artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior. 
Artéria carótida interna – Sistema carotídeo 
 A carótida interna, depois de percorrer um caminho ao longo do pescoço, 
penetra na cavidade do crânio por meio do canal carotídeo do osso temporal. 
Em seguida, ela perfura a dura-máter e a aracnoide e, no início do sulco lateral, 
divide-se em dois ramos terminais, as artérias cerebrais média e as anterior. 
Quando obstruída, essa artéria carótida interna pode levar a uma morte cerebral 
irreversível, sendo esse fato algo bastante comum no atual cenário mundial. 
Essas artérias são consideradas como a circulação anterior do encéfalo. 
 
Artéria vertebral e basilar – Sistema vértebro-basilar 
 As artérias vertebrais vão por um sentido superior, partindo para o 
encéfalo a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. 
Passam também pelos forames transversos de algumas vértebras cervicais, 
perfuram a dura-máter e a aracnoide e penetram o crânio por meio do forame 
magno. Depois disso, percorrem a face ventral do bulbo e fundem-se para 
construir uma via única, a artéria basilar. 
 A artéria basilar passa pelo sulco basilar da ponte e bifurca-se para formar 
as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. Além destas, a artéria basilar 
também dá origem a outras artérias como a cerebelar superior e inferior anterior 
e a artéria do labirinto, fazendo com que as áreas do encéfalo próximo ao tronco 
encefálico e ao cerebelo sejam supridas. Esse ramo de artérias é conhecido 
como circulação posterior do encéfalo. 
 
4. Vascularização venosa do encéfalo 
 As veias do encéfalo não acompanham as suas artérias, de forma que 
são maiores e também mais grossas do que elas. São drenadas para os seios 
da dura-máter, de onde o sangue é direcionado para as veias jugulares internas, 
que recebem quase que totalmente o sangue venoso encefálico. As veias 
jugulares externa e interna são as duas principais que levam o sangue para a 
região da cabeça e do pescoço. As jugulares externas são mais superficiais e 
drenam, para a região subclávia, o sangue da região posterior do pescoço e da 
cabeça. As jugulares internas drenam a porção anterior da cabeça, da face e do 
pescoço. Elas são as responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue 
dos seios venosos do crânio. Essas veias jugulares internas se juntam com as 
veias subclávias para a formar as veias braquiocefálicas, que levam o sangue 
para a veia cava superior. 
 Sendo assim, as veias do cérebro se organizam em dois sistemas, o 
sistema venoso superficial e o profundo. 
Sistema Venoso Superficial: Drenam o córtex e a substância branca 
subjacente. Ele é formado pelas veias cerebrais superiores que vão para os 
seios da dura-máter. 
Sistema Venoso Profundo: Drenam o sangue das regiões mais profundas do 
cérebro, como exemplo o corpo estriado, o diencéfalo. A veia mais importante 
desse sistema é a veia cerebral magna, que é pra onde vai todo o sangue do 
sistema venoso profundo do cérebro. 
 
A figura a seguir, mostra um apanhado geral das principais veias que 
drenam o encéfalo, dando ênfase também a algumas estruturas desse órgão. 
 
 
 
Trombose Venosa Cerebral 
 Uma das principais doenças relacionados a vascularização venosa do 
cérebro é a Trombose Venosa Cerebral. Um tipo de acidente vascular cerebral 
que é ocasionado por um coágulo obstruindo uma das veias do nosso cérebro. 
Considerada uma doença relativamente rara e muitas vezes subdiagnosticada, 
é uma das principais causas de AVC em pessoas jovens, principalmente 
mulheres, e está relacionada a um diagnóstico preciso e rápido para ser melhor 
tratada. A TVC prejudica principalmente o seio sagital superior e os seios 
laterais, normalmente progredindo para trombose de um sistema venoso para 
outros, podendo determinar uma congestão venosa e um edema cerebral 
vasogênico difuso pelo cérebro ou mais localizado. Essa trombose pode 
progredir também para as veias cerebrais superficiais ou profundas, culminando 
com infartos venosos hemorrágicos. 
 
 
 
 
5. Vascularização da medula 
A medula espinhal é vascularizada por três artérias principais: a artéria 
espinal anterior e o par de artérias espinais posteriores. Estas recebem conexões 
de artérias medulares segmentar anterior e posterior, porém, dependendo do 
nível medular, esses ramos podem ou não se originar das artérias vertebrais, 
cervicais, intercostais, lombares ou sacrais. Ainda nesse contexto, a medula é 
irrigada também por três ramos de artérias, a artéria subclávia, a artéria aorta e 
artéria ilíaca interna. Sobretudo, a vascularização é assegurada por dois 
sistemas - um vertical e um horizontal -, sendo o vertical composto por artérias 
espinhais, que são ramos das artérias vertebrais, e o sistema horizontal formado 
pelas artérias radiculares. Estas se dividem em um ramo anterior e em um ramo 
posterior, acompanhando as raízes anteriores e posteriores dos nervos 
raquidianos. Porém, somente uma dessas artérias é que vai contribuir realmente 
para a vascularização da medula,que são as artérias raqui-medulares. 
A drenagem venosa é feita também por dois sistemas – o sistema vertical, 
composto por uma veia espinhal anterior e uma veia espinhal posterior que 
percorrem os sulcos medianos anteriores e posteriores, respectivamente, e o 
sistema horizontal, constituído pelas veias radiculares anteriores e posteriores, 
que drenam nas veias intercostais, vertebrais e no sistema das veias ázigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Referências 
MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: 
Atheneu, 1991. 
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: 
Desvendando o sistema nervoso. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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