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Proteção pulpar · A proteção não se restringe apenas ao momento de colocação do material principalmente na parede de fundo, mas há uma visão mais ampla sobre isso como durante o preparo cavitário, e na escolha do material. · Os canalículos são poucos e pequenos longe da câmara pulpar e perto são amplos e em grande quantidade. · Dentro dos canalículos temos terminações nervosa, que são os responsáveis pelo estimulo da dor. · Além de levar em conta os canalículos, é importante avaliar se a dentina é esclerosada, ou seja, com canalículos obliterados, tornando-os reduzidos. Observa-se pela dor e textura. · Devemos realizar o diagnostica da polpa antes de fazer o preparo · Informações devem ser coletadas na anamnese · Depois vem o exame clínico: inspeção-exploração-palpação-percussão (se existe cavidade não tem necessidade de usar instrumental, dar prioridade ao exame visual) · Durante o preparo evitar maiores injurias, usando curetas afiadas e brocas novas para gerar pouco calor e consequente menos pressão. Fazer uso de refrigeração, corte intermitente (no momento de fazer o preparo colocar broca remover e jogar jato de ar para não aquecer), hidratação constante e secagem cuidadosa (rápida e pouco distante) · Fatores que orientam a escolha do material para proteção pulpar: · Tempo do dente na cavidade bucal: dente decíduo não vai ficar muito tempo então não há necessidade de resina, civ seria melhor. O dente recém irrompido só tem a dentina primaria, o dente mais antigo tem a secundaria, que faz com que o dente seja mais “profundo”. · Profundidade da cavidade: cavidade rasa não há necessidade de um material a mais além da restauração de resina e civ. Em cavidades muito profundas, é importante ter outro material (cimento de hidróxido de cálcio) *Em toda cavidade, independente da característica, o próprio material adesivo serve como material protetor (por causa da camada hibrida formada por ele) * · Qualidade da dentina remanescente: se a dentina estiver esclerosada, não há necessidade de hidróxido de cálcio · Material restaurador a ser utilizado: · temos o civ, que é um material definitivo para dentes decíduos. · Resinas compostas para dentes anteriores e posteriores. · Amalgama. · Propriedades biológicas dos materiais protetores: · Antimicrobiano · Boa adesividade · Deve ser inoculo (não pode causar injuria na boca) · Deve ter ação terapêutica (para aliviar a dor do paciente) · Barreira química · Isolante térmico e elétrico (para não dar sensibilidade no paciente) · Insolubilidade · Deve ter resistência à compressão (força da mastigação) · Compatível com o material restaurador · Biocompatível · Deve estimular a formação de ponte de dentina · Ser antimicrobiano · Materiais protetores pulpares: · Sistema adesivo: · Mecanismo de adesividade · Formação de camada hibrida · Tags e microtags reduzem sensibilidade (em cavidades muito profundas, em parede pulpar deve-se colocar material adicional) · Civ: · Menor toxicidade · Liberação de flúor · Adesão à estrutura dentaria · Coeficiente de expansão térmica semelhante à estrutura dentaria · Tem afinidade com sistema adesivo, principalmente os cimentos ionoméricos híbridos · Usar cimento de hidróxido de cálcio antes em cavidades muito profundas · Cimento de hidróxido de cálcio: · Estimula formação de dentina · Ph alcalino · Isolante térmico e elétrico · Tem ação antimicrobiana · Fraca adesão · Evitar colocar o ácido em cima do cimento de hidróxido de cálcio · Elevada opacidade (em radiografia da pra ver que tem proteção) -em dentes anteriores é bom evitar por questões estéticas- · Impede adesão entre restauração e dentina · Tipos de proteção pulpar: · Indireta · Para restauração em amalgama: · Cavidade rasa= sistema adesivo · Cavidade media=sistema adesivo · Cavidade profunda= civ ou cimento de hidróxido de cálcio associado a civ · Cavidade muito profunda= cimento de hidróxido de cálcio associado a civ · Para restauração em CIV: · Cavidade rasa: civ · Cavidade media: civ · Cavidade profunda: civ ou cimento de hidróxido de cálcio · Cavidade muito profunda: cimento de hidróxido de cálcio · Para restauração em resina composta: · Cavidade rasa: adesivo · Cavidade media: adesivo · Cavidade profunda: civ+adesivo ou cimento de hidróxido de cálcio+civ+adesivo · Cavidade muito profunda: cimento de hidróxido de cálcio+civ+adesivo · Paredes circundantes sempre ficam livres para promover adesão. · Tratamento expectante: paciente com dor na anamnese, fiz a anotação no prontuário, a dor vem de uma unidade com uma cavidade muito profunda, fiz a radiografia periapical, verifico que não tem alteração periapical, verifico na região da coroa a proximidade da imagem compatível com lesão de carie com a imagem que esta me relatando que é a câmera pulpar. Se for favorável venho com esse tratamento: · Interromper metabolismo bacteriano · Evitar infiltração marginal · Remineralizar dentina desmineralizada · Hipermineralizar dentina adjacente · Promover dentina reacional · Reduzir chance de exposição pulpar (se optarmos por uma segunda sessão) · Indicações do tratamento: · Lesão de carie profunda com risco de exposição pulpar · Ausência de sintomas e sinais de inflamação pulpar irreversível · Dente com possibilidade de reabilitação · Contraindicações: · Evidência clínica e/ou radiográfica de necrose pulpar · Sintomas e sinais de inflamação pulpar irreversível · Vantagens: · Manter a vitalidade pulpar · Reduzir o custo do tratamento · Tratamento expectante: · Na iminência da exposição: aplicar pasta de hidróxido de cálcio e civ restaurador e após 45 a 60 dias aplicar cimento de hidróxido de cálcio+civ forramento+material restaurador · Protocolo 1ª sessão: · Exames · Radiografia periapical · Teste de sensibilidade · Anestesia · Isolamento · Remoção de tecido cariado · Clorexidina 2%, solução de hidróxido de cálcio ou soro · Secagem com bolinha de algodão · Cimento de hidróxido de cálcio · Restauração provisória · Depois de dias o paciente volta · Protocolo 2ª sessão: · Exame · Radiografia periapical · Teste de sensibilidade · Anestesia · Isolamento · Remoção da restauração provisória e proteção pulpar · Remoção da dentina cariada remanescente · Clorexidina 2%, solução de hidróxido de cálcio ou soro · Secagem · Proteção pulpar · Restauração definitiva · Se houver exposição da polpa: · No primeiro dia aplicar pó ou pasta de hidróxido de cálcio sobre a polpa exposta e civ restaurador em seguida. Após 45 a 60 dias aplicar cimento de hidróxido de cálcio sobre barreira dentinária, depois civ forramento, material restaurador
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