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Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos

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PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO: 
O princípio da continuidade do serviço público, ainda que ligado diretamente aos serviços públicos, abrange também toda e qualquer atividade administrativa. O mandamento nuclear desse princípio é a não interrupção dos serviços públicos, visto que, tais serviços atendem necessidades sociais que muitas vezes são imediatas e improrrogáveis. O art. 37, VII da Constituição Federal dispõe o seguinte sobre as greves dentro da Administração: “VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”. O Supremo Tribunal Federal, na ausência de lei específica, decidiu pela aplicação da Lei nº 7.783/1989 que: 
Dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, e dá outras providências
É de suma importância a conciliação entre a continuidade dos serviços públicos com as greves. Na França, além da greve rotacional (paralisações alternadas) ser proibida, é imposto aos sindicatos a obrigatoriedade de aviso prévio de no mínimo de 5 (cinco) dias para o início da paralisação as autoridades. 
O princípio da continuidade está intrinsicamente ligado ao princípio da eficiência, expressamente mencionado no caput do art. 37 da CF, pois, um dos principais aspectos da qualidade dos serviços públicos é a sua ininterrupção. Uma situação sempre abordada pela doutrina é o contrato administrativo. Nesse contrato, é vedado ao contratado particular a oposição em face da Administração (dentro de certos limites), de forma a evitar paralisações das obras e serviços. É impossível ao contratado pela Administração a invocação da exceptio non adimpleti contractus. Essa situação também demonstra como o princípio da supremacia do interesse público está interligado ao princípio da continuidade dos serviços públicos, visto que ambos zelam pelo interesse da coletividade em detrimento do interesse particular. 
Embora constitua regra geral, a continuidade dos serviços públicos não pode ter caráter absoluto. Como aponta José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 37):
Existem certas situações específicas que excepcionam o princípio, permitindo a paralisação temporária da atividade, como é o caso da necessidade de proceder a reparos técnicos ou de realizar obras para a expansão e melhoria dos serviços.
Alguns serviços são remunerados por tarifa e o seu caráter é tipicamente negocial. Para esses tipos de serviços, é admitido a sua suspensão no caso de inadimplemento de prestação de tarifa por parte do usuário, só podendo ser então reestabelecido com a quitação do débito. É o exemplo dos serviços de energia elétrica e das linhas telefônicas.

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