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Responsabilidade Civil 11 de maio de 2021 Mestranda: Luana Fornazier dos Santos UNIVERSIDADE RITTER DOS REIS - UNIRITTER Elementos/Pressupostos I Agenda de Hoje 1. Compreender os pressupostos da responsabilidade civil: conduta humana , nexo causal e modalidades de dano. 2. Analisar as principais espécies de dano e suas formas de liquidação: dano material, dano moral e dano estético. 3. Aplicar a tese adequada ao pedido de indenização por perdas e danos. RE SP O N SA BI LI D AD E CI VI L II Elementos da Responsabilidade Civil III - Conduta - Nexo Causal - Dano Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Culpa? seriam a anatomia da Resp. Civil IVConduta Fato de outrem e da coisa Pelo dever de guarda, vigilância e cuidado, a lei prevê a responsabilidade do fato de outrem ou de terceiro a quem o responsável está ligado. REGRA: Só responde pelo fato aquele que der causa. Ação Comportamento positivo, movimento comissivo, como por exemplo: destruição de uma coisa alheia Omissão Ausência de um comportamento imposto pelo direito. Individuo acaba cooperando para o resultado. - Da lei -Do contrato Comportamento humano voluntário exteriorizado através de uma ação ou omissão Consequência jurídica Arts. 932, 936 a 938 Ato Voluntário Ou seja, deve ser controlável pela vontade. Deve haver um querer íntimo manifestado livremente. V Fato de outrem e de coisa Art. 937, CC "O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta." "Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido." Art. 938, CC "São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia" Art. 932, CC Imputabilidade - Menoridade < 16 anos não são responsáveis = incapazes (inimputáveis) - Emancipado pode ser responsabilizado? VI Agente só pode ser responsabilizado quando devia e podia ter agido de outro modo para evitar o dano = Plena capacidade de fato (art. 5º, CC) Art. 928, Código Civil ≥ 16 anos < 18 anos não são responsáveis = relativamente incapazes (inimputáveis) Culpa Strito Sensu Conduta nasce lícita, mas torna-se ilícita na medida em que se desvia dos padrões adequados socialmente. VIOLAÇÃO DO DEVER DE CUIDADO. Dolo Conduta voluntária que já nasce ilícita Culpa Lato Sensu VII Culpabilidade - juízo de censura (reprovação) que recai sobre alguém considerado culpado por ato ilícito - Imprudência - Negligência - Imperícia - Culpa Levíssima - Culpa Leve - Culpa Grave - Culpa Contratual - Culpa Extracontratual VIII Negligência: Quando existe a não observância de um dever de cuidado, o sujeito é omisso Imprudência: Individuo ao adotar um comportamento positivo, deixa de observar o cuidado necessário Imperícia Quando existe falta de qualificação ou treinamento de determinado profissional para o exercício de sua função Culpa Levíssima, Leve e Grave 2ª Hipótese: Culpa concorrente São casos em que o grau de culpa será importante para fixação do quantum indenizatório. Destaca-se que a culpa de ambas partes não é caso de exclusão da responsabilidade, mas redução. "Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano." 1ª Hipótese: Desproporção entre grau de culpa e extensão do dano Exemplo: Uma culpa levíssima e um dano extenso. Artigo 944, CC - Juiz pode reduzir valor da indenização "Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização." De forma excepcional o grau de culpa poderá ter importância na fixação do valor indenizatório IX Apelação 7.094/95 TJRJ Culpa Contratual e Extracontratual X Quando o dever tiver fonte um relação jurídica obrigacional preexistente através de um contrato Quando o dever tiver por causa geradora a lei ou um preceito geral de direito XINexo Causal Teoria da equivalência dos antecedentes Aqui, todas as causas e condições que antecedem determinado resultado se equivalem. Ou seja todos os fatos relativos ao evento danoso, sejam eles direitos ou indiretos geram responsabilidade Teoria da causalidade adequa A causa é o antecedente adequado, na perspectiva de um juízo de probabilidade à produção do resultado danoso Teoria do dano direto ou imediato Para essa teoria deve-se buscar a causa que se vincula de maneira direita e imediata ao dano produzido Essa teoria é prevista no artigo 403, CC É a relação de causa e efeito entre a conduta e o dano sofrido pela vítima (elemento abstrato). Seria uma "ponte" entre conduta e dano. Caso fortuito ou Força maior Art. 393, CC equipara essas duas expressões que seriam a "inevitabilidade do evento" Fato de terceiro Ocorre quando terceiro é o verdadeiro causador do dano. É o que vai romper a relação de causal entre a vítima e o aparente causador do dano. Fato exclusivo da vítima Agente é apenas um instrumento para a produção daquele dano Excludentes do Nexo de Causalidade XII XIIIDano Dano moral (extrapatrimonial) - Em sentido estrito: é a violação do direito à dignidade - Em sentido amplo: é a violação de algum direito ou atributo da personalidade ----Mas o que configura o dano moral? - Dano moral reflexo É a lesão a um bem ou interesse juridicamente tutelado Dano material (patrimonial) É aquele dano que atinge os bens integrantes do patrimônio da vítima. - Dano Emergente (positivo) - Lucro cessante (negativo) - Perda de uma Chance Dano estético É aquele que causa na vítima desgosto ou algum tipo de complexo de inferioridade, constituindo alteração da formação corporal. NÃO se confunde com dano moral! Art. 402, CC In re ipsaRECURSO ESPECIAL Nº788.459 - BA (2005/0172410-9) Liquidação do dano Liquidação do dano moral - Critério de arbitramento A sanção deve ser proporcional ao dano. o juiz ao valorar o dano moral deve arbitrar um aquantia que de acordo com seu arbítrio seja compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita a intensidade e duração do sofrimento Liquidação do lucro cessante - Critério da razoabilidade Razoável é tudo aquilo que seja ao mesmo tempo ADEQUADO, NECESSÁRIO e PROPORCIONAL. O juiz vai se valer de um juízo de razoabilidade, juízo causal hipotético, que seria o desenvolvimento normal dos acontecimentos caso não tivesse ocorrido o fato ilícito Nesta fase busca-se fixar concretamente o montante dos elementos apurados na primeira fase (identificação da reparação do dano) XIV Liquidação do dano emergente - Critério da diferença Faz-se uma avaliação concreta do dano, medida pela diferença entre a situação anterior ao ato ilícito e a situação posterior ao dano sofrido.
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