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AMELOBLASTOMAS Tumor de origem epitelial, bastante agressivo localmente, tendência de recidiva, 6 - 20% incidência maior que os tumores odontogênicos. Circunscrita aos remanescentes do epitélio odontogênico ou fusionada ao epitélio oral. Na maxila ele se infiltra muito mais rápido e facilmente está em contato com estruturas nobres > torna-se inoperável > paciente vai a óbito. Etiologia - Remanescente do epitélio reduzido do órgão do esmalte; - Restos epiteliais de malassez; - Células do folículo dentário; - Células de revestimento epitelial de cistos odontogênicos (queratocistos, dentígero, etc.); - Células da camada basal do epitélio de revestimento da cavidade bucal. Incidências - 86,5% na mandíbula, 13,5% na maxila - 65,4% multilocular, 34,6% unilocular - 71,2% crioterapia, 21,2% ressecção, 7,7% curetagem - 71,2 % recidiva Classificação clínica radiográfica - Sólidos ou multicísticos: 86% dos casos - Unicísticos: 13% dos casos - Periféricos: 1% dos casos Classificação Histológica - Folicular - Plexiforme - Acantomatoso - De células granulares - Basalóide - Desmoplásico Na anamnese os pacientes relatam expansão lenta e progressiva, indolor, em locais onde um dente foi extraído ou houve infecção prévia. Clinicamente: lesão expansiva que apaga fundo de sulco gengivo-vestibular ou gengivo-lingual (palatino), consistente e indolor à palpação. Má oclusão e/ou mobilidade dentária pode ser encontrada em alguns casos. Radiograficamente: “bolhas de sabão”, “favos de mel”. Tratamento a) Cirúrgico: pode ser marginal → remoção da lesão em bloco deixando a basilar, não ocorre a descontinuidade do arco, ou segmentar → mais preconizada, remoção da lesão em bloco com descontinuidade da mandíbula ou maxila (maxilectomia ou mandibulectomia). b) Curetagem: se remove a lesão raspando o tecido ósseo remanescente, muita recidiva. c) Criocirurgia/crioterapia: congelamento do remanescente ósseo, é coadjuvante do tratamento. d) Eletrocauterização. e) Escleroterapia: promove necrose da região, é tratamento coadjuvante. f) Radioterapia: tumor é radioresistente, tratamento coadjuvante. A enucleação não funciona porque o ameloblastoma não tem cápsula. A descrição radiográfica da lesão, na maioria dos casos, é uma radiolucidez multilocular com aspecto de “bolhas de sabão”, quando as loculações radiotransparentes são grandes, ou ‘favos de mel”, quando as loculações são pequenas, de margens irregulares. Presença de reabsorção radicular em dentes adjacentes e expansão de cortical óssea são comumente observadas. Em alguns casos, nota-se a lesão envolvendo um terceiro molar inferior incluso. Geralmente tem líquido cístico na cor amarelo citrino.
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