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DIREITO INTERNACIONAL Introdução É o conjunto de princípios e normas, positivas e costumeiras, representativos dos direitos e deveres aplicáveis no âmbito da sociedade internacional. Direito Internacional Público: regula ou regra a relação entre os Estados, os Estados e outros sujeitos de direito internacional tais como os organismos internacionais intergovernamentais (ONU, BIRD, FMI) e para parte da doutrina as pessoas (os indivíduos). Diferença entre o Direito Internacional: PÚBLICO X PRIVADO Regula a relação entre os particulares e seus interesses Direito Internacional Privado: de ordem privada com características internacionais. É um sobredireito, pois indica o direito aplicável e não soluciona o litígio (traz normas conflituais e indiretas). Elementos de Conexão: são regras determinadas pelo direito internacional privado que apontam o direito aplicável a uma ou várias situações jurídicas unidas a mais de um sistema legal. São entre outros: nacionalidade, domicílio e a residência habitual da pessoa física, lex rei sitae (lei do local da situação da coisa), lex loci delicti commissi (lei do lugar onde foi cometido o ato ilícito), lex fori (lugar do foro) e lex loci actus (lei do lugar da ação ou obrigação). Portanto, o Direito Internacional Privado é o ramo da ciência jurídica que regula as regras e princípios aplicáveis nos casos de conflitos de lei no espaço. Direito Internacional Público O Direito Internacional Público tem como : a inexistência características fundamentais de uma autoridade superior, a falta de coercibilidade para o cumprimento dos regramentos estabelecidos, sistema de sanções frágeis, descentralização das decisões e o dever do respeito à soberania dos Estados. E tem com fonte mais importante os tratados internacionais. O que fundamenta o DIP é a soberania estatal (art. 1, I da CF/88), manifestação da vontade ou consentimento e o pacta sunt servanda. SOBERANIA: é a qualidade que caracteriza o poder supremo de um Estado (independência, autoridade dentro e fora do seu território); Art. 1º, I; Art. 4º, I, III e V; Art. 170, I, todos da CF/88; PACTA SUNT SERVANDA: liberdade de contrair obrigações (direitos e deveres), compromissos livremente firmados devem ser cumpridos. Fontes de Direito Internacional PRIMÁRIAS: tratados internacionais, o costume internacional e os princípios gerais de direito. SECUNDÁRIAS: doutrina, jurisprudência da Corte Internacional de Justiça de 1945 – Corte de Haia – art. 38 (decisões da corte, convenções e tratados, costumes e princípios gerais de direito). Os costumes reconhecidos e praticados nas relações exteriores vinculam as partes, sem necessitar que esta norma esteja escrita. : são os valores que apontam um caminho a PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO seguir e que servem de base para as decisões internacionais. AS JURISPRUDÊNCIAS das cortes internacionais (CIJ - Corte Internacional de Justiça e TPI - Tribunal Penal Internacional) fazem fonte de direito intencional, no entanto as jurisprudências dos Tribunais Constitucionais internos de cada nação não, apesar de terem relevância do direito internacional privado, não são fontes de DIP. POPULAÇÃO É o conjunto de habitantes que mantêm ligação estável com um determinado Estado, por meio de um vínculo jurídico, o vínculo da nacionalidade. Inclui os nacionais residentes dentro e fora do território. Não inclui os estrangeiros residentes no território do Estado. NACIONALIDADE É o vínculo jurídico-político de fidelidade entre o Estado e o indivíduo, atribuído pelo Estado, no exercício de seu poder soberano. TERRITÓRIO É o espaço onde se exerce a soberania estatal. Ele determina os limites do exercício do poder do estado. Delimitar um território significa estabelecer seus limites, o que é feito por tratados ou costumes. Demarcar um território significa implantar marcos físicos sobre o território. Limite não se confunde com fronteira. Limite é um ponto que determina com certa precisão até onde vai o território do Estado. Fronteira é uma região em torno do limite territorial, sobre o qual o Estado tem interesse de zelar para garantir sua segurança nacional. Personalidade Jurídica de Direito Internacional Os Estados e organizações internacionais intergovernamentais e os particulares ou indivíduos tem personalidade jurídica internacional, ou seja, são sujeitos do Direito Internacional. Atenção: A Anistia Internacional e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não são organizações internacionais, mas sim ONGs de atuação internacional, por este motivo não celebram tratados, e por este motivo não são considerados sujeitos de direito internacional. ESTADOS: para que sejam sujeitos de direito internacional devem reunir 4 elementos constitutivos em sua formação: População Permanente; Território determinado; Governo e Soberania. RECONHECIMENTO DE UM ESTADO: é o surgimento de um novo sujeito de direito internacional, atestado pelos demais Estados por meio de um ato discricionário, unilateral, irrevogável e incondicional; Cuja importância é fundamental para que o novo Estado se relacione com os seus pares na comunidade internacional. RECONHECIMENTO DE GOVERNO: é todo o governo que exerce a sua autoridade como sendo a única no Estado. Tem as seguintes FORMALIDADES: efetividade (controle da máquina e obediência civil), cumprimento das obrigações internacionais, Constituição própria e ser democrático. Efeitos do reconhecimento de um governo: estabelecimento de relações diplomáticas; imunidade de jurisdição; capacidade para demanda em tribunal estrangeiro; admissão da validade das leis e atos governamentais. Chefe de Estado X Chefe de Governo No Brasil cabe Privativamente ao Chefe de Estado art. 84, VII e VIII da CF/88 manter relações com outros Estados, acreditar seus representantes diplomáticos e celebrar tratados internacionais “ad referendum” do Congresso Nacional. O Chefe de Estado goza de imunidade plena que é uma restrição ao direito fundamental dos Estados soberanos que se veem impedidos de sujeitar representantes de outros Estados presentes em seu território ao seu ordenamento jurídico. No Brasil o Ministro das Relações Exteriores ou chanceler tem como principal função auxiliar o chefe de Estado na formulação e execução da política externa. PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. EXTERNO – República Federativa do Brasil PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. INTERNO – UNIÃO FEDERAL ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS INTERGOVERNAMENTAIS: são pessoas jurídicas de direito público externo formadas pela reunião de Estados que têm uma finalidade em comum. Após serem constituídas adquirem personalidade internacional independente da de seus membros constituintes (ONU, OIT, FAO, UNESCO (educação, ciência e cultura), OTAN E FMI). SANTA SÉ: é a aliança da Cúria Romana com o Papa, o Tratado de Latrão firmado em 1929 pela Itália e a Santa Sé, reconhece a personalidade internacional da Santa Sé, reconheceu a propriedade e a jurisdição soberana sobre o Vaticano e atribuiu ao Vaticano neutralidade permanente. ESTADO DA CIDADE DO VATICANO possui personalidade jurídica própria que não se confunde com a da santa sé, nacionalidade própria (nacionalidade funcional ou jus domicilli + jus laboris); quem reside no Vaticano está submetido a soberania da Santa Sé que também tem direito a representação diplomática ativa e passiva (núncio apostólico); o Papa é chefe de Estado e da Igreja Católica; TRATADOS INTERNACIONAIS É o acordo internacional celebrado por escrito entre dois ou mais Estados ou outros sujeitos sob égide do Direito Internacional. Requisitos de Validade: CAPACIDADE DAS PARTES, HABILITAÇÃO DO AGENTE SIGNATÁRIO (representatividade derivada carta de plenos poderes), CONSENTIMENTO MÚTUO, OBJETO LÍCITO E POSSÍVEL. NO BRASIL assinam e negociam tratados o Chefe de Estado e o Ministro das relações Exteriores e também o PLENIPOTENCIÁRIO(pessoa escolhida pelo Presidente com a confirmação do Min das rel. Exteriores) e Delegação nacional, ambos necessitam de “CARTA DE PLENOS PODERES”. Que significa que é um doc. expedido por autoridade competente dando os poderes necessários, para firmar, negociar e alterar acordos em nome da nação. TRATADOS são normas de direito externo até serem internalizados pelos ordenamentos jurídicos de cada nação. O Brasil adotou a teoria da incorporação no art. 5º, §s 2º, 3º e 4º da CF/88. No Brasil, assinado o tratado, o mesmo é enviado ao Congresso Nacional e deve ser aprovado nas duas casas, sendo aprovado é emitido pelo Presidente do Congresso Nacional um Decreto Legislativo autorizando o presidente a ratificar o acordo, uma vez ratificado por Decreto presidencial, o tratado será promulgado e publicado passando a valer no território nacional. Conflito entre o tratado e norma interna, a doutrina majoritária prega a prevalência do direito internacional sobre o direito interno. No entanto, nenhum tratado internacional poderá contrariar a CF/88, para ser incorporado no ordenamento legislativo brasileiro. “Reserva” significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado. A “Denúncia” é um , de efeito jurídico inverso ao da ratificação e da ato unilateral adesão, manifestando, o Estado, sua vontade de deixar de ser parte no acordo internacional. Hierarquia dos Tratados – Incorporados a Legislação do Brasil 1º) CF e Tratados de DH com força de EC (Art. 5º, § 3º, da CF) 2º) Tratados de DH com Força Supralegal; 3º) Leis e Tratados Internacionais que não falam de DH; 4º) Demais Normas. Domínio Público Internacional TERRITÓRIO NACIONAL: pode incluir Navios, com a bandeira do país e aeronaves militares. Mar Territorial compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de largura, medidas da linha base. Zona Contígua brasileira compreende uma faixa de 12 a 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. A finalidade é delimitar o exercício da fiscalização para evitar infrações às leis e reprimir infrações às leis. AGENTES DIPLOMÁTICOS: são responsáveis pela do próprio representação Estado em território estrangeiro, perante o governo. Missão Diplomática: é formada pelo conjunto de diplomatas que representam os Estados ou organizações intergovernamentais. OS EMBAIXADORES são a própria representação da nação no estado estrangeiro ou no organismo internacional, são responsáveis pela representação política. Os prédios das embaixadas são invioláveis. DIREITO DE LEGAÇÃO: consiste na prerrogativa dos Estados de enviar (ativa) e receber (passiva) agentes diplomáticos (Embaixadores) de outros Estados. O Chefe da Missão Diplomática é chamado de embaixador ou núncio. Também em missões sem embaixadas o chefe poderá ser chamado de enviado ou ministro ou encarregado de negócios. Embaixador é uma função ocupada e não uma classe da carreira diplomática, o último nível da carreira diplomática é ministro de primeira classe. As Embaixadas, que são o local onde funciona a missão diplomática compreendendo o conjunto de suas instalações físicas, são invioláveis segundo a Convenção de Viena. AGENTES CONSULARES: são funcionários públicos enviados pelo Estado para a proteção de seus interesses e de seus nacionais; CONSULADOS são repartições públicas estabelecidas pelos Estados em portos ou cidades de outros Estados. São responsáveis pela representação comercial, administrativa e a de caráter notarial. Espécies de cônsul: Honorário eleito entre os nacionais do país onde está o consulado; de Carreira funcionário público do país que o consulado representa; Nomeação do Cônsul depende de aceitação prévia do nome indicado (feito mediante o exequatur que é a autorização concedida pelo Estado receptor que admite o agente consular para o exercício de suas funções), competindo tal função a cada Estado individualmente, nos termos de sua legislação específica. CARTA PATENTE: é o documento que representa a investidura do agente consular. Os locais da missão diplomática não podem ser violados; O agente diplomático goza de isenção de impostos e taxas, havendo exceções a esse respeito; Os bens da embaixada são invioláveis e não podem ser objetos de penhora. A correspondência e a comunicação oficial da missão diplomática são invioláveis. A mala diplomática não poderá ser aberta ou retida. Imunidade Em razão do desempenho das suas funções, o agente diplomático goza de privilégios e imunidades. Esses privilégios e imunidades podem ser classificados em: inviolabilidade, imunidade de jurisdição civil, administrativa e criminal e isenção fiscal. A inviolabilidade abrange o local da Missão diplomática e as residências particulares dos agentes diplomáticos. Nesses locais, o Estado acreditado não pode exercer qualquer tipo de coação (invasão pela polícia), a não ser que haja autorização do Chefe da Missão. Do mesmo modo, não pode haver uma citação dentro da Missão. A inviolabilidade cessa se os locais da Missão forem utilizados de modo incompatível com as funções da Missão. Cessa ainda em caso de emergência (incêndio). É inviolável também a correspondência. A inviolabilidade também significa que os agentes diplomáticos não podem ser presos. O Estado acreditado deverá proteger os imóveis da Missão, bem como a própria pessoa dos Agentes Diplomáticos. Os atos da Missão, praticados como representante do Estado acreditante (assinatura de Tratado) não podem ser apreciados pelos tribunais do Estado acreditado. O Agente Diplomático goza de imunidade de jurisdição criminal. É absoluta e aplica-se a qualquer delito. Ele tem ainda imunidade de jurisdição civil e administrativa. A imunidade de jurisdição não significa que ele esteja acima da lei, mas significa apenas que ele deverá ser processado no Estado acreditante. Poderá haver renúncia à imunidade de jurisdição do agente diplomático ou de qualquer pessoa que dela se beneficie. De um modo geral, tem sido sustentado que a imunidade penal cessa em caso de flagrante delito que não esteja ligado ao exercício de suas funções. A imunidade fiscal abrange o Estado acreditante e o Chefe da Missão. ATENÇÃO aos arts. 31 e 32 da Convenção de Viena de 1961 dobre o Direito Diplomático: Artigo 31 1. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado. Gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser que se trate de: a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão. b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo privado e não em nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário. c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais. 2. O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha. 3. O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de execução a não ser nos casos previstos nas alíneas "a"," b " e " c " do parágrafo 1 deste artigo e desde que a execução possa realizar-se sem afetar a inviolabilidade de sua pessoa ou residência. 4. A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição do Estado acreditante. Artigo 32 1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das pessoas que gozam de imunidade nos termos do artigo 37. 2. A renúncia será sempreexpressa. 3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição nos termos do artigo 37 inicia uma ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade de jurisdição no tocante a uma reconvenção ligada à ação principal. 4. A renúncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto as medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária. Da isenção de impostos ao representante diplomático: Artigo 34 O agente diplomático gozará de isenção de todos os impostos e taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais ou municipais, com as exceções seguintes: a) os impostos indiretos que estejam normalmente incluídos no preço das mercadorias ou dos serviços; b) os impostos e taxas sobre bens imóveis privados situados no território do Estado acreditado, a não ser que o agente diplomático os possua em nome do Estado acreditante e para os fins da missão; c) os direitos de sucessão percebidos pelo Estado acreditado, salvo o disposto no parágrafo 4 do artigo 39; d) os impostos e taxas sobre rendimentos privados que tenham a sua origem no Estado acreditado e os impostos sobre o capital referentes a investimentos em empresas comerciais no Estado acreditado. e) os impostos e taxas que incidem sobre a remuneração relativa a serviços específicos; f) os direitos de registro, de hipoteca, custas judiciais e imposto de selo relativos a bens imóveis, salvo o disposto no artigo 23. Lei nº 8.617/93 - O MAR TERRITORIAL Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil. Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas ao longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o método das linhas de base retas, ligando pontos apropriados, para o traçado da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar territorial. Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. - ZONA CONTÍGUA Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias para: I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial; II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar territorial. ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: uma faixa de 200 milhas marítimas contadas a partir da linha base, onde há o direito exclusivo do BRASIL de investigação e exploração científica econômica. PLATAFORMA CONTINENTAL CORRESPONDE AO LEITO E AO SUBSOLO DAS ÁREAS SUBMARINAS que se estendem além do mar territorial. Navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente. - ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não- vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos. Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria. Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, de exercícios ou manobras militares, em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas, somente poderá ocorrer com o consentimento do Governo brasileiro. Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona econômica exclusiva, das liberdades de navegação e sobrevôo, bem como de outros usos do mar internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas liberdades, tais como os ligados à operação de navios e aeronaves. - PLATAFORMA CONTINENTAL Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância. Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de conformidade com os critérios estabelecidos no art. 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, em 10 de dezembro de 1982. Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos de exploração dos recursos naturais. Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os recursos minerais e outros não-vivos do leito do mar e subsolo, bem como os organismos vivos pertencentes a espécies sedentárias, isto é, àquelas que no período de captura estão imóveis no leito do mar ou no seu subsolo, ou que só podem mover-se em constante contato físico com esse leito ou subsolo. Art. 13. Na plataforma continental, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marinho, bem como a construção, operação e o uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. § 1º A investigação científica marinha, na plataforma continental, só poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria. § 2º O Governo brasileiro tem o direito exclusivo de autorizar e regulamentar as perfurações na plataforma continental, quaisquer que sejam os seus fins. Art. 14. É reconhecido a todos os Estados o direito de colocar cabos e dutos na plataforma continental. § 1º O traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na plataforma continental dependerá do consentimento do Governo brasileiro. § 2º O Governo brasileiro poderá estabelecer condições para a colocação dos cabos e dutos que penetrem seu território ou seu mar territorial. ALTO-MAR Alto-mar é um conceito de direito do mar, definido como sendo todas as partes do mar não incluídas no mar territorial e na zona econômica exclusiva de um estado costeiro, nem nas águas arquipelágicas de um estado arquipélago. Em outras palavras, alto-mar é o conjunto das zonas marítimas que não se encontram sob jurisdição de nenhum estado. Nos termos do direito do mar, qualquer reivindicação de soberania sobre tais zonas, da parte de um estado, é ilegítima. O limite interior do alto-mar corresponde ao limite exterior da zona econômica exclusiva, que é fixado a, no máximo, 200 milhas náuticas da costa. Mas há no tratado uma possibilidade de ampliação em mais 150 milhas náuticas sobre a extensão da Plataforma Continental. Brasil e Portugal fizeram esse pedido, que estão sob análise da ONU. No alto-mar, vigora o princípio da "liberdade do alto-mar": são livres a navegação, o sobrevoo, a pesca, a pesquisa científica, a instalação de cabos e dutos e a construção de ilhas artificiais. Outro princípio de direito do mar aplicável o alto-mar é o do uso pacífico. RIOS INTERNACIONAIS São rios internacionaisaqueles que correm em mais de um Estado, quer sejam limítrofes (formam fronteira entre dois Estados), quer de curso sucessivo (corre no território de um Estado em seguida ao de outro). A importância da navegação fluvial somou-se aos interesses econômicos da utilização dos recursos econômicos da utilização dos recursos naturais (geração de energia hidrelétrica, irrigação, etc.) para criar a necessidade de disciplina internacional para tais rios, de que são exemplos o Danúbio, na Europa, e a Bacia do Prata, na América do Sul. A disciplina de tais situações é realizada por meio de entendimentos ou tratados específicos para cada situação e, por vezes, até mesmo por atos unilaterais. O princípio básico que regula os rios internacionais é o da soberania dos Estados sobre os trechos que correm dentro de seus respectivos limites. A liberdade de navegação em rio internacional, quando concedida (por intermédio de tratado ou ato unilateral), não exclui o direito de o Estado ribeirinho exercer a sua jurisdição e o poder de polícia. ESPAÇO AÉREO À porção da atmosfera localizada sobre o território ou mar territorial de um Estado dá- se o nome de espaço aéreo. O Direito Internacional Público reconhece a soberania exclusiva do Estado sobre o espaço aéreo sobrejacente. Tal espaço, diferentemente do mar territorial, não comporta direito de passagem inocente, razão pela qual, em princípio, uma aeronave estrangeira somente pode sobrevoar o território de determinado Estado com o consentimento desse. Saída Compulsória de Estrangeiro. Lei nº 13.445/17 – Lei da Migração Seção III - Da Deportação Art.50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional. § 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares. § 2º A notificação prevista no § 1º não impede a livre circulação em território nacional, devendo o deportando informar seu domicílio e suas atividades. § 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize a situação migratória, a deportação poderá ser executada. § 4º A deportação não exclui eventuais direitos adquiridos em relações contratuais ou decorrentes da lei brasileira. § 5º A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da notificação de deportação para todos os fins. § 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso IX do art. 45. Art. 51. Os procedimentos conducentes à deportação devem respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garantia de recurso com efeito suspensivo. § 1º A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para prestação de assistência ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportação. § 2º A ausência de manifestação da Defensoria Pública da União, desde que prévia e devidamente notificada, não impedirá a efetivação da medida de deportação. Art. 52. Em se tratando de apátrida, o procedimento de deportação dependerá de prévia autorização da autoridade competente. Art. 53. Não se procederá à deportação se a medida configurar extradição não admitida pela legislação brasileira. Seção IV - Da Expulsão Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado. § 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à prática de: I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002; ou II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional. § 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto nesta Lei. § 3º O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro. § 4º O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e nunca será superior ao dobro de seu tempo. Art. 55. Não se procederá à expulsão quando: I - a medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira; II - o expulsando: a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela; b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial ou legalmente; c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País; d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos, considerados a gravidade e o fundamento da expulsão; Art. 56. Regulamento definirá procedimentos para apresentação e processamento de pedidos de suspensão e de revogação dos efeitos das medidas de expulsão e de impedimento de ingresso e permanência em território nacional. Art. 57. Regulamento disporá sobre condições especiais de autorização de residência para viabilizar medidas de ressocialização a migrante e a visitante em cumprimento de penas aplicadas ou executadas em território nacional. Art. 58. No processo de expulsão serão garantidos o contraditório e a ampla defesa. § 1º A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de expulsão, se não houver defensor constituído. § 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10 (dez) dias, a contar da notificação pessoal do expulsando. Art. 59. Será considerada regular a situação migratória do expulsando cujo processo esteja pendente de decisão, nas condições previstas no art. 55. Art. 60. A existência de processo de expulsão não impede a saída voluntária do expulsando do País. Extradição: É o envio do estrangeiro que cometeu um crime no exterior, para ser , depois de ter sido condenado. processado ou julgado, ou então para lá cumprir sua pena É um ato bilateral que depende da solicitação do Estado interessado na extradição e também da manifestação de vontade do Brasil. A extradição não atinge brasileiros natos e os naturalizados atinge em casos específicos. É instrumento típico de cooperação internacional em matéria penal. Requisitos: especialidade, dupla incriminação e existência de tratado ou promessa de reciprocidade. ATENÇÃO AO ART. 5º, LI E LII, DA CF/88. O primeiro princípio fundamental da extradição é o Princípio da Especialidade, ou seja, o extraditando não poderá ser processado e/ ou julgado por crimes que não embasaram o pedido de cooperação e que tenham sido cometidos antes de sua extradição, podendo o Estado requerente solicitar ao Estado requerido a extensão ou ampliação da extradição ou extradição supletiva. Outro princípio basilar da extradição é o da Dupla Tipicidade, também conhecido como Princípio da Identidade ou da Dupla Incriminação do Fato ou Incriminação Recíproca. Sob a égide deste, impõe-se que somente seja concedida uma extradição para um fatotípico e antijurídico, assim considerado tanto no país requerente quanto no requerido. No tocante aos pedidos de extradição passiva, o Estado brasileiro segue o Sistema de Contenciosidade Limitada. De acordo com este, a ação para julgamento do pedido de extradição junto ao Supremo Tribunal Federal não consiste na repetição do litígio penal que lhe deu origem. A Suprema Corte possui limitações que a impedem de reexaminar o quadro probatório ou a discussão sobre o mérito tanto da acusação quanto da condenação emanadas pela autoridade competente do Estado estrangeiro. O Sistema de Contenciosidade Limitada não impede, contudo, que o Supremo Tribunal Federal analise os aspectos formais do processo criminal que embasa o pedido de extradição, garantias e direitos básicos da pessoa reclamada. ESQUEMA EXTRADIÇÃO PASSIVA DO BRASIL – SISTEMA JUDICIÁRIO 1º Fase – Administrativa (Poder Executivo); 2º Fase – Judiciária – STF examina a legalidade; 3º Fase – Administrativa – entrega o extraditando ou comunica a recusa. Súmula 421 do STF Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado com brasileira ou ter filho brasileiro. A Entrega de nacionais ou estrangeiros: é o envio de um indivíduo para ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Pode ocorrer com brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros. A CF/88 proíbe a extradição de brasileiros natos, porém quanto à entrega nada menciona, além disso, é importante salientar que o Brasil integra o TPI, fazendo parte do órgão, conforme dispõe o art. 5º, § 4º da CF/88. A entrega é promovida pela autoridade brasileira e deve ter a concordância do acusado. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Regula a relação entre os particulares e seus interesses de ordem privada com características internacionais. É um sobredireito, pois indica o direito aplicável e não soluciona o litígio (traz normas conflituais e indiretas). Elementos de Conexão: são regras determinadas pelo direito internacional privado que apontam o direito aplicável a uma ou várias situações jurídicas unidas a mais de um sistema legal. São entre outros: nacionalidade, domicílio e a residência habitual da pessoa física, lex rei sitae (lei do local da situação da coisa), lex loci delicti commissi (lei do lugar onde foi cometido o ato ilícito), lex fori (lugar do foro) e lex loci actus (lei do lugar da ação ou obrigação). Análise ao Dec. 4.657/42, antiga LICC que teve o seu nome e ementa modificados pela Lei nº 12.376/10 para LINDB. Arts. 7º ao 12. Atenção a Homologação de sentença estrangeira art. 15, da LIDB. ATENÇÃO aos arts. 76, 77 e 78 do CC e aos arts. 21 ao 25 do NCPC. É importante ressaltar que o direito aplicável a uma relação jurídica de direito privado com conexão internacional ou é o nacional ou um determinado direito estrangeiro, conforme indicado pelas normas do direito internacional privado da lei do foro (lex fori). TÍTULO II - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (NCPC) CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. Competência Exclusiva Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. § 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo. § 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º. Código Civil Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. NORMAS IMPORTANTES DA LINDB (Dec. 4.657/42) DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO LINDB e a Personalidade da Pessoa Natural As regras sobre o começo e o fim da personalidade são definidas pela lei do lugar aonde a pessoa é domiciliada, conforme dispõe o art. 7º, do Decreto-Lei Nº 4.657/42, Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro. Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. LINDB e as normas relativas ao CASAMENTO Art. 7º, da LINDB § 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. § 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) Se aplica apenas qdo os nubentes estrangeiros tiverem a mesma nacionalidade. § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. REGIME DE BENS na LINDB Art. 7º da LINDB § 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. §5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização,se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. DIVÓRCIO na LINDB Art. 7º da LINDB § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. REGRAS PARA DETERMINAÇÃO DE DOMICÍLIO DE MODO SUBSIDIÁRIO na LINDB Art. 7º da LINDB § 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. Regras para os DIREITOS REAIS Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. § 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. § 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. LINDB e as OBRIGAÇÕES Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. (Regra aplicada para ausentes). ATENÇÃO: No contrato de Compra e venda o proponente é quem propõe o contrato e não necessariamente o vendedor, apesar de o ser na maioria das vezes. LINDB e SUCESSÕES Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995) – ART. 5º, XXXI da CF. § 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. LINDB e a PERSONALIDADE JURÍDICA DAS PESSOAS JURÍDICAS Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. § 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. PROPRIEDADE E OS GOVERNOS ESTRANGEIROS Art. 11. § 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação. § 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. § 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. § 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. DAS PROVAS Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA (Art. 960 ao Art. 965 do CPC/2015) Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Superior Tribunal Justiça. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). STJ – HOMOLOGA SENTENÇA ESTRANGEIRA RESOLUÇÃO Nº 9/2005 DO STJ Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira: I - haver sido proferida por autoridade competente; II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; III - ter transitado em julgado; e IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil. SÚMULA 420 DO STF A reciprocidade com o país de origem da decisão não é requisito para à homologação de sentença estrangeira. (Art. 26, § 2º, CPC/2015). Art. 964 do CPC/2015 – Não cabe homologação de sentença em matérias de competência exclusiva do poder judiciário brasileiro. O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o juízo federal competente – Art. 965 do CPC/15. Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) NACIONALIDADE A nacionalidade pode ser adquirida de dois modos: Originária e Derivada. - Originária: Adquirida com o nascimento; - Derivada ou Secundária: Adquirida por vontade posterior; Nacionalidade originária pode se dar por dois critérios: Ius soli – É nacional aquele que nascer no SOLO do país (compreendendo extensões territoriais como navios de guerra e navios mercantes em alto mar); Ius sanguinis – É nacional aquele que for filho, ou seja, que tiver o SANGUE de nacional do país; No Brasil a regra é o ius soli – NASCEU EM SOLO BRASILEIRO SERÁ BRASILEIRO. Contudo, temos exceções onde a Constituição adotou o ius sanguinis. Art. 12. São brasileiros: NACIONALIDADE ORIGINÁRIA OU PRIMÁRIA NO BRASIL I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; ius soli + não ser filho de estrangeiros que esteja a serviço do seu país no Brasil. É a Regra da nacionalidade no nosso país. b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; ius sanguinis + o trabalho no exterior para o BR.c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe br asileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 1º Parte: ius sanguinis + registro no exterior na repartição pública competente (em regra consulados); 2º Parte: nascimento no exterior + ius sanguinis + venha a residir no Brasil + maioridade + opção pela nacionalidade. A opção, em qualquer tempo (mas depois de atingida a maioridade), pela nacionalidade brasileira. Assim, os filhos de brasileiros nascidos no exterior que vierem a residir no Brasil e, depois disso, alcançarem a maioridade, já poderão (de imediato) ingressar em juízo (Justiça federal) a fim de exercer o direito de opção pela nacionalidade brasileira. Nesse último caso, manifestada a opção, o Estado não lhes pode negar o reconhecimento da nacionalidade, pois aqui se está diante do que se denomina nacionalidade potestativa, que é aquela em que o efeito pretendido depende exclusivamente da vontade do interessado. Os que vierem a residir no Brasil enquanto menores terão que aguardar a maioridade para o exercício do direito de opção, ficando na condição de brasileiros natos sub conditione (qual seja, a condição de opção pela nacionalidade brasileira, em qualquer tempo, após atingida a maioridade aos 18 anos). Aqui, tem-se que a nacionalidade potestativa fica suspensa até alcançar-se a maioridade de 18 anos. Posição do STF: "São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. A opção pode ser feita a qualquer tempo, desde que venha o filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, nascido no estrangeiro, a residir no Brasil. Essa opção somente pode ser manifestada depois de alcançada a maioridade. É que a opção, por decorrer da vontade, tem caráter personalíssimo. Exige-se, então, que o optante tenha capacidade plena para manifestar a sua vontade, capacidade que se adquire com a maioridade. Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira." (RE 418.096, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 22-3- 2005, Segunda Turma, DJ de 22-4-2005.) ATENÇÃO as mudanças do art. 12, I, “c” da CF que ocorreram com a EC de revisão nº 3 de 1994 (tirou a possibilidade do registro em repartição competente no exterior) e a EC nº 54/2007, pois as mesmas criaram uma situação para os nascidos entre as duas revisões que está regulada no art. 95 do ADCT: “Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)” NACIONALIDADE DERIVADA OU SECUNDÁRIA NO BRASIL A nacionalidade derivada pode se dar por três motivos diferentes: casamento, trabalho ou residência, a constituição brasileira menciona somente a hipótese de residência como forma de adquirir nacionalidade originária para estrangeiro. II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 1º Parte: poderão se naturalizar os estrangeiros que cumprirem os requisitos constantes na lei (Lei nº 13.445/17 – Arts. 64 ao 72); 2º Parte: poderão se naturalizar os indivíduos originários de países de língua portuguesa que tenham residência ininterrupta de 1 ano no país e idoneidade moral. b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Para o estrangeiro não originário de país com língua portuguesa as exigências são a residência ininterrupta no território nacional por mais de 15 anos, ausência de condenação penal e requerimento de naturalização. DA NATURALIZAÇÃO NO BRASIL Seção II Das Condições da Naturalização Art. 64. A naturalização pode ser: I - ordinária; II - extraordinária; III - especial; ou IV - provisória. Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que preencher as seguintes condições: I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos; III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65 será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições: I - (VETADO); II - ter filho brasileiro; III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização; IV - (VETADO); V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística. Parágrafo único. O preenchimento das condições previstas nos incisos V e VI do caput será avaliado na forma disposta em regulamento. Art. 67. A naturalização extraordinária será concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeira a nacionalidade brasileira. Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações: I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos. Art. 69. São requisitos para a concessão da naturalização especial: I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; II - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e III - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. Art. 70. A naturalização provisória poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal. Parágrafo único. A naturalização prevista no caput será convertida em definitiva se o naturalizando expressamente assim o requerer no prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade. Art. 71. O pedido de naturalização será apresentado e processado na forma prevista pelo órgão competente do Poder Executivo, sendo cabível recurso em caso de denegação. § 1º - No curso do processo de naturalização, o naturalizando poderá requerer a tradução ou a adaptação de seu nome à língua portuguesa. § 2º - Será mantido cadastro com o nome traduzido ou adaptado associado ao nome anterior. Art. 72. No prazo de até 1 (um) ano após a concessão da naturalização, deverá o naturalizado comparecer perante a Justiça Eleitoral para o devido cadastramento. Seção III Dos Efeitos da Naturalização Art. 73. A naturalização produz efeitos após a publicação no Diário Oficial do ato de naturalização. Art. 74.(VETADO). Seção IV Da Perda da Nacionalidade Art. 75. O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do § 4º do art. 12 da Constituição Federal. Parágrafo único. O risco de geração de situação de apatridia será levado em consideração antes da efetivação da perda da nacionalidade. Seção V Da Reaquisição da Nacionalidade Art. 76. O brasileiro que, em razão do previsto no inciso II do § 4º do art. 12 da Constituição Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão competente do Poder Executivo. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994). O caso do presente parágrafo trata-se de uma quase nacionalidade ou como a doutrina tem chamado brasileiros por equiparação. A reciprocidade se evidencia no presente caso, com o Decreto nº 3.927/01 promulgou o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000. § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. AS DISTINÇÕES CONSTITUCIONAIS ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS Art. 5º, LI; Art. 12, 3º; Art. 12, § 4º, I; Art. 89, VII (Conselho da República – seis brasileiros natos); Art. 222 (propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão – brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos). § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) Atenção, pois se todos os ministros do STF devem ser brasileiros natos, temos mais um cargo que é exclusivo de brasileiro nato, contudo o mesmo na está na lista do parágrafo 3º, que é o cargo de Presidente do CNJ (art. 103, § 1º, da CF). § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
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