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Cenários Econômicos

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Cenários Econômicos
Unidade 1 – Tema 1: Conceitos Econômicos Básicos
· Curva de Possibilidades de Produção
Escassez (objeto de estudo da economia). De um lado, tem-se as necessidades humanas da sociedade, que são ilimitadas (continuamente criadas, todos os dias) e de outro lado, temos os recursos produtivos, que são limitados. Os recursos limitados podem ser agrupados em três categorias: 
- Terra: espaço para produção; solo para as fábricas; terra fértil para agricultura;
- Capital: máquinas e equipamentos;
- Trabalho: mão de obra
A economia busca responder três questões:
1- O que e quanto produzir?
Se referem a possibilidade de produção da economia. (Por exemplo, vão se produzir mais bens de consumo? Mais bens de investimentos? E em quais quantidades? Mais escolas e menos estradas?);
2- Como produzir? 
Questão relacionada a eficiência técnica, a tecnologia disponível e que será empregada nas produções dos bens e serviços. (pode ser mais intensiva em trabalho, utilizando maior quantidade de mão de obra em relação a quantidade de máquinas e equipamentos ou pode ser mais intensiva em capital, utilizando uma maior quantidade de máquinas e equipamentos em relação a quantidade utilizada de mão de obra);
3- Para quem produzir?
Está relacionada a quem vai se beneficiar dessa produção; para onde vão ser destinados os resultados da produção (será destinado mais para as famílias, mais para as empresas, mais para o governo)
A forma como a economia responde as três questões, irá dizer como ela está organizada, se ela é uma economia capitalista, socialista ou mista.
A escassez é um conceito relativo, pois só existe escassez se tem demanda. Um bem é escasso caso a demanda é maior do que a quantidade disponível daquele bem. Para ser escasso, o bem tem que ter utilidade.
A Curva de Possibilidades Produção (CPP) é um conceito estático, não vemos a evolução ao longo do tempo. Toda vez que houver a ampliação dos fatores de produção, ou um avanço tecnológico, ou uma combinação das duas coisas, nós representamos isso, no gráfico, com o deslocamento dessa curva para a direita.
Pode-se ter outras situações, como as demonstradas a seguir:
No primeiro gráfico, está representado um aumento de recursos, relacionados exclusivamente à produção do bem 2, ou um avanço tecnológico. Já no segundo gráfico, um aumento de recursos ou avanço tecnológico relacionados exclusivamente à produção do bem 1.
Pode haver também situações em que haja um retrocesso nessa curva. Mas uma situação de diminuição das possibilidades de produção de uma sociedade pode ocorrer, por exemplo, caso um país passe por um desastre ambiental de grandes proporções ou sofra um ataque terrorista, também de grandes proporções, ou entre em guerra e tenha parte de sua população dizimada e que também tenha destruição de seus parques produtivos (indústrias, fábricas).
· Custo de Oportunidade
O custo de oportunidades refere-se à estimativa do maior benefício razoavelmente seguro que se deixa de obter, após uma decisão de alocação dos recursos disponíveis. 
É o benefício renunciado, a partir de uma escolha. Ou, ainda, o valor associado à melhor alternativa não escolhida. 
Os custos econômicos incluem, para além do custo monetário explicito (ou custo contábil), os custos de oportunidades que ocorrem pelo fato dos recursos poderem ser usados de formas alternativas.
Custos contábeis – custos explícitos, que envolvem gastos em dinheiro;
Custos de oportunidades – custos implícitos, que não envolvem o desembolso de dinheiro.
Tema 2: Teoria do Consumidor
· Demanda
A demanda é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado, representa a intenção de comprar determinado produto, não a intenção de consumir. O que afeta a demanda é o preço dos outros bens; renda do consumidor; gostos, hábitos e preferências dos consumidores; fatores climáticos sazonais e propaganda. Para estudar essas variáveis, é preciso isolá-las e analisa-las separadamente. A hipótese do isolamento das variáveis é chamada de ceteris paribus, que significa: ‘tudo o mais constante’.
· Como cada uma dessas variáveis afetam a demanda?
Relação entre a quantidade demandada e o preço do bem – essa relação é a própria curva da demanda: . Ou seja, representa a demanda pelo bem i, em função do seu preço. Pela lei geral da demanda, essa relação é inversa, negativa. Ou seja, se aumenta o preço do bem i, reduz a sua demanda; se reduz o preço do bem i, aumenta sua demanda.
Relação entre a quantidade demandada e o preço dos outros bens – se os bens forem substitutos: a relação é positiva. Ou seja, uma variação no preço do bem substituto leva a uma variação no mesmo sentido da quantidade demandada do bem i.
Se os bens forem complementares: a relação é negativa. Ou seja, uma variação no preço do bem complementar leva a uma variação, em sentido contrário, da quantidade demandada do bem i.
Relação entre quantidade demandada do bem i e a renda do consumidor – se for bem normal: a demanda varia no mesmo sentido da variação na renda; se o bem for inferior: a demanda varia no sentido inverso ao da variação na renda; se o bem for neutro ou saciado: a demanda não varia com a variação na renda.
Relação entre a quantidade demandada do bem i com os hábitos, o gosto do consumidor – sabendo que os hábitos podem ser alterados, manipulados, pelas propagandas, pelas campanhas promocionais. E aí, o efeito que isso vai ter na demanda, vai depender se a campanha for ou não eficiente no seu objetivo.
· Deslocamento ao longo da curva ou deslocamento da curva de demanda?
Um deslocamento da curva de demanda não é o mesmo que um movimento ao longo da curva de demanda.
O aumento na quantidade demandada, quando passamos do ponto A para o ponto B, reflete um movimento ao longo da curva de demanda: é o resultado de uma queda no preço do bem. 
Já o aumento na quantidade demandada, quando passamos do ponto A para o C, reflete um deslocamento da curva de demanda: é o resultado de um aumento na quantidade demandada, a qualquer preço dado (ou seja, está associado a uma alteração em um dos fatores interferentes na demanda, que não o seu preço).
Deslocamento ao longo da curva demandada – se deve a mudanças no preço do próprio bem;
Deslocamento da curva de demanda – em virtudes de mudanças na renda do consumidor, no preço dos bens substitutos ou complementares, no gosto ou preferência dos consumidores.
· Oferta
A decisão de vender ou não um bem ou serviço depende, em parte, do preço oferecido. Depende também de outros fatores que, conjuntamente, definem a quantidade ofertada desse bem ou serviço.
Assim como acontece com a demanda, podemos ter deslocamentos da curva da oferta (derivam das mudanças nos demais fatores interferentes na oferta) ou deslocamentos ao longo da curva de oferta (derivam de alterações no preço de determinado bem ou serviço). 
Exemplos de fatores que provocam deslocamentos da curva de oferta:
- Mudanças nos preços dos insumos (bens usados para produzir o outro bem)
Um aumento do preço dos insumos torna mais elevado o custo de produção e, consequentemente, diminui a oferta – deslocando a curva para a esquerda; uma redução do preço dos insumos tem o efeito inverso (aumenta a oferta, o que é representado por um deslocamento da curva de oferta para a direita);
- Mudanças na tecnologia
O desenvolvimento de uma nova tecnologia, que reduza os custos de produção, desloca a curva de oferta para a direita;
- Número de produtores
Um aumento no número de produtores provoca uma elevação na oferta, que é representado por um deslocamento da curva de oferta para a direita; uma diminuição no número de produtores, reduz a oferta, sendo representada por um deslocamento da curva de oferta para a esquerda.
· Equilíbrio de Mercado
Este modelo é o instrumento-chave da economia que nos ajuda a compreender por que e como os preços mudam e o que acontece quando o governo intervém em um mercado.
A maneira mais fácil de determinar o preço e a quantidade de equilíbrio em um mercado é colocar a curvade oferta e demanda no mesmo diagrama. Uma vez determinados o preço e a quantidade que equilibram o mercado (que igualam a oferta e a demanda por determinado bem ou serviço) não quer dizer que eles não possam ser alterados. 
Exemplo de uma situação em que o equilíbrio de mercado inicial é alterado:
Consideremos o mercado de sorvetes. Partindo de um ponto de equilíbrio inicial, suponhamos que haja um aumento no preço do açúcar, que é um dos insumos utilizados na produção do sorvete. O que irá acontecer nesse mercado? 
Um aumento no preço do açúcar reduz a oferta do sorvete, pois fica mais caro produzir tal bem.  Assim, a curva de oferta é deslocada para a esquerda, como se segue:
Ao preço inicial do sorvete (R$2,00), haverá um excesso de demanda por sorvetes (visto que a oferta reduziu e a demanda não alterou). Com isso, haverá pressão para aumentar o seu preço. À medida que o preço aumenta, haverá deslocamento AO LONGO das curvas de oferta e de demanda (refletindo um aumento da oferta e uma redução da demanda), até que se chegue a um novo equilíbrio, com o preço do sorvete mais elevado: R$ 2,50.
No final das contas, o mercado de sorvetes sofrerá um aumento no preço e uma redução na quantidade de equilíbrio transacionada, como função da elevação do preço do açúcar.Exercício:
Em um dado mercado, a oferta (Qs) e a demanda (Qd) de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:
Qs = 10 + 5P    e     Qd = 70 – 7P, onde P = preço do bem.
Qual é a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio?
Resposta:
Para se chegar ao equilíbrio de mercado, deve-se igualar a curva de oferta à de demanda. Assim, 70 – 7P = 10 + 5P Daí se chega em P = 5. Substituindo esse preço em quaisquer das duas curvas, chega-se ao resultado, que é 35.
Tema 3: Elasticidades
· Elasticidade preço da demanda
É uma medida de sensibilidade. Já sabemos que a demanda depende do seu preço, bem como da renda do consumidor e dos preços de outras mercadorias. Por exemplo, se o preço do café cair, haverá um aumento na sua quantidade demandada. Porém, muitas vezes queremos saber quanto vai aumentar ou cair a demanda. Até que ponto a demanda por café poderá ser afetada? Utilizamos a elasticidade para responder a essas perguntas.
A demanda por determinado bem ou serviço pode ser classificada em 3 grupos, de acordo com o módulo de sua elasticidade-preço:
Demanda inelástica: |Ep| < 1
Demanda elástica: |Ep| > 1 
Demanda de elasticidade unitária: |Ep| = 1.
Existem ainda dois casos extremos:
Demanda totalmente inelástica: |Ep| = 0
Demanda totalmente elástica: |Ep| = ∞
Quando a demanda por um bem é totalmente inelástica, que dizer que a quantidade demandada não varia com o seu preço. A demanda pelos bens essenciais se aproxima desse caso. (por exemplo, a insulina, que é um bem essencial para um diabético. Independente do preço, ele terá que compra-la. Então a gente diz que a demanda por insulina é insensível ao seu preço)
Outro exemplo, que se aproxima de demanda totalmente inelástica é o de um torcedor fanático por um time de futebol qualquer. Ele pagaria qualquer preço para assistir à final do campeonato da qual o seu time esteja participando. Independente do preço que estiver o ingresso, ele vai comprar.
Já o outro caso especial: demanda totalmente elástica. Nessa situação, a curva de demanda é vertical, indicando que a quantidade demandada não varia nada com o preço. 
E, considerando um caso normal, em de curva de demanda negativamente inclinada (e não os casos extremos), quanto mais vertical ela for, a gente diz que ela tende a ser mais inelástica e quanto mais horizontal for a curva, mais elástica em relação ao preço é a demanda.
· Outros tipos de elasticidade
A demanda por um determinado bem ou serviço depende, além do seu próprio preço, dos preços de outras mercadorias e da renda do consumidor. Por exemplo, pelo fato de a manteiga e a margarina poderem facilmente ser substituídas uma pela outra, a demanda para cada uma delas depende do preço da outra. A elasticidade preço cruzada da demanda nos dá a medida dessa sensibilidade.
Temos também que a demanda da maioria dos bens normalmente aumenta quando a renda agregada se eleva. A medida desse impacto nos é dada pela elasticidade renda da demanda por determinado bem ou serviço.
Elasticidade-preço cruzada da demanda - parecida com a elasticidade preço da demanda, representa a 
Se 0: bens x e y são substitutos ou concorrentes. (o aumento do bem y fará com que aumente o consumo do bem x);
Se 0: bens x e y são complementares (a variação da quantidade demandada por x se dá em sentido contrário a variação do preço de y – se aumenta o preço de y, reduz a quantidade demandada por x).
Elasticidade renda da demanda – parâmetro relevante para se projetar as vendas de acordo com as perspectivas de crescimento da renda das famílias 
Se = + 0,4, significa que para cada aumento (redução) de 1% na renda do consumidor, a quantidade demandada por ingressos irá aumentar (ou reduzir) em 0,4%;
Se 0: bem x é um bem normal (se aumenta a renda, aumenta a demanda pro consumidor);
Se 1: bem x é superior ao de luxo (significa que a variação percentual na quantidade demandada é mais do que proporcional a variação na renda);
Se 0: bem x é um bem inferior (aquele cuja demanda aumenta quando a renda cai ou cuja a demanda cai quando a renda aumenta);
Se =0: bem x é um bem saciado (seu consumo não varia com o aumento da renda)
· Receita total e elasticidade
Compensa para o empresário reduzir preço, para aumentar o volume de vendas? Ou seria melhor aumentar o preço, ainda que venda menos? A resposta a essas questões vai depender do efeito que isso vai ter na demanda e, consequentemente, no seu faturamento.
- Existência de bens substitutos:
Quanto mais bens substitutos um bem tiver, mais elástica vai ser a sua demanda, em relação ao preço. Se você demanda um bem, que tem muitos substitutos, e os substitutos são bons, então você tem mais alternativas de escolha na hora de comprar.  Mais importância você vai dar ao aumento de preço, ou seja, mais sensível você vai ser ao aumento de preço. Podemos dizer, nesse caso, que a existência de bens substitutos aumenta a elasticidade-preço da demanda pelo bem.
- Essencialidade do bem:
Quanto mais essencial for um bem, mais inelástica é a sua demanda e quanto menos essencial, quanto mais supérfluo, mais elástica a sua demanda.
-Peso do bem no orçamento do consumidor:
Quanto maior o peso do bem no orçamento, maior vai ser a elasticidade da sua demanda, em relação ao preço. Isso porque, quanto mais o consumidor gastar com determinado produto, mais ele será afetado por alterações no seu preço.  
-Horizonte temporal de análise:
Os bens tendem a ter uma demanda mais elástica quando consideramos grandes horizontes temporais. Quando o preço da gasolina aumenta, a demanda por gasolina cai pouco nos primeiros meses. No entanto, com o passar do tempo, as pessoas vão comprar carros mais econômicos, vão comprar carros flex, vão passar a usar o transporte coletivo e vão se mudar para mais perto do trabalho. Então, em alguns anos, mantido o preço elevado da gasolina, a quantidade demandada de gasolina vai cair significativamente.
Quanto mais tempo os consumidores tiverem para procurar substitutos maior será a intensidade de sua reação.
Unidade 2 – Tema 1: Teoria da Firma: ProduçãoProdutividade Média
dada pela relação entre o produto total e a quantidade utilizada de cada fator
PM = 
(contribuição média do trabalho)
PM = 
(contribuição média do capital)
Produtividade Marginal:
é o acréscimo na quantidade de produto, obtido por uma unidade adicional do fator
PM
Produtividade marginal do capital
PM
· Função de produção e os conceitos de produção total, produto médio e produto marginal
Para começar os estudos sobre a teoria da produção, precisamos distinguir o curto prazo do longo prazo. Esse conceito, em economia, é diferente do que a gente considera na contabilidade, por exemplo. Em economia, a diferença entre o curto e o longo prazo está na existênciaou não de fatores fixos.
Fatores Fixos – são fatores que não variam com o volume produzido. (capital físico – equipamentos e instalações das empresas);
Fatores Variáveis – variam conforme o volume de produção (trabalho, matérias-primas);
A diferença entre o curto prazo e o longo prazo é que consideramos que pelo menos um dos fatores de produção é fixo; já no longo prazo, todos os fatores são considerados variáveis. Costumamos dizer que o longo prazo representa mais um horizonte de planejamento, em que todos os fatores são variáveis. Já o curto prazo seria o período de produção, de operação. Assim, as empresas operam no curto prazo. O longo prazo fica para o planejamento.
Lucro da firma
LUCRO = RECEITA – CUSTO
Eficiência Técnica: refere-se ao processo produtivo que utiliza uma menor quantidade de insumos, para a obtenção da mesma quantidade de produto;
Eficiência Econômica: refere-se ao processo produtivo que gera a mesma quantidade de produtos, com o menor custo de produção.
Função de Produção: mostra a quantidade máxima de produto que pode ser obtida, dados os recursos produtivos;
q = f (N, K, M)
Produto Total
PT = q (quantidade produzida)
Efeito Balassa Samuelson: os ganhos de produtividade de uma economia ocorrem principalmente no setor de bens transacionáveis (manufaturas e commodities) e não no setor de bens nao tradables (serviços). Esses aumentos de produtividade no setor de tradables causa aumento de salários que transborda para o setor de não tradables. Como não há aumento de produtividade no setor de não tradables os preços lá sobem mais do que no setor de tradables.
Baumol fala a mesma coisa só que usa a divisão serviços e bens. Para Baumol aumento de produtividade ocorre principalmente no setor de bens. Os serviços não conseguem aumentar produtividade por definição: músicos, educação, garçons, cabeleireiros. São iguais em todos os lugares. O aumento de produtividade no setor de bens acaba pressionando também os salários dos setores de serviços; os preços e salários desse setor sobem, na ausência de aumentos de produtividade.
· Lei dos Rendimentos Decrescentes
Krugman e Wells (2014) apresentam “(...) em geral, há retornos decrescentes de um insumo quando um aumento na quantidade desse insumo, mantida fixa a quantidade de todos os outros, reduz o produto marginal desse insumo. (...)
O que deve ser enfatizado a respeito dos retornos decrescentes é que, como muitas proposições em economia, trata-se de uma proposição do tipo “tudo o mais constante”; cada unidade sucessiva de um insumo aumentará a produção menos que a unidade anterior se a quantidade de todos os outros insumos é mantida fixa.”Custo Total Médio (CTMe) - custo total da empresa dividido pelo produto
CTMe = 
Custo Fixo Médio (CFMe) – custo fixo dividido pelo produto
CFMe = 
Custo Variável Médio (CVMe) – custo variável dividido pelo produto
CVMe = 
- O que é unidade?
"O produto marginal do trabalho (ou qualquer outro insumo) é definido como o aumento na quantidade de produto quando aumenta a quantidade do insumo em uma unidade. Mas o que queremos dizer por “unidade” de trabalho? É uma hora adicional de trabalho, uma semana adicional ou uma pessoa-ano? 
A resposta é: não importa, desde que sejamos consistentes. Uma fonte comum de erro em economia é confundir as unidades, digamos, comparar o acréscimo ao produto de uma hora adicional de trabalho com o custo de empregar um trabalhador por uma semana. Qualquer que seja a unidade usada, é preciso muito cuidado para que seja usada a mesma unidade ao longo de toda a análise de qualquer problema."
Tema 2: Teoria da Firma: Custos
· Custo total, custo médio e custo marginal
A teoria dos custos, juntamente com a Teoria da Produção são de fundamental importância para a administração econômica da empresa, pois ajudarão a entender as características da oferta de mercado. 
Custos fixos: são as despesas com aluguel, limpeza, serviços de segurança, planos de telefonia, manutenção de equipamentos. A variação dessas despesas é mínima ou só ocorrem de tempos em tempos.
Custos Variáveis: são aqueles que acompanham o ritmo de produção da empresa. Os fatores geradores são: matérias primas, consumo de energia elétrica e de água, mão de obra.
Custo Total de Produção (CT): total de despesas realizadas pelas firmas no seu processo de produção.
CF = CFT + CVT
· Custo Marginal (CMg) – aumento no custo resultante da produção de uma unidade adicional de produto
Como não há variação nos custos fixos, então o custo marginal não é influenciado pelos custos fixos.
· Economias de Escala
Está ligado à redução de custo unitário, na medida em que se aumenta a escala de produção, tem redução de custo, ao aumentar a variedade de bens produzidos.
Economias de escopo - Outro conceito relacionado às economias de escala (que se associam à redução dos custos unitários de uma empresa, à medida que aumenta sua produção).
As economias de escopo ocorrem quando há redução do custo de produção, quando se aumenta a variedade de bens ou serviços produzidos. Ou seja, quando a produção de dois ou mais itens diferentes por uma mesma firma se torna mais barata, do que esses mesmos itens produzidos por firmas distintas.
Um fator importante para explicar a existência de economia de escopo é a presença de matérias-primas comuns na fabricação de dois ou mais produtos, assim como as complementaridades na sua produção. Não só matérias primas comuns, mas também qualificação comum exigida dos trabalhadores.
Exemplos de economia de escopo: a indústria automobilística que produz carros e caminhões. No caso, tem-se o compartilhamento de recursos administrativos. A produção dos dois produtos vai requerer o mesmo tipo de equipamento e mão de obra com qualificação semelhante. Tudo isso contribui para reduzir o custo de produção, em relação a fábricas independentes, produzindo esses produtos separadamente.
· Equilíbrio do Produtor
A teoria da firma considera que o princípio básico que orienta o comportamento da empresa é o da maximização dos seus resultados. O equilíbrio do produtor ocorrerá no ponto em que a empresa seja capaz de compatibilizar o menu de alternativas, dado pela tecnologia, com o menu dado pelos preços dos fatores de produção. Em outras palavras, no ponto no qual a empresa seja eficiente, do ponto de vista econômico.
Considerando essa conduta de otimização, a firma estará na sua posição de equilíbrio quando maximizar a quantidade produzida, em relação a determinado orçamento (custo de produção); ou quando minimizar seus custos.
Tema 3: Teoria da Firma: Custos
· Concorrência Perfeita
As características de cada estrutura de mercado ressaltam essencialmente na relação entre oferta e demanda. A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço. Esses, no entanto, dependerão da estrutura desse mercado. As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características:
- Número de empresas que compõem esse mercado;
- Tipo do produto (homogêneos ou diferenciados);
- Se existem ou não barreiras à entrada de novas empresas nesse mercado.
Desta maneira, temos, no mercado de bens e serviços, as seguintes possibilidades de estrutura:
- Concorrência perfeita;
- Monopólio;
- Oligopólio;
- Concorrência monopolística.
As principais características da concorrência perfeita são, o mercado atomizado (vários vendedores e compradores, de forma que nenhum isoladamente tem poder para influenciar o preço de mercado). 
Se houver uma diferença de preço de um mesmo produto ou serviço em diferentes lugares, vai haver migração de demanda para o lugar onde o preço for mais barato, consequentemente reduzirá o valor do preço no local onde estava mais caro, pois reduzirá a demanda. Essa mobilidade de fatores irá acontecer até que os preços se equiparem.
No longo prazo, não existem lucros extraordinários que são quando as receitas superam os custos econômicos (custos contábeis e custos de oportunidades).
Na concorrência perfeita, teremos lucrosnormais, que são lucros que representam a remuneração implícita do empresário, ou seja, ele ganha o mesmo que ganharia se tivesse aplicado capital em outra atividade.
· Monopólio
O monopólio ocorre quando apenas uma empresa fornece produtos ou serviços para seus consumidores, sem concorrência, fato que pode gerar vantagens competitivas. Essa é uma forma de mercado bastante única e que possui características que a distingue das demais formas de negócios.
O cenário monopolístico é raro, no entanto, existem casos bastante conhecidos de monopólios no Brasil. Um grande exemplo disto é a B3, empresa listada em bolsa: a B3 é responsável por intermediar operações no mercado de capitais brasileiro e atua praticamente sem concorrência. Como a B3 atua como monopólio no mercado de capitais no Brasil, cobra emolumentos, taxas e demais ônus de forma mais cara que a média.
Outro exemplo de monopólio no Brasil é a Petrobrás, empresa responsável pela extração e refino de petróleo no país. No entanto, teve algumas de suas operações privatizadas, como muitas subsidiárias responsáveis pela distribuição do combustível. 
Outro setor onde há a presença frequente de monopólios é o setor de saneamento, uma vez que empresas desse setor têm a predominância de atuação em sua região.
· Oligopólio
Para operar em um determinado mercado, um empreendedor deve estar sempre atento aos seus concorrentes. Só que muitas vezes, esse mercado é dominado por poucas empresas. Ou seja, existe um oligopólio.
O oligopólio ocorre quando um número pequeno de empresas detém parcela significativa de algum mercado. Assim, como são poucas empresas disputando o espaço pela preferência do consumido, os preços podem ser maiores do que em um mercado competitivo.
Há alguns oligopólios bastante conhecidos no Brasil. Um exemplo é o caso das companhias áreas LATAM, Gol e Azul, que dominam a oferta de voos comerciais. Outro exemplo é o setor de telefonia móvel. Nele, há poucas empresas disputando espaço por uma demanda ampla e cativa.
O oligopólio também está presente na indústria de gases industriais, com as empresas White Martins, Oximil e Air Liquide dominando o mercado.
Formação de cartel
Há a formação de cartel quando empresas no oligopólio firmam acordo de cooperação, ou seja, fazem um conluio. Assim sendo, por meio desta cooperação, há a possibilidade que cada uma delas exerça preços mais elevados e com um nível de produção reduzida. Logo, formam um cartel entre elas. E isso prejudica a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência. O cartel no Brasil é ilegal.
Trustes 
É uma fusão de grandes empresas concorrentes diretas, que precisam se unir para conseguir se manter no negócio. É muito utilizada por grandes empresas que se vêm ameaçadas pelo crescimento de pequenas concorrentes em fase de rápido crescimento, mas também pode envolver empresas de porte maior. Essa prática causa aumento no controle sobre determinado tipo de mercado e, portanto, uma diminuição da concorrência. Um exemplo é a Sadia e a Perdigão - duas grandes empresas no setor alimentício que, na verdade, são uma empresa só.
Holding
É o fato de uma empresa maior controlar outras empresas subsidiárias, que não são necessariamente concorrentes e nem detém a maior parte do mercado. Em muitos casos, as holdings formam conglomerados compostos por inúmeras empresas dos mais diversos segmentos.
· Concorrência Monopolística
É a mais comum de ser encontrada. Ela é uma forma de mercado que mescla situações de um mercado competitivo com situações de um monopólio. 
Na concorrência monopolística, as firmas competem entre si com produtos similares, mas não idênticos. Dessa forma, os produtos vendidos podem ser considerados substitutos, mas não são substitutos perfeitos. O principal elemento de competição perfeita presente na concorrência monopolista é a livre entrada de firmas. O setor pode a todo momento se tornar mais competitivo. Assim, há uma disputa de preço pelas empresas, que buscam obter a preferência do consumidor.
Já o elemento de monopólio presente na competição monopolista se dá, pois as firmas se deparam com uma demanda negativamente inclinadas pelos seus produtos, e não horizontal como no mercado competitivo. Em um mercado competitivo qualquer empresa que cobrar acima do preço de mercado não irá vender sequer uma unidade. Já na concorrência monopolista, como os produtos são similares, mas não idênticos, algumas empresas podem conseguir vender os seus produtos por maiores preços.
A concorrência monopolística é ineficiente?
O vendedor típico em uma praça de alimentação ou o posto de gasolina na estrada não são grandes o suficiente para fazer uso máximo das possibilidades existentes de reduzir o custo. Assim, o custo do produto total da indústria não é minimizado no caso do mercado em concorrência monopolística. Algumas pessoas argumentam que, em virtude de cada empresa que atua na concorrência monopolística ter capacidade excedente (produzir aquém da quantidade que minimizaria seu custo médio total), as indústrias nessa estrutura de mercado são ineficientes.
O competidor monopolista pode cobrar um preço acima do que seria praticado em concorrência perfeita, uma vez que ele detém certo poder de mercado. Sendo assim, algumas pessoas que estão dispostas a pagar, por exemplo, por uma pizza tanto quanto custa produzi-la, estão impedidas de fazê-lo.
Argumenta-se que a concorrência monopolística está sujeita a mais um tipo de ineficiência: a de que o excesso de capacidade de cada concorrente monopolista implica uma duplicação que é um desperdício: as indústrias em concorrência monopolística oferecem um excesso de variedade. De acordo com esse argumento, seria melhor que houvesse apenas dois ou três vendedores em uma praça de alimentação, por exemplo, e não dez ou onze. Se houvesse uma quantidade menor de variedades, cada um teria custos totais médios mais baixos e poderia oferecer alimentos mais baratos. 
A concorrência monopolística, de fato, causa a ineficiência? Não necessariamente. É verdade que se existissem menos postos de gasolina na rodovia, cada posto venderia mais gasolina, e assim teria custo menor por galão. Mas haveria uma desvantagem: os motoristas não teriam tanto conforto, pois os postos seriam mais distantes uns dos outros. O ponto é que a diversidade de produtos oferecidos em uma indústria em concorrência monopolística é em si mesmo benéfica para os consumidores. Assim, o preço mais alto que os consumidores pagam por causa do excesso de capacidade é, em certa medida, compensado pela maior diversidade que lhes é possibilitada. Em outras palavras, há um trade-off: mais produtores significa custo total médio mais alto, mas também maior diversidade de produto.
· Indicadores de Inflação
Podemos dizer que as três principais causas para a inflação são:
- Nível de atividade econômica muito elevado e baixa taxa de desemprego;
- Desvalorização cambial;
- Choques de oferta (especialmente energia, combustíveis e alimentos)
Regime de metas para Inflação
No Brasil, a meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O índice de preços utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A meta se refere à inflação acumulada no ano. 
No desenho atual do sistema, o CMN define em junho a meta para a inflação de três anos-calendário à frente. Por exemplo, em junho de 2018, o CMN definiu a meta para 2021. Esse horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo.
O sistema prevê ainda um intervalo de tolerância, também definido pelo CMN. Nos últimos anos, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima e para baixo. Por exemplo, no caso de 2020, a meta é de 4,00% e o intervalo é de 2,50% a 5,50%. Se a inflação ao final do ano se situar fora do intervalo de tolerância, o presidente do BC tem de divulgar publicamenteas razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro da Fazenda, presidente do CMN, contendo descrição detalhada das causas do descumprimento, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.

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