radiologia

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RADIOLOGIA 
 RESOLUÇÃO ESPACIAL: é o exame que mostra o maior grau de detalhes. Tem a capacidade de identificar 2 pontos no 
espaço 
Sendo portanto o de maior detalhes o RX, em seguida USG, TC, e RM 
 RESOLUÇÃO TEMPORAL: são os exames que tem a capacidade de formar a imagem mais rápido 
Sendo a tomografia de melhor resolução temporal, pois forma a imagem rapidamente, e evita que a imagem fique embaralhada 
na respiração 
Já o Ressonância magnética, é a de pior resolução temporal, pois demora muito para formar a imagem. Assim, quando a pessoa 
realiza movimentos respiratórios a imagem ficará distorcida 
 RESOLUÇÃO DE CONTRASTE: é a capacidade de distinguir tons de cinza, ou seja a capacidade que o exame tem de 
diferenciar 2 tecidos. 
O exame que possui maior resolução por contraste, é a ressonância magnética, pois diferencia os tecidos. 
Já o exame de pior resolução por contraste, é o RX pois este vê os tecidos de forma igual (em apenas 1 tom de cinza), como se 
fosse de uma só forma (tem menos tons de cinza) 
PRINCIPAIS MÉTODOS DE IMAGEM 
RADIOGRAFIA: 
• é o conhecido Raio X, que é o que é emitido pelo 
equipamento 
 
➢ VANTAGENS :é um exame de baixo 
custo, é um exame disponível na maioria 
dos serviços, rápido, e pode ser feito em 
qualquer lugar (inclusive no leito), é 
excelente para identificar alterações nos 
ossos e gás, além disso possui pequena 
dose de radiação. 
➢ DESVANTAGENS : tem pouca 
resolução anatômica e de contraste 
Cada tecido do corpo possui uma densidade, e existem 
cinco densidades básicas: 
• Ar: que são o dos pulmões, alças intestinais. 
Possuem uma densidade menor 
(HIPERTRANSPARÊNCIA), aparecendo na 
imagem a COR PRETA (ESTANDO RADIOTRANSPARENTE) . Isso porque o ar diminui pouco a intensidade do Rx, 
fazendo com que o feixe de Rx, esteja com sua força total, escurecendo a imagem 
 
• Gordura: como no contorno mamário. A gordura atenua o Rx intermediariamente, resultando em DIFERENTES GRAUS 
DE CINZA (CHANDO DE HIPOTRANSPARENTE) 
 
• Partes moles/água: como no coração, vasos, músculos, fígado, (são quase todos os órgão). Também atenua o Rx 
intermediariamente. As partes moles atenuam o Rx intermediariamente, resultando em DIFERENTES GRAUS DE CINZA 
(CHAMANDO DE HIPOTRANSPARENTE) 
 
 
• Ossos: os ossos atenuam, ou seja, DIMINUEM MUITO A INTENSIDADE DO RX, fazendo com que pouca radiação 
atravesse para escurecer a imagem. Portanto, terão alta densidade, sendo chamado de RADIOPACO, aparecendo no 
exame em branco 
A alta densidade dos ossos torna possível a visualização detalhada dessas estruturas 
O exame acontece basicamente da seguinte forma: o paciente fica com a parte que se quer “fotografar” de frente para a 
máquina, que lança um feixe de elétrons que estarão energizados. Em seguida os eletrons batem em uma estrutura, que 
desacelera os elétrons e formam o Rx. Este agora penetra no paciente, onde pode ser absorvido por alguns tecidos e em seguida 
penetra no filme formando a imagem. e essa imagem é formada de acordo com a densidade. Um exemplo, é quando é lançado 
o Rx é os pulmões que possuem ar, este órgão absorve o Rx, portanto, este chega no filme e queima-o, ficado preto 
A densidade do que se está “fotografando” é quem vai forma a imagem, pois, como vimos, materiais mais densos, como o 
metal, bloquearão o feixe de elétrons, deixando a imagem branca,já os materiais menos densos, como o ar dos pulmões, 
deixarão esse feixe passar, formando uma imagem preta e os materiais intermediários, darão tonalidades intermediárias entre o 
branco e o preto. 
Com isso, o raio X é um excelente método de imagem para avaliar a parte óssea do paciente, pois, por ser bem visualizado, 
conseguimos buscar por fraturas ou demais anormalidades. 
Além disso, podemos utilizar o raixo X para avaliar doenças agudas no abdome, comprometimento pulmonar (pois o pulmão 
normal, é “preto”/radio transparente, pois o RX passa pelo ar. Dessa forma, se tem alguma anormalidade, não estará escuro, 
pois a anormalidade estará atenuando o RX) e vias aéreas superiores ou os dentes e suas raízes. 
Mas o Rx também é muito bom para avaliar tecidos moles, vasos, vísceras, quando é utilizado contraste. Porem, como o 
contraste é um fármaco( que tem como finalidade facilitar a visualização de algumas estruturas anatômicas em seu estado 
normal ou patológico, melhorando a qualidade da imagem. Alterando a capacidade de absorção da radiação ionizante dos 
tecidos, ou seja, fazendo com que estes não absorvam o RX, e fiquem radiopacos.) possui contraindicações e efeitos colaterais, 
portanto, é importante levar em consideração o caso do paciente (quando consegue fazer só este exame no paciente, ou só está 
disponível o RX..). Mas o contraste é muito eficaz para identificar áreas que não conseguiria identificar 
OBS: Quanto à composição o contraste dividem-se em: 
• Iodados: Que contém Iodo (I) em sua composição como elemento radiopaco. 
• Não Iodados: São os que não contêm Iodo em sua composição, porém apresentam outros átomos como elementos 
radiopacos. Nestes enquadram-se o Sulfato de Bário e o Gadolínio. 
OBS: quanto mais branco é a estrutura/órgão na radiografia, mais denso é 
GERALMENTE, O TIMO É DEFINIDO PELA RADIOGRAFIA SIMPLES DO T ÓRAX EM AP E PERFIL, E NOS CASOS 
ONDE HAJA DÚVIDA, A ULTRASSONOGRAFIA PODE SER DE GRANDE VALIA. A TC E A R ENDEFINEM MUITO BEM 
O TIMO NORMAL, PORÉM TÊM UM CUSTO BEM MAIS ALTO, SÓ SE TORNANDO NECESSÁRIOS NOS CASOS 
DIFÍCEIS. 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
Utiliza ondas de Raio X assim como a radiografia. Mas a 
diferença está na quantidade de radiação que esse exame 
utiliza e na forma com que esses feixes de elétrons são 
lançados no paciente. 
Portanto, a radiação lançada no paciente é muito maior que 
na radiografia, sendo 100 vezes maior. E a forma que os 
elétrons são lançados também é diferente, pois na 
radiografia, era lançado apenas na região e ficava parado. Já 
na TC, lança o RX, girando ao redor do paciente, isso possibilita observar a imagem em 3 planos (axial, sagital e coronal), de 
forma que vai fazendi imagens em fatias 
VANTAGENS : forma imagens muito rápidas (boa resolução temporal), boa resolução anatômica (ou seja, consegue-se 
diferenciar bem as estruturas). 
DESVANTAGENS: é liberada muita radiação ao paciente (sendo 100 vezes 
mais do que a liberada pela radiografia). As vezes é necessário o uso de 
contrastes iodados, e estes podem gerar reações alérgicas e nefropatias. Além 
disso, não pode ser feito em “qualquer lugar”, pois não há aparelho portátil de 
TC 
• HIPOATENUANTE: serão as estruturas/órgãos que atenuam pouco o RX, 
ou sej a, que diminuem muito pouco a intensidade do RX, absorvendo-o. a 
imagem fica escura. Além disso, apresentam baixa densidade 
• ISOATENUANTE: as estruturas/órgãos são acinzentados. Apresentam 
densidade intermediária 
• HIPERATENUANTE: são brancas, pois atenuam muito o RX, ou seja 
diminuem muito sua intensidade, não absorvendo-o 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Forma imagens transversais assim como na TC, porém a ressonância não utiliza radiação. A imagem é formada por poderosos 
imãs. E também diferente da TC, a imagem não pode ser alterada, podendo ser visualizada apenas na forma que foi feita 
A RNM é útil para diagnosticar e localizar alguns tipos de câncer e diferenciar se é benigno ou maligno, sendo excelente para 
tumores cerebrais, pois ela cria imagens de partes moles do corpo, que são difíceis de serem observadas utilizando outros 
exames de imagem. 
O exame é feito ao se colocar o paciente deitado em um cilindro/tubo que contém um imã, envolvendo o paciente em um 
grande campo magnético. 
A força magnética faz com que o núcleo dos átomos de hidrogênio do corpo do 
paciente fiquem alinhados em uma direção. Uma vez que os átomos estejam 
alinhados, o equipamento emite um feixe de ondas de radiofrequência, que fazem 
com que o núcleo de hidrogênio mude de direção (eles mudamessa direção 
diferentemente em cada tecido do corpo). Quando eles retornam à sua posição 
original, emitem determinados sinais que são detectados pelo scanner e um 
programa de computador capta os sinais dessas alterações, construindo uma 
imagem em preto e branco. 
Dessa forma, a característica marcante e avançada da RNM, é que ela usa radiação 
não-ionizante, não sendo lesiva para os tecidos biológicos, além de apresentar 
grande resolução para as partes moles, e com boa diferenciação entre as estruturas 
anatômicas. 
A RNM pode formar 3 tipos de imagens, isso varia de acordo com o tempo que é liberado a radiofrequência (que muda o H+ de 
direção) o que faz com que o tempo do próton libere energia seja diferente, podendo formar: 
• T1 é um método que tende, no crânio, a separar a substância branca (mais branca) da cinzenta (mais escura), sendo 
chamada de sequência anatômica. 
• T2 é excelente para se observar as patologias. Ele deixa os líquidos parados na cor branca e as substâncias branca e cinzenta 
no cérebro ficam trocadas com relação ao T1. 
• FLAIR apresenta as mesmas características de imagem do T2, porém líquidos como líquor e humor vítreo ficam pretos. Essa 
característica é importante para se analisar, por exemplo, edema cerebral, pois o edema permanecerá hiperintenso no flair. 
 
VANTAGENS : tem excelente resolução por contraste (sendo capaz de diferenciar tecidos muito próximo), não utiliza radiação 
e sim pulso de radio frequência 
DESVANTAGENS : é um exame demorado, sedação para crianças, e muitas vezes a pessoa tem claustrofobia, e pode precisar 
de contraste que em pessoas que tem insuficiência renal crônica, pode gerar fibrose nefrogênica 
Hipointenso: órgãos e estruturas mais escuras 
Isointenso: intermediário, cinzento 
Hiperintenso: mais claro 
ULTRASSONOGRAFIA 
O ultrassom não é um exame obrigatório, não reduz a morbimortalidade. Mas é importante realizar pelo menos 1 a cada 
trimestre. 
A USG é utilizado para identificar a datação (idade gestacional), detectar gestação múltipla, e avaliar se a gestação é viável 
O tipo de onda emitida pelo ultrassom é uma onda mecânica, na qual usa 
 
USG OBSTÉTRICO VIA TRASNVAGINAL : é um exame realizado via transvaginal, que pode ser pedido a qualquer 
momento da gestação, mas é o exame mais indicado no começo da gestação (desde o descobrimento ate 12/16 semanas), 
sendo portanto, mais realizado nas primeira semanas. Seu objetivo principal, é A CONFIRMAÇÃO DA GESTAÇÃO, VERIFICAR A 
POSIÇÃO DO FETO (OU SEJA, SE ESTÁ INTRA -ÚTERO OU É UMA GESTAÇÃO ECTÓPICA) E PORTANTO, VER SE É VIÁVEL, 
ANALISAR O NÚMERO DE FETOS, CARACTERIZAR O BATIMENTO CARDÍACO (LÁ PELA 4ª/5ª SEMANA), E OBSERVAR A 
PRESENÇA DE ESTRUTURAS QUE DEVEM APARECER NESTA FASE (na 3ª/4ª semanas muitas vezes o único achado no USG será 
o saco gestacional, com o início da reação trofoblástica, após a implantação) com a evolução das semanas, outras estruturas 
começam a aparecer como o embrião e o saco vitelínico. Após algumas semanas o embrião começa a ser melhor visualizado, 
podendo identificar sua parte cranial e caudal, podendo realizar o comprimento crânio nádega 
 
 
USG OBSTÉTRICO VIA ABDOMINAL: geralmente é um exame 
realizado após a 12ª semana, e o que muda do USG obstétrico 
transvaginal, é apenas a via de acesso. E além do que é observado 
no transvaginal, como é um feto mais desenvolvido será analisado 
os membros, crânio, abdômen, batimentos cardíacos, placenta, 
líquido amniótico 
Nesta etapa, as medidas utilizadas para cálculo do tamanho, peso 
fetal, e estimativa da idade gestacional é utilizado o DPB (diâmetro 
biparetal- 1º medida), que vai de um osso parietal até o outro, e é 
através desse diâmetro que é usado para estimativa do peso, 
tamanho e idade gestacional 
Além do DPB tem-se também mede-se o occipitofrontal, e juntos dão a circunferência craniana (CC-2º medida) 
A 3ª medida é a circunferência abdominal, onde pega-se um ponto de referência do abdômen e faz-se a circunferência 
abdominal 
E a 4º medida é o comprimento do fémur (é importante, pois o tamanho do fêmur multiplicado por 7, da o tamanho 
aproximado do feto como um todo). E assim, com todas essas medidas tem-se a estimativa da idade gestacional e da 
antropometria fetal 
 
 
USG MORFOLÓGICO: Esse exame apresenta 2 momentos o morfológico de 1º trimestre e 2º 
trimestre 
 1ª TRIMESTRE : é realizado por volta da 11ª a 13º semana de gestação. Tem como 
objetivo principal a triagem para cromossomopatia. De forma que será observado a 
presença de estruturas como o osso nasal, onde sua ausência indica síndrome. 
Além disso, será medido a translucência nucal ( que deve medir de 45 a 84 mm), e 
pode-se estimar o risco de pré-eclampsia 
Osso nasal hipoecoico é característico da trissomia do 21 
 
 2º TRIMESTRE: DEVE SER REALIZADA ENTRE A 20A E 24A SEMANA, tem como objetivo avaliar o feto como 
um todo, analisando crânio, estruturas encefálicas, abdômen, membros, coluna, mãos, pés. Portanto, todos os sistemas 
serão analisados, e pode-se observar se existe malformações E é neste exame que é caracterizado o sexo do feto 
 
 
USG DOPPLER COLORIDO OBSTÉTRICO: este exame pode ser feito a qualquer 
momento da gestação, mas sua indicação é principalmente quando se tem suspeita de 
alterações circulatórias. É o exame que avalia a circulação materno fetal, avaliando as 
artérias uterinas, artérias e veias umbilicais, artéria cerebral média fetal e ducto venoso 
ECO DOPPLER: usa o efeito doppler para ver o movimento de fluidos, o movimento do 
sangue dentro dos vasos e do músculo cardíaco. 
 
 
 
USG 3D/4D: é uma aquisição fotográfica em terceira dimensão. Seu objetivo é estético, mas ajuda na visualização em 
algumas alterações como lábio leporino, dedos.. O período ideal para realizar esse exame é de 26 A 29 SEMANAS 
 
 
VANTAGENS: é rápido (alta resolução temporal) alta resolução espacial, acessível, pode ser feito em qualquer local, não usa 
radiação e permite uso do doppler para ver comportamento vascular, fluxo sanguíneo etc.. 
DESVANTAGENS: é preciso de um operador, e este deve ser experiente para interpretar em tempo real. Pois não é possível 
avaliar o USG apenas pelas imagens 
Termos: está relacionado com a capacidade do tecido refletir ou não o som 
 HIPOECOICO: mais escuro 
 ISOECOICO: quando é da mesma cor 
 HIPERECOICO: estrutura mais branca (que devolve muito eco, responde deixando mais claro 
 
O paciente deita em uma maca ao lado do aparelho de USG. Esse aparelho é um transdutor, ou seja, um dispositivo que 
transforma uma forma de energia em outra, nesse caso, ele envia um pulso de ultrasom para o tecido e depois recebe ecos ( ou 
seja, transforma a energia do pulso de ultrassom em som), transformando-os em sinais, que serão interpretados por um 
computador, para, em seguida, serem exibidos na forma de uma imagem 
As USG são realizadas por meio da colocação direta do transdutor de USG sobre a pele do paciente, com o auxílio de um gel 
hidrossolúvel, o qual garante bom contato e a transmissão eficiente do feixe de USG. 
A USG não utiliza radiação e, por esse e outros motivos, é considerada uma modalidade segura, porém como todos os métodos 
de imagem, deve ser usado equilíbrio. Isso porque quando feito frequentemente, as ondas de ultrassom podem depositar 
energia nos tecidos conforme se propagam, gerando um aumento de temperatura, que, raramente, produz cavitações, que 
podem colapsar e gerar danos aos tecidos. 
 
 
 
 
Araújo Neto AS, Queiroz SM, Baracat ECE, Pereira IMR. A avaliação radiográfica da adenóide em crianças: métodos de 
mensuração e parâmetros da normalidade. Radiol Bras. 2004;37(6):445-8. 
 Chammas MC, Lundberg JS, Juliano AG, et al. Linfonodos cervicais: um dilema para o ultra-sonografista. Radiol Bras. 
2004;37:357–64 
LIVRO: CBR - Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem 2014, Editora Guanabara, Adilson Prando 
Encéfalo- Série Colégio Brasileiro de Radiologia e diagnóstico por imagem, 2012, Editora GEN Guanabara Koogan