Buscar

Depreciação, Amortização e Exaustão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Curso: Ciências Contábeis 10º PERÍODO 
Disciplina: Contabilidade Rural 
Prof. Hamilton Nogueira Makoski 
 
Depreciação, Amortização Exaustão das Empresas Rurais 
 
 DEPRECIAÇÃO é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação 
da natureza ou obsolescência. 
 
A depreciação na atividade rural é a apropriação ao resultado, da perda de eficiência ou da 
capacidade de produção de bens tangíveis, componentes do Ativo Não Circulante que servem à 
produção de vários ciclos de produção e não se destinam à venda. É o caso das culturas permanentes, 
máquinas e equipamentos, tratores, animais reprodutores, animais de trabalho e outros bens que são 
de propriedade da empresa. 
 Para se estipular o percentual mensal ou anual desta perda, leva-se em consideração o tempo de 
vida útil do bem. 
 
 Depreciação na Atividade Agrícola 
 Na Agricultura a depreciação é aplicada a culturas permanentes, tais como, florestas ou árvores e 
todos os vegetais de menor porte, dos quais são extraídos os frutos, folhas, cascas, de 
empreendimento da própria empresa. 
A taxa de depreciação adequada para as culturas agrícolas permanentes somente os agrônomos, 
técnicos agrícolas e outros profissionais da área são os mais indicados para estimarem a vida útil de 
culturas permanentes, considerando fatores como solo, clima, qualidade da cultura, número de 
colheitas, quantidade produzida, etc. 
O critério mais simples de calcular a taxa de depreciação de acordo com a produção total 
estimada. Ex. admitindo colher 1.000 toneladas de determinada cultura permanente, cuja produção no 
1° ano é de 21 toneladas, a depreciação no 1° ano será de 2,1% (21/1000 t.) e, assim, sucessivamente 
usa-se o percentual nos outros anos, aplicando-se sobre a produção. Quanto maior a produção maior a 
depreciação. 
Outro critério é estimar o tempo de vida produtivo. Uma videira, tipo Cabernet, na região da 
serra gaúcha, produz frutos, em média, durante 12 anos, a taxa de depreciação média anual será de 
8,33% (100/12 anos), considerando taxas constantes. 
Já a plantação de Cana de Açúcar, quando for feito a rebrota, prática que está sendo 
abandonada pela redução substancial de produção, não pode ser depreciada e sim exaurida, porque 
ocorre um corte e posterior rebrota do vegetal, já o cultivo de Chá, é depreciado, pois as folhas são 
consideradas um produto da árvore e não parte dela. 
 
 Depreciação Máquinas e Implementos Agrícolas 
 Implementos agrícolas como tratores, colheitadeiras, aparelhos agrícolas, etc. não são utilizados 
ininterruptamente durante o ano em virtude de entressafras, chuvas, geadas, ociosidades, etc. Dessa 
forma, recomenda-se a apropriação em decorrência do uso às respectivas culturas. Daí a necessidade 
de se calcular a depreciação por hora, se estimado um número de horas de trabalho por equipamento, 
em vez de quantidade de vida útil. 
As máquinas, tratores e outros implementos agrícolas, o próprio fabricante poderá informar a 
vida produtiva provável, ou se basear em uma tabela, pré-estabelecida, disponível em literaturas 
especializadas. 
Há empresas agropecuárias que limitam um certo número de horas, outras vão pela regra do 
fisco. Mas para fins gerenciais, devemos aproximar ao máximo a depreciação da real vida útil do bem. 
Na ausência de melhores dados, pode-se usar os padrões para os países em desenvolvimento 
propostos pelo Programa Cooperativo do Banco Mundial, cujas, as estimativas são: 
 tratores de pneus – 8.000 horas aproximadas de trabalho; 
 tratores de esteira – 9.000 horas aproximadas de trabalho. 
Exemplo do cálculo da depreciação de um trator pela quantidade de horas estimadas de vida 
útil: 
 
2 
 
 
Formula 01: 
 Valor do bem (Trator) 
____________________________________________________________________________________________________________________ = Valor em R$ da depreciação p/ hora x horas consumidas no período. 
 N° de horas trabalhadas 
 
Formula 02: 
N° máximo de horas a trabalhar 
____________________________________________________________________________________________________________________ = Percentual da depreciação x valor do Bem imobilizado. 
 N° de horas trabalho 
 
A depreciação de Máquinas e Implementos Agrícolas, também poderá observar tabelas já 
existentes para o cálculo da depreciação, mas é bom lembrar que uma boa avaliação das condições de 
uso e da vida útil do bem, podem trazer melhores benefícios, do que a utilização de uma tabela já 
elaborada. 
 
 
 Fonte: Marion, José Carlos. Contabilidade Rural. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
3 
 
 
 
 
Depreciação na Atividade Pecuária 
A depreciação que deve ocorrer na atividade pecuária está direcionada para os animais 
reprodutores (machos e fêmeas), animais de trabalho e outros animais constantes do Ativo Não 
Circulante no Imobilizado, as deduções dos valores são denominadas depreciação. A depreciação não 
incide no período de crescimento do animal reprodutor, começando a partir do momento em que é 
utilizado para a reprodução. O ideal seria a partir do declínio do animal, porém é difícil detectar esse 
ponto. O veterinário é a pessoa mais indicada para determinar a vida útil do reprodutor ou animal de 
serviço. 
Um exemplo interessante é o problema na depreciação do gado (bovino) de reprodução, pois o 
problema está em relação ao método a ser utilizado, considerando-se que o declínio de potencialidade 
de reprodução é acelerado no final da sua vida útil, o que é somado a variedade de raças, do clima, das 
condições de vida, das distâncias a percorrer etc, para estabelecer uma curva de eficiência do gado de 
reprodução, por este motivo um método recomendado é o método da linha reta. 
Segundo estudos estatísticos que consideraram a moda como medida, constataram os seguintes 
prazos de vida útil: 
 gado (bovino) reprodutor mestiço - cinco anos 
 gado (bovino) matriz mestiça - sete anos 
 gado (bovino) reprodutor puro - oito anos 
 gado (bovino) matriz pura - dez anos 
Sempre se deve lembrar que o veterinário é a pessoa mais indicada para determinar a vida útil 
do gado reprodutor. 
 Outro aspecto importante a destacar, é o valor residual existente no momento do descarte, ou 
seja, quando o animal for vendido para o abate, qual o preço que se obteria com a venda. 
Exemplo: Estimativa do valor de venda do animal no final de sua vida útil – R$ 6.200,00 
 Valor de avaliação do touro mestiço é de R$ 55.000,00 
 Vida útil do animal é de 5 anos 
 
Valor Contábil R$ 55.000,00 
( - ) Valor Residual R$ (6.200,00) 
Valor Depreciável = R$ 48.800,00 
Taxa de Depreciação 20% (100% / 5 anos = 20%) 
Depreciação ano = R$ 9.760,00 
 
Depreciação das Construções e Instalações das Propriedades Rurais 
 As construções, melhoramentos e instalações podem ser orientados por uma tabela de 
percentuais de depreciação, pré-estabelecida, já utilizada pelo meio ou sugerida em algumas obras 
especializadas, como referência. 
 Exemplo de tabela: 
 
 Fonte: Marion, José Carlos. Contabilidade Rural. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
4 
 
 
 
As tabelas apresentadas acima, como não são regras estabelecidas pela Contabilidade e servem 
de parâmetro, podem ser alteradas, desde que o empresário rural apresente, quando solicitado pelo 
fisco à fundamentação dos cálculos dos prazos e percentuais utilizados para a depreciação do bem.
 
Aspectos fiscais e normativos 
Conforme o artigo n° 314, do Regulamento do Imposto de Renda de 1999, os bens do ativo não 
circulante imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídica que explore aatividade rural 
(art. 58), para uso nessa atividade, poderão ser depreciados integralmente no próprio ano de aquisição 
(Medida Provisória nº 1.749-37, de 1999, art. 5º). 
O benefício consistente na dedução integral dos valores dos bens do ativo não circulante 
imobilizado, exceto a terra nua, no próprio ano de aquisição, não inclui a amortização nem a exaustão 
de recursos florestais. 
A legislação fiscal, em especial a do imposto sobre a renda, não fixa taxas de depreciação para 
bens rurais, deixando livre ao contribuinte a determinação destes prazos, exigindo, no entanto, que 
fundamente como estipulou os prazos. 
Como emissão do pronunciamento técnico as normas contábeis através do CPC 27, em 31 de 
julho de 2009, que regulamenta a evidenciação, mensuração e registros do imobilizado e suas 
desvalorizações através da depreciação, coloca que a definição do tempo e taxas de depreciação e 
decisão da administração. E, a lei 12.973 de 2014, na seção XVII define que a taxa de depreciação que 
ficar maior ou menor deverá ser incluída ou excluída da apuração do lucro real, vindo de encontro da 
norma contábil. 
Este contexto, corrobora, para que as regras do tempo da vida útil e taxas da desvalorização de 
itens de compõe os imobilizados sejam de competência da administração. 
 
 AMORTIZAÇÃO é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e 
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de 
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. 
 
 Amortização na Atividade Rural 
 A ocorrência da amortização nas atividades rurais se dá nos casos de aquisição de direitos sobre 
bens de terceiros. Corresponde à perda do valor do capital aplicado em Ativos Intangíveis de duração 
limitada. Como exemplo, a aquisição de direitos de extração de madeira em florestas de propriedade de 
terceiros ou de exploração de pomar alheio, por prazo determinado, a preço único e prefixado. 
 
 Marion (2012), exemplifica em uma atividade rural a amortização: suponha-se que determinada 
empresa de exportação de suco de laranja adquira os direitos de colheita de um pomar, durante três 
anos. A empresa adquirente registrará o custo de aquisição desse direito no Ativo Imobilizado e fará a 
amortização de 1/3 por colheita, distribuindo o custo desses direitos ao longo de três anos, contratados 
para a exploração. 
 
 A EXAUSTÃO corresponde à perda do valor, decorrente da exploração de direitos, cujo objeto 
seja extração de minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
 
Exaustão na Atividade Rural 
A exaustão nas atividades rurais, está voltada às culturas que sofrem a extração ou corte, o que 
gera de forma gradual o esgotamento da cultura, em um determinado tempo estipulado, por técnicos 
da área. Na proporção em que são extraídos os recursos naturais, registra-se a exaustão deste recurso. 
 Para cálculo do valor exaurido, calcula-se primeiramente o percentual do volume extraídos 
durante o período, em relação á quantidade total existente no início do período base que compunha a 
reserva florestal ou mineral. Em seguida, aplica-se este percentual encontrado sobre o valor da reserva 
registrada no Ativo, sendo o resultado encontrado a cota de exaustão do período. 
 As florestas destinadas ao corte para comercialização deverão sobre cotas de exaustão, 
observando-se o seguinte critério, segundo Marion (2012): 
 
5 
 
 apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos florestais utilizados ou a 
quantidade de árvores extraídas durante o período-base representa em relação ao volume ou à 
quantidade de árvores que no início do ano-base compunha a floresta; 
 o percentual encontrado será aplicado sobre o valor da floresta registrado no Ativo, e o resultado 
será considerado como custo dos recursos florestais extraídos. 
 As empresas que estiverem nas situações desse tipo devem apresentar laudos de profissionais 
qualificados, que possam seguramente servir de base aos cálculos mencionados. 
Exemplo: 
 Para um reflorestamento que envolve 16.000 eucaliptos cujo custo da cultura formada é de R$ 
120.000,00 e há um total de 4 cortes previstos, com rebrota, a quota de exaustão será de 25% (100/4 
cortes) por corte. 
 Supondo-se que na primeira colheita até o final do ano agrícola do (ano-base) houve a colheita 
de 5.200 árvores. Qual será o custo da exaustão dos recursos florestais extraídos? 
 
Cálculo percentual das árvores extraídas > = 5.200 árvores extraídas = 0,325 = 32,50% 
 ________________ 
 16.000 árvores 
 
Cálculo da exaustão > 32,50% x 25% x = 8,125% x R$ 120.000,00 = R$ 9.750,00 
 
 Outro exemplo de cultura que têm seu custo de formação, apropriados ao resultado pelo critério 
da exaustão, está em algumas cultivares de Chás que extraem as folhas, juntamente, com galhos, que 
serão substituídos por outros pela rebrota. Neste caso, uma vez formado o arvoredo, dependendo da 
região, poderá proporcionar cinco a oito cortes. Admitindo-se que seja de 5 cortes, um por ano, a cota 
de exaustão anual, será obtida aplicando-se o percentual de 20% sobre o valor da cultura formada. 
Neste contexto, para a obtenção do valor da exaustão do ano, basta multiplicar o percentual de 20% 
pelos custos de formação do arvoredo, que está registrado no imobilizado. 
 Supondo-se que exercício social termine antes no ano agrícola, ou seja, a colheita não está 
terminada, por ocasião do final do exercício social, há necessidade de calcular o percentual do volume 
ou quantidade extraída em relação a cultura total, até o momento. 
Exemplo: 
Área cultivada total = 200 hectares 
Área extraída até o fim do exercício social =80 hectares 
Total de área extraída sobre a área total = 80/200 = 0,400 = 40,00%, ou seja, aplicação os 20% sobre 
os 40,00% de área extraída, para se achar o percentual de exaustão até o momento do cálculo, que 
deverá ser exaurido do imobilizado, que representa o custo de formação do arvoredo de Chá. 
40% x 20% = 8% de exaustão do arvoredo. 
 
 Outro item imobilizado que será exaurido são as pastagens, parte importante no planejamento 
pecuário, uma vez que contribui, para a melhoria da qualidade do animal, consequentemente no 
rendimento do projeto. 
 As pastagens podem ser artificiais, que exigem preparo do solo por meio de destocamentos, 
arações, adubações, gradagem e plantação ou semeadura. Outro tipo de pastagem é a natural, 
denominada de pasto nativo, são área de boa cobertura vegetal e em geral não apresentam grandes 
problemas de erosão. Este tipo de pasto pode ter melhoramentos esporádicos, como: nivelamento de 
erosões, correção do solo pela calagem, rosadas, etc. 
 As pastagens devem sofrer exaustão, porque, mesmo que o tipo de capim seja permanente, a 
fertilidade da terra tem capacidade limitada. Recomenda-se estimar o período de tempo de vida útil das 
pastagens com base em estudos agrícolas ou estudo do próprio engenheiro agrônomo que presta 
serviços à propriedade. 
Ex: Para o cálculo da exaustão de uma pastagem artificial perene, é preciso o levantamento das 
seguintes informações com a área técnica: 
- tempo de rebrota do pasto – quantidade de pasto arrancado pelos animais – perda de nutrientes no 
solo e, consequentemente, enfraquecimento do pasto – efeito de possíveis de erosões no solo da 
pastagem - efeitos do pisoteio dos animas na pastagem – manejo dos animais na pastagem – etc. 
 
6 
 
Com o levantamento destas informações e outras que forem necessárias o técnico deverá 
estimar a duração da pastagem através de um laudo ou parecer, que deverá ser encaminhar para o 
contador efetuar os lançamentos devidos de exaustão da pastagem e alocação deste nos custos de 
produção. 
Exemplos: 
Custo de formação da pastagem = R$ 20.000,00 
Parecer do técnico de tempo de vida útil da pastagem a ser exaurida = 4 anos 
 
Cálculo > 100/4anos = 25% de exaustão ao ano. 
Então: R$ 20.000,00 X 25% = R$ 5.000,00 é o valor a ser contabilizado ao ano como a exaustão da pastagem. 
 
Ainda, pode-se demonstrar outro exemplo de exaustão que é a calagem, através da aplicação de 
calcário. 
O calcário é insumo utilizado para a correção de acidez no solo que melhora a absorção de 
nutrientes pela cultura plantada. Por essa razão, sua aplicação é recomendada em solos classificados 
como ácidos. 
Ex: Calagem em 200 hectares de terra (lavoura). Sabe-se, por pareceres técnicos, que uma calagem 
bem feita, tem seu efeito completo em torno de quatro a cinco anos. 
 Calcário em pó – 4 toneladas por hectar, a um custo de R$ 1.100,00/t 
 Custo Hora máquina/operador, para a distribuição e cobertura do calcário ao solo por hectare – 
R$ 12,50. 
 Número de horas para a calagem em 200 hectares – 150 horas 
 Amortização do custo da calagem em 5 anos. 
 Cálculo do Calcário - 4 t x R$ 1.100,00 x 200 hectares = R$ 960.000,00 
 Cálculo das horas máquina/operador – 150 horas x R$ 12,50 = R$ 1.875,00 
 Total Calagem = R$ 961.875,00 
 
Segundo parecer agronômico o efeito da calagem se dará da seguinte forma: 
 1° ano >> 15%; 2° ano >> 20%; 3° ano >> 30%; 4° ano >> 25% e 5° ano >> 10%. 
 
 A cota de exaustão do período é obtida pela multiplicação do gasto com o melhoramento, pelo 
percentual do ano corrente, no qual está sendo cultivada a área com aplicação do calcário. 
 Ex: 2° ano >> 20% 961.875,00 = 192.375,00 
 
 O procedimento adequado é procurar registrar na contabilidade a verdadeira cota depreciação, 
amortização e exaustão do período, valendo-se de avaliações de técnicos da área, de forma que a 
contabilidade, efetivamente, tanto no ativo imobilizado como no custo de produção que forma os 
estoques, reflita de forma mais correta possível o verdadeiro patrimônio e desempenho do 
empreendimento. 
 Os procedimentos adequados utilizados no cálculo da depreciação, amortização e exaustão, 
auxiliam na gestão e demonstram o verdadeiro patrimônio e os custos/despesas da empresa rural. 
 
 Exemplo de desvalorização linear e não linear 
Desvalorização linear – está relacionada somente aos anos de vida útil do bem, o qual será o 
divisor do 100% do bem, sem a inclusão de outras proporções, calculando-se sempre um valor fixo por 
ano de desvalorização. 
Ex: 100% / números de anos úteis = 100% 
100% / 5 anos = 20% ao ano x valor imobilizado. 
 
Desvalorização não linear – está relacionada ao total de consumo ou uso do bem durante a sua 
vida útil, utilizando-se uma unidade de medida como quilômetros, horas máquinas ou outra unidade 
que possa medir a vida útil do bem de forma proporcional, até a totalização do 100% do valor 
Imobilizado. 
Ex: Um equipamento tem como tempo de uso 60.000h e foi utilizado 10.000h no primeiro ano. 
10.000h / 60.000h = 16,6667 = 16,67% para o primeiro ano 
 
7 
 
 
 Ativo Imobilizado 
 De acordo com a lei 12.973 de 2014, no Ativo Imobilizado são considerados os direitos que 
tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à empresa os benefícios, 
riscos e controle desses bens. 
 Dentro do que preconiza a norma, pode-se considerar que o Imobilizado se constituído de todos 
os investimentos corpóreos feitos para serem utilizados nas atividades da empresa, que geraram 
benefícios econômicos futuros, entendidos para mais de 12 meses, contados da data de colocação em 
operação. 
 Conforme a lei 12.973 de 2014, em seu artigo 15, é recomendado que o valor mínimo para 
imobilização seja de R$ 1.200,00, ou prazo de vida útil inferior a um ano. 
 
Bibliografia: 
BRASIL, Lei 12.973 de 13 de maio e 2014. Esta legislação pretende aperfeiçoar a contabilidade das 
empresas ao trazer profundas mudanças na legislação. Dispondo sobre as novas regras de apuração 
dos tributos (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL). Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l12973.htm. 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 29 – Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas (IAS 41). 
Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/324_CPC_29_rev%2014.pdf. 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural: Uma abordagem decisorial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 
2012. 
MARION, José Carlos. Contabilidade da Pecuária. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
_______________. Contabilidade Rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária e imposto de 
renda – pessoa jurídica. 14ª ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
MARION, José Carlos; SANTOS, Gilberto José do e SEGATTI, Sonia. Administração de Custos na 
Agropecuária. 4ª ed. São Paulo, Atlas: 2012.

Continue navegando