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Casos Clinicos Resolvidos Análises Histológicas e Imunohematólogicas

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Valor: 8,0 pontos! 
É pra fazer em grupo de 4 a 6 pessoas!!!! (nem mais, nem 
menos)!!!! 
Alunos: 
Bianca Teixeira Oliveira Vasconcelos 382010969 
Joyciene Almeida 
Nayara Barbara 
Priscilla Kerllen da Silva 
 
IMUNOLOGIA CLÍNICA #01 
Mulher de 27 anos de idade chegou à emergência, de ambulância, 15 minutos 
após ter sofrido uma convulsão tônico-clônico que durou aproximadamente 5 
minutos e remitiu espontaneamente. Os paramédicos puncionaram uma veia a 
caminho do hospital, mas não administraram nenhuma medicação. De acordo 
com os familiares, a paciente nunca havia apresentado qualquer episódio 
convulsivo, nem havia história de traumatismo cranioencefálico recente. A irmã 
da paciente afirma que ela esteve doente nos últimos 4 anos, quando os 
sintomas começaram a se manifestar com artralgias e eritemas dos dedos, 
punhos e cotovelos. Desde então, a paciente tem sido acompanhada por um 
clínico geral, mas a irmã não sabe o diagnóstico ou as medicações que foram 
prescritas para ela. Ao exame físico a mulher encontrava-se pálida e 
semiconsciente. Sua respiração não era difícil e ela começou a esboçar 
movimentos dos braços e pernas durante o exame. O exame não foi 
significativo, exceto pela erupção cutânea em “asa de borboleta” nas 
regiões malares e várias úlceras na mucosa bucal . 
a) O que sugere a presença de erupção cutânea, particularmente na forma 
de “asa de borboleta” nas regiões malares?Que outras informações são 
consistentes com essa suspeita? Qual seria a causa mais provável da 
convulsão? 
A presença de mancha vermelha (Rash cutâneo) na região da face em forma 
de “asa de borboleta” indica erupções cutâneas, sinais comuns em pacientes 
portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), um distúrbio inflamatório, 
crônico e multissistêmico, de provável etiologia autoimune que ocorre 
predominantemente em mulheres jovens. Outras informações consistentes 
para LES são sintomas apresentados pela paciente, como: artralgias e 
eritemas dos dedos, punhos e cotovelos, várias úlceras na mucosa bucal. 10% 
a 20% dos pacientes com LES terão convulsões, e elas podem ser 
generalizadas ou parciais e podem até ser a primeira manifestação da doença. 
Elas podem ocorrer como efeitos secundários de inflamação do sistema 
nervoso central, mas HAS, sintomas de uremia, medicamentos podem afetar 
sua aparência e características indistinguíveis de outras convulsões primárias 
ou secundárias. 
b) O médico solicitou uma bateria completa de exames séricos: 
hemograma completo, análise de urina, pesquisa de drogas na urina, 
teste de gravidez, VDRL para sífilis, teste de absorção de anticorpo 
antitreponêmico fluorescente (FTA-ABS), tomografia computadorizada 
(TC) e punção lombar. O médico solicitou uma bateria completa de 
exames séricos: hemograma completo, análise de urina, pesquisa de 
drogas na urina, teste de gravidez, VDRL para sífilis, teste de absorção de 
anticorpo anti treponêmico fluorescente (FTA-ABS), tomografia 
computadorizada (TC) e punção lombar. Discutir os exames solicitados 
pelo médico. 
O hemograma é solicitado uma vez que paciente com LES têm suas 
células destruídas, o exame é realizado para acompanhar a progressão da 
doença. A série branca é a mais frequentemente alterada, com leucopenia e 
linfopenia, isoladas ou associadas. Essas alterações ocorrem em até 70% dos 
casos, podendo surgir antes das manifestações clínicas, que auxiliam muito no 
diagnóstico. O monitoramento desses parâmetros ajuda a monitorar a doença, 
pois a diminuição do seu número costuma refletir a atividade do lúpus, mas 
deve-se estar atento para a possibilidade de que essa diminuição esteja 
relacionada ao uso de imunossupressores. Até 80% dos pacientes com lúpus 
podem encontrar anemia em um determinado estágio da doença. A anemia 
pode ser dividida em imune e não imune. A anemia não imune mais comum é a 
anemia de doença crônica (também mais comum do que a anemia hemolítica 
na maioria das séries), seguida por anemia por deficiência de ferro e anemia 
secundária à doença renal. A anemia hemolítica com teste de Coombs positivo 
é o principal representante do grupo das anemias imunológicas, sendo a única 
que faz parte dos critérios de classificação desta doença, podendo preceder 
outras manifestações clínicas há vários anos. Outra forma de hemólise é a 
anemia hemolítica microangiopática, caracterizada por células de clivagem 
periférica de Coombs negativas e geralmente associada a vasculite sistêmica. 
A trombocitopenia é encontrada em 15% dos casos de LES, definida como 
menos de 150.000 células / mm3. O grau de trombocitopenia varia muito e a 
trombocitopenia grave é rara. 
Análise drogas na urina: Existe também uma forma especial de doença 
chamada lúpus induzidos por medicamentos, que difere do LES idiopático 
devido à correlação temporal e à existência do uso de certos medicamentos e 
manifestações clínicas mais brandas (geralmente sem envolvimento dos rins e 
do sistema nervoso central). Anticorpo anti-histona isolado de alto título. Os 
principais medicamentos associados a essa manifestação são clorpromazina, 
hidralazina, isoniazida, metildopa, minociclina, procainamida e quinidina. 
O exame de urina avalia se o paciente apresenta acometimento renal. O 
reconhecimento precoce do envolvimento renal é extremamente importante 
para a adequação do tratamento e o tratamento antecipado. Deve-se sempre 
ter em mente que os sinais e sintomas específicos de nefrite só aparecem nos 
estágios finais da síndrome nefrótica ou insuficiência renal. Embora a presença 
de proteinúria e cilindros seja parte dos critérios diagnósticos para esta doença, 
outros parâmetros, como hematúria e aumento da creatinina devem ser 
considerados no diagnóstico de glomerulonefrite e ajudam a distinguir entre os 
diferentes tipos; no entanto, a proteinúria é uma. Esta é uma manifestação 
comum que ocorre em quase 100% dos pacientes com atividade renal. De 
acordo com a classificação histológica proposta pela Sociedade Internacional 
de Nefrologia, a biópsia renal pode confirmar o diagnóstico, que é necessário 
para uma análise confiável dos padrões de nefrite lúpica de pelo menos 10 a 
15 glomérulos.Teste VDRL e FTA-BS: Alguns pacientes com lúpus podem ter VDRL 
falso positivo, e ser confundido com sífilis. É muito comum na associação com 
síndrome anticorpos antifosfolipídeos, sendo algumas vezes necessário 
realização de testes não treponêmicos para confirmação ou não de sífilis, como 
o FTA- BS. 
Teste gravidez: Caso o médico suspeite de LES deve se descartar uma 
possível gravidez, uma vez que o tratamento e a própria progressão da doença 
se não tratada pode ocasionar em aborto. 
Tomografia e punção lombar devem ser utilizados a fim de aumentar a 
sensibilidade diagnóstica do acometimento específico a ser analisado: quadro 
renal, pulmonar, neurológico, músculo-esquelético. 
c) Com base no diagnóstico que outros exames poderiam ser solicitados 
As provas inflamatórias de fase aguda, como a velocidade de 
hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR), são úteis para o 
diagnóstico. A VHS geralmente está aumentada na atividade da doença, 
refletindo a fase aguda dos processos inflamatórios, porém pode persistir 
elevada mesmo após o controle da doença, não se correlacionando com sua 
atividade inflamatória. Entretanto, a PCR é geralmente baixa no LES e 
aumenta nos processos infecciosos, auxiliando por vezes no diagnóstico 
diferencial dessas duas condições. A avaliação imunológica é fundamental 
para a caracterização da doença autoimune. Os FANs detectados pela 
imunofluorescência indireta utilizando a célula HEp-2 é o primeiro teste a ser 
realizado, pois é positivo em mais de 98% dos casos e um dos critérios 
diagnósticos. Ressalta-se que a alta sensibilidade desse exame não reflete a 
sua especificidade, pois o FAN ocorre em um grande número de doenças 
crônicas (infecciosas, neoplásicas), autoimunes e mesmo em indivíduos sadios 
(particularmente idosos). 
Diante da suspeita de LES e a positividade do FAN, é fundamental tentar 
caracterizar os autos anticorpos específicos da doença, particularmente o 
anti-DNA nativo (anti-dsDNA) e anti-SM, que são marcadores e suas detecções 
corroboram o diagnóstico. A positividade do anti-dsDNA chega a 40% e a 
determinação de seus títulos é útil no acompanhamento da atividade 
inflamatória da doença, particularmente na nefrite. Da mesma forma, os 
anticorpos antiproteína P ribossômica, presentes em apenas 10% dos casos de 
LES, podem, em alguns casos, ser os únicos marcadores de doença e também 
auxiliam no acompanhamento de pacientes com quadros graves de distúrbios 
psiquiátricos associados a essa doença. Os anticorpos anti-SM são 
identificados em aproximadamente 30% dos casos e auxiliam no diagnóstico 
por serem marcadores específicos. 
Outros anticorpos também são detectados e caracterizam o padrão de 
resposta imune do LES, sendo frequentes os anticorpos anti-RNP, 
anti-Ro/SS-A, anti-La/SS-B e os anticorpos antifosfolípide, que estão 
relacionados com trombose e/ou abortos de repetição, caracterizando a 
síndrome antifosfolípide (SAF) secundária. Aproximadamente 25% dos casos 
de LES apresentam positividade do fator reumatoide. 
A determinação da atividade hemolítica do complemento e dos níveis 
séricos dos seus componentes C3, C4 e CH50 é extremamente útil na 
monitorização de doenças e na resposta terapêutica. 
Outros exames também são importantes: P-anca, C-anca, 
antifosfolípides (Cardiolipina, anticoagulante lúpico) histona (principal valor no 
diagnóstico por lúpus induzido por drogas), hepatograma (TGP, TGO, 
eletroforese de proteínas, bilirrubinas, amilase, lipase, fosfatase alcalina, GGT), 
albumina, TAP, reticulocitos e eletrólitos (sódio, potássio, cloretos). 
 
d) Os exames laboratoriais revelaram que a glicose e os eletrólitos 
séricos estavam dentro dos limites normais, assim como o hemograma 
completo. A detecção de drogas na urina e o teste de gravidez foram 
negativos; O VDRL foi positivo e o FTA-ABS, negativo; a TC foi negativa 
para anormalidades estruturais grosseiras; a análise do líquido 
cefalorraquidiano estava dentro dos limites da normalidade. Os níveis 
séricos de uréia e creatinina eram 65 mg/dl (normal) e 3,0 mg/dl (normal é 
0,7 -1,4 mg/dl), respectivamente. A análise da urina evidenciou proteinúria 
(+++), 20 a 30 hemácias por campo e traços de glicose. O teste de 
Coombs direto e os testes e os testes de anti- dsDNA foram positivos, e o 
nível de C3 era de 60mg/dl ( normal é 80-175 mg/dl). Qual é a causa das 
anormalidades urinárias? De que consiste o teste de Coombs e por que 
ele se mostrou positivo nessa paciente? Qual é a importância dos 
resultados do VDRL e FTA-ABS? Por que o nível de C3 estava diminuído? 
A causa da anormalidade da urina é devida o acometimento renal por 
meio da presença de perda de proteínas, hematúria maciça e perda de glicose. 
O teste de Coombs deu positivo nesta paciente devido a uma hemólise gerada 
pela destruição dos eritrócitos. A importância dos testes de VDRL e FTA-BS se 
baseia para descartar um falso positivo do VRDL uma vez que síndrome 
anticorpos antifosfolipídeos, sendo algumas vezes necessário realização de 
testes não treponêmicos para confirmação ou não de sífilis, como o FTA- BS. O 
nível do C3 está diminuído pois a dosagem do C3 é utilizada para a avaliação 
de portadores de doenças que evoluem com a presença de imunocomplexos, 
os quais ativam a via clássica do complemento (ativação pela interação 
antígeno-anticorpo). 
 
IMUNOLOGIA CLÍNICA #02 
 
1. Os exames imunológicos AEO, PCR e Fator reumatóide (látex), são 
solicitados com frequência na prática clínica. Separadamente, o que cada 
exame avalia? 
- AEO: identifica a presença de uma toxina liberada pela bactéria 
Streptococcus pyogenes, a estreptolisina O. 
- PCR: a dosagem de proteína C reativa (PCR) é feita através da coleta 
do sangue do doador. A proteína C reativa, produzida no fígado, é o 
principal marcador de fase aguda de processos inflamatórios e 
necróticos(morte do tecido) que ocorrem no organismo, principalmente 
processos inflamatórios associados a infecções bacterianas. 
- FR: É um auto-anticorpo que pode ser produzido em algumas doenças 
auto-imunes e que reage contra o IgG, formando imunocomplexos que 
atacam e destroem tecidos saudáveis, como a cartilagemdas 
articulações e outros. Assim, a identificação de fator reumatóide no 
sangue é importante para investigar a presença de doenças autoimunes, 
como lúpus, artrite reumatoide ou síndrome do Sjögren, que 
normalmente apresentam valores elevados dessa proteína, entre outros. 
 
 
2. Em conjunto, de que forma esses exames podem auxiliar o médico em 
sua propedêutica? Justifique. 
Os dois exames identificam patologias (infecções, inflamações, neoplasias, 
doenças reumáticas ou traumatismos) importantes a serem diagnosticadas 
precocemente e na fase inicial do diagnóstico de um paciente. Caso algum 
destes exames seja positivo é de suma importância um tratamento específico e 
imediato. Caso os exames sejam negativos o médico pode prosseguir com 
uma análise mais profunda e meticulosa, eliminando várias possíveis doenças 
que possam estar acometendo o paciente. 
3. Os pacientes abaixo relatados chegaram ao médico, queixando-se de 
dores intensas nas articulações. Mesmo sem saber dos demais dados 
clínicos e epidemiológicos, quais seriam os prováveis diagnósticos, 
tendo como referência os resultados descritos. Justifique: 
 
a) Resultado 1: FR: reagente; AEO: não reagente e PCR: reagente. 
De acordo com os resultados dos exames, esse paciente tem artrite 
reumatoide. O fator reumatóide é um anticorpo produzido em determinadas 
doenças auto-imunes, ele reage contra a imunoglobulina IgG, formando 
imunocomplexos que atacam e destroem tecidos saudáveis, como a cartilagem 
das articulações, por exemplo. Fator reumatoide soropositivo ou reagente 
evidencia a inflamação e infeção, apontando para condições ruins das 
articulações. O ASLO, também chamado de ASO, AEO ou antiestreptolisina O, 
tem como objetivo identificar a presença de uma toxina liberada pela bactéria 
Streptococcus pyogenes, a estreptolisina O. Quando a infecção por essa 
bactéria não é identificada e tratada com antibióticos, a pessoa pode 
desenvolver febre reumática. Entretanto, como o paciente em questão 
apresenta ASLO negativo, ele não possuiu febre reumática. A proteína C é 
uma proteína plasmática reagente de fase aguda, produzida pelo fígado. 
Geralmente, a PCR está aumentada quando existe algum tipo de processo 
inflamatório ou infeccioso acontecendo no corpo, sendo um dos primeiros 
indicadores inespecíficos a estar alterado no exame de sangue. 
 
 
b) Resultado 2: FR: não reagente; AEO: reagente e PCR: reagente. 
O paciente pode estar sofrendo um processo de infecção aguda desencadeado 
pela Streptococus pyogenes . O ASLO, também chamado de ASO, AEO ou 
antiestreptolisina O, tem como objetivo identificar a presença de uma toxina 
liberada pela bactéria Streptococcus pyogenes , a estreptolisina O. Quando a 
infecção por essa bactéria não é identificada e tratada com antibióticos, a 
pessoa pode desenvolver complicações, tais como: glomerulonefrite e febre 
reumática. 
 
c) Resultado 3: FR: não reagente; AEO: não reagente e PCR: reagente. O 
paciente apresenta fotossensibilidade e mancha cutânea em forma de asa 
de borboleta. Sabendo dessas informações, qual exame deveria ser 
solicitado a essa paciente? 
De acordo com a clínica do paciente, ele apresenta quadro de lúpus 
eritematoso. Esta é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, 
cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos. São conhecidos dois tipos 
principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, 
geralmente avermelhadas ou eritematosas, principalmente nas áreas que ficam 
expostas à luz solar e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são 
acometidos. Os exames para detectar a possível hipótese diagnóstica incluem: 
hemograma completo com contagem de plaquetas; contagem de reticulócitos; 
teste de Coombs direto; velocidade de hemossedimentação (VHS); eletroforese 
de proteínas; aspartato-aminotransferase (AST/TGO); 
alanina-aminotransferase (ALT/TGP); fosfatase alcalina; bilirrubinas total e 
frações; desidrogenase láctica (LDH); ureia e creatinina; eletrólitos (cálcio, 
fósforo, sódio, potássio e cloro); exame qualitativo de urina (EQU); 
complementos (CH50, C3 e C4); albumina sérica; proteinúria de 24 horas; 
VDRL; e avaliação de autoanticorpos (FAN, anti-DNA nativo, anti-Sm, 
anticardiolipina IgG e IgM, anticoagulante lúpico, anti-La/SSB, anti-Ro/SSA e 
anti-RNP). 
 
4. É possível detectar um resultado com AEO: reagente, e PCR: não 
reagente? Justifique. 
É possível, pois o AEO reagente pode significar também apenas uma infecção 
de garganta antiga, levando a um PCR não reagente. Não significa 
exclusivamente uma febre reumática. 
IMUNOLOGIA CLÍNICA #03 
CASO 1: Paciente de 23 anos, sexo feminino, do lar, casada, 02 filhos, 
previamente hígida, apresentando emagrecimento progressivo há 06 meses. 
Apresentou quadro de sinusite, tratada durante 14 dias com 
amoxacilina-clavulanato. Após 10 dias do início do antibiótico iniciou diarréia 
aquosa persistente, com 6-8 evacuações por dia e febre. Fez uso de água de 
fubá, sem melhora da diarréia por 05 dias. Diante da não melhora do quadro 
procurou atendimento médico. Ao exame clínico apresentava-se emagrecida, 
corada, orientada, linfonodos axilares e cervicais palpáveis, pequenos e de 
consistência normal, ausculta respiratória e cardíaca normais, abdome sem 
visceromegalia, ruídos aéreos aumentados, sem sinais de irritação peritoneal. 
Hemograma: HB= 10,5 Ht=30 % Plaquetas= 250.000/ mm 3 Leucócitos= 
3.500/mm 3 (S-85%, B-0%, L-10%, Baso -1 %, E- 4%) 
Quais as hipóteses diagnósticas? 
 
Leucemia Linfoide 
 
Quais os exames deveriam ser solicitados? 
Exames bioquímicos e de coagulação; Mielograma, para análise citológica, 
citogenética, molecular e imunofenotípica. 
 
Qual o grau de confiabilidade dos resultados dos exames sugeridos 
acima? 
O mielograma tem alto grau de confiabilidade porque permite outras avaliações 
do tecido hematopoiético. 
 
 
 
CASO 2: Um homem de 37 anos, casado, pai de 2 filhos, bancário. Não tem 
história de problemas de saúde no passado. Quando a agência bancária em 
que trabalhava fechou e ele não foi transferido para outra agência, em outra 
cidade, ele ficou sem emprego, apesar de envidar esforços para encontrar 
novo trabalho. Começoua frequentar os bares e fez amizade com um grupo 
usuário de drogas. Após muita insistência de seus companheiros, decidiu 
experimentar uma dose de cocaína intravenosa. A dose foi injetada por um de 
seus parceiros, usando uma seringa que fora usada por outros membros do 
grupo. Três semanas após esse episódio, preocupado com a possibilidade de 
ter contraído alguma infecção, ele visitou seu médico que solicitou exame 
sorológico para o vírus HIV, além dos testes de função hepática. O resultado 
anti HIV deu negativo e as enzimas hepáticas estavam ligeiramente elevadas, 
menos de 2 x o limite superior normal. Cinco semanas depois o paciente 
começou a ter desconforto físico, mialgias e sintomas semelhantes aos de 
gripe e voltou a procurar o médico, que solicitou hemograma completo, tempo 
de protrombina, testes de função hepática e repetição da sorologia. 
Os seguintes resultados foram obtidos: 
Leucócitos: 7500/mm 3 ; Hemoglobina: 14,5 g/dl; Plaquetas 198; Tempo de 
protrombina: 2,1 mg/dl; ALP: 125 U/L; AST: 1156 U/L; ALT; 1689 U/L; GGT: 68 
U/L; Bilirrubina total 2,1 mg/dl 
 
a) Com esses resultados fazer uma previsão do resultado do teste 
sorológico. Outros testes sorológicos deveriam ser realizados? Quais? 
Por quê? Eles dariam positivo com 3 semanas? 
 
Antígeno de superfície da Hepatite B (HBsAg): Proteína da superfície do vírus 
B; pode ser detectado em altas concentrações séricas durante a infecção 
aguda e crônica. A presença do HBsAg indica que a pessoa é infectada pelo 
vírus B. 
 
Anticorpo contra o antígeno de superfície da Hepatite B (anti-HBs): A presença 
do anti-HBs é geralmente interpretada como recuperação e imunidade ao vírus 
B. Anti-HBs também é detectado em pessoas imunizadas contra o vírus B por 
meio de vacina. 
 
Anticorpos totais contra o “core” (núcleo) do vírus da Hepatite B (anti-HBc): 
Surge no início dos sintomas da hepatite B aguda e persiste por toda a vida. A 
presença do anti-HBc indica infecção pelo vírus B, atual ou prévia 
 
Anticorpo IgM contra o “core” (núcleo) do vírus da Hepatite B (anti-HBc IgM): 
Positividade indica infecção recente pelo vírus B (≤6 meses). Sua presença 
indica infecção aguda 
 
Não, eles também dariam negativo, uma vez que esse vírus possui o período 
de incubação de 33 a 122 dias, e sua Janela Diagnóstica de 30 dias após a 
infecção; 
 
 
Que teste poderia ter sido feito com 3 semanas para agilizar o 
diagnóstico? Como os resultados dos exames auxiliaram na formulação 
do diagnóstico? 
 
Os testes moleculares oferecem uma alternativa para a detecção cada 
vez mais precoce da infecção pelo HBV. Esses ensaios também servem para a 
confirmação de casos de hepatite B em que o HBsAg não é detectado, como, 
por exemplo, nos casos de infecção oculta pelo HBV. O ácido nucleico viral 
pode ser detectado por meio de ensaios de PCR em tempo real, que possuem 
limite de detecção médio de 10 UI/mL de plasma ou soro e especificidade 
acima de 99% 
As alterações das funções hepáticas identificadas nos exames, mesmo 
que pequenas, em conjunto os outros testes auxiliaram na formação do 
diagnóstico. 
 
Esse paciente acabou se divorciando e passou a beber muito mais de 4 
garrafas de vodka por semana. Qual será a consequência da ingestão 
excessiva de bebida alcoólica, tendo em vista o diagnóstico proposto? 
 
Como já sabido o consumo de bebida alcoólica em excesso, pode trazer 
diversas consequências. A hepatotoxicidade do etanol está intimamente 
relacionada com o metabolismo do etanol, que se processa principalmente no 
fígado. Associado à hepatite, pode ter como consequência cirrose e esteatose 
hepática. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, 
Aids e Hepatites Virais. Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites 
Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento 
de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites 
Virais– Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 123 p. Disponível em: 
http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/manual-tecnico-para-o-diagnostico-das-hep 
atites-virais-e-atualizado/. Acesso em: 19 jun. 2021. 
 
MINCIS, Moysés; MINCIS, Ricardo. Doença Hepática Alcoólica: Diagnóstico 
e Tratamento . Prática Hospitalar, [ s. l. ], ano viii, n. 48, p. 113-118, 2006. 
Disponível em: 
https://sites.unifoa.edu.br/portal/plano_aula/arquivos/04054/Artigo%201%20-% 
20para%202AVD%20-%20doen%C3%A7a%20hepatica%20e%20alcoolismo.p 
df. Acesso em: 19 jun. 2021. 
 
 
 
 
IMUNOLOGIA CLÍNICA #04 
 
Tema: Hepatite C em idosos 
 
Sr. Eduardo é aposentado, tem 60 anos de idade, trabalhava como barbeiro no 
interior de Minas Gerais e está com problemas de saúde há algum tempo, e 
atualmente seu quadro vem piorando a cada dia, pois está com tontura, enjoo, 
vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes 
muito claras. Foi internado no hospital porque vomitou sangue, a barriga está 
inchando e ele sente dores abdominais. Devido à suspeita de hepatite crônica 
foram solicitados exames de marcadores de função hepática, testes para 
infecção por vírus de hepatite B e C, herpes, citomegalovírus e HIV. Os exames 
revelaram hepatite crônica por HCV (vírus de hepatite C) sem coinfecção por 
HIV, e foi então solicitado biópsia hepática para estadiamento da hepatite 
crônica e definir o tratamento. Explique como foram realizados os testes 
laboratoriais e a frequência com que pode ocorrer casos de hepatite C em 
idosos. 
Inicialmente são feitos exames de triagem do sangue total, soro, plasma ou 
fluido oral através de imunoensaios (detecção do Anti-HCV), testes positivos 
nesta fase tem resultado confirmado em outros testes, que visam à detecção 
direta do vírus, através de teste molecular (PCR). 
A frequência de casos de Hepatite C em idosos deve-se ao fato de no passado, 
não haver segurança transfusional. Então como a doença se desenvolve a 
longo prazo, a população está vivendo mais, os problemas podem se 
manifestar em idade avançada. 
Referências Bibliográficas. LEITE, Fabiane. Idosos estão sob risco da hepatite C . O ESTADO DE 
S.PAULO, São Paulo, 25 set. 2009. Disponível em: 
https://emais.estadao.com.br/noticias/geral,idosos-estao-sob-risco-da-hepatite- 
c,377431. Acesso em: 19 jun. 2021. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, 
Aids e Hepatites Virais. Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites 
Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento 
de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites 
Virais– Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 123 p. Disponível em: 
http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/manual-tecnico-para-o-diagnostico-das-hep 
atites-virais-e-atualizado/. Acesso em: 19 jun. 2021. 
IMUNOLOGIA CLÍNICA #05 
1. J. N. R, 18 anos, grávida de 8 semanas, foi procurar um ginecologista para 
realização do acompanhamento pré-natal. O resultado do VDRL foi: reagente 
1:8. O médico solicitou a realização da Imunofluorescência, e o resultado foi: 
IgG: reagente. Foi realizado o exame no parceiro e o resultado foi: VDRL: não 
reagente; RIFI – IgG: não reagente. O médico ao fazer uma anamnese mais 
detalhada, descobriu que a mãe da gestante teve sífilis na gravidez, o que 
permitiu a ocorrência de uma transmissão congênita. Sabendo dessas 
informações, responda: 
a) Qual exame é realizado como triagem para sífilis? O que esse teste 
detecta? Quais as vantagens e desvantagens desta metodologia? 
R: O exame realizado na triagem de sífilis é o VDRL. Este teste detecta uma 
variação da aglutinação indireta onde as interações antígeno-anticorpo formam 
imunocomplexos detectadas com auxílio de microscópio, esses anticorpos não 
são específicos para Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis. 
Entre as principais vantagens está a alta sensibilidade na sífilis do adulto, e alta 
especificidade na sífilis congênita, por ter baixo custo e fácil execução, 
podendo ser usado para o acompanhamento dos casos tratados. Já as 
principais desvantagens referem-se aos resultados falso-positivos e 
falso-negativos. 
 
b) Por que o médico solicitou a realização da RIFI IgG? Justifique. 
Porque o diagnóstico inicial, foi feito através do VDRL que é um teste de 
triagem, ou seja, que detecta anticorpos não treponêmicos, mas não 
específicos para sífilis, então após testagem positiva é necessário confirmação 
através de teste mais específico como é o caso da Imunofluorescência Indireta 
(RIFI). Este que é um teste qualitativo, sua reatividade indica que o usuário 
teve contato com Treponema pallidum em alguma época de sua vida e 
desenvolveu anticorpos específicos. É um teste indicado para confirmação do 
diagnóstico, quando a triagem é feita com um teste não treponêmico. 
 
c) Qual o diagnóstico da gestante? 
Pode-se dizer que a gestante não tem a doença ativa, ele tem um cicatriz 
sorológica isso devido ao título residual baixo (1:8). Contudo é necessário a 
confirmação de dois títulos baixos (inferiores a 1:8) no VDRL, com um intervalo 
de 30 dias ou mais, para excluir uma doença recente. Três títulos 
sucessivamente baixos (inferiores a 1:8) com um intervalo superior a 30 dias, 
sem sinais clínicos de reinfecção, indicam cicatriz sorológica. 
 
d) Por que não houve transmissão para o parceiro? 
A gestante não tem a doença ativa, por isso não houve transmissão para 
o parceiro; 
 
e) Qual exame deve ser solicitado como acompanhamento de cura dessa 
gestante? Justifique. 
Realizar o controle de cura mensal por meio do VDRL, considerando resposta 
adequada ao tratamento ou declínio dos títulos. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
BVS ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE. Núcleo de Telessaúde de Sergipe. 
Como proceder diante de uma gestante com teste rápido para sífilis 
reagente e histórico prévio de sífilis tratada? [S. l. ], 2015. Disponível em: 
https://aps.bvs.br/aps/como-proceder-diante-de-uma-gestante-com-teste-rapido 
-para-sifilis-reagente-e-historico-previo-de-sifilis-tratada/. Acesso em: 19 jun. 
2021. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, 
Aids e Hepatites Virais. Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de 
Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, 
Aids e Hepatites Virais– Brasília : Ministério da Saúde, 2016. 52 p. Disponível 
em: https://www.telelab.aids.gov.br/index.php/biblioteca-telelab#livros

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