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Dermatite: Etiologia e Tratamento

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Conceito: ebulição, com manifestação de vermelhidão, edema, infiltração, 
vesículas e bolhas, que viram crostas, escamas e liquenificação. Essas 
manifestações se sucedem ou se associam, tornando um prurido. 
Evolução Agudo 
 Subagudo 
 Crônico 
Etiologia: 
- Exógena: contactantes 
- Endógena: endoctantes 
 
Etiopatogenia: 
Dermatite de contato: 
• Origem exógena 
• Etiopatogenia: irritação primária ou por sensibilização (alérgico – 
mediação de linfócitos T) 
• Irritação primária: ação cáustica do agressor gerando inflamação e se 
manifestando 
• Sensibilização à substância em contato com a pele (dermatite de 
contato alérgica): nem sempre é no primeiro contato 
- Reação tipo IV celular: via aferente e via eferente 
- Via aferente: contato com o produto -> hapteno que se liga às 
proteínas da pele + celular de Langherans (apresentadora de 
antígenos) apresentam ao linfonodo regional, que produz memória e 
ativa linfócito T (memória efetor). Após entrar de novo em contato 
com o agente agressor, que haverá a ativação da memória e assim a 
reação alérgica. 
- Via eferente: linfócito T, que já tem memória e produz o dano. A 
partir desse dano que tem como associar com o agente agressor, 
como mãos -> fatores ocupacionais; face -> cosméticos; pés -> 
calçados. 
• Pode ser aguda (ácidos e bases fortes), aguda tardia de 8 a 24hrs 
(antralina ou podofilina) ou crônica (sabão e detergente) 
• Manifestação: eritema, vesículas, crostas (dessecação do conteúdo 
líquido), pele desnuda com erosão ou exsudação e até fissuras. 
• Sintoma: coceira 
• Teste epicutâneo: aplicação de substâncias sensibilizantes mais 
comuns no local tronco posterior e realizar uma leitura em 48 – 
72horas. 
Ausente – Negativo (-) 
Eritema + Edema + Pápulas + Vesículas – Positivo (+++) 
Eritema + Edema + Pápulas – Positivo (++) 
Eritema – Positivo (+) 
Leve Eritema – Duvidoso 
OBS: além do teste, verificar se corresponde com a clínica do paciente. 
Portanto, teste positivo + correlação clínica -> DCA; mas se o teste 
positivo não tiver correlação clínica -> não DCA. 
 
• Tratamento tópico: 
1. Fase aguda: compressas de KMnO4 (permanganato de 
potássio – ação secativa adstringente) ou soro fisiológico e 
creme corticoide (lesão úmida) 
2. Fase crônica: pomada corticoide oclusivo, infiltração 
corticoide 
 
• Tratamento sistêmico: sensibilização à distância 
1. Corticoide: oral ou IM 
2. Antihistamínico 
3. Afastar o agente agressor 
Dermatite atópica: 
• Dermatose inflamatória, multifatorial, frequentemente associada à 
asma e/ou rinite. 
• Característica: curso crônico com períodos de crises e acalmia 
• Prevalência mundial: 0,6-30% das crianças – 45% surge nos primeiros 
6 meses de vida, 60% até 1 ano, 85% antes dos 5 anos e 70% 
desaparece na adolescência; 2-10% nos adultos; e ocorre mais em 
áreas urbanas, por conta do menor contato com anticorpos/agentes 
agressores. 
• Etiopatogenia: interação de vários fatores 
- Barreira cutânea deficiente: impede a entrada de substâncias 
estranhas. 
A epiderme tem a camada basal, espinhosa e granulosa, mas tem 
também a filagrina, que participa da hidratação da pele. A pessoa que 
tem dermatite atópica, tem um gene que codifica a filagrina de modo 
alterado, fazendo com que a hidratação seja reduzida, e ocorrendo a 
perda transepidérmica de água (pele seca) e favorece a exposição a 
antígenos, devido a alteração da função da barreira da epiderme, 
favorecendo o desenvolvimento da dermatite atópica. 
- Genético: genes de susceptibilidade 
- Desregulação do sistema imunológico 
- Meio ambiente 
• TRÍADE: prurido, eczema em locais característicos e quadros crônicos 
e redicivante. 
• Morfotopografia: a localização do eczema varia com a idade 
- infantil: 3 meses a 2 anos – poupa a região centro facial 
- pré-puberal> >2 anos a 12 anos 
- adolescência-adulto: >12anos 
• Sinais clínicos que auxiliam o diagnóstico: 
- Prega Dennie-Morgan: duas pregas abaixo dos olhos 
- Sinal de Hertoghe: diminuição dos pelos laterais da sobrancelha 
• Manifestações associadas: 
- Ceratose pilar: aspecto áspero 
- Pitiríase alba: descamação ‘branca’ 
• Complicações: 
- Infecção bacteriana: S. aureus 
- Infecção viral: verrugas, molusco contagioso e herpes simples 
- Alterações oculares: ceratoconjuntivite, uveíte, alterações na retina, 
fotofobia, catarata e ceratocone 
• Tratamento: 
- Evitar fatores de piora, como: sudorese excessiva, tecidos de lã e 
sintéticos, pelos de animais, banhos excessivos, alérgenos inalantes 
(pó, pelos, penas, perfume, inseticida, ácaros) e situações de stress, 
raiva e frustração. 
- Melhorar a barreia cutânea como: emolientes/umectantes, diminuir 
a inflamação com corticoide tópico e diminuição do prurido com anti-
histamínico. 
- Tratamento de formas graves: imunossupressores (ciclosporina, 
metotrexato ou azatioprina) e imunobiológico (dupilumabe – anti IL-4 
e anti IL-13). 
Eczema Numular: lesão em moeda 
• Origem: desconhecida e multifatorial -> infecção bacteriana pode 
favorecer. 
• Mais frequente em adultos e idosos, em pela seca e piora no inverno. 
• Placas ovais, redondas, eritematosas e com vesículas: 1 a mais cm. 
• Localização: membros 
• Evolução: semanas a meses/recorrente 
• Diagnóstico diferencial: dermatofitose (micose), impetigo, psoríase 
• Tratamento: 
1. Cuidados gerais: evitar sabão, detergentes e roupas sintéticas 
2. Tópico: corticoide em creme 
3. Sistêmico: corticoide oral ou IM 
Eczema de Estase: 
• Estase venosa: varizes, obesidade (pós-parto), musculares, artrites 
deformantes, fraturas (os vasos sanguíneos não vão levar o oxigênio 
adequadamente para o tecido cutâneo). 
• Localização: 1/3 inferior da perna 
• Fase aguda: vesículas e bolhas 
• Fase subaguda: crostas 
• Fase crônica: liquenificação 
• Nos vasos dilatados, por pressão, o sangue se exterioriza do vaso, 
tendo a conversão da hemoglobina em hemossiderina, fora do vaso, a 
qual deixa uma mancha na pele -> dermatite ocre: manchas vermelho-
acastanhadas. 
• Complicações: úlceras estase, erisipela, dermatoesclerose e 
elefantíase. 
• Diagnóstico diferencial: dermatofitose (micose), dermatite de 
contato, púrpuras pigmentosas, vasculites (precisa de biópsia). 
• Tratamento: 
1. Fase aguda: compressas de KMnO4, soro fisiológico e 
corticoide em creme 
2. Fase crônica: pomada corticoide oclusivo e infiltração 
corticoide 
3. Sistêmico: corticoide oral ou IM 
4. Cuidados: elevação da perna, meia elástica e tratar a causa da 
estase 
 
 
Disidrose: 
• Etiologia: 
1. Infecção fúngica e mícides (hipersensibilidade) 
2. Infecção bacteriana 
3. Endoctantes: penicilina 
4. Contactantes: irritação primária ou sensibilização 
5. Atopia 
6. Emocional ou idiopática 
• Manifestação clínica: quadro agudo e recorrente que presença de 
vesículas bolhosas (indicando a higienização e furar a ‘bolha’) na 
palma e na lateral do dedo e é acompanhado de infecção secundária. 
• Diagnóstico diferencial: psoríase pustulosa 
• Tratamento tópico: compressas de KMnO4 e corticoide em creme 
• Tratamento sistêmico: corticoide oral ou IM 
- Infecção secundária: antibiótico, exceto penicilina, e anti-histamínico 
- Eliminar a causa 
Líquen simples crônico: neurodermite 
• Raro em crianças e mais comum em mulheres de 30-50 anos. 
• Etiopatogenia: picada de inseto ou produtos -> prurido -> 
liquenificação 
- Placa liquenificada espessa 
- Local: nuca, sacro, genital, membros 
• Diagnóstico diferencial: eczema atópico, psoríase, dermatite de 
estase, dermatite de contato e líquen plano 
• Tratamento tópico: não coçar, pomada de corticoide/oclusivo, 
corticoide intralesional 
• Tratamento sistêmico: anti-histamínico, ansiolítico 
(benzodiazepínico) e antidepressivos.

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