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O Papel do Professor na Educação Inclusiva

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1 Acadêmico: Sâmya Rayssa Viana de Sousa. 
2 Tutor externo: Orlando França de Paiva Júnior. 
3 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED 1965) – Prática do Módulo I – 
21/06/2021 
O IMPORTANTE PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA NO BRASIL 
 
Sâmya Rayssa Viana de Sousa 
Tutor Externo: Tisiane Florêncio 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Pedagogia (PED 1965) – Projeto de Ensino em Educação 
 
 RESUMO 
 
O presente trabalho tem como proposta analisar o papel do professor na educação inclusiva, 
ressaltando algumas leis que contribuíram para garantir o direito de discentes com 
necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. A da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional de 1996. Evidencia-se também um breve conceito de inclusão social, 
necessidades educacionais especiais e integração. Entende-se que para que haja realmente 
uma educação inclusiva é imprescindível que os professores busquem capacitação, 
aperfeiçoamento e formação continuada, a fim de proceder à mediação ao receber alunos com 
necessidades educacionais especiais, visando um ensino que respeite as diferenças e 
particularidades de cada indivíduo. Por fim, a inclusão implica uma mudança nas políticas 
educacionais e de implementação de projetos educacionais do sentido excludente ao sentido 
inclusivo, formando um ambiente onde a prática não precisa está limitada a um sistema 
errôneo ligado a paradigmas que segregam a real intenção do promover a educação. 
Palavras Chaves: Educação Inclusiva. Professor. Capacitação Especializada. 
 
1. INTRODUÇÃO 
O processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais é um 
grande desafio aos docentes, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com 
um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-
aprendizagem. Na grande maioria dos casos, os professores demonstram resistência quando o 
assunto é mudança, resultando em uma grande discussão de como incluir metodologias no 
processo de ensino que proporcione a inclusão de alunos com necessidades especiais dentro do 
âmbito educacional. 
 
 
Segundo Minetto (2008), quanto mais conhecemos determinado fato ou assunto, mais 
nos sentimos seguros diante dele. O novo gera insegurança e instabilidade, exigindo 
reorganização e mudança. É comum sermos resistentes ao que nos desestabiliza. Sem dúvida, 
as ideias inclusivas causaram muita desestabilidade e resistência. 
Dessa forma, cabe aos profissionais da educação ir em busca de novas posturas e 
habilidades que viabilizem compreender e intervir nas diferentes situações que se deparam, bem 
como auxiliarem na construção de uma proposta de inclusão, possibilitando que haja mudanças 
significativas pautadas nas possibilidades e com uma visão positiva das pessoas com 
necessidades especiais. É necessário haver mudanças nesse processo dentro do contexto escolar 
para que os objetivos do processo de inclusão sejam alcançados, isso ocorre quando essas ações 
são realizadas através da reflexão comprometida e responsável pelos envolvidos referente à 
realidade inclusiva no âmbito educacional. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Partindo do conceito investigativo e destacando a real situação pandêmica presenciada 
em âmbito global, o desenvolvimento da metodologia se deu de forma sistematizada, ou seja, 
partindo de uma investigação bibliográfica do tipo qualitativo, mediante uso de leituras de 
artigos e arquivos documentais, que proporcionaram uma concretização sucinta da discussão 
do tema em destaque. 
2.1. Conceituação de Inclusão Social e Necessidades Educacionais Especiais. 
A história da inclusão foi marcada por uma forte rejeição, preconceito e discriminação. 
Relata-se que na literatura da Roma Antiga as crianças com deficiência, nascidas no princípio 
da era cristã, eram afogados por serem considerados anormais e débeis. Já na Grécia antiga, 
Platão relata no seu livro “A República” que as crianças com má constituição ou com 
deficiência eram sacrificadas ou escondidas pelo poder público. 
Educação Inclusiva significa pensar uma escola em que é possível o acesso e a 
permanência de todos os alunos e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então 
utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a 
aprendizagem. 
Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, o nosso país 
obteve um avanço importante no processo de educação inclusiva, que em consonância com a 
Constituição Federal garante a todos os mesmos direitos. 
 
 
De acordo com Fernandes (2011), inclusão social pode ser interpretada como: 
[...] o termo “integração” é conceituado para caracterizar os 
movimentos iniciais de defesa de direitos de pessoas com 
deficiência na ocupação de diferentes espaços na vida social, como 
a educação, a saúde, o lazer, os esportes. (p. 67). 
No momento em que mencionamos “necessidades educacionais especiais” sugerimos a 
existência de um impasse na aprendizagem, passa a existir uma suposição que indica que os 
discentes com tais necessidades precisam de recursos e serviços educacionais diferenciados 
dentro do contexto de ensino aprendizagem. Assim, cabe às escolas valer-se de medidas de 
integração desses alunos, tendo por objetivo fornecer um ensino igualitário e justo a todos os 
envolvidos no processo educacional. 
Segundo Mantoan (2005), o processo de integração envolve, especificamente, a 
modalidade de matrícula dos alunos com deficiência, que inclui a possibilidade contínua de 
turmas regulares para locais específicos (como turmas e escolas especiais). 
As escolas devem se adaptar ao processo inclusivo, onde os alunos com necessidades 
educacionais especiais devem ser incluídos na educação formal. Esse processo de ensino deve 
ser reexaminado para atender às necessidades individuais de cada aluno, independentemente da 
particularidade e diferença, de forma a se adaptar e organizar os currículos escolares e os 
projetos de políticas pedagógicas da instituição, considerando a diversidade de suas 
comunidades escolares, criam um equilíbrio entre o desenvolvimento de conteúdos previsíveis 
e a socialização de todos os participantes. 
Segundo Marchesi (1995), os currículos mais equilibrados, nos quais o desenvolvimento 
social e pessoal também tem importância e em que a avaliação seja feita em função do progresso 
de cada aluno, facilitam a integração dos alunos. Por outro lado, um currículo centrado 
fundamentalmente nos conteúdos conceituais e nos aspectos mais acadêmicos, que propõe 
sistemas de avaliação baseados na superação de um nível normativo igual a todos, lança ao 
fracasso alunos com mais dificuldades para avançar nestes âmbitos. 
2.2. O Professor e o seu Perfil ante a Educação Inclusiva. 
No Brasil, a função do professor teve início na primeira metade do século XIX, onde 
era uma atividade especifica dos homens, tanto no ensino particular, de caráter religioso e até 
mesmo no ensino primário. Somente a partir da década de 1960 é que as mulheres chegam as 
escolas na condição de estudante, e depois de muitas conquistas passam a exercer a função de 
 
 
docente. Uma pesquisa realizada em 2003 pelo Ministério do Trabalho e Educação, aponta 
dados que relatam que 98,5% dos professores de educação infantil são mulheres, já nas quatros 
primeiras séries do fundamental esse número cai para 85%, mas ainda é muito maior referente 
ao número de homens. 
Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca, experiência, 
interações sociais, aprendizagem, um sem fim de relações. Ter 
acesso ao modo como cada pessoa se forma é ter em conta a 
singularidade da sua história e, sobretudo, o modo singular como 
age, reage e interage com os seus contextos. Um percurso de vida 
é assim um percurso de formação, no sentido em que é um 
processo de formação (MOITA, 1995, p.115). 
Parauma educação de qualidade é necessária uma formação sólida e contínua, com uma 
progressão continuada que forneça ao profissional da educação subsídios para uma reflexão 
sobre a sua prática pedagógica. O professor por sua vez, tem grandes desafios a vencer, dando 
a sua participação para a contribuição social e para o desenvolvimento do discente e tem um 
papel muito importante, que é o sucesso da educação, seja ela formal ou informal. 
Um dos fatores de preocupação dos professores é a insegurança em relação à sua 
inexperiência, uma vez que nos cursos superiores são repassados apenas lições teóricas, 
ausentando da realidade do então acadêmico, às práticas pedagógicas a serem trabalhadas 
diretamente com alunos especiais. No que consiste à educação, o dia a dia da escola e da sala 
de aula exigem que o professor seja capaz de organizar as situações de aprendizagem 
considerando a diversidade dos alunos. Essa nova competência implica a organização dos 
tempos e dos espaços de aprendizagem, dos agrupamentos dos alunos e dos tipos de atividades 
para eles planejadas. 
Sendo o professor mediador dessa realidade de inclusão, cabe a ele promover um ensino 
igualitário e sem desigualdade, sendo que manifestamos o senso de inclusão não nos fechamos 
apenas aos alunos com necessidades educacionais especiais, mas também a própria instituição 
escolar e sua respectiva comunidade, onde a diversidade se destaca por sua singularidade e 
busca formar cidadãos para a sociedade. 
[...] a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os 
professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a 
inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma 
consequência natural de todo um esforço de atualização e de 
 
 
reestruturação das condições atuais do ensino básico. 
(MANTOAN,1997, p.120) 
É importante pensar no professor como agente transmissor de conhecimento que 
respeita as diferenças, e que cada aluno reage de acordo com a sua personalidade, seu estilo de 
aprendizagem, sua experiência pessoal e profissional, entre outros aspectos pertinentes a 
realidade singular entre docente e discente. 
2.3. AEE - Atendimento Educacional Especializado. 
O Atendimento Educacional Especializado – AEE, é uma das contribuições da Política 
Nacional de Educação Especial que visa a melhoria e orientação das redes de ensino através de 
modificações e do atendimento as exigências de uma educação igual para todos. Ne processo é 
papel do educador salientar um atendimento especializado que identifica a necessidade de cada 
um, e passa a criar e articular um plano de ensino dentro do ensino comum, provendo recursos 
para esses alunos, adaptando as situações, trazendo para o seu cotidiano não só na parte 
pedagógica, mas também preparando para a sociedade. 
Um dos planos do AEE junto com o professor e a equipe escolar é envolver os 
interessados que são os pais e familiares, trazendo para a escola para esclarecer quais as 
dificuldades enfrentadas na sala de aula e fora dela para juntos dar início ao atendimento do 
mesmo. Porém, a resistência das escolas em receber alunos inclusos ainda se dá devido à falta 
de experiência que os professores enfrentam, sem saber como lidar com aquela criança que não 
se encaixa com o perfil da sala, muitas vezes tentam fazer com que aquele aluno mude de sala, 
antes mesmo de saber quais são as suas possibilidades. 
No que diz respeito a formação pedagógica, a situação do professor torna-se ainda mais 
difícil, isso porque as universidades pouco os preparam para lidar com alunos com necessidades 
educacionais especiais, muitas das vezes saem despreparados para a prática docente, uma vez 
que na sua formação não tem um curso específico para lidar com eles. Muitos professores ainda 
reclamam que falta, também, o suporte de profissionais da área da especificidade para trabalhar 
com essas crianças, já que as mesmas necessitam de uma atenção especial através de um 
trabalho diferenciado. Vale ressaltar que é de suma importância que essa formação não seja 
voltada apenas para os professores, mas também, para todos os profissionais da área da 
educação na escola, onde os centros de apoio, por sua vez, também farão o seu papel, 
disponibilizando profissionais especializados como fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, 
 
 
psicopedagogo, psicólogo, entre outros que venham somar no atendimento especifico e 
especializado aos alunos portadores de deficiência. 
2.4. Práticas Pedagógicas na Relação Docente e Aluno Incluso. 
De acordo com as diretrizes nacionais de educação especial de educação básica, a 
educação especial pode ser definida como um conjunto de recursos e serviços de educação 
especial organizados por instituições para apoiar, complementar, complementar ou mesmo 
substituir os serviços de educação geral em alguns casos para garantir a educação escolar e 
promover a educação especial A educação requer o desenvolvimento do potencial dos alunos. 
Os serviços de apoio ao ensino desenvolvidos dentro da escola são projetados para auxiliar 
professores e alunos no processo de desenvolvimento e aprendizagem, diagnosticar 
necessidades educacionais especiais, ajudar as escolas a determinar e implementar respostas 
educacionais a essas necessidades, formular estratégias flexíveis e promover o progresso desses 
alunos. processos de aprendizagem. Ajustamento curricular e práticas alternativas de ensino. 
Eles podem ser fornecidos da seguinte forma: 
• Serviços Itinerantes: Na educação infantil o serviço de apoio pedagógico especializado 
pode ser desenvolvido por professor itinerante especializado em educação especial e 
infantil, que participará observando e acompanhando o processo de desenvolvimento e 
aprendizagem nas atividades escolares, avaliará e ajudará a elaborar objetivos e buscar 
estratégias para toda rotina escolar. Inclui-se nessa forma de apoio pedagógico 
especializado, o professor interprete das linguagens e códigos necessários à 
aprendizagem, à comunicação e locomoção. 
• Sala de recursos: são espaços no qual o professor especializado realiza a 
complementação ou suplementação curricular, fazendo uso de equipamentos e materiais 
específicos. Esse tipo de atendimento deve ser feito em pequenos grupos, em outro 
período, para que não venha intervir no desenvolvimento das atividades pedagógicas 
tirando o aluno da rotina escolar. 
A Educação Inclusiva é um projeto em construção que ainda falta muito para que se 
tenha uma estrutura firme e eficaz, isso é resultado de uma disputa não somente entre os pais e 
a sociedade como também dos professores, muitos docentes ainda colocam a criança especial como 
obstáculo para execução do trabalho de docência. Uma realidade necessária é que esses professores 
devem modificar a sua prática para atender as necessidades desses alunos, por que as disciplinas 
para os alunos com necessidades educacionais especiais são as mesmas só que adaptadas à 
necessidade de cada um. 
 
 
3. RESULTADOS E DISCURSÃO 
Sendo a educação especial uma área de estudo relativamente nova no campo da 
pedagogia, muitos professores encontram-se desestabilizados frente às concepções e estruturais 
sociais no que diz respeito às pessoas consideradas “diferentes”. Dessa forma, a partir do século 
XVI, a educação busca teorias e práticas focadas ao ensino de qualidade, com profissionais 
comprometidos em dar aos seus alunos um ensino de qualidade, independentemente de suas 
diferenças individuais. 
Segundo Freire (2005, p. 58) em sua obra Pedagogia da Autonomia afirma que “o ideal 
é que na experiência educativa, educandos, educadoras e educadores, juntos ‘convivam’ de tal 
maneira com os saberes que eles vão virando sabedoria. Algo que não é estranho a educadores 
e educadoras.”. 
Com base na Resolução CNE/CEE nº 02/2001, a educação especial oferta apoios e 
serviços especializados aos alunos com necessidades educacionais especiais. Conforme aponta 
Fernandes (2006),destacam-se: 
• Alunos surdos, que, por suas necessidades linguísticas 
diferenciadas, precisam conhecer a língua de sinais e exigem 
profissionais intérpretes; 
• Alunos com deficiência visual, que necessitam de recursos 
técnicos, tecnológicos e materiais especializados; 
• Alunos com deficiência física neuro motora, que exigem a 
remoção de barreiras arquitetônicas, além de recursos e 
materiais adaptados à sua locomoção e comunicação; 
• Alunos com deficiência intelectual, que demandam adaptações 
significativas no currículo escolar, respeitando-se seu ritmo e 
estilo de aprendizagem; 
• Alunos com condutas típicas de síndromes e quadros 
neurológicos, psiquiátricos e psicológicos que demandam 
apoios intensos e contínuos, além de atendimentos terapêuticos 
complementares à educação; 
• Alunos com altas habilidades/superdotação, que, devido às 
motivações e aos talentos específicos, requerem 
enriquecimento, aprofundamento curricular e/ou aceleração de 
estudos. (p. 30) 
 
 
O professor é o mediador entre o aluno e o conhecimento e cabe a ele promover 
situações pedagógicas em que os alunos com necessidades educacionais especiais superem o 
senso comum e avance em seu potencial humano afetivo, social e intelectual, quebrando as 
barreiras que se impõem. 
Os professores precisam pensar na educação como um todo. A articulação entre os 
educadores é urgente, pois existe a necessidade de uma redefinição do papel do professor e de 
sua forma de atuar, no pensamento sistêmico. É necessário pensar na aprendizagem como um 
processo cooperativo e de transformação que proporcione a formação de alunos inseridos no 
mundo, e não mais em apenas uma comunidade local. Finalmente pensar na educação em 
relação aos aspectos da ética, da estética e da política; a educação fundamentada em um ideal 
democrático. (FARFUS, 2008. p. 30) 
Um dos fatores primordiais para uma proposta inclusiva em sala de aula é que os 
professores mudem a visão incapacitante das pessoas com necessidades educacionais especiais 
para uma visão pautada nas possibilidades, elaborando atividades variadas, dando ênfase no 
respeito às diferenças e às inteligências múltiplas. 
Segundo Minetto (2008), para que isso seja possível, o professor precisa organizar-se 
com antecedência, planejar com detalhes as atividades e registrar o que deu certo e depois rever 
de que modo as coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar para o resultado alcançado 
e perceber o quanto “todos” os alunos estão se beneficiando das ações educativas. 
Concordando com a citação acima, os profissionais que buscam uma ação educativa, 
devem estar atentos às diversidades de seus alunos, procurando exercer seu papel de maneira 
justa e solidária, pautado no respeito mútuo, eliminando todo e qualquer tipo de discriminação 
com o intuito de formar cidadãos conscientes para o convívio com as diferenças. 
Além do professor, a família dos alunos com necessidades educacionais especiais pode 
participar a todo o momento do processo de ensino-aprendizagem dessas crianças, pois o tripé 
escola-família-comunidade é de suma importância, pois através dessa participação os 
professores têm a oportunidade de melhor conhecer o seu educando e suas especificidades, 
surgindo a partir daí uma troca de informações a fim de possibilitar o melhor aprendizado a 
todos, pois sozinho não poderá efetivar uma escola fundamentada numa concepção inclusiva. 
A relação professor-aluno como um indicativo social para a construção de uma sala de 
aula inclusiva aponta o professor como parte integrante da escola, alguém que deve ter a 
responsabilidade e o compromisso com o aluno, dando apoio para que esses se tornem um 
 
 
cidadão participativo na sociedade como um todo. Bessa (2011) e Libâneo (1994) nos diz que 
a característica mais importante da atividade profissional do professor é a mediação entre o 
aluno e a sociedade. 
Segundo Morales (2001) a relação professor-aluno na sala de aula é complexa e abarca 
vários aspectos, ou seja, não se pode reduzi-la a uma fria relação didática nem a uma relação 
humana calorosa. Mas é preciso ver a globalidade da relação professor-aluno mediante um 
modelo simples relacionado diretamente com a motivação, mas que necessariamente abarca 
tudo o que acontece na sala de aula e há necessidade de desenvolver atividades motivadoras. 
Assim sendo, as relações entre docentes e discentes envolvem comportamentos intimamente 
relacionados, em que as ações de um desencadeiam ou promovem as do outro. Dessa maneira, 
o aluno não é um depósito de conhecimentos memorizado, como se fosse um fichário ou uma 
gaveta. O aluno é um ser capaz de pensar, refletir, discutir, ter opiniões, participar, decidir o 
que quer e o que não quer. 
Para promover essa relação em sala de aula entre professor e aluno exige tanto do 
docente como do discente, e assim contribui para melhoria de todos, os alunos com 
necessidades especiais que precisam desses professores para uma inclusão justa e satisfatória, 
precisam entre outros fatores de empatia e aceitação dos professores e demais componentes 
escolares. 
A aceitação ou consideração positiva incondicional do professor em relação ao aluno 
consiste numa postura de aceitação irrestrita e de respeito à pessoa do aluno, no sentido de 
acolher a sua alteridade, respeitando-o em sua singularidade, pois digno de confiança. Nesse 
sentido, uma ressalva a ser feita é em relação à questão da incondicionalidade da aceitação que 
nos remete ao próprio construto da congruência, pois aceitar o aluno de maneira incondicional 
pode, em alguns momentos, ferir o princípio da autenticidade. 
Outra atitude considerada essencial no estabelecimento de um ambiente favorável à 
aprendizagem autoiniciada e/ou experiencial é a compreensão empática do professor para com 
o educando. Ser empático é a capacidade do professor de “captar” o mundo do educando “como 
se” fosse o seu próprio mundo, tentando colocar-se em seu lugar, sem deixar, contudo, de ser 
ele mesmo. 
De acordo com Rogers (1971), quando o professor tem a habilidade de compreender as 
reações íntimas do aluno, quando tem a percepção sensível do modo como o aluno vê o processo 
de educação e de aprendizagem, então, cresce a possibilidade de aprendizagem significativa. 
 
 
No entanto, pôr-se no lugar do outro e ver a situação pelos “olhos” do aluno é uma 
atitude pouco comum em nossas escolas. Estabelecer uma relação empática pode ser difícil para 
alguns professores, pois “sair” do seu lugar, assumindo para si, algumas atitudes dos alunos, 
nem sempre é algo compatível com o jeito de ser do docente. Assim, um aluno que, por qualquer 
motivo, real ou imaginário, não atenda às expectativas, ou não ande no ritmo esperado, põe em 
evidência uma gama de sentimentos contraditórios com os quais o professor precisa lidar em sala 
de aula. O conflito está na base das relações humanas. Por isso, apesar do reconhecimento de que a 
relação pedagógica é facilitada na presença de determinadas atitudes, seria utópico esperar que o 
professor seja empático em todas as situações. 
4. CONCLUSÃO 
Este trabalho teve como base as pesquisas realizadas em diversos artigos, livros e 
revistas. Temos consciência que as ideias esboçadas nestas considerações finais são 
incompletas. Mas, por outro lado, sabemos que é o movimento histórico desse sujeito 
inconcluso que o lança numa permanente reinvenção de sua própria existência. Ao encerrar 
esse trabalho não podemos deixar de chamar a atenção para o fato de que a questão da formação 
de professores não pode ser dissociada do problema das condições de trabalho que envolvem a 
carreira docente, em cujo âmbito devem ser equacionadas as questões do salário e da jornada 
de trabalho. Com efeito, as condições precárias de trabalho não apenas neutralizam a ação dos 
professores, mesmo que fossem bem formados 
A experiência docente, ofício que se constitui pormeio de uma rigorosidade metódica 
que nada tem a ver com o uso de fórmulas preestabelecidas, licenciosidades ou espontâneas e 
sim com a incessante busca por reconhecermos nossos próprios equívocos e empreendermos 
encaminhamentos rumo à superação e características essenciais do tornar-se professor a cada 
novo desafio. 
Com base nos objetivos pautados no início desse trabalho, destacamos a relevância de 
ser leitor e produtor de texto para o desenvolvimento pessoal e profissional dos educadores, 
mais, especificamente, dos professores dos Anos Iniciais e Educação Especial por ser este o 
profissional responsável por introduzir, formalmente, as crianças, jovens e adultos no contexto 
escolar. Os professores acabam projetando no aluno com necessidade especial seus 
condicionamentos psíquicos positivos e negativos, suas limitações, suas qualidades, defeitos e 
virtudes. Se não vivenciar processos formativos transformadores de saberes e práticas, este 
ensinamento pode acabar repetindo, na gestão da aprendizagem, esquemas oriundos de uma 
concepção mecanicista de ensino. 
 
 
Assim, compreendemos que a problemática que envolve a formação dos professores dos 
Anos Iniciais e Educação Especial é voltada, ainda, às questões técnicas e pedagógicas, e não 
ao ensino, aos saberes que precisam ser efetivamente trabalhados e mediados pelo professor. 
Na realidade o apoio da família no processo de ensino e aprendizagem dos aprendentes é 
fundamental, pois só engrandece e cria uma grande afetividade entre escola e família embora 
que haja muitos pais que não aceitam que o seu filho possa apresentar algum tipo de dificuldade 
ou necessidade. O psicopedagogo por sua vez desempenha um papel fundamental neste 
processo tão importante que é entre: família, aluno e professor, promovendo encontros que 
esclareçam e ajudam a sanar as dúvidas existentes em relação aos transtornos que seus filhos 
possuem. 
Sem a contribuição da família no processo escolar da criança o risco que ela corre é bem 
maior, pois além de problemas escolares ela também terá na vida como um todo. Se a família e 
o professor trabalharem juntos com certeza obterão melhor resultado diante da situação 
apresentada, pois os mesmos são os maiores responsáveis pelo processo de ensino e 
aprendizagem das crianças. A sociedade espera que a escola seja uma parceira inclusiva para 
que, juntos, consigam disseminar informações sobre as necessidades especiais e superar as 
dificuldades daqueles que a apresentam. Algumas das ações que devem ser tomadas são: 
promover cursos de capacitação para professores possibilitando a criação de formas alternativas 
para que as crianças possam se desenvolver de forma rápida e que não se sinta excluída do 
contexto escolar. 
Portanto, acreditamos que é preciso que os professores sejam totalmente envolvidos 
com a desmistificação das relações sociais, que tenham clareza teórica para instigar o 
profissional que é passivo de erros, e que busque subsídios adequados para compreender como 
ensinar os alunos com necessidade especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
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Especial. Disponível em 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunosdeficienciafisica.pdf. Acesso em 21 jun. 
2021. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Documento subsidiário à política de inclusão. Brasília. 
Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/docsubsidiariopoliticadeinclusao.pdf>. Acesso 
em 21 jun. 
2021. 
COLL, C.; PALACIOS, J. & MARCHESI, A. (organizadores). Desenvolvimento psicológico 
e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1995. 
FARFUS, D. Gestão escolar: teoria e prática na sociedade globalizada. Curitiba: Ibpex, 2008. 
FERNANDES, S. Metodologia da Educação Especial. 1ª ed. Curitiba. IBPEX, 2011. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 13. ed. São 
Paulo: Paz e Terra, 2005 
MANTOAN, M. T. E. A hora da virada. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, v. 
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MANTOAN, Maria Tereza Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petropolis, RJ: 
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MINETTO, M. F. O currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. 2ª ed. 
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MOITA, M. da C. Percursos de formação e de trans-formação. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas 
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MORALES, P. V. A relação professor-aluno - o que é, como se faz. São Paulo. Editorial y 
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ROGERS, C. R. Liberdade para aprender. Belo Horizonte: Interlivros, 1971.

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