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Linfócit� T Formaçã�, Ativaçã� � Funçõe� Formação dos Linfócitos T: . Os linfócitos são formados na medula óssea, mas depois precisam migrar para o timo para terminar o seu amadurecimento → são, portanto, precursores formados na medula óssea e que migram para o timo . No timo irá ocorrer a multiplicação dessas células, que, nessa fase, são chamadas de Timócitos. Além da multiplicação, irá ocorrer um rearranjo gênico, ou seja, o DNA dessas células serão alterados para que possa ser produzido em cada uma delas o receptor das células T → o receptor das células T é chamado de TCR, ele consegue fazer o reconhecimento dos peptídeos que estão sendo apresentados no MCH → cada célula irá ter um receptor, ou seja, cada Timócito terá um TCR específico . A partir disso, as células irão passar pelas seleções denominadas positivas e negativas ● Seleção Negativa: células que reconhecem com muita força possuem um estímulo de morte (apoptose) → reconheceu/morreu = negativa ● Seleção Positiva: células que reconhecem adequadamente possuem um estímulo de sobrevivência → reconheceu/sobreviveu = positiva . A formação do TCR depende de alterações no DNA. Com isso, cada linfócito T maduro possui uma menor quantidade de DNA, porque ele acaba perdendo pedaços durante a formação do seu receptor → pequenos fragmentos de genes são capazes de formar um TCR, essa formação ocorre por rearranjos através de uma recombinação somática . Nessa formação de linfócitos T, a maior parte das células produzidas pelo timo acabam morrendo → mais de 98% dos timócitos morrem (por apoptose) . Cada linfócito T irá apresentar um TCR diferente dos demais ao sair do timo . Os linfócitos T maduros não devem reconhecer antígenos próprios. Quando isso não funciona corretamente, nosso organismo desenvolve doenças autoimunes . O timo tende a diminuir de tamanho e de atividade conforme a idade (imunossenescência) → depois dos 50 anos a atividade do timo de produção de linfócitos T é gradualmente diminuída Ativação dos Linfócitos T: . Assim que saem do timo os linfócitos migram para órgãos e tecidos secundários a procura de antígenos → uma vez que os linfócitos saem do timo eles precisam arranjar algum antígeno para que possam desenvolver alguma função no organismo humano → se os linfócitos não encontrarem um antígeno eles terão pouco tempo de vida, pois uma célula sem função não possui serventia nenhuma. Portanto, para os linfócitos encontrar um antígeno é questão de sobrevivência . Os linfócitos T que saem do timo são chamados de linfócitos T Virgens (ou naives), a ativação desses linfócitos irá depender deles encontrarem peptídeos, oriundos de antígenos, para que o reconhecimento possa ser realizado . Após o reconhecimento dos antígenos a ativação desses linfócitos poderá ocorrer. Além da ativação irá haver a diferenciação daquilo que é chamado de linfócito efetor → linfócito efetor é aquele que realmente irá responder contra a infecção . Nós temos várias fases relacionadas com a ativação e com as respostas mediadas pelos linfócitos T. As principais fases são: reconhecimento do antígeno ativação do linfócito multiplicação do linfócito (expansão clonal) diferenciação das células efetoras (diferenciação) funções efetoras . A ativação dos linfócitos T Virgens (aqueles que saem do timo e estão procurando antígenos) é dependente das células apresentadoras de antígenos profissionais. Essas células são chamadas de CAA . A principal CAA é a célula dendrítica, porém, além da célula dendrítica nós temos também o linfócito B e os macrófagos . As CAA são as únicas células capazes de fornecer a co-estimulação para os linfócitos T Virgens → CAA = segundo sinal . Essa ativação dos linfócitos T Virgens, dependendo desses dois sinais estimulatórios, só podem acontecer através da apresentação dos peptídeos pelas células apresentadoras de antígenos profissionais ● Primeiro Sinal: corresponde ao reconhecimento do TCR-CD4/CD8 ao peptídeo ligado ao MHC/HLA de classe I ou II ● Segundo Sinal: corresponde a interação de receptores B7-CD28 e secreção, juntamente com o reconhecimento, de citocinas . Somente as CAA podem fornecer a co-estimulação (ou seja, o segundo sinal), portanto, a interação de linfócitos T Virgens com outras células não levará a sua ativação . Caso ocorra o reconhecimento do TCR-CD4/CD8 ao peptídeo ligado ao MHC/HLA de classe I ou II com uma célula não-CAA (célula não apresentadora de antígenos profissionais), o linfócito T não será ativada e entrará em um outro estágio, de anergia → anergia corresponde a um estado onde o linfócito não responderá mais ao antígeno, mesmo com o segundo sinal (não responsividade ao antígeno) . Durante a etapa de ativação dos linfócitos T, ocorre a formação de células de memória. Para identificar todas essas células é preciso utilizar um marcador, que é específico para a identificação das células de memória → essas células de memória podem ser formadas a partir dos linfócitos T Virgens, como também, a partir dos linfócitos efetores . Uma das etapas de ativação e respostas dos linfócitos T contra as infecções envolve a expansão clonal → a expansão clonal nada mais é que a multiplicação dos linfócitos . Antes de uma infecção, o organismo possui um número muito baixo, ou nenhum, de linfócitos T capazes de responder contra a infecção. Porém, após o reconhecimento dos antígenos, as produções dessas células aumentam consideravelmente. Após a eliminação da infecção o número de linfócitos T volta a diminuir . Durante a ativação de linfócitos T irá ocorrer uma proliferação (não generalizada), havendo uma seleção pelo antígeno seguida de uma clonagem, esse processo é chamado de seleção clonal . Principais tipos de linfócitos T: Linfócitos Efetores: . Os linfócitos efetores são linfócitos auxiliares e secretam citocinas diferentes, essas citocinas irão regular uma série de funções que outras células desempenham . Podemos dizer que os linfócitos T CD4+ secretam citocinas que regulam inúmeras funções celulares importantes, tais como a fagocitose, atividade citotóxica e produção de anticorpos . As citocinas serão liberadas e irão agir nos receptores que as células que são reguladas apresentam . Podemos subdividir as células T CD4+ em populações celulares, de acordo com o tipo de citocina secretada, sendo elas: Th1 Th2 Th1 Treg . Os linfócitos T CD8+ liberam proteínas líticas que matam as células alvo, tais como: células infectadas por vírus células tumorais células de tecidos transplantados ● Linfócitos efetores e o segundo encontro com o antígeno: os linfócitos T sempre precisarão de um segundo encontro com o antígeno para poderem atuar. No primeiro encontro nós teremos a ativação do linfócito T Virgem, depois de receber o segundo sinal ele irá se proliferar e se liberar. Porém, a sua atuação não ocorre durante esse primeiro encontro, somente no segundo. Quando ele reencontra o antígeno quer dizer que ele está, finalmente, pronto para responder a infecção Linfócitos Th1: . Os linfócitos Th1 liberam IFN-, IL-2 e TNF-. Possuem funções auxiliares muito importantes na ativação de macrófagos, proliferação de linfócitos T, atividade citotóxica e auxiliam os linfócitos B na produção de alguns isotipos de anticorpos ● Th1 e os granulomas: granulomas se formam quando um patógeno intracelular não pode ser eliminado. O granuloma é formado por uma região central com macrófagos infectados e células T (a maioria CD4+) envolvendo. O núcleo pode conter macrófagos fusionados (ou seja, células multinucleadas gigantes). Micobactérias podem persistir nas células do granuloma. Na tuberculose, as células centrais podem morrer (por falta de O2) e forma-se a necrose caseosa (em forma de queijo) característica desta doença Linfócitos Th2: . Os linfócitos Th2 liberam IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e TGF- . Elas regulam as funções dos linfócitos B, instruindo a sua proliferação celular, diferenciação em plasmócitos e consequente produção de anticorpos . O plasmócito pode secretar diferentes isotipos de anticorpos de acordo como tipo de citocina liberada do padrão Th2 e Th1 ● Respostas Antagônicas entre Th1 e Th2s: Os linfócitos Th1/Th2 possuem funções antagônicas: a citocina IFN- inibe a função do linfócito Th2 bem como a IL-10 inibe os linfócitos Th1. Desta forma, falamos que as respostas imunes são polarizadas em relação aos linfócitos Th1/Th2 Linfócitos Th17: . Descobertos recentemente, os linfócitos Th17 possuem um papel importante : indução da inflamação recrutamento de neutrófilos autoimunidade Linfócitos Treg: . Os linfócitos Treg são produzidos no timo ou na periferia a partir de linfócitos T virgens . Eles possuem uma função inibitória sobre vários linfócitos T efetores (Th1, Th2 e Th17) que foram previamente ativados pelos antígenos . Os linfócitos T reguladores (Treg) foram descobertos recentemente e são caracterizados pela expressão de CD4+CD25+ (superfície) e FoxP3+ (citoplasma) . Essa função inibitória é garantida pela secreção de algumas citocinas e ação direta de receptores inibitórios de membrana (CTLA-4). Elas estão presentes nos tecidos periféricos (incluindo mucosas e linfonodos) Funções dos Linfócitos T: Atividade Citotóxica (apoptose): . O linfócito T CD8+ pode induzir a apoptose (morte celular programada) através da liberação de granzimas e ligação FasL - Fas na superfície da célula alvo . A apoptose é sempre preferida para matar uma célula alvo do que a necrose. Na necrose os patógenos podem escapar por inteiro e infectar outras células . A apoptose é um processo ‘calmo’ pois normalmente não induz inflamação ● Fases da Atividade Citotóxica: ● Necrose na Atividade Citotóxica: a liberação de perforinas pelos linfócitos T CD8+ (citotóxicos) induz a sua polimerização na célula-alvo formando poros de membrana. O líquido extracelular pode então entrar e o conteúdo intracellular sair através desses poros, conduzindo para a necrose
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