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A Diversidade de religiões

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A Diversidade de Religiões
Religião ou religiosidade expressam, mais que as crenças ou práticas, a cultura contemporânea, através de um emaranhado de significados simbólicos, que permitem entender o universo das ideias e mentalidades, das relações sociais e das instituições políticas, possibilitando uma melhor compreensão da alma e das variedades de um povo, numa união de diversas bases étnicas. Contudo, vale salientar que nem essa diversidade nem a liberdade religiosa garantida pela Constituição ao cidadão fazem com que no Brasil existam leis que respeitem as diferentes crenças, pois a intolerância existente pode ser vista como resultado de fatores inatos ao indivíduo incorporados a partir das experiências vividas. 
Desde a chegada dos colonizadores portugueses ao país, as religiões diferentes das existentes foram discriminadas. Logo no início da colonização, o processo de catequização dos nativos foi incentivado, demonstrando o desrespeito às religiões indígenas e, décadas depois, com o início do tráfico negreiro, houve também perseguição às religiões afro-brasileiras e manifestações religiosas como o candomblé sofreram insultos e ataques. Com o tempo, foram chegando outras crenças como o islamismo, hinduísmo, cristianismo, protestantismo e o espiritismo vindos com os novos imigrantes e o Brasil foi abrigando novas culturas, cujas fronteiras de cultos foram se tocando e avançando umas sobre as outras construindo uma imagem negativa e causando perseguição, destruição de templos e ameaças ligadas à religião e provocadas pelos que viviam suas intransigências e intolerâncias. Toda essa mentalidade perpetuou-se no ideário coletivo brasileiro e, apesar das ameaças ilegais, fez com que essas novas religiões e seitas fossem as mais afetadas, com mortes, atentados em cidades, estados e até países sofrendo com fanatismo que é o maior problema da religião.
Todos os conflitos devem-se à dificuldade que há no homem em acolher o diferente, principalmente ao se tratar de algo tão pessoal como a religião e a prova disso é a presença da não aceitação das crenças alheias em diferentes regiões, que também pode ser comprovada pela frase popular: ”Religião não se discute”, onde se propõe ignorar a temática para evitar os conflitos evidentes ao se tratar de um assunto tão sério. Desse modo, nota-se que a intolerância não se restringe a um grupo específico e é, de certa forma, natural ao ser humano, o que, porém, não significa que não pode e deve ser combatida. 
É indispensável que se reverta a mentalidade retrógrada e preconceituosa predominante no Brasil. Para isso, será imprescindível o apoio dos meios de comunicação veicular, de campanhas de conscientização, que informem a população sobre a diversidade religiosa do país e a necessidade de respeitá-la. Tais campanhas poderão facilitar a detecção e o combate ao problema, divulgar contatos para denúncia de casos de intolerância. Concomitantemente, é fundamental o papel da escola de pregar o respeito e a tolerância, já que o homem é aquilo que a educação faz dele. Portanto governo, escola e professores devem promover palestras a serem ministradas por especialistas nas áreas ou por membros das diversas religiões, abordando as distintas crenças existentes no país, a fim de quebrar estereótipos, preconceitos e tornar os jovens mais tolerantes. Em suma, o desconhecimento e a falta de reflexão podem gerar violência, preconceito, vilania e desumanização na sociedade atual. 
A conscientização é o primeiro passo para que possamos conseguir a paz entre todos num momento de união entre diferentes crenças, com civilidade e respeito, pois não podemos aceitar grupos de fanáticos com intolerâncias que não são nada mais do que o resultado de conhecimento insuficiente.

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