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Cicatrização de feridas

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1 Larissa Gusmão Guimarães - @medicinando.med| Habilidades Cirúrgicas 
 Processo em que ocorre a substituição do tecido original por outro tecido. 
: Trata-se de um processo dinâmico e é divido em três fases: 
 Inflamatória (reativa): imediatamente após a lesão até o 7º dia. O primeiro evento é a 
homeostasia devido a vasoconstrição, cascata de coagulação e agregação plaquetária. A 
resposta inflamatória ocorre pela liberação de fatores de crescimento e citocinas pelas 
plaquetas. Nos 2 primeiros dias há predomínio de neutrófilos (fagocitose do tecido 
desvitalizado).De 48 a 72 horas depois, monócitos e macrófagos aparecem e produzem 
fatores de crescimento para a produção de colágeno, matriz extracelular e novos vasos 
sanguíneos. Após 5 a 7 dias os linfócitos aparecem e diminuem o processo inflamatório 
vigente. 
 Proliferativa (regeneradora): ocorre do 4º ao 21º dia. Matriz de fibrina sendo substituída por 
tecido de granulação e epitelização. O tecido de granulação contém fibroblastos (produzem 
matriz extracelular que preenche a ferida), macrógafos (fatores de crescimento para induzir 
proliferação, migração e deposição de colágeno pelos fibroblastos, além de estímulo a 
células endoteliais), células endoteliais (formação de novos vasos pela angiogênese). 
 Maturação (Remodelação): fase mais longa e menos compreendida. Ocorre de 21 dias até 
1 ano após a lesão. Consiste na retração cicatricial (miofibroblastos e remodelação do 
colágeno). O colágeno tipo III (fase proliferativa) é substituído pelo colágeno tipo I 
(promove força tênsil) devido as metaloproteases. Após 3 semanas de remodelação, a 
ferida aumenta 20% de força tênsil, e após um ano poderá atingir até no máximo 70%. 
 Sistêmicos: desnutrição, privação de proteínas, deficiências das vitaminas A e C. 
Medicações tais como corticosteroides, penicilamina, nicotina, AINES e agentes 
antineoplásicos. Doença debilitante crônica, distúrbios endócrinos (diabetes, 
hipotireoidismo), distúrbios vasculares sistêmicos e doença do tecido conjuntivo. 
Adicionalmente, o avanço da idade contribui para uma difícil regeneração das feridas, 
possivelmente pelo comprometimento da expressão das metaloproteinases. Insuficiência 
renal, hepática. Atividades físicas de alto impacto (aumento de cortisol). 
 Fatores locais: má técnica cirúrgica (tensão excessiva ou excesso de tecido 
desvitalizado), distúrbios vasculares (arteriosclerose ou insuficiência venosa), isquemia 
tecidual, processos infecciosos, aplicação de medicações tópicas, extravasamento de 
fármacos antineoplásicos, tratamento com agentes hemostáticos como o cloreto de 
alumínio ou o subsulfato férrico, reações de corpo estranho ou a presença de um 
microambiente adverso (como o uso de curativos secos versus oclusivos), pressão, 
neuropatia e lesão por irradiação crônica. 
 2 Larissa Gusmão Guimarães - @medicinando.med| Habilidades Cirúrgicas 
Parar tabagismo com no mínimo 30 dias antes da cirurgia: tabagista que para de fumar muito 
perto do dia da cirurgia fica mais hipersecretivo e estressado. 
 ferimento superficial (normalmente de 7 a 10 dias), ferimento com 
mais camadas envolvidas (ou cicatriza por segunda intenção -3 semanas a 3 meses ou faz uma 
sutura). 
Existe uma variação na literatura entre 3 a 6 meses para uma ferida cronificar. 
Estruturais: relacionado a capacidade de produção de colágeno. 
 Descências: total incompetência do colágeno. Abre a ferida. 
 Atrofias 
 Hipotrofias 
 Hipertrofias: tende a regredir em até 90 dias do trauma e respeitam os limites da cicatriza. 
Os queloides são cicatrizes hipertróficas sintomáticas que não respeitam os limites e não 
regridem. Esses queloides são mais comuns em raças amarela e negros. Se o paciente já 
tem queloide, tem que ficar atento porque pode ter mais predisposição. O desenvolvimento 
de queloide também vai depender da área, sendo as regiões pré-esternais e região 
deltoidea, as que mais estão associadas ao aparecimento de queloide (devido a 
instabilidade cicatricial muito grande). Cicatrizes de origem traumática tem maior 
predisposição para hipertrofia. O tratamento do queloide é difícil e não existe sucesso na 
monoterapia. Algumas alternativas são: radioterapia (onda curta), aplicação de corticoide 
intralesional (triacinolona), compressão do local (placa de silicone  promover hipóxia), 
tamoxifeno em creme ou cirurgia (sempre deixar bordas). 
 
Coloração: hiperpigmentação, hipopigmentação ou ausência de pigmentação. São discromias da 
cicatrização. Questão estéticas, difíceis de tratar. As hipercromias, comparadas com as outras 
dicromias, tem uma melhor chance de tratamento.

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