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Transtornos devidos ou relacionados a substâncias e comportamentos aditivos

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Psicopatologia 
 
 
 
 
 
→ As substâncias de ação no cérebro e que possuem 
repercussões na cognição, são: 
• Álcool, Tabaco, café, cannabis, 
psicoestimulantes, cocaína, anfetamina, 
opíodides, alucinógenos, inalantes, sedativos 
e ansiolíticos; 
 
→ As substâncias provocam correspondência cerebral 
nas áreas e circuitos de recompensa do cérebro: 
nucleus accumbens (NAc), área tegmental ventral e a 
amígdala, e o principal neurotransmissor envolvido é 
a dopamina. 
 
 
→ Pessoas com transtornos mentais graves são mais 
propensas a fazer uso e a desenvolver dependência de 
substâncias. 
 
→ No DSM-5 os transtornos relacionados a substâncias 
são classificados em dois grupos: 
 
1) Transtornos por uso de substâncias 
2) Transtornos induzidos por substâncias. 
 
 
 
→ Caraceriza-se pelo uso contínuo e recorrente de 
uma substância mantido apesar de problemas 
significativos que este provoca. 
→ Substitui o termo dependência química, podendo 
estar ou não presente. 
 
Sinais e sintomas: 
 
 Dificuldade importante ou baixo 
controle sobre tal uso; 
 prejuízos psicossociais e sociais evidentes; 
 riscos físicos e psicológicos; 
 fenômenos farmacológicos como tolerância e 
abstinência. 
 
→ O indivíduo que apresenta esses transtornos pode 
expressar fracasso ao tentar reduzir ou regular o 
consumo de substâncias, caracterizando o baixo 
controle. 
 
→ As atividades diárias gira em torno da substância. 
 
→ Há um forte desejo ou necessidade intensa de usar a 
droga. 
 
→ O indivíduo apresenta dificuldades em cumprir as 
obrigações nos estudos, trabalho ou em casa, 
podendo abandonar importantes atividades sociais, 
profissionais, estudantis e recreacionais pelo uso da 
substância. 
 
→ Critérios farmacológicos que caracterizam o 
transtorno por uso de substâncias: 
 
 Tolerância: o efeito da substância nas 
mesmas doses é reduzido com o passar do 
tempo ou a necessidade de doses maiores da 
substância para obter o efeito desejado. 
 
 Abstinência: pode ocorrer quando a 
concentração da droga no organismo da 
pessoa diminui, e o indivíduo passa a 
apresentar sintomas como tremores, 
ansiedade, sudorese, insônia ou sonolência. 
Jéssica Alves 
↪ Os sintomas específicos dependem 
muito do tipo específico de 
substância. 
 
 
→ Transtornos devido aos efeitos fisiológicos da 
substância no cérebro, induzidos por intoxicação, 
abstinência e quadros psicopatológicos. 
↪ psicoses, quadros de humor (mania ou 
depressão), quadros ansiosos, delirium e 
transtorno neurocognitivo. 
 
1. Intoxicação: consumo rápido e intenso de 
substâncias, levando a alterações na atenção, 
pensamentos, humor (agressividade), psicomotor; 
 
2. É importante diferenciar os quadros 
psicopatológicos graves da indução do episódio em si: 
 
• Induzido por substâncias: dependem 
diretamente da ação da substância no cérebro 
do indivído. Os sintomas devem regredir no 
máximo até 30 dias após o indivíduo ter 
cessado o uso. 
 
• Quadros independentes: a duração é 
superior a 30 dias e são independentes de 
substâncias. 
 
 
→ Para muitas substâncias, o início do uso de 
substâncias inicia na adolescência, devido a fatores 
como: 
↪ curiosidade, convivência e pressão de pares, 
tentativa de ser aceito pelo grupo, excitação por 
estar fazendo algo ilegal, tentativa de reduzir 
sensações desagradáveis (tensão, ansiedade, 
solidão, tristeza, sensação de impotência). 
 
→ Atualmente há uma ênfase nas bases 
neurobiológicas do uso de substâncias, as quais 
apontam para a importância de regiões corticais pré-
frontais, por meio de sua ação de modulação 
comportamental e do processo de tomada de 
decisões, nas quais interagem com estruturas 
subcorticais que estão relacionadas a recompensas 
imediatas. 
 
 
 
 
 
→ A dependência do álcool é considerada como a 
incapacidade de poder regular ou controlar o uso de 
bebidas alcoólicas que pode surgir a partir de uso 
repetido ou contínuo. 
↪ forte necessidade ou compulsão de usar o 
álcool, associada à incapacidade de con trolar o 
consumo; 
 
 Síndromes associadas: 
 
1. Delirium tremens: rebaixamento do nível 
de consciência, alteração da atenção, 
confusão mental, desorientação 
temporoespacial, intensas manifestações 
autonômicas (como tremores, febre, 
sudorese profusa, entre outras), ilusões e 
alucinações visuais e táteis marcantes. 
 
2. Alucinose alcoólica: Caracteriza-se 
por alucinações audioverbais. 
 
3. Alucinações visuais e ilusões; 
 
4. Delírio de cíumes; 
 
5. Embriaguez patológica: caracteriza-se por 
uma resposta intensa à ingestão de 
pequena quantidade de álcool. 
 
 
→ A cannabis é a droga ilícita mais utilizada no mundo; 
 
→ Produz vários efeitos: relaxamento, risos 
espontâneos, percepção de tempo e espaço 
(dependendo do uso), dificuldade de concentração; 
 
→ As pessoas com transtorno por uso de Cannabis, 
podem usar a substância o dia inteiro, ao longo de um 
período de meses ou anos e muitas horas sob 
influência; 
 
→ Ocorre a tolerância; 
 
→ A interrupção provoca a síndrome de abstinência da 
substância; 
 
→ Quanto mais cedo, maiores consequências; 
 
→ Há estudos que mostram uma certa relação de 
causalidade com “psicoses”; 
 
 
 
→ A cocaína é extraída das folhas da planta 
Erythroxylon coca. É inalada, fumada ou injetada 
(menos comum) 
 
→ Os efeitos imediatos: sensação subjetiva de bem 
estar, euforia, estar mais alerta, ativo, autoconfiante, 
forte, com mais energia e pensamento acelerado. 
Efeitos físicos: taquicardia, aumento da frequência 
respiratória, sudorese, dilatação das pupilas, 
tremores; 
 
→ Em doses altas: uma intensa desconfiança, deias 
e/ou forte sensação de perseguição (a chamada 
“noia”), ansiedade e crises de pânico. 
 
→ Pode haver aumento do desejo sexual, irritabilidade, 
agressividade e comportamento violento, além de 
instabilidade emocional e perturbação da atenção e 
da concentração. 
 
→ A cocaína pode produzir um transtorno psicótico 
induzido que é muito parecido com um surto 
esquizofrênico; 
 
 
 
 Iniciar avaliação do paciente 
 
→ Queixa principal, história do problema 
atual. 
↪ Tipo de substância utilizado, idade de 
início e padrão de uso, reações ao 
consumo, quantidade de consumo nos 
últimos meses, etc. 
 
→ Contexto/motivos que levaram ao uso de 
substâncias: Avaliar se há envolvimento e 
apoio de família e rede social. 
 
→ Verificar histórico de tratamento. 
 
 Histórico de saúde física 
 
→ História médica, história de uso de 
medicamentos. 
 
→ História familiar, inclusive de uso de 
substâncias. 
 
→ História psicopatológica e história de vida. 
→ Sinais e sintomas médicos somáticos 
atuais. 
 
 Avaliação psicológica, psicossocial e 
sociocultural 
 
→ Avaliação do padrão de relações 
interpessoais e da dinâmica familiar. 
 
→ Avaliação da rede de contatos sociais, do 
“subgrupo” cultural ao qual o paciente 
pertence, valores (“ethos”) do grupo. 
 
→ História legal (brigas, roubos, problemas 
com a polícia, processos, prisões, crimes 
cometidos, etc.). 
 
 Início e desenvolvimento de tratamento 
 
→ Verificar a motivação do indivíduo para 
mudança 
 
→ Verificar problemas com intoxicação e 
abstinência 
 
→ Elaborar com o paciente os objetivos 
pessoais quanto ao tratamento. Incluir família 
e amigos. 
 
→ Pensar em intervenção breve inicial 
 
→ Intervenção no médio e no longo prazo 
 
 
 
Referência 
Dalgalarrondo, P. (2019). Psicopatologia e Semiologia 
dos Transtornos Mentais. Porto Alegre : Artmed, 
2019.

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