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Ferramentas da qualidade Aula 1: Métodos para controle, manutenção e melhoria Apresentação Conhecer a história e o porquê dos assuntos que estudamos é de fundamental importância para legitimar os conceitos que são expostos. Nesse sentido, nesta aula, abordaremos o método PDCA e suas variações, examinando o caminho histórico percorrido para que hoje grandes corporações ao redor do mundo possam usufruir desses métodos, que se tornaram imprescindíveis para a resolução de problemas e a busca pela melhora contínua. Objetivos Reconhecer o Ciclo PDCA; Explicar a evolução histórica do método no âmbito da gestão da qualidade; Identi�car as variações do método PDCA e as abordagens de melhoramento. Mantendo e melhorando processos Antes de começarmos a estudar as ferramentas da qualidade, é importante conhecermos alguns métodos que permitam melhorar ou manter processos. A�nal, manter processos também pode ser objetivo de uma empresa ou de um setor. Nesse sentido, já que precisamos saber o que precisa ser otimizado e quando é necessário manter os níveis já alcançados, vamos começar esta aula conceituando uma palavra muito conhecida no dia a dia, o problema. Conceitos de problema Pense em quantas vezes você usa a palavra problema. Possivelmente, já participou de diálogos que continham essas frases: “Estou com problemas �nanceiros.” “A máquina do setor de estamparia está com problemas há meses.” Os itens de controle aos quais Falconi se refere na última frase podem ser: Mas... você já parou para tentar explicar o que signi�ca essa palavra? Como você de�niria o que é problema? Para ajudá-lo nessa questão, vamos apresentar algumas visões: "Um problema é o resultado indesejável de um processo." - (Kume, Hitoshi) "É a diferença entre o desempenho obtido e as metas, ou a maneira como as coisas deveriam ser." - (União dos Cientistas e Engenheiros do Japão – JUSE) "É um item de controle com o qual não estamos satisfeitos." - (Vicente Falconi) 1 Custos; 2 Qualidade; 3 Prazo de entrega. Agora que entendemos o que é um problema, está na hora de aprendermos a reconhecer um. Muitas vezes, classi�camos essa palavra de forma errada e, consequentemente, acabamos tendo di�culdades para identi�cá-los com precisão. Exemplo Em um setor de teleatendimento ao cliente, um gestor diga a seguinte frase para seus superiores: “Estamos com falta de linhas telefônicas.” Será que isso é um problema? Para saber a resposta, precisamos saber se possuir muitas linhas telefônicas é o objetivo dessa empresa. Como, neste caso, a resposta, obviamente, é negativa, podemos considerar que isso não é um problema. No entanto, a falta de linhas telefônicas poderá ser, eventualmente, a causa de um. Tendo isso em mente, vamos reescrever nosso problema: “Estamos demorando excessivamente a atender às chamadas de nossos clientes.” Atenção Geralmente, a expressão falta de indica uma eventual causa, não um problema. Ciclo PDCA Atualmente, nos meios acadêmico e industrial, quando falamos sobre o ciclo PDCA, graças à sua aplicação mundialmente reconhecida, possivelmente, alunos, professores e pro�ssionais de diversos segmentos irão dizer que o conhecem ou já ouviram falar sobre. No entanto, se questionarmos sobre sua origem e suas motivações, a história muda de cenário, pois aplicá-lo como metodologia tecnicista se tornou comum, mas conhecer a razão de sua existência não é, necessariamente, comum também. Antes de aplicar na prática as ferramentas e as técnicas que vamos trazer, é importante que você descubra os ensejos que permearam os últimos séculos na busca pela padronização e pelo melhoramento dos processos. Assim, você não será apenas um multiplicador de processos, mas irá compreendê-los e desenvolver um olhar crítico sobre eles. Origem do Ciclo PDCA Clique no botão acima. Origem do Ciclo PDCA Alguns autores atribuem a Walter Andrew Shewhart o mérito de precursor do ciclo PDCA. De fato, o engenheiro americano foi decisivo além do que tange ao controle estatístico para o controle da qualidade que ele criou – e vamos estudar mais adiante. Além disso, ele também se destacou pela proposição desse ciclo, corroborado pelos recentes estudos tayloristas e por mais de 300 anos de pensamento �losó�co, na histórica revolução cientí�ca. No século XVII, os pensadores europeus como Copérnico, Kepler, Telésio e Da Vinci já buscavam métodos para desenvolvimento de pensamentos que visavam confrontar os axiomas da igreja católica, com objetivo de mostrar que nem todo o conhecimento estava nas escrituras sagradas. Walter A. Shewhart. Fonte: Wikipedia. Até então, não se pensava em resolver problemas, mas em estruturar pensamentos embasados contra as imposições religiosas da época. Galileu, por exemplo, estabeleceu o seguinte processo para geração de conhecimentos: Observação; Análise; Indução; Veri�cação; Generalização; Con�rmação Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Saiba mais Conheça como foi a Evolução do ciclo PDCA. O ciclo PDCA é classi�cado como um método de gestão. A palavra método vem das palavras gregas meta e hodos, que quer dizer caminho. Nesse sentido, PDCA é um caminho para o atingimento de metas (CAMPOS, 2013). Vamos entender o que cada letra dessa sigla signi�ca? P – PLAN Planejamento A primeira etapa do ciclo propõe uma análise ampla e detalhada dos processos da área ou empresa. Dessa forma, é possível descobrir quais são os problemas que precisam ser solucionados ou quais são as melhoras que precisam ser implementadas. Uma vez �ltrados os problemas, é importante de�nir metas. Uma meta pode ser aumentar em 15% a produtividade do setor de embalagens até julho de 2019, por exemplo. javascript:void(0); Comentário Para ser diferenciada de objetivo, uma meta deve conter três características que são obtidas quando respondemos às seguintes perguntas: 1. O que será feito? 2. Quanto será aumentado ou diminuído? 3. Qual o prazo? Nesse momento, o uso de ferramentas da qualidade para determinar as causas raízes dos problemas é fundamental, assim como o estabelecimento ou a revisão de padrões (se existentes na empresa). D – DO Execução Fazer não signi�ca, necessariamente, apenas colocar a mão na massa. É preciso educar e treinar para que todos aqueles que executarão o trabalho saibam o que deve ser feito e da forma mais adequada. Uma vez que padrões foram criados e revisados na etapa do planejamento, esse é o momento de capacitar os colaboradores. A partir de agora, novos procedimentos serão realizados – ou seja, algumas pessoas podem ter di�culdade de adaptação. Para evitar que seja disseminado na empresa o errôneo conceito de que os novos procedimentos não vão funcionar porque sempre foram adotados outros, é importante que essas novas rotinas sejam monitoradas de perto. C – CHECK Veri�cação Este é o momento de checar os resultados, veri�cando se a operação foi desenvolvida conforme o especi�cado e dentro dos padrões estabelecidos. Algumas perguntas devem ser respondidas nesta etapa: E a meta? Foi alcançada? É necessário manter, ajustar ou reprojetar os rumos? Tais medições que comparam o desempenho com a meta nortearão a tomada estratégica de decisões. A – ACTION Agir Tipos de meta Segundo Campos (2013), existem dois tipos de objetivos em relação à meta: A última etapa do ciclo diz respeito a agir na eliminação de�nitiva das causas. Se o que foi feito até então não eliminar de�nitivamente as causas ou se a meta não for atingida, devemos girar novamente o ciclo PDCA porque talvez a causa raiz não tenha sido identi�cada corretamente, ou o plano de ação utilizado não tenha sido e�caz. Nessas situações, você deve se questionar se o treinamento na etapa D foi realizado adequadamente. Manter Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 1. Metas para manter (metas padrão) Imaginemos, por exemplo que, em nossa empresa, precisemos entregar nossos relatórios gerenciais sempre no dia 10 de cada mês. Esse é um bom exemplo demeta padrão. Podemos citar ainda outros exemplos, como qualidade padrão, custo padrão ou prazo padrão. Ciclo SDCA O plano da meta padrão também é conhecido como Procedimento Operacional Padrão (POP). Usualmente, é construído após o ciclo PDCA ter atingido as metas propostas. Em outras palavras, quando as metas são alcançadas, devemos padronizar os meios que foram percorridos para tal. Temos, dessa forma, o ciclo SDCA, em que a letra S signi�ca Standard – em português, padronização. A diferença do ciclo do PDCA para o ciclo do SDCA consiste na troca da inicial P (Plan) por S (Standard). Nesse novo ciclo, a meta padrão representa o resultado que desejamos atingir, e o procedimento operacional padrão é o planejamento. Ciclo SDCA – 4 fases. Fonte: tuliomartins.com.br javascript:void(0); O ciclo SDCA é a evolução do PDCA, no qual o planejamento é executado e, após a veri�cação de seus resultados satisfatórios, padronizamos o método, a medida ou o caminho a ser seguido para manter as metas. Standard (padrão) visa estabelecer: A descrição do negócio; A de�nição dos produtos prioritários; A elaboração do �uxograma de cada processo; A padronização das tarefas críticas; O treinamento das pessoas nos padrões (em seus lugares de trabalho); A validação dos itens de controle; A de�nição das metas para cada item de controle; O estabelecimento de valores de benchmark; A elaboração de grá�cos para itens de controle (gestão à vista); A elaboração do diagnóstico do trabalho operacional. A imagem a seguir representa o melhoramento contínuo. Nela, vemos que o SDCA é utilizado para manter processos, e o ciclo PDCA entra como ator sempre que é detectada uma oportunidade de se atingir um novo patamar de performance. No Ciclo SDCA, o A nos leva ao cenário onde realizaremos ações corretivas, revisando os padrões criados e veri�cando se estão sendo executados corretamente. Fonte: Campos, 1990 (adaptado) Melhorar Clique no botão acima. 2. Metas para melhorar Um exemplo de meta para melhorar é buscar a redução da taxa de produtos com não-conformidades em 10% até dezembro deste ano. Nessa meta, podemos perceber claramente que um setor produtivo vem trabalho com produtos que não atendem às especi�cações. Para isso, essa empresa pode valer-se do gerenciamento para melhorar, que envolve as seguintes etapas: 8. Conclusão - Documentação de todo o trabalho para planejamento de futuras iniciativas. Métodos para análise e solução de problemas No Japão, a Union of Japanese Scientists and Engineers (JUSE) – em português, União de Cientistas e Engenheiros Japoneses – desenvolveu um método chamado QC Story, que pode ser traduzido como história da melhora da qualidade. Segundo Alvarez (1996), como o brasileiro Vicente Campos desenvolveu alguns trabalhos em conjunto com pro�ssionais japoneses, ele trouxe o QC Story para o Brasil, mas como outra nomenclatura. Inicialmente, foi chamada de Método de Solução de Problemas (MSP), mais popularizou-se como Método de Análise e Solução de Problemas (MASP). Adaptado do QC Story, o MASP se apresenta como um modelo estruturado em oito etapas que busca alinhamento e convergência com o PDCA, e que busca as causas fundamentais (raízes) de um problema a partir de sua de�nição. Esse modelo é baseado na busca da e�ciência para resolução de problemas, ou seja, no uso do menor número de recursos – e, consequentemente, custos –para maximização dos resultados (BAZERMAN, 2004). Observe a tabela a seguir para conhecer um pouco mais sobre essa metodologia. 1. Identi�cação do problema - Momento do estabelecimento da meta de melhora. 2. Análise do fenômeno - Reconhecimento das características do problema e levantamento de dados por meio de folhas de veri�cação e apontamentos da empresa. 3. Análise do processo - Descoberta das causas raízes do problema por meio do uso das ferramentas da qualidade. 4. Plano de ação - Geração de contramedidas às causas principais. 5. Execução - Educação, treinamento e execução do plano. 6. Veri�cação - Checagem da efetividade do bloqueio às causas. 7. Padronização - Geração de procedimentos que serão usados no ciclo SDCA e prevenirão contra o reaparecimento do problema. Fonte: Campos, 2013. Como você acabou de veri�car, a tabela detalha os objetivos citados no tópico Metas para melhorar, pois complementa o conceito explicado por Falconi (2013), subdividindo em oito etapas a abordagem que usa para melhora contínua. MASP Fonte: Campos, 2013. CAPD ou CAPDo O ciclo PDCA ainda pode apresentar outra variação, chamada CAPDo usada, por exemplo, no Sistema Toyota de Produção, ou Lean Manufacturing, que signi�ca manufatura enxuta. Na evolução da gestão da qualidade, Shoichi Shimizu, hoje Professor Emérito da Universidade de Nagoya, perguntou a Deming por onde se deve começar o ciclo PDCA se o objetivo for resolver problemas. O autor então respondeu que, se começarmos a girar o PDCA pela letra C, poderemos eliminar o efeito, e não as causas. A partir daí, seria possível analisá-las com profundidade (ORIBE, 2009). Exemplo Imaginemos que encontramos um equipamento vazando óleo (Check). Se realizarmos a limpeza de sua estrutura, detectarmos o local em que está ocorrendo o vazamento, colocarmos um balde logo abaixo deste para não gerar mais sujeira e orientarmos um operador a completar o nível de óleo continuamente por conta do vazamento ainda existente (Act), estaremos estancando o problema, apagando o incêndio. Em outras palavras, não sabemos por que ocorre o problema, mas estamos minimizando ou nos adaptando a seus danos. Abordagens de melhoramento Duas palavras japonesas surgem nos tipos de melhoramento: Uma vez que o problema está sob controle, podemos girar o PDCA. Nessa con�guração, não temos um giro do ciclo, mas um giro e meio. Veja a imagem a seguir: Ciclo CAPD para correção e ação corretiva. Fonte: Oribe, 2009. Isso signi�ca que, ao invés de começar os projetos pelo planejamento, com foco na meta a ser alcançada, revisando padrões existentes e buscando uma análise profunda de causas raízes, é possível executar uma análise super�cial inicialmente, no gemba (local real). Ao visitar o local real do problema, empiricamente e sem julgamentos, é possível entender a situação atual, ou seja, tirar uma fotogra�a do status quo para perceber, na prática, como as causas e os efeitos se comportam. 1 Kaizen (mudar para melhor) Signi�ca melhoramento na vida pessoal, na vida doméstica, na vida social e na vida de trabalho. Quando aplicada para o local de trabalho, Kaizen signi�ca melhoramentos contínuos que envolvem todos – administradores e trabalhadores igualmente. 2 Kaikaku (melhoramento revolucionário) seu signi�cado assume que, para melhorar, a mudança deverá ser brusca e dramática na forma como a operação trabalha (SLACK, 2009). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Exemplo A introdução de um novo sistema de informação para gestão de estoques, ou uma nova máquina mais e�ciente na fábrica. Observe a imagem ao lado:: Ao analisar a imagem, note que existem várias características na indústria ou na vida pessoal. Tais características farão o padrão real de melhora ser diferente do pretendido em seu planejamento. Exemplo Isso acontece porque existem diversos fatores, como, por exemplo, características pessoais e técnicas da mão de obra, qualidade de matérias-primas e de fornecedores, questões logísticas (algum material desejado para melhora pode ser transportado por um modal que não atenda sua região), limitações de investimento, entre outros. Nas próximas aulas, começaremos a esmiuçar as ferramentas da qualidade, que nos darão instrumentos para que possamos intervir efetivamente nos processos visando sua melhora. Atividade 1. (CESGRANRIO – Petrobras – Técnico de Suprimentos de Bens e Serviços Júnior – Administração – 2011) As etapas do método PDCA são, sucessivamente: a) Prevenir, executar, verificar e agir. b) Prevenir, dirigir, controlar e administrar. c) Planejar, dirigir, controlare administrar. d) Planejar, executar, controlar e administrar. e) Planejar, executar, verificar e agir. 2. O ciclo PDCA também é popularmente conhecido como: a) Ciclo de Ishikawa. b) MASP. c) QC Story. d) Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart. e) KAIKAKU. 3. Atualmente, no Brasil, o modelo de desdobramento em passos estruturados para melhora contínua, adaptado por Vicente Falconi, é chamado de: a) MSP b) MASP c) PDCA d) QC Story e) KAIZEN 4. No Japão, a Union of Japanese Scientists and Engineers (JUSE), ou União de Cientistas e Engenheiros Japoneses, desenvolveu um método para decompor o ciclo PDCA em passos estruturados para a resolução de problemas. Esse modelo é conhecido como: a) SDCA b) CAPDo c) CAPD d) QC Story e) MASP 5. Segundo os japoneses, foneticamente, o melhoramento revolucionário é chamado de: a) Kaizen b) Gemba c) Kaikaku d) PDCA e) Ishikawa Notas Referências ALVAREZ, R. R. Desenvolvimento de uma análise comparativa de métodos de identi�cação, análise e solução de problemas. 1996. 189 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1996. BAZERMAN, M. H. Processo decisório: para cursos de administração e economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia a dia. 9 ed. Nova Lima: FALCONI, 2013. HOSOTANI, Katsuya. The QC problem solving approach: solving workspace problems the japanese way. Tokio: 3A Corporation, 1992. ISHIKAWA, Kaoru. TQC – Total Quality Control: estratégia e administração da qualidade. Trad. Mário Nishimura. São Paulo: IMC, 1986. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de A. Metodologia cientí�ca. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. MOEN, Ron; NORMAN, Cliff. Evolution of the PDSA Cycle. Disponível em: //www.cologic.nu/�les/evolution_of_the_pdsa_cycle.pdf. Acesso em: 09/05/2019. ORIBE, Claudemir Y. PDCA: origem, conceitos e variantes dessa ideia de 70 anos. 07/04/2009. Disponível em: //www.qualypro.com.br/artigos/pdca-origem-conceitos-e-variantes-dessa-ideia-de-70-anos. Acesso em: 09/05/2019. SLACK, N. et al. Administração da produção. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Próxima aula Ferramentas da qualidade – Partes I, II e III. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo abordado nesta aula. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. javascript:void(0); javascript:void(0);