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INTRODUÇÃO AO RACIOCÍNIO GERIÁTRICO: Geriatria: especialidade médica Gerontologia: ciência Variáveis importantes para desfechos em geriatria: • Idoso mais jovem → trata como adulto grosso modo, foca mais em mortalidade • Idoso mais velho → grandes idosos → vulnerabilidade → levar em conto os desfechos e variáveis: Variáveis importante para desfechos em Geriatria: • Qualidade de vida → o que fazer para o idoso melhorar sua vida? Pesa muito em pacientes mais velhos • Mortalidade/prognóstico o Avaliamos essas com as comorbidades • Cognição → área/função complexa do cérebro que envolve funções como praxia, memória, visualidade • Funcionalidade → o que o paciente faz sem ajuda, deambulação, continência, banho e a alimentação Os dois de cima tem correlação de causa e consequência com os dois de baixo • O que mais difere a geriatria de outras especialidades é que a mortalidade não é o desfecho mais importante e procurado • Levam em conta também as expectativas, culturas e vivencias Decisões em geriatria: 1. Medicina baseada em evidência 2. Prognóstico – fim de vida (cuidados paliativos), 5 anos a 10 anos, > 10 anos (pensar na mortalidade mais priorizada do que a qualidade de vida) 3. Possíveis efeitos nocivos → cascata de iatrogenia 4. Preferência pessoais do paciente 5. Pesar custo-benefício de cada conduta e orientação a ser tomada Uma decisão errônea em geriatria pode ter consequências gravíssimas Diferenciais na consulta: • Sempre avaliar cognição, funcionalidade e comorbidade – avaliar prognostico e metas • História completa – principalmente de diagnóstico em dúvida • Priorizar melhora da queixa aguda, porém incluindo o todo – muitas vezes a queixa provém de diversas patologias/problemas Hipóteses diagnósticas: • Pormenorizadas • Múltiplas • Incluir síndromes geriátricas • Comorbidades • Em idosos, os diagnósticos sindrômicos são mais comuns que no restante da população, sendo que essas síndromes quase sempre têm como causas múltiplas etiologias o Exemplo: tontura → hipotensão postural, medicações inapropriadas, instabilidade muscular, desautonomia, vertigem labiríntica, arritmias, depressão e ansiedade Condutas e planos terapêuticos: • Condutas também são pormenorizadas • Múltiplas condutas para um único problema o Exemplo: tratar tontura → suspender anti-hipertensivos, exercício resistido – fisio – e aumento proteínas, maior ingesta hídrica, manobra de Apley, antivertiginosos, reabilitação labiríntica, anti-arrítimicos, marcapasso, psicotrópicos, psicoterapia • Vacinas • Parte muscular → nutrição e atividade física resistida • Pacientes complexos e com multimorbidades • Precisa-se de tempo, paciência, empenho do profissional, do paciente e da família → slow medicine • No geral, são pacientes frágeis, com risco de efeito adverso da medicação, precisam de apoio do serviço ou do médico, como contato telefônico, retorno próximo etc. • Relação médico-paciente-familiar é de extrema importância • No geral é importante abordagem multidisciplinar – fisio, fono, nutri, enfermagem, TO, educador físico, etc Cuidados paliativos: • Enfoque do cuidado no controle e paliação de sintomas • Pacientes com doença ameaçadora da vida e incurável – neoplasias metastáticas, IC, DPOC, demências avançadas, “conjunto da obra” • Evitar distanásias e procurar a ortotanásia • Diretrizes antecipadas da vida • Fim da vida • Se possível priorizar cuidados no domicílio e estimular presença da família • Resolução do CFM autoriza e estimula abordagem. Quando encaminhar ao geriatra: • Multimorbidades e inter-relação entre doenças • Suspeita de quadro demencial • Estresse do cuidador/orientações do cuidado e sobre evolução de perda de funcionalidades • Grandes idosos • Fragilidade • Muitas síndromes geriátricas • Envelhecimento mal-sucedido e auxílio em manejo de condutas
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