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ABDOME AGUDO VASCULAR E HEMORRÁGICO Hemoperitônio É a presença de sangue na cavidade peritoneal Elevada taxa de mortalidade Mais comum entre 50-60 anos e em homens Etiologia difere de acordo com sexo e idade ● Classificação Traumático Espontâneo Patológico ● Causas Gravidez ectópica rota Ruptura de aneurismas Ruptura de folículos ovarianos Ruptura de cisto endometriótico Ruptura de veia útero ovárica com ou sem gestação Ruptura de vasos na superfície de tumores primários ou metastáticos intraperitoneais Ruptura de varizes peritoneais ou peritumorais Torções de blastomas ou alças intestinais Sangramento do fígado por hemangiomas rotos, tumores primários ou metastáticos ou por ruptura de hematomas subcapsulares hepático ou esplênico ● Fatores de risco Uso de AINES e anticoagulantes orais RNI > 4,5 Mulheres em idade fértil Coagulopatias ● Sinais e sintomas Hipocorado Sudorese Ansiedade Náuseas e vômitos Lipotimia Pulso rápido e fino Hipotensão e taquicardia Choque Dor abdominal súbita, moderada ou leve, difusa Localização dor varia com o local do sangramento Irritação peritoneal tardia Equimoses Massas palpáveis pulsáteis Sopros abdominais Questionar atraso menstrual ● Sinal de Kehr Dor aguda, intensa e repentina sentida no ombro, devido a irritação diafragmática (nervo frênico) à presença de sangue intraperitoneal livre Indicativo de ruptura esplênica ● Exames laboratoriais Hemograma Plaquetas Coagulograma Lactato Gasometria arterial Função renal Beta HCG ● US abdominal Exame rápido e de fácil acesso Instabilidade hemodinâmica - US FAST Visualização de líquido na cavidade abdominal ● TC de abdome Diagnóstico do local do sangramento Estabilidade hemodinâmica ● Arteriografia ● Laparoscopia Diagnóstica e terapêutica ● Tratamento Suporte clínico, reposição volêmica, transfusão hemoderivados Cirurgia dependendo da etiologia Abdome agudo vascular Redução ou ausência de perfusão tissular intestinal, o que leva a isquemia de alças Alta mortalidade, cerca de 70% dos casos devido à: - Atraso no diagnóstico - Idade avançada - Comorbidades ● Fisiopatologia Interrupção da circulação → Isquemia → Gangrena → Perfuração → Peritonite Causas Isquemia mesentérica Torção de grande omento Torção do pedículo de cisto ovariano Infarto esplênico ● Sinais e sintomas Dor abdominal súbita e progressiva, contínua, desproporcional ao exame físico Distensão abdominal progressiva Descompressão dolorosa tardia Hematoquezia RHA aumentado → abolido Choque misto - Taquicardia - hipotensão arterial - Febre - Leucocitose ● Exames laboratoriais Leucocitose elevada PCR elevado Lactato elevado Gasometria arterial → Acidose metabólica Amilase, CPK elevado ● Exames de imagem Rx abdome: alças distendidas e edemaciadas, níveis hidroaéreos, pneumatose Pneumatose - distensão de alça por ar Tomografia de abdome: diagnóstico e etiologia - alças distendidas e edemaciadas, níveis hidroaéreos, pneumatose intestinal - padrão ouro para trombose venosa Trombo na artéria mesentérica superior e pneumatose Pneumatose Infarto esplênico Arteriografia/ AngioTC: padrão ouro - diagnóstico e etiologia ● Tratamento Suporte Clínico Antibioticoterapia Tratamento precoce: Revascularização, fibrinólise, embolectomia, infusão de vasodilatadores, anticoagulação Se Necrose, indicar ressecção se compatível com a vida - Open-close: percepção na cirurgia que o paciente ficará com menos que 50 cm de intestino o que é incompatível com a vida Exercícios ● Questão 1 Paciente de 62 anos, do sexo masculino, portador de fibrilação atrial, desenvolve dor abdominal intensa, aguda, associada a dor à palpação e sinais de irritação peritoneal ao exame físico. A hipótese diagnóstica mais provável para esse quadro é: a) Úlcera duodenal b) Pancreatite aguda c) Isquemia mesentérica d) Apendicite aguda ● Questão 2 Uma paciente de 28 anos refere dor abdominal há cerca de 12 horas. A dor é difusa e acompanhada de náuseas, vômitos e distensão abdominal. Nega febre. Está desidratada (+/4+) e muito descorada (3+/4+). O abdome está distendido e é maciço à percussão. Não se auscultam ruídos hidroaéreos. O toque retal não denota lesões e evidencia fezes na ampola retal. P 120 bpm; PA 100X80 mmHg; IMC 35 kg/m2. A paciente está em uso de anticoagulante oral, por trombose de membro inferior direito, há 3 meses. A hipótese diagnóstica mais provável é de abdome agudo: a) Hemorrágico b) Inflamatório c) Obstrutivo d) Perfurativo e) Vascular ● Questão 3 Um senhor de 65 anos, hipertenso, diabético, com insuficiência cardíaca e fibrilação atrial crônica, usa AAS, furosemida, sinvastatina e metformina. Queixa-se de dor abdominal de forte intensidade há cerca de oito horas, acompanhada de náuseas e vômitos. Nega febre. Está em regular estado geral, descorado 2+/4+ e prostrado. Pulso: 110 bpm, arrítmico; PA: 140X80mmHg. Tem dor difusa em todo o abdome, sem sinais de peritonismo. A radiografia mostra distensão de delgado, sem pneumoperitônio e cólon com pouco gás. Hipótese diagnóstica mais provável é abdome agudo: a) Obstrutivo, por bridas b) Vascular, por embolia arterial c) Obstrutivo, por hérnia interna d) Perfurativo, por úlcera péptica e) Obstrutivo, por neoplasia de cólon ● Questão 4 Paciente de 30 anos, com dor abdominal súbita em hipogástrio de forte intensidade, náuseas e vômitos, sem febre. Nega atraso menstrual, DUM há 7 dias. Ao exame, estável, FC 115 bpm, PA 100X60mmHg, abdome pouco distendido, flácido com dor intensa em hipogástrio. Exames laboratoriais: Hb 7 ; leucocitose discreta; BHCG negativo. Qual a principal hipótese diagnóstica? a) Gravidez ectópica b) Apendicite aguda c) Cisto de ovário roto d) Colecistite aguda ● Questão 5 O sinal de Kehr é importante na avaliação de abdome agudo para o diagnóstico de: a) Apendicite aguda b) Doença inflamatória pélvica c) Abscesso pélvico ou massa inflamatória na pelve d) Pancreatite hemorrágica aguda e) Hemoperitônio ● Questão 6 Paciente de 20 anos deu entrada no PS com dor abdominal de forte intensidade e início súbito há 30 minutos, principalmente em hipogástrio. Nega comorbidades, relata náuseas e vômitos, nega febre. Refere atraso menstrual e corrimento vaginal sanguinolento. Nega disúria. Ao exame: estável hemodinamicamente, FC 110 bpm. PA 100x70 mm Hg. ausculta respiratória normal. Abdome pouco distendido, doloroso difusamente, com dor forte a palpação profunda em hipogástrio, sem massas palpáveis. Exames de imagem com líquido livre na cavidade e fundo de saco, útero normal e anexo direito com massa de 3 cm cística. Qual a principal hipótese diagnóstica? a) apendicite aguda perfurada b) isquemia mesentérica c) DIP d) gravidez ectópica rota
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