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ANALISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS - Unidade 03

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ANÁLISE ATRAVÉS DE 
INDICADORES FINANCEIROS E 
ECONÔMICOS
Professora
Me. Edna Mitiko Ota
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; OTA, Edna Mitiko.
 
 Análise das Demonstrações Contábeis. Edna Mitiko Ota.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 23 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Análises. 2. Contábeis. 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-0007-8
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff / James Prestes / Tiago Stachon
Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho
Diretoria de Permanência Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Rossana Costa Giani 
Editoração Ellen Jeane da Silva 
Qualidade Textual Maria Fernanda Vasconcelos
07
09
13
sumário
CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ
CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES DE 
RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE
CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DOS INDICADORES DE ESTRUTURA 
DE CAPITAL OU ENDIVIDAMENTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Aprender a calcular os indicadores de liquidez e estrutura de capital.
 • Analisar e interpretar os indicadores de liquidez e estrutura do capital. 
 • Aprender a calcular os indicadores de rentabilidade e lucratividade.
 • Analisar e interpretar os indicadores de rentabilidade e lucratividade.
 • Entender os indicadores na prática através de exemplos reais.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Cálculo e Interpretação dos Indicadores de Liquidez
 • Cálculo e Interpretação dos Indicadores de Estrutura de Capital
 • Cálculo e Interpretação dos Indicadores de Rentabilidade e Lucratividade
ANÁLISE ATRAVÉS DE INDICADORES FINANCEIROS E 
ECONÔMICOS
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, aluno(a)!
Sabe-se que a contabilidade tem como objetivo gerar informações para a 
tomada de decisões. No entanto, apresentar os relatórios contábeis, elaborados 
em sua linguagem técnica, não irá fornecer informação alguma. Então, torna-se 
necessário transformar a linguagem contábil utilizada nos relatórios em uma 
linguagem mais acessível, que seja entendida por qualquer usuário. 
A análise das demonstrações contábeis tem essa finalidade, transformar os 
dados dos relatórios contábeis em informações úteis para tomada de decisão, 
para tanto, as informações devem ser claras e objetivas, mostrando a realidade 
da empresa e o seu contexto no ambiente econômico no qual está inserido. 
Para que a análise das demonstrações e dos relatórios contábeis possa ser 
executada, existem ferramentas como a análise horizontal, análise vertical e in-
dicadores econômicos e financeiros, já vistos anteriormente.
A análise horizontal contempla a evolução dos grupos, subgrupos e contas, 
ao longo do período de análise, dando oportunidade de prever tendências 
para os próximos períodos, como: a empresa tem um aumento constante das 
receitas e do lucro ao longo dos períodos, portanto, nos próximos períodos, 
se nenhum imprevisto ocorrer, a tendência são as receitas e o lucro manterem 
um constante aumento.
A análise vertical demonstra a participação de cada grupo, subgrupo e contas 
com relação ao seu total. Esses percentuais também podem auxiliar na proje-
ção de tendências, utilizando-se da análise horizontal dos indicadores obtidos. 
Caso a representatividade dos custos dos produtos for relevante ao longo de 
um período de análise com relação às vendas líquidas, e se nenhuma providên-
cia for tomada, a tendência é que no próximo período também apresente um 
percentual representativo com relação às vendas líquidas.
A análise por meio de indicadores econômicos e financeiros fornece mais 
dados para complementar a análise horizontal e vertical; sendo seu objetivo 
mostrar a situação financeira e econômica, por exemplo: se a empresa está 
apresentando receitas e lucros crescentes ao longo do período, os indicado-
res podem complementar, demonstrando se houve crescimento na margem 
INTRODUÇÃO
introdução
de lucro ou mesmo demonstrando se os investimentos no ativo estão trazen-
do retorno em forma de lucro. Também os indicadores podem demonstrar se o 
grau de endividamento é elevado ou não, ou mesmo se esses estão mais con-
centrados para quitação a curto ou a longo prazo. 
Os indicadores econômicos e financeiros mais utilizados são: 
 • Índices de liquidez, que têm a finalidade de mostrar a capacidade de 
quitação das dívidas de curto e longo prazo e também se existe de-
pendência em transformar os estoques em numerários para quitar 
suas dívidas de curto prazo; 
 • Índices de estrutura de capital, que têm como foco apresentar o endi-
vidamento da empresa, se o mesmo está concentrado a curto prazo 
e se isso é em decorrência dos investimentos do capital próprio em 
infraestrutura; 
 • Índices de capital de giro, que tendem a demonstrar se as ativida-
des operacionais da empresa são financiadas por capital próprio ou 
capital de terceiros;
 • Índices de rentabilidade verificam os resultados obtidos pelos investi-
mentos na empresa e do capital dos sócios e investidores, bem como 
o lucro obtido sobre as vendas; 
 • Índices de prazos médios mostram a política de prazos médios adotada, 
se esses não comprometem na liquidez e endividamento da empresa. 
Essa aula tem como foco introduzir os conceitos de análise por indicadores fi-
nanceiros e econômicos, iniciando-se com os indicadores de estrutura de capital 
e liquidez, demonstrando seus cálculos e a interpretação dos resultados. 
Os índices de liquidez mostram a base da situação financeira da empresa. Segundo 
Matarazzo (2010, p. 99), “são índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes 
com as dívidas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa”. Ainda 
de acordo com o autor, uma empresa com bons índices de liquidez tem condições 
de ter boa capacidade para pagar suas dívidas. 
Essa técnica de análise é bastante utilizada pelos credores na avaliação dos riscos 
para concessão de novos créditos, ou mesmo para analisar as perspectivas de rece-
bimento de créditos já concedidos.
Os indicadores de liquidez podem ser divididos em:
Tabela 1 - Indicadores de Liquidez
INDICADOR FÓRMULA
Liquidez Imediata
Disponível 
Passivo Circulante
Liquidez Geral
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
CÁLCULO E 
INTERPRETAÇÃO 
DOS INDICADORES 
DE LIQUIDEZ
Pós-Universo 8
INDICADOR FÓRMULA
Liquidez Corrente
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Liquidez Seca
Ativo Circulante – Estoques
Passivo Circulante
Fonte: Matarazzo (2010), Assaf Neto (2012)
Índices de liquidez baixos não significam que a empresa não conseguirá 
honrar seus compromissos em dia.
atenção
Os indicadores de liquidez têm como interpretação: quanto maior, melhor; isso 
porque se o índice for superior a 1, a empresa poderia pagar, com sobras, todas as 
dívidas, caso contrário, a empresa não conseguiria saldar naquela data a totalidade 
de seus compromissos. 
A liquidez das empresas brasileiras não financeiras teve uma pequena 
melhora no anopassado, diz a Moody’s Investors Service em um novo rela-
tório. Cerca de 57% das empresas com rating da Moody’s B3 ou acima disso 
tiveram risco de liquidez baixo ou médio no fim de 2012, comparadas com 
52% no ano anterior. Essas empresas agora têm liquidez suficiente para 
cobrir pelo menos 150% da dívida com vencimento nos próximos 12 meses.
Fonte: <http://piniweb.pini.com.br/construcao/mercado-imobiliario/cin-
co-empresas-do-mercado-imobiliario-correm-risco-de-liquidez-288213-1.
aspx>.
fatos e dados
A liquidez geral indica a capacidade de pagamento de curto e longo prazo, logo, 
se a liquidez geral for superior a 1, então a empresa tem capacidade de pagamento 
de longo prazo. No que diz respeito à liquidez corrente, caso o indicador for supe-
rior a 1, existe a capacidade de pagamento quando se trata de curto prazo; e quando 
fala-se de liquidez seca, mostra a capacidade de pagamento a curto prazo sem de-
pender dos estoques para essa finalidade. Por fim, a liquidez imediata mostra a 
disponibilidade existente para as dívidas de curto prazo.
Conforme Silva (2012), todo capital aplicado na empresa é proveniente de recursos 
próprios ou de terceiros. Os recursos próprios são colocados à disposição da empresa 
por meio dos proprietários ou sócios que realizam investimentos visando retorno, 
e também por meio dos lucros obtidos pela própria entidade, decorrentes de suas 
atividades. Já o capital de terceiros abrange os empréstimos e financiamentos con-
cedidos pelas instituições financeiras, bem como os demais credores que direta ou 
indiretamente financiam a empresa. 
Os indicadores de estrutura de capital avaliam os recursos de terceiros aplicados 
na empresa, portanto, quanto menor a participação desses, melhor para a empresa.
CÁLCULO E 
INTERPRETAÇÃO 
DOS INDICADORES 
DE ESTRUTURA 
DE CAPITAL OU 
ENDIVIDAMENTO
Pós-Universo 10
Tabela 2 - Indicadores de Estrutura de Capital
INDICADOR FÓRMULA
Participação de Capitais de Terceiros 
(Endividamento)
Passivo Circulante + Passivo Não 
Circulante x 100
Patrimônio Líquido
Composição do Endividamento
Passivo Circulante x 100
Passivo Circulante + Passivo Não 
Circulante
Imobilização do Patrimônio Líquido
Ativo Não Circulante x 100
Patrimônio Líquido
Imobilização dos Recursos não Correntes
Ativo Não Circulante x 100
Patrimônio Líquido + Passivo Não 
Circulante
Fonte: Matarazzo (2010) e Silva (2012)
O indicador de Participação de Capital de Terceiros demonstra o grau de endivi-
damento, ou seja, se o capital de terceiros aplicado é maior que o capital próprio ou 
o contrário. Então, quanto maior o indicador, maior será o capital de terceiros e con-
sequentemente maior será o endividamento. 
Se o índice for de 80%, isso significa que 20% do capital investido na empresa 
é de capital próprio (sócios) e 80% de capital de terceiros. A princípio, isso não é in-
teressante, pois sobre o capital de terceiros tende a incidir encargos financeiros, no 
entanto, caso esse capital de terceiros tenha um encargo menor que os juros do 
capital próprio, então é interessante.
Composição do endividamento que representa o percentual das dívidas de 
curto prazo em relação às dívidas totais, isto é, apresenta as características da empresa 
quanto ao vencimento de suas obrigações, e quanto maior for esse indicador, maior 
será a pressão para que a empresa gere caixa para pagar suas dívidas (SILVA, 2012). 
Caso o indicador seja de 40%, significa que 40% do total do capital de terceiros está 
concentrado a curto prazo (vencimento dentro de 12 meses), enquanto 60% se en-
contra no longo prazo (vencimento após 12 meses). Logo, essa situação é positiva, 
pois existe um período um pouco maior para a empresa obter os numerários para 
quitar as dívidas de longo prazo.
Pós-Universo 11
Pesquisa realizada pelo Instituto Assaf, entre o período de 2005 e o primeiro 
semestre de 2009, apontou que 58% dos ativos das empresas foram finan-
ciados por recursos capitados de terceiros e apenas 42% por capital próprio. 
Fonte: <http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/empresas-
-brasileiras-financiam-58-dos-ativos-com-capital-de-terceiros/28261/>.
fatos e dados
A imobilização do Patrimônio Líquido indica quanto a empresa aplicou no ativo 
não circulante relativamente ao patrimônio líquido. Segundo Matarazzo (2010, p. 93), 
“Quanto mais a empresa investir no ativo não circulante, menos recursos próprios 
sobrarão para o ativo circulante e, em consequência, maior será a dependência a ca-
pitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante”. 
Se o índice for superior a 100%, significa que a empresa imobilizou todo seu pa-
trimônio líquido e parte dos recursos de terceiros. Sendo assim, quanto menor for o 
índice, melhor, pois quanto menos a empresa investe em ativo não circulante, maior 
as sobras de recursos próprios disponíveis para outros investimentos, reduzindo a 
necessidade de captação de recursos de terceiros. 
Os juros de capital próprio é uma forma de remuneração do capital inves-
tido pelos sócios na empresa pelos seus sócios ou acionistas. 
Quando analisa-se o indicador de participação de capital de terceiros, avalia-
-se do ponto de vista financeiro, no entanto, quando a análise for do ponto 
de vista econômico, pode ser mais vantajoso para a empresa trabalhar com 
capital de terceiros, se a remuneração paga a esses capitais de terceiros for 
menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. 
Fonte: MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: 
Abordagem Básica e Gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 88.
saiba mais 
Pós-Universo 12
Existem empresas que recorrem a dívidas como um complemento de ca-
pitais próprios para realizar aplicações produtivas em seu Ativo (ampliação, 
expansão, modernização etc.). Esse endividamento é sadio, mesmo sendo 
um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para 
saldar o compromisso assumido 
Fonte: MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: 
Contabilidade Empresarial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2010, pp. 93-94.
saiba mais 
O indicador de imobilização dos recursos não correntes compreende os recur-
sos do capital de terceiros de longo prazo e capital próprio investidos no ativo não 
circulante, podendo ser observado o saldo do montante direcionado para o ativo 
circulante. Caso esse indicador for superior a 100%, a empresa se encontra em di-
ficuldades financeiras, pois está utilizando capital de terceiros de curto prazo para 
financiar investimentos de longo prazo (ativo não circulante), ou seja, utiliza-se de 
empréstimos e financiamentos que vencem dentro de 12 meses para investir em in-
vestimentos que se convertem em numerários após esse período.
Quanto maiores os indicadores de liquidez menor será o grau de endivida-
mento, pois os ativos (valores conversíveis em numerários) serão superiores 
ao passivo (dívidas).
atenção
Os índices de rentabilidade retratam o desempenho econômico da empresa frente 
aos investimentos realizados. De acordo com Matarazzo (2010, p. 110), esses índices 
“mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os in-
vestimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa”. Dessa forma, 
quanto maiores forem os indicadores apresentados, melhor será para a empresa, 
tendo em vista que maior será o lucro líquido obtido.
O setor têxtil brasileiro fechou o ano de 2013 com um déficit de US$ 5,5 
milhões, o que representa um aumento de 4% em relação ao desempenho de 
2012. É o oitavo ano consecutivo de resultado negativo na balança comercial 
do setor. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) estima que em 2014 
o PIB brasileiro cresce entre 2% e 2,5%, o varejo de vestuário e as exportações 
podem registrar expansão de 3%, e as importações de 10%. Já a produção 
física dos segmentos têxtil e de vestuário deve oscilar entre -1% e 1,5%.
Fonte: <http://www.camaras.org.br/site.aspx/
detalhe-noticias-csmat?codnoticia=sgeobhy+evk=>.fatos e dados
CÁLCULO E 
INTERPRETAÇÃO 
DOS INDICADORES 
DE RENTABILIDADE 
E LUCRATIVIDADE
Pós-Universo 14
Silva (2012) também confirma, expondo que os indicadores de retorno indicam o 
retorno que o empreendimento está propiciando.
Os indicadores de rentabilidade podem afetar os indicadores de estrutura 
de liquidez?
reflita
Dessa forma, medir o desempenho econômico da empresa resulta em verificar o 
lucro obtido pelas aplicações de recursos. Também a partir dos indicadores de ren-
tabilidade pode-se identificar o tempo necessário para que o investimento efetuado 
possa trazer retorno.
Os principais índices utilizados pelo analista ao avaliar a rentabilidade são: margem 
líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido.
Tabela 3 - Indicadores de Rentabilidade
Margem Bruta
Lucro Bruto x 100
Vendas Líquidas
Margem Operacional I
Lucro Operacional I x 100
Vendas Líquidas
Margem Operacional II
Lucro Operacional II x 100
Vendas Líquidas
Margem Operacional III
Lucro Operacional III x 100
Vendas Líquidas
Margem Líquida
Lucro Líquido x 100
Vendas Líquidas
Rentabilidade do Ativo
Lucro Líquido x 100
Ativo
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Lucro Líquido x 100
Patrimônio Líquido
Fonte: Matarazzo (2010), Silva (2012)
Pós-Universo 15
A margem bruta mostra quanto a empresa apresenta de lucro bruto para cada R$ 
100,00 de vendas líquidas, o lucro bruto seria o valor obtido após retirar os impostos 
sobre as vendas, devoluções de clientes e o custo dos produtos entregues aos clientes. 
Já a margem operacional I demonstra o lucro obtido para cada R$ 100,00 de 
vendas líquidas após retirada dos impostos sobre as vendas, devoluções de clientes 
e o custo dos produtos entregues aos clientes, e também das despesas relativas às 
atividades normais da empresa (despesas operacionais); enquanto a margem ope-
racional II apresenta o reflexo do resultado financeiro no lucro da empresa e, por 
fim, a margem operacional III, que contempla o reflexo do resultado da equiva-
lência patrimonial nos lucros. 
A margem líquida indica quanto a empresa tem de lucro para cada R$ 100,00 
de vendas, mostra assim o lucro obtido sobre as vendas líquidas efetuadas. Caso a 
empresa apresente margem líquida igual a 40, significa que para cada R$ 100,00 de 
vendas líquidas do período, R$ 40,00 correspondem ao lucro líquido, ou seja, R$ 60,00 
referem-se aos custos, despesas e demais gastos.
O indicador de rentabilidade do ativo demonstra o lucro líquido obtido pela 
empresa pelos investimentos efetuados no ativo, enquanto a rentabilidade do 
Patrimônio Líquido, o lucro líquido obtido para o capital investido pelos sócios, 
importante indicador utilizado por investidores e acionistas para verificar o retorno 
do seu investimento.
atividades de estudo
1. Sobre os índices de liquidez seca, pode-se afirmar:
I. As empresas prestadoras de serviços tendem a ter indicadores elevados pelo fato 
de manterem estoques baixos, resultantes de materiais para prestação dos serviços.
II. As empresas comerciais e industriais tendem a ter indicadores elevados pelo fato 
de manterem estoques altos, resultantes de mercadorias e produtos para vendas. 
III. As empresas, independente da área de atuação (prestadoras de serviços, comér-
cio, indústria), tendem a ter indicadores baixos.
IV. Influenciam diretamente nos demais indicadores de liquidez (corrente, imedia-
ta e geral).
Diante do exposto acima, assinale a alternativa correta:
a) As alternativas I e III estão corretas.
b) Somente a alternativa IV está correta.
c) Somente a alternativa I está correta.
d) As alternativas III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas estão corretas.
2. Faça a análise dos dados a seguir e assinale a alternativa correta:
Participação de Capital de Terceiros 70
Composição do Endividamento 30
Imobilização do Patrimônio Líquido 140
Imobilização dos Recursos Não Correntes 80
a) A empresa tem 70% de capital próprio (patrimônio líquido) e 30% de capital de 
terceiros (passivo).
b) Quanto ao endividamento, está menos concentrado a curto prazo (passivo circu-
lante), 30% a curto prazo e 70% a longo prazo (passivo não circulante).
c) O investimento no ativo não circulante não utiliza todo o Patrimônio Líquido.
d) As origens de curto prazo (passivo circulante) estão sendo aplicadas no ativo não 
circulante.
e) A empresa tem mais passivo circulante que ativo circulante.
atividades de estudo
3. Quando o indicador de composição do endividamento apresentar-se acima de 50%, 
representa que:
I. A empresa não terá condições de quitar suas dívidas, pois a sua dívida a curto 
prazo é muito elevada.
II. A dívida está mais concentrada a curto prazo e isso pode trazer problemas 
financeiros.
III. Esse fato nada afeta a situação financeira da empresa, pois as dívidas estão regis-
tradas no Passivo Não Circulante. 
IV. A empresa está investindo mais em novos investimentos e necessitando de capital 
de terceiros para auxiliar nesse processo.
Pode-se afirmar que:
a) As alterativas I, II e IV estão corretas.
b) Somente a alternativa I está correta.
c) Somente a alternativa II está correta.
d) As alternativas II e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
4. Analise as afirmativas a seguir e assinale a correta:
a) Os indicadores de rentabilidade têm o objetivo de demonstrar o lucro obtido pela 
empresa, a cada período.
b) O retorno do investimento efetuado pelos investidores pode ser observado no 
indicador de retorno do patrimônio líquido.
c) A margem líquida demonstra o lucro em função das despesas. 
d) As margens operacionais I, II e III mostram a viabilidade de lucro líquido da empresa. 
e) O indicador de margem bruta indica o quanto de despesas existe para cada R$ 
100,00 de lucro líquido.
atividades de estudo
5. Considerando que determinada empresa tem os seguintes dados, assinale a alter-
nativa correta:
Total do Ativo $ 100.000,00
Total do Passivo $80.000,00
Total do Patrimônio Líquido $20.000,00
Receita Líquida $ 230.000,00
Lucro bruto $ 190.000,00
Lucro Líquido $20.400,00
a) A margem líquida é de 8,87% e a rentabilidade do patrimônio líquido de 102%.
b) A rentabilidade do Ativo é de 20,40% e a margem líquida é de 88,70%.
c) A margem bruta é de 8,87% e a margem líquida é de 82,61%.
d) A rentabilidade do patrimônio líquido é de 98,04% e a margem bruta é de 82,61%.
e) A rentabilidade do ativo é de 102% e a rentabilidade do patrimônio líquido é de 
20,40%.
resumo
As empresas necessitam cada vez mais de informações para controle e tomada de decisões, e a 
análise das demonstrações contábeis é uma das fontes de informação para tal finalidade. Para 
tanto, pode-se utilizar dos indicadores de estrutura de capital, de liquidez e de rentabilidade. 
Os indicadores de estrutura de capital ou endividamento devem expressar quanto menor, melhor, 
pois assim menor serão os níveis de endividamento e comprometimento do capital próprio. 
Já para os indicadores de liquidez a percepção é o contrário, quanto maior, melhor, pois desta 
forma, mais liquidez possui a empresa, consequentemente, mais valores numerários para quitar 
suas dívidas.
E os indicadores de rentabilidade tratam-se de lucro, então quanto maior, melhor, pois mais lucro 
a empresa tem por vendas líquidas e mais rapidamente retorna o investimento à empresa e aos 
sócios. 
Quando os indicadores de estrutura de capital, liquidez e rentabilidade são associados, pode ser 
observado que quanto maior o nível de endividamento, menor serão os indicadores de liquidez, 
com o aumento do passivo (capital de terceiros e seus encargos) e por consequência, menor 
também os indicadores de rentabilidade, pois menor será o lucro apresentado por ela em de-
corrência dos encargos financeiros do endividamento.
material complementar
Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial
Autor: José Carlos Marion
Editora: Atlas
Sinopse: este livro evidencia a utilidade dademonstração contábil como 
instrumento de tomada de decisão. Destina-se ao curso de graduação, 
enfatizando a aplicação dos níveis introdutório e intermediário para a 
analisar a situação econômico-financeira da empresa. Todos os capítulos 
são iniciados por uma Leitura introdutória, tratando de maneira que visa ser prática o tema do 
capítulo, por meio de artigos publicados pela mídia. São elaboradas questões que destacam 
os pontos relevantes das leituras introdutórias, entendendo-se que análise se aprende prati-
cando. Citam-se ainda outros instrumentos como pontos fortes do livro - questões e testes 
sobre o capítulo; exercícios sobre o capítulo; exercícios de integração e estudos de casos. 
Conclui o tópico com o roteiro de trabalho de análise de uma empresa real, onde o aprendiz 
acrescenta à unidade desenvolvida novos ingredientes a seu kit de análise.
Na Web
Miriam Leitão comenta o lucro da Petrobras e a queda na produção, veja em:
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-brasil/t/miriam-leitao/v/
miriam-leitao-comenta-o-lucro-da-petrobras-e-a-queda-na-producao/3174443/
referências
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 
10ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BREALEY, Richard A; MYERS, Stewart C. Principles of corporation finance. New York: McGraw-
Hill, 2003.
BERENSTEIN, Leopold A; WILD, John J. Analysis of Financial Statements. New York: McGraw-
Hill, 1999.
BRUNI, Adriano Leal. A Análise Contábil e Financeira. São Paulo: Atlas, 2010.
CHING, Hong Yuh; MARQUES, Fernando; PRADO, Lucilene. Contabilidade e finanças para não 
especialistas. 3ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12ª ed. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2010.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 6ª 
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 
7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, Eliseu; DINIZ, Josedilton A.; MIRANDA, Gilberto J. Análise avançada das demonstra-
ções contábeis: uma abordagem crítica. São Paulo: Atlas, 2012.
OLINQUEVITCH, José L.; SANTI FILHO, Armando de. Análise de Balanços para controle geren-
cial. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PORTAL BRASIL. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/ipca.htm>. Acesso em: 22 nov. 2013.
REED, Edward W. Commercial bank management. New York: Harper & Row, 1963.
RENNER. Balanços Anuais. Disponível em: <http://www.mzweb.com.br/renner/web/conteudo_
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SILVA, José Pereira da. Análise financeira das Empresas. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
WESTON, J. Fred; BRIGHMAN, Eugene F. Managerial finance. New York: Holt, Rinehart and Winston, 
1972.
resolução de exercícios
1. c) Somente a alternativa I está correta.
2. b) Quanto ao endividamento, está menos concentrado a curto prazo (passivo circu-
lante), 30% a curto prazo e 70% a longo prazo (passivo não circulante).
3. c) Somente a alternativa II está correta.
4. b) O retorno do investimento efetuado pelos investidores pode ser observado no in-
dicador de retorno do patrimônio líquido.
5. a) A margem líquida é de 8,87% e a rentabilidade do patrimônio líquido de 102%.
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