Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANESTÉSICOS LOCAIS E SUAS IMPLICAÇÕES EM ODONTOLOGIA II USOS NA ODONTOLOGIA ➢ Seleção de drogas: - Segurança e eficácia na anestesia (técnica correta e 1mL/min) - Tipo e duração do procedimento realizado - Estado de saúde do paciente ➢ Preparações e posologia: - Dose única de 1,8 ml - Diluído em H20 destilada em NaCl (isotônico) LIDOCAÍNA ➢ Anestésico de rotina ➢ Potência moderada e baixa toxicidade (bem tolerado) ➢ Rápido início de ação (2 a 3 min/PKa-7, 8) ➢ Metabolização hepática e excreção renal ➢ Formulações disponíveis e tempo de trabalho: - Sem vaso: • 10 minutos para a polpa (ineficaz) • 35 minutos para tecidos moles - Com vaso: • 50 minutos para a polpa • 190 minutos para tecidos moles MEPIVACAÍNA ➢ Muito semelhante a lidocaína ➢ Menor ação vasodilatadora, fazendo com que o anestésico dure mais tempo no local ➢ Formulações disponíveis e tempo de trabalho: - Sem vaso: • 30 minutos para a polpa • 150 minutos para tecidos moles - Com vaso: • 60 minutos para a polpa • 180 minutos para tecido mole PRILOCAÍNA ➢ Menos potente que a lidocaína e a mepivacaína ➢ Início de ação rápido (2 a 3 min/PKa-7, 7) ➢ Metabolização hepática e plasmática e excreção renal - Metahemoglobina (O-toluidina) ➢ Formulações disponíveis e tempo de trabalho: - Com vaso: Andressa Vasconcelos • 45 minutos para a polpa • 160 minutos para tecidos moles BUPIVACAÍNA ➢ Análogo da mepivacaína (muito lipossolúvel) ➢ Muito potente (4x a potência por ex. da lidocaína) ➢ Início de ação lento (6 a 8 min/PKa-8, 1) ➢ Mais cardiotóxica (0,5%) – levobupivacaina ➢ Formulações disponíveis e tempo de trabalho: - Sem vaso: • 40 minutos para a polpa • 150 minutos para tecidos moles - Com vaso: • 250 minutos para a polpa • 650 minutos para tecidos moles ARTICAÍNA ➢ Semelhante a bupivacaína ➢ Início de ação rápido (1 a 3 minutos) ➢ Metabolização hepática e plasmática e excreção renal ➢ Formulações disponíveis e tempo de trabalho: - Sem vaso: • Não disponível - Com vaso: • 150 minutos para a polpa • 250 minutos para tecidos moles SEGURANÇA CÁLCULO DA DOSE MÁXIMA ➢ Ex: dose máxima de lidocaína 2% para uma pessoa de 60kg • Pela porcentagem, nesse caso 2%, quer dizer que para cada 100ml é 2g. • Se fosse 3%, seria 3g e assim por diante. • 1 tubete sempre vai ter 1,8 ml. • Na bula da Lidocaína 2% consta que para cada 1kg do paciente, pode utilizar 4,4mg. • Para transformar para tubetes, divide o quanto ele o paciente pode absorver pelo o que tem em um tubete. CÁLCULO DA DOSE DE VASOCONSTRITOR INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ➢ Barbitúricos, opioides e anestésicos gerais (depressores do SNC) ➢ Agentes arrítmicos ➢ Cimetidina e ranitidina (inibidores do sistema microssomal) ➢ ATC, cocaína, crack, β- bloqueadores e fenotiazínicos ANESTÉSICOS LOCAIS X PACIENTES ESPECIAIS HIPERTIREOIDISMO ➢ Fisiopatologia ➢ Características clínicas: - Excesso na produção de hormônio tireoidiano, principalmente T3 e T4 - Os hormônios fazem com que os batimentos cardíacos acelerem o metabolismo ➢ Paciente não-tratado: - Realizar tratamento médico (não realizar nenhum procedimento odontológico), em caso de urgência fazer o uso de anestésico sem vaso ➢ Paciente tratado: - Não é contra-indicado o uso de vasoconstritor (usar no máximo 3 tubetes) FEOCROMOCITOMA ➢ Fisiopatologia ➢ Características clínicas: - Tumor na glândula suprarrenal, onde é produzido adrenalina e noradrenalina ➢ Paciente não-tratado: - Realizar tratamento médico (não realizar nenhum procedimento odontológico), nem em caso de urgência ➢ Paciente tratado: - Contra-indicado o uso de vasoconstritor (usar anestésico sem vaso em paciente pré- sedado. Realizar procedimentos de forma rápida) ALERGIA A SULFITOS ➢ Fisiopatologia ➢ Características clínicas (prurido, angioderma, dermatite, asma, anafilaxia) ➢ Contra-indicado uso de anestésico com vasoconstritor (adrenalina e congêneres) ➢ Optar por felipressina como vasoconstritor PACIENTE IDOSO ➢ População em franco crescimento ➢ Alterações fisiológicas (ajuste de dose): - Redução dos líquidos corporais - Aumento da relação massa adiposa/massa muscular - Atividade hepática e renal - Maior incidência de doenças crônicas (interações medicamentosas) ➢ Atendimento odontológico - Atendimento rápido e no início da tarde ➢ Anestésico local - Adequação de dose - Não é contra-indicado o uso de vasoconstritores (normais) - Cuidados com prilocaína (situação fisiológica senil) PACIENTE PEDIÁTRICO ➢ Diferenças metabólicas ➢ Anestésico local: - São mais sensíveis (volume sanguíneo menor) - Não é contra-indicado o uso de vaso constritores (normais) - Observar o limite do anestésico - Cuidados com prilocaína (metahemoglobinemia) e bupivacaína (trauma de mordida) - Sedação (reduzir quantidade de anestésico) PACIENTE GESTANTE ➢ Alterações morfofisiológicas - Deslocamento de órgãos e compressão vascular - FC; FR e PA - Aumento da síntese de hormônios - Aumento da demanda de insulina “diabetes gestacional” - Lesões de tecido mole na cavidade oral (gengivite gravídica e granuloma piogênico) ➢ Anestesia local: - Bases anestésicas (ultrapassam a placenta) - Não é contra-indicado o uso de anestésicos locais com vasoconstritor nem grávidas nem lactantes (normossistêmicas) - Ligação a proteínas plasmáticas (lidocaína – 64%; prilocaína – 55%; mepivacaína – 77%) - Cuidado com o Citanest • Prilocaína (baixo peso molecular) • Tratamento da metahemoglobinemia • Felipressina ➢ Metahemoglobimenia DIABETES MELLITUS ➢ Fisiopatologia ➢ Classificação ➢ Tratamento (Tipo I e II) ➢ Atentar para os sintomas durante a anamnese e encaminhar para a realização de exames ➢ Cuidados durante o atendimento odontológico: - Atendimentos longos (desmaios) - Cirurgias que limitam função mastigatória (contactar endocrinologista) ➢ Anestesia local: - Não é contra-indicado o uso de anestésicos com vasoconstritor nestes pacientes controlados - Evitar uso de adrenalina com vasoconstritor em pacientes não medicados (cetoacidose), usar felipressina DOENÇAS CARDIOVASCULARES ➢ Hipertensão arterial - Definição e diagnóstico - Níveis de hipertensão e sintomas - Classificação (primária e secundária) - Tratamento ➢ Anestesia local: - Hipertenso controlado (indicado o uso de vasoconstritores) - Hipertenso medicado com leve elevação de pressão durante atendimento: anestésico sem vasoconstritor ou usar felipressina (3 tubetes) ou adrenalina (2 tubetes) - Hipertenso medicado com grande elevação de pressão durante atendimento (só atender urgência e em ambiente adequado. Usar mesmo protocolo, preferir anestésico sem vaso, avaliar sedação.) PACIENTE PÓS-INFARTO (REVASCULARIZAÇÃO) ➢ Evitar atendimento durantes os 6 primeiros meses ➢ Em caso de urgência fazer em ambiente hospitalar com anestésico local sem vaso ou felipressina (2 tubetes) ou adrenalina (1,5 tubetes) ➢ Cuidado com o uso de anticoagulantes ➢ Etiologia (hipertensão, defeitos septais, infartos, estenose aórtica, defeitos valvares) ➢ Tratamento PACIENTE PORTADOR DE ICC ➢ Anamnese odontológica (náusea, vômito, perda de peso, confusão neurológica, alucinações) ➢ Tratamento odontológico (evitar esforço): - Rápido - Ambiente hospitalar - Evitar taquicardia - Usar BDZ - Usar anestésico sem vaso ou com vaso de forma restritiva - Taquicardia persistente (suspender atendimento) PACIENTE PORTADOR DE ARRITMIA ➢ FC no adulto (60 a 100) na criança, idoso e atleta ➢ Fisiopatologia ➢ Tratamento (antiarrítmicos, β- bloqueadores e digitálicos) ➢ Anestésico local: - Usar anestésico com felipressina (3 tubetes) ou adrenalina (2 tubetes)- Evitar anestésico sem vasoconstritor PACIENTE PORTADOR DE ASMA ➢ Fisiopatologia ➢ Fatores desencadeadores ➢ Tratamento ➢ Tratamento odontológico: - Pedir para o paciente trazer a medicação - Evitar ambientes frios e mofados - Usar anestésico com vasoconstritor, exceto se houver alergia a sulfitos
Compartilhar