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Metabolismo Lipídico

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Lipólise e corpos cetônicos
introdução
	A glicose é a grande fonte de energia do corpo humano, sendo o composto responsável por tornar possível a síntese de ATP num processo em que é oxidado, gerando H2O e CO2. Em momentos de jejum, os valores de normalidade de glicemia são de 70 a 99mg/dL, enquanto após as refeições esses valores possam chegar até 130/140 mg/dL. Para garantir esses valores o corpo se utiliza de vias metabólicas como a Glicogênese, na qual glicose é armazenada na forma de glicogênio, e a Glicogenólise, que quebra esse glicogênio em vias hepáticas. Os músculos também realizam essa prática, mas não com o objetivo de manter a glicemia.
A lipólise (Também chamada de β oxidação dos ácidos graxos ou Ciclo de Lynmen) é uma via alternativa para disponibilizar glicose que não é uma simples reversão da síntese lipídica. Existem diversos tecidos no corpo que são glicose dependentes, porém a glicose e o glicogênio hepático não são infinitos, então em condições de jejum prolongado são mobilizados lipídios para a produção de glicose advindos de tecidos adiposos, onde se localiza o Triacil-glicerol (TG). 
	Os corpos cetônicos são três substâncias resultantes da oxidação dos ácidos graxos. Quando essa oxidação é aumentada constitui uma característica de doenças como a diabetes melito e os corpos cetônicos começam a se acumular. Quando em grande quantidade causam cetoacidose, que acaba sendo fatal.
	Como a gliconeogênese depende da oxidação dos ácidos graxos, qualquer comprometimento na oxidação dos ácidos graxos leva à hipoglicemia. Isso ocorre em vários estados de deficiência à carnitina ou de deficiência de enzimas essenciais para a oxidação dos ácidos graxos.
1-Transporte
	Para o início da lipólise são necessários:
· Condição de jejum de glicose;
· Ativação de enzimas;
· Altas taxas de Glucagon e baixas taxas de Insulina;
Quando essas condições são atendidas, o corpo começa a mobilizar triacilgliceróis presentes no tecido adiposo do corpo. Esses ácidos graxos são liberados no sangue como ácidos graxos livres (AGLs) também chamados de Ácidos Graxos não esterificados (AGNEs). Os AGLs de cadeias mais longas pelo seu grande caráter hidrofóbico associam-se à albumina e nas células às proteínas de ligação, de forma que nunca estão realmente livres. Como os AGLs de cadeias mais curtas são mais hidrossolúveis não precisam desse auxílio.
2- Ativação dos ácidos graxos
· Conversão em intermediários ativos antes da catabolização
· Requer energia proveniente do ATP (única etapa dentro da via que necessita de energia)
· Enzima acilCOA-sintase (Tiocinase), coenzima A
· Ácido graxo livre > Ácido graxo ativado formando AMP e Ppi
· Na membrana mitocondrial externa
3- entrada de ácidos graxos ativados na matriz mitocondrial
· AcilCoA de cadeia curta não precisa
· AcilCoA de cadeias com 18/20/24Carbonos precisam de ajuda para atravessar a membrana interna da mitocôndria
· Carnitina ampla distribuição, abundante em musculo
· Mecanismo de lançadeira de Carnitina
· A carnitina Aciltransferase I (Enzima de união) desliga a CoA do ácido graxo e liga uma carnitina, formando acilcarnitina que é capaz de passar a membrana interna da mitocôndria.
· Dentro da mitocôndria a Aciltransferase II (Enzima de desligamento), desliga a carnitina do ácido graxo e religa-o a CoA, que está presente tanto na membrana interna, quanto na membrana externa da mitocôndria.
· Existe a membrana mitocondrial interna e externa. O entre membrana acomoda o gradiente protônico. 
· Hemodiálise -> Podem ter o número de Carnitina diminuída;
Lipólise não ocorre sozinha
O ácido graxo mobilizado não utilizado vai para a urina (Não é o ideal, mas não é possível);
· A carnitina Aciltransferase pode ser inibida pelo malonil-CoA
· O malonil-CoA é um intermediário da biossíntese de ácidos graxos;
· Assim, quando a síntese de ácidos graxos estiver ocorrendo, a degradação é inibida (Ou você degrada ou biossintetiza);
4- Beta Oxidação dos ácidos graxos
Ocorre na matriz mitocondrial
Na beta oxidação os ácidos graxos originam acetil-Coa (CK e Cadeia de Transporte de e-) 
São clivados 2 carbonos por vez de moléculas de Acil-CoA, iniciado pela extremidade carboxila. As unidades de dois carbonos formadas são de acetil-CoA.
A cadeia é clivada entre um carbono α e um β, por isso beta oxidação.]
Oxidação da acil-CoA a uma enoil-CoA (acil-CoA β-insaturada) de configuração trans, à custa da conversão de FAD a A acil-CoA presente na matriz mitocondrial é oxidada por uma via denominada β-oxidação, porque promove a oxidação do carbono β do ácido graxo, ou ciclo de Lynen(Figura 16.2). Esta via consta de uma série cíclica de quatro reações, ao final das quais a acil-CoA é encurtada de dois carbonos, que são liberados sob a forma de acetil-CoA, com produção de FADH2 e NADH. As quatro reações e as enzimas que as catalisam são:
O processo envolve 4 etapas:
· Desidrogenação (Reduz-se FAD+ a FADH2, forma-se Enoil-CoA e é o único processo reversível da via);
· Hidratação (Sem coenzimas, sem produção de ATP);
· Oxidação (Produz 1 NADH);
· Tiólise;
Tiólise
A tiólise é a fase em que a enzima tiolase realiza a lise da extremidade do Ác. Graxo, cortando os dois últimos carbonos que são liberados na forma de Acetil-CoA. Os carbonos não cortados voltam a forma de Acil-CoA, com dois carbonos a menos do que entraram na via. 
O Acil-CoA com dois carbonos a menos retorna para a fase de desidrogenação até que somente sobrem 4 carbonos. Nessa última etapa são gerados dois Acetil-Coa. 
Esse Acetil CoA poderá ser enviado ao ciclo de Krebs se a degradação entre lipídios e carboidratos estiver equilibrada. O Oxalacetato (OXC) deve possuir uma relação de 1:1 para com o Acetil CoA para que a degradação do derivado de ácidos graxos seja utilizado, enquanto estiver em demasia, o Acetil CoA permanece no sangue.
O Oxalacetato é geralmente formado a partir do Piruvato, à partir da Piruvato Carboxilase (Produto final da glicólise em situação anaeróbica) e, portanto, diminui quando não há a disponibilidade de carboidratos.
Tiólise em cadeias ímpares
Os ácidos graxos com número ímpar de átomos de carbonos são oxidados pela via da b-oxidação descrita, produzindo acetil-CoA até formar um resíduo de três carbonos (propionil-CoA). Esse composto é convertido em succinil-CoA, um constituinte do ciclo do ácido cítrico. Portanto, o resíduo propionil de um ácido graxo de cadeia ímpar constitui a única parte de um ácido graxo que é glicogênica.
Rendimento energético da β-oxidação dos ácidos graxos
A cada ciclo são gerados:
· 1 Acetil CoA;
· 5 ATP
· 1 FAD
· 1 NAD
O rendimento energético da Oxidação de apenas uma molécula do Ácido Palmítico (16C) é capaz de gerar 131 ATPs (8 acetil-coa, 7NADH e 7FADH2), sendo, portanto, os lipídios, extremamente energéticos.
Logo, um composto com “N” carbonos gerará “½ n de moléculas de Acetil-CoA.
cetogênese
	No jejum prolongado e no quadro de diabetes (Hálito cetônico), o oxalacetato é utilizado na gliconeogênese e não estará disponível para condensar com o Acetil-CoA. Nessas condições o Acetil-CoA é desviado para a formação de corpos cetônicos.
A PARTIR DO ACETILCOA SE FAZ A CETOGÊNESE (Gerar 3 corpos cetônicos)
Corpos cetônicos são produzidos no tecido hepático. Eles são liberados no sangue e levados ou à tecidos extra-hepáticos para geração de energia ou são excretados na urina. 
A córtex adrenal e o músculo cardíaco utilizam corpos cetônicos (Acetoacetato) preferencialmente como combustíveis celulares. No jejum prolongado e no diabetes, o cérebro se adapta à utilização de corpos cetônicos como combustível celular.
Os corpos cetônicos são um importante mecanismo de sobrevivência e são produzidos em pequenas quantidades por pessoas sadias (1mg/dL no sangue). Pessoas com produção excessiva podem apresentar Citonemia (Corpos Cetônicos no Sangue) e Cetonúria (Corpos cetônicos na urina). A excreção desses corpos causa também a acidez da urina, porque eles são ácidos moderadamente fortes. Em uma lipólise exacerbada pode ocorrer por isso acidose metabólica do sangue (Abaixode 7,35), mais chamada nesse caso de Cetoacidose.
lipogênese
Caso Clínico: Um ex militar com 48 anos (1,91 de altura) apresentava problemas com aumento de peso desde que deixou o exército há 8 anos. No período em que deu baixa no serviço, pesava 95kg, mas agora pesa 193 kg. Sua ocupação atual é motorista de caminhão e apresenta uma ingesta diária de 5000 kcal dia com cerca de 50% de gorduras e o restante carboidratos.
Considerações gerais 
A lipogênese ocorre na forma de Triacilglicerol (TG ou TAG) e no citoplasma, usando principalmente glicose. O principal objetivo é garantir uma reserva energética para o organismo. Ela ocorre principalmente 
As condições para a sua ocorrência são:
· Disponibilidade de glicose;
· Concentração de ATP normal
· Excesso de Acetil- CoA
· Disponibilidade de NADPH + H+, vem da via das pentoses-fosfato.
Os locais em que ocorre são: Fígado, eritrócitos, glândula mamária em lactação, adrenal, testículos, tecido adiposo.
A via da lipogênese não é simplesmente o inverso da oxidação de ácidos graxos vista nas vias oxidativas. A lipogênese requer um grupo de enzimas completamente diferente e ocorre em um compartimento celular diferente, o citosol.
Síntese de Ácidos Graxos (3 etapas)
· Etapa 1: Transporte de Acetil CoA;
· Etapa 2: Preparação de precursor chave malonil CoA pela Acetil CoA carboxilase;
· Etapa 3: Alongamento da cadeia do ácido graxo pela ácido graxo sintase;
Etapa 1- Transporte de Acetil CoA sob a forma de citrato
· Dentro da mitocôndria forma-se o Acetil-CoA;
· Não existe livre passagem pela membrana da mitocôndria até o citoplasma;
· Forma-se citrato a partir de Acetil-CoA e Oxaloacetato pela ação da Citrato Sintase;
· Uma lançadeira joga o Citrato para o citoplasma;
· No citoplasma a Citrato Liase rompe o Citrato dando origem a Acetil CoA e Oxaloacetato;
· O Oxaloacetato é unido ao NADH pela Malato Desidrogenase, transformando-o em Malato.
· O malato se transformará em Piruvato que entrará novamente na mitocôndria
· Após a entrada a Piruvato Carboxilase se torna Oxaloacetato;
Etapa 2- Acetil CoA Carboxilase
No primeiro estágio da biossíntese de ácido graxo, o acetil-CoA, derivado principalmente do metabolismo de carboidratos, é convertido em malonil-CoA pela ação da enzima acetil-CoA carboxilase. Essa é uma enzima dependente do grupo prosteico biotina (Vitamina B8).
	O CO2 vem do Bicarbonato de Sódio e é adicionado ao AcetilCoA com a Ajuda da Biotina, de ATP e da Acetil-CoA-Carboxilase em Malonil-CoA desidronase.
Etapa 3- Sintase de Ácidos Graxos
· Ácido graxo sintase (Complexo enzimático) retira um CO2 e reorganiza os grupos acetil e malonil a um só composto 3-cetoacil.
· Grupo 3-cetoacil forma redução, desidratação (Realizando uma insaturação) e nova redução (Retirando a insaturação), formando um complexo insaturado.
· Adiciona-se carbono, 2 a 2 (Na forma de malonil-CoA) retirando-se um Co2 a cada vez;
REGULAÇÃO DA BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS (Etapa 2)
Estimula a Via: Insulina e Alta Concentração de Citrato.
Inibe a Via: Muito Palmitoil-CoA, Glucagon e Adrenalina.
PKA: Proteína Cinase.
Compostos fundamentais para a síntese de TAG
· O ácido fosfatídico é o composto fundamental de síntese hepática e do tecido adiposo. Ele é formado por uma molécula de glicerol esterificada com dois ácidos graxos e um ácido fosfórico.
· O 2-monoacilglicerol é o composto fundamental de síntese de TAG no enterócito, durante o processo de digestão e absorção de lipídios da dieta alimentar. Ele é formado por uma molécula de glicerol, esterificada com um ácido graxo em C2.
Fonte de glicerol para a síntese de TAG no fígado e no tecido adiposo.
O glicerol-3-P pode ser produzido diretamente, a partir do glicerol no fígado, devido à presença da enzima glicerol quinase, neste órgão.
Ácido fosfatídico -> Fosfatidato fosfatase (Citosol) -> Diacilglicerol
Diacilglicerol -> Aciltransferase-> Triacilglicerol.
Alterações do metabolismo lipídico
lipoproteínas
· Associam-se lipídios e proteínas para realizar o controle da solubilidade;
· As lipoproteínas transportam o colesterol e triglicerídeos através do sangue;
· As anormalidades no metabolismo das lipoproteínas são fatores-chave no desenvolvimento da aterosclerose, um processo que afeta as paredes arteriais e, consequentemente:
· o fornecimento de sangue e a oferta de oxigênio ao coração (causando doença cardíaca coronariana)
· cérebro (causando acidente vascular cerebral) 
· outras grandes artérias (causando doença vascular periférica).
eSTRUtura da lipoproteína
· Os ácidos graxos livres (não esterificados) de cadeias pequenas e médias viajam no plasma ligado à albumina, mas os ácidos graxos de cadeias longas são muito hidrofóbicos para serem transportados desta maneira. Em vez disso, eles são transportados como triacilgliceróis reunidos em partículas conhecidas como lipoproteínas.
Componentes
· Apoproteína Periférica (ex: APO C);
· Núcleo de lipídios (Apolar);
· Fosfolipídios;
· Triacil glicerol;
· Éster de colesterol;
· Apoproteína integral (ex: APO B);
· Monocamada de lipídios principalmente anfipáticos
Classes
As lipoproteínas são classificadas através da sua composição e densidade:
· QM (Quilo Micron): Muito TAG;
· VLDL (Very low density Level): Bastante TAG e Colesterol;
· Partículas remanescentes ( ex: IDL que apresenta nível de densidade intermediária);
· LDL (Low density Level): Muito colesterol, algumas proteínas e fosfolipídios;
· HDL (High density level): Muita proteína, pouco colesterol e fosfolipídios;
Apolipoproteínas
· Componentes proteicos das partículas de lipoproteína;
· As Apolipoproteína interagem como receptores celulares;
· Ativadores e inibidores de enzimas da lipoproteína;
· APO A : Presente no HDL
· APO B100: Controla o metabolismo do LDL
· APO B48: Controla os Quilomícrons
Principais estágios do metabolismo das lipoproteínas
· Formação das partículas de lipoproteína. Os quilomícrons (Encontrados após uma refeição) são formados no intestino, e o VLDL (No estado de jejum) no fígado.
· Transferência de ácidos graxos das lipoproteínas para as células. Isto é facilitado por enzimas (HTLG e LPL)
 e transforma os quilomícrons e a VLDL em partículas remanescentes.
· Ligação das partículas remanescentes aos receptores e sua captação pelas células.
· Transformação de alguns remanescentes em LDL, sua subsequente ligação ao receptor B/E e captação.
· Transporte reverso de colesterol, isto é, remoção do colesterol das células pelas partículas de HDL.
· O LDL é gerado como produto da distribuição dos substratos energéticos, podendo ser absorvido pelas células.
Os quilomicrons transportam os lipídios da dieta
· Apesar de ter como principal apoproteína a B48, o quilomícron também possui a A, C e E;
· Uma vez que os quilomícrons alcançam os tecidos periféricos, seus triacilgliceróis são hidrolisados pela LDL e os ácidos graxos entram nas células;
· O que resta dos quilomícrons são partículas remanescentes. 
· Os remanescentes adquirem alguns ésteres de colesterol da HDL; 
· A meia-vida dos quilomícrons no plasma é menor do que 1 h. Normalmente os quilomícrons aparecem no plasma somente após refeições contendo gordura, dando ao plasma uma aparência leitosa.
As partículas de VLDL transportam os triacilgliceróis sintetizados no fígado
· Os triacilgliceróis sintetizados no fígado são transportados pela VLDL. Eles são reunidos no fígado às moléculas de apoB100.
· Após ser secretada no plasma, a VLDL adquire ésteres de colesterol e apoproteínas (apoC e apoE) da HDL. Nos tecidos periféricos, seus triacilgliceróis são hidrolisados gerando VLDL remanescente também chamado de IDL (Possui um curto tempo de vida);
· As remanescentes ou são captadas pelo fígado ou são posteriormente hidrolisadas pela enzima triglicerídeo lipase hepática e transformadas em LDL.
· Por causa da perda de triglicerídeos, as partículas remanescentes são agora relativamente ricas em colesterol. Além disso, seu pequeno tamanho facilita a penetração na camada endotelial, o que a torna aterogênica.
as ldl são captadas pelas células 
· As LDL são ricas emcolesterol e contêm somente uma apolipoproteína: a apoB100. 
· Podem ir tanto para tecidos hepáticos como extra hepáticos;
· Elas representam o principal carreador de colesterol no plasma. Elas permanecem na circulação muito mais tempo do que as remanescentes e são captadas através do receptor apoB/E ou pelo fígado (aproximadamente 80% das partículas) ou pelas células periféricas.
O colesterol é retirado das células por hdl
· A função das partículas de HDL é transportar o colesterol na direção reversa: dos tecidos periféricos para o fígado. 
· As HDL são sintetizadas no intestino e fígado. Suas apolipoproteínas principais são as APO-A, mas elas também contêm apoC e apoE.
· As HDL são capazes de trocar as apoproteínas, fosfolipídios, triacilglicerol e ésteres de colesterol com quilomícrons, VLDL e remanescentes, mantendo sua baixa quantidade de lipídios e alta quantidade de proteínas.
ARterosclerose
· Formação de arteriosclerose: Alteração envolvendo a túnica íntima dos vasos;
· A LDL tem um tempo de vida, depois desse tempo começa a ser oxidada, gerando LDL envelhecida, que penetra mais facilmente nas células dos vasos.
· Os vasos identificam a LDL envelhecida como um corpo estranho;
· Acionamento de leucócitos (monócitos);
· Os leucócitos agem como macrófagos fagocitando o LDL envelhecido;
· O LDL envelhecido não consegue ser metabolizado por ser saturado;
· Macrófago deixa de ser macrófago e passa a ser uma célula espumante, uma célula que fagocitou muito LDL
· Diversas células espumantes juntas induzem fibrose reduzindo a luz do vaso e consequentemente a circulação;
· Passa a ocorrer formação da placa de ateroma nos vasos;
· Essa placa de ateroma pode quebrar, ativando fatores de coagulação que formam um trombo, que pode migrar e obstruir outros vasos, causando tromboembolismo;
· Doença silenciosa que quando se manifesta já é tarde demais;
Resumo
O fígado reempacota o colesterol e os triglicerídeos em outras lipoproteínas menores – as lipoproteínas de muito baixa densidade, VLDL. Os triglicerídeos contidos nas VLDL passam por hidrólises sequenciais nos tecidos periféricos, transformando as partículas em VLDL remanescentes e então, após hidrólises mais extensas, em lipoproteínas de baixa densidade (LDL). As VLDL remanescentes e as LDL levam o colesterol de volta para o fígado pela ligação ao receptor de membrana apoBE (receptor de LDL). Entretanto, eles também podem entrar pela parede vascular.
XANTOMAS
· São depósitos visíveis de lipídios;
· Valores de referência de colesterol:
· Total: Adultos abaixo de 200mg/dL, crianças menor de 150mg/dL;
· LDL: Adultos abaixo de 100mg/dL;
· HDL: Adultos maior que 60mg/dL, crianças maior que 45mg/dL;
Resultado do caso
	O paciente apresenta um caso de hipercolesterolemia, visto que o resultado está acima de 200mg/dL. Mesmo controlando a dieta, há o fator genético envolvido, visto o histórico familiar. 
O tratamento com estatina inibe a enzima HMG-CoA redutase, diminuindo a biossíntese endógena de colesterol.
Via das pentoses fosfato
Caso clínico
	Logo antes de uma viagem planejada para os trópicos, um paciente visitou o seu médico, reclamando de fraqueza e de que sua urina tornou-se inexplicavelmente escura recentemente. O exame médico revelou icterícia.
	Os testes de laboratório indicaram baixo hematócrito, alta contagem de reticulócitos e aumento dos níveis sanguíneos de bilirrubina. O paciente apresentava uma boa saúde numa visita havia 1 mês, quando recebeu imunização e prescrições de fármacos antimaláricos.
funções
A via das pentoses é uma via metabólica alternativa para a glicose que não leva à produção de ATP, cujas principais funções são:
· Formação de NADPH, coenzima redutora para a síntese de Ácidos Graxos, colesterol e esteroides através das vias metabólicas lipídicas;
· Formação de NADPH para reações de dissipação de radicais livres;
· Manutenção da glutationa reduzida para atividade antioxidante;
· Síntese de ribose para a formação de nucleotídeos para a formação de ácidos nucleicos;
Características da via
· Trabalha com enzimas citosólicas (Fígado, tecido adiposo, Córtex Supra Renal, Eritrócitos, Glândula mamária em lactação.
· É dividida em duas fases:
· Fase oxidativa: Responsável pela produção de NADPH;
· Fase não oxidativa: Gera precursores da ribose;
Fase oxidativa
	Na fase oxidativa a Glicose- 6-fosfato é transformada em Ribose-5-fosfato através de 2 reações, produzindo equivalentes redutores (NADPH) no meio do caminho.
	A primeira reação é aquela capaz de regular a velocidade da via. Sua enzima é a glicose-6-fosfato desidrogenase.
	Na segunda parte da via ocorre a formação de Ribose-5-fosfato (Ribulose), de NADPH e de uma molécula de CO2.
Fase não oxidativa
	Na fase não oxidativa, após 3 glicoses-6-fofato serem transformadas em riboses-5-fosfato, inicia-se uma sequência de reações com os objetivos intercambiar carbonos para no final formar compostos que possam entrar na glicólise. Isso também pode ocorrer ao contrário, transformando em compostos da glicólise em pentoses sem gerar NADPH. Destacam-se duas enzimas da via:
Transaldolase
Transfere 3 carbonos para outra molécula.
Transcetolase
Transfere 2 carbonos para outra molécula. 
É dependente de TPP (Tiamina Pirofosfato - Derivado vitamínico)
Deficiência da Glicose-6-fosfato desidrogenase
	A deficiência de G6PD é determinada por um traço genético recessivo ligado ao cromossomo X. Ela se relaciona a uma menor meia-vida da enzima, que deve ser constantemente fabricada pelo núcleo das células. Porém eritrócitos (Hemácias) não possuem núcleo e, portanto, não são capazes de realizar a síntese de novas enzimas. Sem a G6PD não há a produção de equivalentes redutores e a glutationa (importante desoxidante) fica oxidada em sua forma inativa, deixando as células vulneráveis à lesão por oxidantes. (Afeta 400 milhões de pessoas em todo o mundo).
 Os eritrócitos quando expostos a um estresse oxidativo desencadeado pelo uso de medicamentos antimaláricos, consumo de favas (Vicia fava) ou infecções são lesados, resultando em hemólise. As moléculas desnaturadas de hemoglobina formam agregados denominados Corpos de Heinz no sangue.
Glutationa
	A glutationa é um tripeptídeo que atua na função antioxidante do corpo. Elas combatem Radicais livres (Espécies reativas de O2 ), provenientes do stress oxidativo e subprodutos normais do metabolismo da célula (Principalmente respiração mitocondrial.
Radicais livres
· Subprodutos do metabolismo normal;
· Moléculas reativas de O2;
· Causam danos a moléculas orgânicas como lipídios, proteínas e DNA;
· Desfazem a membrana plasmática de células;
· Causam hemólise;
· Fazem as células perderem suas funções;
Consequências imediatas
· Moléculas reativas de O2 lesam a membrana plasmática;
· As sulfidrilas da Hemoglobina não podem se manter por muito tempo em forma reduzida
· As moléculas desnaturadas de hemoglobina se interligam e formam agregados chamados Corpos de Heinz;
Mecanismo da hemólise
Sintomas
· Fadiga;
· Cor pálida;
· Coloração amarelada da pele;
· Urina Escura;
· Possibilidade de Hemoglobunúria ( Presença de Hemoglobina na Urina);
Sinais
· Anemia;
· Hemólise;
· Redução da atividade da G6PD;
Ciclo do eritrócito

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