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Resenha Garoto Selvagem

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O filme “O Garoto Selvagem” aborda a história de um menino de onze anos que é encontrado na selva por caçadores, durante toda sua vida ele foi privado de algo da convivência com outros seres humanos e isso prejudicou sua socialização, como a família principalmente e a linguagem tidas como instituições sociais. Isolado de tudo e de todos, ele vive como um animal selvagem. Foi tratado desde o início como um ser irracional, não é possível nem dizer que foi resgato, pois é como se tivessem tirado de seu habitat para trazer a uma realidade que não era a sua, onde ele não era considerado normal por não preencher os padrões da sociedade. Sem saber andar, falar ou entender é taxado de retardado, surdo-mudo e posto em uma instituição. Foi obrigado a viver em uma cultura arcaica, que não o recebeu bem, e o mesmo também não recebeu bem. Ambos eram diferentes demais para conviverem. Aliás, em todos os tempos da humanidade conviver com o indiferente sempre foi um tabu a ser quebrado pelas diversas civilizações.
Quando foi retirado da selva e levado para a sociedade francesa, um professor, Itard, ficou responsável pelo menino selvagem, mais tarde chamado de Victor, onde ele retirou esse menino da sociedade para tentar educa-lo para poder mais tarde inseri-lo na sociedade, acontece aí então um processo de inclusão por exclusão, onde o menino foi levado para casa de Itard longe de todos até que se adequasse a todos. O processo de aprendizagem adotado pelo professor Itard foi bem rigoroso, no primeiro momento foi difícil, sabia que não seria fácil aquela missão, pois é preciso explorar naquele garoto suas capacidades e potencialidades individuais, nato é claro de todo ser humano. Adotou seus métodos e aos poucos obteve bons resultados nesse processo de civilização e educação. O professor era amante da infância, um humanista e educador apaixonado, e estava disposto a defender Victor do tratamento que os acadêmicos da época lhe reservam. Itard ensinou o garoto a se comunicar com o mundo e provou aos céticos as reações positivas dessa educação simbólica e sentimental para o desenvolvimento do garoto. A sociedade encarou tudo aquilo de maneira negativa, pois não acreditava na socialização do garoto, para muitos era uma perda de tempo recuperar aquele ser deformado pelo meio onde viveu. Vista como uma curiosidade, diante daquela situação toda refutam em também fazerem parte da transformação do garoto, mas com muito esforço empenhado pelo professor Itard foi conseguindo e se integrando a sociedade.
O menino selvagem atingiu um notável progresso, Victor aprendeu o nome de muitos objetos e pôde ler e escrever frases simples, expressar desejos, seguir ordens e trocar ideias. Demonstrou afeto, em principal para a ama de casa de Itard, a senhora Guérin, também demonstrou emoções de orgulho, vergonha, remorso e desejo de comprazer. Porém, nunca aprendeu a falar, porém emitia alguns sons e mantinha-se sempre totalmente centrado nas suas necessidades e desejos e segundo Itard no seu relatório final, nunca pareceu perder a vontade de liberdade do campo aberto e a sua indiferença à maioria dos prazeres da vida social, ou seja, mesmo que tentassem inserir o garoto na sociedade francesa, parte dele permanecia na selva, não acontecia de fato uma inclusão.

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