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Fraturas e Marcha

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DEFINIÇÃO 
- Perda da continuidade óssea; 
-Geralmente surgem através de traumas de 
alta energia; 
*Fraturas relacionadas a traumas de baixa 
energia devem acender um alerta sobre a 
possibilidade de fraturas patológicas, 
associadas a doenças ósseas (ex: 
Osteoporose); 
TIPOS 
➔ FRATURA EM GALHO VERDE 
- Parcial; um lado do osso se quebra e o outro 
se dobra; 
- Somente em crianças, pois os ossos ainda 
não estão completamente ossificados e 
contém mais material orgânico do que 
inorgânico; 
- É uma fratura incompleta; 
 
➔ FRATURA COMINUTIVA 
- O osso é estilhaçado, fragmentado ou 
esmagado; 
- Fragmentos ósseos menores se alojam entre 
os dois fragmentos principais; 
- A mais difícil de tratar; 
 
➔ FRATURA DE POTT 
- Fratura da extremidade distal do osso 
lateral da perna (fíbula) com lesão grave da 
articulação distal da tíbia; 
 
 
➔ FRATURA DE COLLES 
- Fratura da extremidade distal do osso 
lateral do antebraço (rádio), na qual o 
fragmento distal é deslocado posteriormente; 
 
 
 
#QUANTO À ETIOLOGIA 
➔ TRAUMÁTICAS: agente vulnerante 
violento (alta energia); 
➔ PATOLÓGICAS: agente vulnerante 
fraco (baixa energia); favorecido por 
lesões ósseas preexistentes; 
➔ POR ESTRESSE OU ESFORÇO: série de 
fissuras microscópicas no osso, que 
se forma sem qualquer indício de 
lesão a outros tecidos. Resulta por 
exemplo, de atividades vigorosas 
repetidas, como correr, saltar, ou de 
processos patológicos que 
interrompem a calcificação óssea 
normal, como a osteoporose; são 
muito dolorosas; 
#QUANTO AO ESTADO DAS 
PARTES MOLES 
➔ EXPOSTA/ABERTA: o tecido fraturado 
tem contato com o meio externo; a 
pele é lesada; 
#TIPOS DE FRATURA EXPOSTA 
- Tipo I: ferida pequena (< 1cm), limpa, com 
mínima lesão de partes moles e lesão óssea 
simples. 
- Tipo II: ferida média (entre 1 a 10 cm), com 
baixo grau de contaminação, moderada lesão 
de partes moles e lesão óssea moderada. 
- Tipo III: 
A: ferida grande (> 10cm), contaminada, com 
lesão de partes moles grave, mas cobertura 
cutânea ainda possível e lesão óssea 
multifragmentar; Em caso de PAF (Projéteis 
de Arma de Fogo), o paciente é classificado 
automaticamente em IIIA. 
B: ferida grande (> 10cm), contaminada, com 
lesão de partes moles grave com perda de 
continuidade cutânea (reconstrução de partes 
moles, enxerto/retalho) e lesão óssea 
multifragmentar. 
C: ferida grande (> 10cm), contaminada, com 
lesão de partes moles grave associada a lesão 
vascular (requer reparo vascular) e lesão óssea 
multifragmentar. 
➔ FECHADA: a pele permanece intacta; 
#QUANTO AO AFASTAMENTO DOS 
FRAGMENTOS 
➔ SUPERIOSTAL: o periósteo fica 
ligeiramente levantado; 
➔ IMPACTADA: um dos fragmentos 
penetra dentro do outro; 
➔ INCOMPLETA: o osso não se rompe 
totalmente, sendo fratura parcial, 
sem desvio dos fragmentos (ex: galho 
verde); 
➔ COMPLETA: há separação total na 
linha de fratura, podendo ocorrer 
desvios em rotação, angular, 
lateralidade, cavalgamento e 
diástase; 
#QUANTO AO NÚMERO DE 
FRAGMENTOS 
➔ SIMPLES: 1 linha de fratura, dando 
como resultado 2 fragmentos; 
➔ DUPLA/SEGMENTAR: 2 linhas de 
fratura dando como resultado 3 
fragmentos; 
➔ COMINUTIVA: mais de 2 traços de 
fratura; 
*Fratura em cunha: apresentam, pelo 
menos, um terceiro fragmento ósseo, 
porém com o contato entre os dois 
principais; 
*Fraturas complexas: não há contato 
com os dois fragmentos principais; 
 
#QUANTO À DIREÇÃO DO TRAÇO 
DA FRATURA 
➔ TRANVERSA: a linha de fratura ocorre 
perpendicular ao comprimento do 
osso; 
➔ OBLÍQUA: a linha de fratura ocorre 
em diagonal ao comprimento do 
osso; 
➔ ESPIRAL: a linha de fratura ocorre em 
circular ao comprimento do osso; 
➔ MÚLTIPLA: representam associações 
desses diferentes tipos de fratura; 
 
#QUANTO AO ACOMETIMENTO 
ARTICULAR 
➔ INTRA-ARTICULAR: o traço da fratura 
atinge o território articular; nesse 
caso é necessário redução (correção 
do desvio da fratura) perfeita, pois a 
consolidação da fratura com degrau 
articular levará ao desgaste articular -
> artrose; 
➔ EXTRA-ARTICULAR: traço da fratura 
não acomete a articulação. 
 
#QUANTO À LOCALIZAÇÃO DA 
FRATURA 
- DIAFISÁRIA; EPIFISÁRIA; 
#QUANTO AO MECANISMO DE 
TRAUMA 
- DIRETA; INDIRETA. 
 
 
CONCEITO INICIAL 
- A fratura gera um processo de cicatrização 
chamado de consolidação, que é um processo 
único e natural, ocorrendo de forma 
espontânea em conjunto com as ferramentas 
pertencentes ao organismo para tal. 
- Sendo assim, a consolidação é a capacidade 
de regeneração dependente da reindução das 
cascatas osteogênicas do período 
embrionário; 
- Durante a consolidação há necessidade que 
ocorra uma nova osteogênese, como se 
tivéssemos retornado para o período de 
formação óssea; 
- A estabilização dos fragmentos ósseos 
fraturados ocorrede forma gradativa, através 
da reindução das cascatas osteogênicas, 
gerando uma dureza progressiva ao osso. 
*Resumo do processo: reparação da lesão; 
remodelamento ósseo; estabilidade para 
retornar a função anterior. 
FATORES QUE INFLUENCIAM NO 
PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO 
➔ Fator mecânico: para que o osso se 
consolide, há necessidade de 
estabilização do foco fraturário por 
imobilização ( o osso não consolidará 
caso haja uma movimentação 
excessiva); 
*A principal célula responsável pelo processo 
de consolidação é o Osteoblasto, que 
necessita de um espaço entre os fragmentos 
ósseos reduzido para que possa realizar a 
deposição óssea, o que explica a necessidade 
de estabilização. 
 
 
*Para a imobilização: tala gessada, aparelho 
gessado e imobilizadores internos e externos; 
há casos especiais, como fraturas instáveis, 
há necessidade de lançar mão da cirurgia 
para promoção da estabilização adequada. 
➔ Fator biológico: relacionado com o 
aporte sanguíneo e a chegada de 
substâncias essenciais na 
consolidação óssea, incluindo o 
aporte de oxigênio e nutrientes; 
necessita-se de manutenção da 
irrigação no foco da fratura. 
➔ Causa, tipo e local da fratura 
➔ Condições gerais de saúde do 
paciente 
➔ Idade do paciente 
INFLAMAÇÃO 
- O hematoma fraturário recruta plaquetas 
para reduzir o processo de sangramento. 
- As plaquetas liberam fatores de crescimento, 
gerando o recrutamento de células 
inflamatórias, como neutrófilos, linfócitos e 
monócitos, que participam da cascata 
imunológica da consolidação óssea. 
- Os macrófagos teciduais participam de uma 
maneira expressiva da consolidação, liberando 
citocinas inflamatórias e fatores de 
crescimento. 
- Esse processo culmina na diferenciação 
celular de células mesenquimais presentes no 
periósteo, gerando a diferenciação do Pré-
osteoblasto a Osteoblasto, responsáveis pela 
deposição óssea. 
 
 
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA PRIMÁRIA 
- Ocorre com o contato direto e íntimo entre 
os segmentos fraturados e é importante que 
não há nenhum grau de mobilidade. 
- Deve-se manter as partes do osso em posição 
fixa, por meio da estabilização e compressão 
do foco de fratura (fixação interna → pinos, 
parafusos, placas) 
- Os fragmentos fraturados não se 
movimentam em relação uns aos outros, 
usualmente pela utilização de imobilizações 
interfragmentárias cirúrgicas; não há formação 
de calo ósseo. 
- Ocorre o contato direto nas corticais dos 
fragmentos fraturados; esse contato direto 
possibilita a proliferação dos canais de Havers 
(Ósteons), formam-se túneis ósseos, contendo 
capilares, células mesenquimais e osteoblastos 
que se proliferam conjuntamente, entre ambos 
os fragmentos, através dos canais de Havers, 
possibilitando a consolidação óssea. 
- O osso novo cresce diretamente através das 
extremidades ósseas comprimidas, a fim de 
unir a fratura. 
- O processo de consolidação ocorre através do 
processo de remodelagem óssea → reabsorção 
osteoclástica do osso, seguida pela formação 
osteoblástica de osso novo. 
CONSOLIDAÇÃOÓSSEA 
SECUNDÁRIA 
- Há movimentação controlada no foco da 
fratura, utilizando-se processos de 
estabilização que permitam esse grau de 
mobilidade. 
- Há formação de calo ósseo. 
- Ocorre mineralização e substituição de uma 
matriz cartilaginosa por osso. 
- O calo que é formado une externamente os 
fragmentos, pois as partes internas são 
alinhadas por manipulação, sendo o calo 
imprescindível pra “colar” esses fragmentos 
“pelos lados”; esse calo aumenta a espessura 
do osso, dando maior estabilidade ao osso no 
local da fratura. 
#FASES 
*Não obrigatoriamente quando começa uma 
terminou outra, pois essas fases se sobrepõem, 
e os eventos que ocorrem principalmente em 
uma fase podem ter começado na fase 
anterior. 
1- HEMATOMA DE FRATURA + INFLAMAÇÃO 
-Ocorre no momento imediato após ao trauma 
que levou à fratura. Devemos lembrar que 
tanto o tecido ósseo quanto os tecidos moles 
que o envolvem são bastante vascularizados, o 
que implica na formação de sangramento local 
e acúmulo de células inflamatórias no foco da 
fratura. Sendo assim, essa fase cursa 
clinicamente com dor e edema no local da 
fratura. 
- Ocorre a proliferação de células inflamatórias, 
como ocorre em lesões de qualquer tecido do 
organismo humano. Nesse momento, há o 
início da angiogênese, de forma a promover 
uma melhor irrigação no foco da fratura. Além 
disso, células e substâncias que participam da 
reparação óssea iniciam seu papel no local, 
como fibroblastos, condroblastos, fatores de 
crescimento, interleucinas, prostaglandinas e 
células mesenquimais. 
2- FORMAÇÃO DO CALO ÓSSEO 
2.1- CALO FIBROCARTILAGÍNEO 
- Fibroblastos provenientes do 
periósteo invadem o local da fratura e 
produzem fibras colágenas. 
- Calo provisório, chamado de calo 
mole; uma massa de tecido de 
reparação consistindo em fibras 
colágenas e 
- Células provenientes do periósteo se 
desenvolvem em condroblastos e 
ajudam a produzir fibrocartilagem 
nessa região. 
- Ocorre usualmente 2/3 semanas após 
a fratura. 
 
 
2.2- CALO ÓSSEO/DURO 
- Ocorre uma substituição gradual do 
calo mole pelo calo duro, o osso em si; 
na radiografia, nesse momento, pode-
se observar uma matriz óssea 
calcificada, com estruturação óssea já 
expressiva. 
- Em áreas mais próximas do tecido 
ósseo saudável e bem vascularizado, 
as células osteogênicas se 
desenvolvem em osteoblastos, que 
começam a produzir trabéculas de 
tecido ósseo esponjoso, que se unem 
às partes mortas e vivas dos 
fragmentos do osso original 
- Com o tempo, a fibrocartilagem é 
convertida em osso esponjoso e o 
calo é, em seguida, referido como 
calo ósseo, que dura em torno de 3 a 
4 meses. 
- Osteoblastos de dentro do calo 
sintetizam colágeno e matriz, 
portanto, nesse anel ou colar 
conjuntivo, bem como no conjuntivo 
que se localiza entre as extremidades 
ósseas fraturadas, surge tecido ósseo 
imaturo, tanto pela ossificação 
endocondral de pequenos pedaços de 
cartilagem que se formam, como 
também por ossificação 
intramembranosa. 
 
3- REMODELAGEM ÓSSEA DO CALO 
- Essa fase é mais prolongada, durante até 2 
anos após a fratura; o excesso de tecido ósseo 
será absorvido, remodelando-o. 
- As partes mortas dos fragmentos originais do 
osso rompido são gradualmente reabsorvidas 
pelos osteoclastos. 
- O osso compacto substitui o osso esponjoso 
em torno da periferia da fratura. 
- Algumas vezes, o reparo é tão completo que 
a linha de fratura pode se tornar imperceptível 
em uma radiografia. Contudo, uma área 
espessa na superfície do osso permanece 
como evidencia de uma fratura cicatrizada. 
- A cicatrização óssea pode durar meses. O 
cálcio e o fósforo necessários para fortalecer e 
endurecer o novo osso são depositados 
gradualmente, e os osteócitos em geral 
crescem e se reproduzem lentamente. 
- A interrupção temporária na irrigação 
sanguínea também ajuda a explicar demora da 
cicatrização de ossos gravemente fraturados. 
- Além das excelentes propriedades mecânicas, 
o osso revela um potencial único para 
reparação. O tecido ósseo é capaz de reparar 
fraturas ou defeitos locais por meio do 
processo de regeneração, com a formação de 
novo tecido com a mesma organização 
estrutural do tecido anterior, sem a formação 
de cicatriz. 
- Após uma lesão óssea, uma sequência de 
eventos dinâmicos ocorre com o objetivo de 
restaurar a forma e a função do osso. O 
processo é ATIVADO pela liberação de fatores 
de crescimento e citocinas no local. 
- A VELOCIDADE desse processo depende de 
alguns fatores locais e sistêmicos, entre eles 
tipo de tecido ósseo a ser reparado (cortical ou 
esponjoso), presença de infecção, 
hemorragias, imobilização local, idade e 
alterações nutricionais. 
- Em LOCAIS COM EXCESSIVA MOBILIDADE, 
pode ocorrer o desenvolvimento de 
cartilagem, tecido que possui menos 
exigências metabólicas do que o osso. 
- Quando o tecido é imobilizado, o reparo 
ocorre por meio de formação óssea primária. 
-Durante esse processo dinâmico, as células 
ósseas não atuam isoladamente. Elas são 
reguladas por interações sistêmicas, realizadas 
pelo sistema endócrino, por meio da liberação 
de diversos hormônios: PTH, calcitonina, 
insulina, GH, hormônios esteroides e da 
tireoide. 
- Localmente, certos fatores de crescimento 
foram identificados, como PDGF, IL-1, FGF, 
TGF-α e β, fator de crescimento epidérmico 
(EGF). 
*PDGF induzem fibroblastos e fibras 
musculares a se proliferarem. Também são 
quimiotáticos para leucócitos e fibroblastos. 
*IL-1 estimula os fibroblastos a se 
proliferarem e a produzirem colágeno e 
controla o crescimento das células endoteliais. 
*FGF estimulam o endotélio 
vascular, os fibroblastos e as fibras 
musculares lisas e induzem a formação de 
novos vasos. 
TGF-α influencia o TGF-β quanto ao 
índice de proliferação de muitas células. 
*EGF é mitogênico para células 
mesenquimais (osteoblastos) e epiteliais. 
DOR ÓSSEA 
 - A dor óssea é no periósteo. 
- Quando temos uma lesão óssea, temos uma 
inflamação. Macrófagos e neutrófilos vão 
liberar histamina que vai estimular os 
nociceptores, estes liberam prostaglandina e 
leucotrieno, os mediadores hiperalgésicos. 
-Estes mediadores não deixam a inflamação 
cessar, então estimulam ainda mais o processo 
inflamatório. 
- Os macrófagos vão deixar os canais de sódio 
dependente de voltagem com menor 
potencial de ação, ou seja, vai ficar mais fácil 
de atingir o limiar para a despolarização. 
- A passagem da via da dor vai ficar constante, 
a via trato corticoespinhal. 
REABILITAÇÃO E FISIOTERAPIA 
Depois de uma cirurgia de fraturas graves, ela 
vai atuar no controle do edema e das dores, 
com manobras de drenagem linfática e 
equipamentos de analgesia. 
- Por conta da cirurgia e da fixação dos ossos, 
alguns movimentos poderão ser realizados 
pelo fisioterapeuta, como maneira de melhorar 
a circulação do sangue na região operada, 
facilitando a cicatrização, preservando os 
movimentos e dando maior conforto ao 
paciente. 
- Já nos casos mais simples, onde é liberado o 
uso do gesso ou da órtese, a fisioterapia tem 
como objetivo recuperar todas as funções da 
região afetada. 
- Muitas pessoas não fazem a fisioterapia e 
nem por isso sentem falta dela. Isto acontece 
pois em muitos casos a pessoa vai fazendo os 
movimentos do cotidiano aos poucos, até 
recuperar todo o controle normalmente. São 
casos onde a fisioterapia apenas iria acelerar a 
recuperação. 
- Mas isto não quer dizer que todo caso será 
assim. Na maioria, sobram algumas aderências 
que ficam limitando um pouco alguns 
movimentos, ou a pessoa não consegue 
recuperar toda a força ou fica com um pouco 
de dor em determinados movimentos. 
- Estes pequenos bloqueios muitas vezes são 
ignorados, mas com o tempo geram 
compensações no corpo que podem trazer 
problemas somente após vários anos depois 
da fratura-> Ex: dor na coluna depois de váriosanos, por mais que a perna esteja 100%. 
OSTEOCLASTOGÊNESE 
- Recrutamento de células precurssoras de 
osteoclasto para o osso; 
- O Paratôrmonio incide osteoblastos sobre 
receptores e fazem sinalização para liberar M-
CSF (fator estimulante de colônia), além de TNF 
alfa e IL-1. 
- Os osteoblastos que estão na medula óssea 
vão secretar citocinas para diferenciar 
osteoclastos, como o M-CSF (fator estimulante 
de colônia), TNF etc. 
- As células precursoras de osteoclasto 
expressam dois fatores de transcrição 
importantes: c-fos e o NFkB. 
- Essa célula precursora vai expressar em sua 
superfície o receptor ativador do fator nuclear 
Kb (RANK) em sua superfície. 
- Esse receptor RANK interage com a molécula 
ligante do RANK (RANKL) produzida e expressa 
na superfície do osteoblasto (célula do 
estroma). 
- O mecanismo RANK-RANKL serve para 
diferenciação e maturação dos osteoclastos. 
*Essa via pode ser bloqueada pela 
osteoprotegerina (OPG), a qual serve co-
receptor para RANKL, agindo como potente 
inibidor de formação de osteoclastos. 
- OPG é produzida pelas osteoblastos e 
regulada por muitos reguladores metabólicos 
ósseos como IL-1, TNF, TGF-β, vitamina D, 
prostraglandina E2. 
#REGIÕES DO OSTEOCLASTOS 
- Borda franzida: É a parte da célula que entra 
em contato direto com o osso. Pregas da 
membrana plasmática formam estruturas 
semelhantes a microvilosidades e são 
responsáveis por aumentar a área de superfície 
para a exocitose de enzimas hidrolíticas, 
secreção de prótons pela bomba de ATP e 
endocitose dos produtos de degradação e 
resíduos ósseos. Tem muitos lisossomos, 
mitocôndrias, RER, múltiplas pilhas de 
aparelho de Golgi e muitas vesículas. 
- Zona Clara (zona de vedação):. É onde 
ocorrem a reabsorção e degradação da matriz. 
Contém filamentos de actina abundantes, 
porém é essencialmente desprovida de outras 
organelas. Filamentos de actina estão 
dispostos de forma anelar circundada em 
ambos os lados pelas proteínas de ligação de 
actina, como a vinculina e a talina. A membrana 
plasmática no local da zona clara contém as 
moléculas de adesão entre a célula e a matriz 
extracelular que proporcionam uma adesão 
firme entre a MP e a matriz mineralizada do 
osso. Receptores extracelulares de integrina 
ajudam a manter a vedação. 
- Região Basolateral: 
 Onde ocorre a exocitose do material 
digerido.As Vesículas de transporte contendo 
material ósseo degradado fundem-se com a 
membrana celular para liberar seu conteúdo. 
Onde ocorre a exocitose do material digerido. 
 
- Os osteoclastos reabsorvem o tecido ósseo 
pela liberação de prótons e de hidrolases 
lisossômicas nas fendas entre os 
prolongamentos citoplasmáticos da borda 
franzida. 
- Essas enzimas liberadas, como a catepsina K e 
as metaloproteinases da matriz, degradam o 
colágeno (matriz orgânica) e outras proteínas 
da matriz óssea. 
- Antes da digestão, ocorre a descalcificação 
óssea através da acidificação da superfície 
óssea, o que inicia a dissolução da matriz 
mineral. 
- O osteoclasto contém no seu citoplasma 
Anidrase carbônica II, ela produz o ácido 
carbônico (H2CO3) a partir do CO2 e água. 
- O ácido carbônico (H2CO3) se dissocia em 
bicarbonato (HCO3) e um próton (H+). 
- As bombas de próton que depende de ATP, os 
prótons são transportados através da borda 
franzida, produzindo um pH baixo no espaço 
extracelular entre o osso e o osteoclasto. 
- Os canais de cloreto acoplados as bombas de 
prótons facilitam a eletroneutralidade da 
membrana da borda franzida. 
- O bicarbonato em excesso é removido por 
troca passiva com íons de cloreto através das 
proteínas permutadoras de cloreto-carbonato 
na membrana basolateral. 
- O ambiente ácido inicia a degradação de 
hidroxiapatita em íons cálcio, fosfato 
inorgânicos solúveis em água. 
- Após a reabsorção do tecido ósseo, os 
osteoclastos sofrem apoptose. 
* Obs: Durante a inflamação, linfócitos T 
ativados podem produzir moléculas RANKL 
limitadas por membrana ou solúveis. 
Consequentemente, processos inflamatórios 
podem estimular a reabsorção óssea 
estimulada por osteoclasto. 
ESTABILIDADE NO TRATAMENTO 
DAS FRATURAS 
#ESTABILIDADE RELATIVA: Gera uma 
movimentação controlada no foco da fratura, o 
que promove uma consolidação do tipo 
secundário, como já foi explicitado; existe uma 
movimentação interfragmentária adequada e 
controlada para a formação do calo ósseo. 
Podem ser utilizadas sínteses flexíveis (como 
placa e parafuso). 
*Geralmente, utiliza-se a estabilidade relativa 
em fraturas diafisárias, onde há necessidade de 
formação do calo ósseo. Porém, isso não é uma 
regra! 
#ESTABILIDADE ABSOLUTA: Alguns métodos 
que podem ser utilizados de forma cirúrgica 
para promover a estabilidade absoluta são: 
certos tipos de placa e parafusos, parafusos 
interfragmentários; nesse caso, não existe no 
foco fraturário a formação de hematoma ou 
calo ósseo, ocorrendo uma restauração óssea 
anatômica com a junção dos fragmentos 
fraturários, após redução dos mesmos. 
A estabilidade absoluta implica que não há 
movimentação no foco de fratura. Ou seja, o 
paciente será submetido nessa caso a uma 
consolidação primária! 
As superfícies do foco de fratura não se 
deslocam mesmo sob aplicação de carga. 
Inclusive, deve-se estimular a mobilização 
precoce nesses casos, com a utilização de carga 
de forma mais rápida que na estabilidade 
relativa. 
Via de regra, utiliza-se a estabilidade absoluta 
em fraturas intra-articulares, para evitar a 
movimentação e favorecer a consolidação. 
TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO 
#Contenção Externa: Utilização do aparelho 
gessado, em 
torno de todo o membro onde houve 
a fratura ou com uma tala gessada, 
apenas em uma face do local onde 
houve a fratura. 
 
#Fixação Cirúrgica Interna: Categoria 
usualmente mais conhecida 
no âmbito das cirurgias ortopédicas, pautada 
pelo uso de placas e para- 
fusos que realizam a fixação óssea. 
 
 
 
 
OSTEOMIELITE 
Existe um risco associado às fraturas 
de ocorrência de infecções, 
principalmente as fraturas expostas, 
as quais possuem um contato do 
foco fraturário com o meio externo, 
possibilitando o contato com 
bactérias que, inoculadas no osso, 
podem gerar uma Osteomielite. 
É uma complicação muito séria e de 
difícil tratamento, já que na grande 
maioria das vezes há uma 
cronificação e necessidade de 
antibioticoterapia estendida. 
- Infecção do osso, que pode ser 
classificada de acordo com o 
mecanismo de infecção 
(hematogênico ou não 
hematogênico) ou de acordo com a 
duração da patologia (aguda ou 
crônica). 
 
 
CONCEITOS INICIAIS 
- DEAMBULAÇÃO: método de locomoção que 
envolve o uso dos membros inferiores, de 
forma alternada, em apoio e propulsão, com 
pelo menos um pé em contato com o solo 
durante o tempo todo. 
- MARCHA: padrão de locomoção que 
diferencia dois indivíduos. 
- A consideração da normalidade do processo 
de locomoção deve ser feita com certa 
tolerância, uma vez que varia em função de 
sexo, idade, peso corporal, altura. 
-Também deve ser observado que podem 
ocorrer variações ou adaptações do indivíduo a 
determinadas condições. 
- A marcha é afetada por mecanismos 
corporais, como o balanço do tronco, o 
balanço dos braços e o movimento da cabeça, 
além de ser dependente de vários reflexos – 
postural, labiríntico e de endireitamento. 
• PASSO: distância entre os pontos em que os 
pés tocam o solo. 
• PASSADA: distância entre os pontos em que 
um mesmo pé tocou o solo em dois apoios 
sucessivos. 
• CADÊNCIA: é o número de passos por 
minuto. 
• TEMPO DO CICLO: tempo em segundos 
decorrido entre dois apoios sucessivos do 
mesmo membro. 
• CADÊNCIA : número de passos ocorridos em 
determinado período de tempo. 
 
 
 
CICLO DA MARCHA 
- Intervalo de tempo entre duas ocorrências 
sucessivas do mesmo evento. Em geral 
considera-se como início do ciclo o momentoem que o pé toca o solo, denominado contato 
inicial. 
- Possui duas fases: 
→ FASE DE APOIO ou de estação: durante a 
qual o pé está em contato com o solo, e o 
tronco faz a ultrapassagem do membro 
apoiado. 
 →FASE DE BALANÇO ou de oscilação: quando 
ocorre o avanço do membro. 
 
PERÍODOS DA MARCHA 
- Tanto a fase de apoio como a de balanço 
podem ser subdivididas em períodos, 
demarcados por sucessivos eventos. 
Durante o ciclo da marcha, 3 atividades devem 
ocorrer: 
1. Aceitação do peso 
Ocorre no inicio da fase de apoio, quando o pé 
toca o solo e o peso do corpo começa a ser 
transferido para esse membro inferior; 
2. Apoio em um membro inferior 
Quando o peso do corpo é totalmente 
transferido para o membro inferior de apoio, 
permitindo que o outro membro posso se 
deslocar para frente; 
3. Avanço do membro inferior 
Ocorre durante a fase de balanço, quando o 
membro inferior se desloca para frente. 
FASE DE APOIO 60% 
• PERÍODO DE DUPLO APOIO 
INICIAL (10%) 
- Começa com os dois pés no solo e o pé 
analisado (direito) está na frente realizando o 
contato inicial; 
- Ocorre a transferência do peso do corpo de 
um membro (perna esquerda) para outro 
(direita); 
- Termina com o desprendimento do pé oposto 
(esquerdo); 
- Podende ser denominado, também, como 
período de primeiro duplo apoio ou 
transferência de carga. 
• PERÍODO DE MÉDIO BALANÇO 
- Sucede o balanço inicial e termina no 
momento em que o eixo da perna ocupa a 
posição vertical em relação ao solo. 
• PERÍODO DE BALANÇO TERMINAL 
- Observado nos últimos 20% do ciclo, quando 
ocorre a desaceleração do membro inferior, 
que se prepara para tocar o solo, iniciando um 
novo ciclo. 
- Também pode ser denominado período de 
desaceleração. 
MODIFICADORES DA MARCHA 
GRAVIDADE 
Na posição anatômica, o centro de gravidade 
de um adulto normal está na intersecção do 
plano frontal e do plano sagital, a 55% de sua 
altura, a partir do solo. Esse ponto está 5cm 
adiante da 2ª vértebra sacral, dentro da pelve 
verdadeira. 
- Na marcha normal, o caminho seguido pelo 
centro de gravidade do corpo é uma curva 
uniforme e regular que se move para cima e 
para baixo no plano vertical, oscilando cerca 
de 4,5cm entre a altura máxima e a mínima. O 
ponto mais baixo ocorre no momento do 
choque do calcanhar, e o mais alto, na fase de 
acomodação intermediaria. 
- O crescimento do tronco em relação ao dos 
membros inferiores se dá de maneira 
desproporcional, devido a isso, quanto mais 
jovem a criança, mais alto está situado seu 
centro de gravidade e menor sua estabilidade. 
CONTRA-AÇÃO DO SOLO 
- A fricção entre o solo e o pé afeta a marcha 
modificando a aceleração e a desaceleração; 
- Se a superfície for escorregadia e a marcha, 
insegura, o número de passos por minuto 
(cadencia) diminui para preservação do 
equilíbrio e maior conservação de energia. 
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA 
- Individuo tende a funcionar de maneira que 
lhe seja permitida a máxima conservação de 
energia. 
- A marcha mantém o centro de gravidade em 
uma trajetória suave e de baixa amplitude 
para que o corpo conserve mais energia. 
- A largura da base não deve exceder de 5 a 10 
cm de um calcanhar a outro. Se o paciente 
deambular ampliando a base, deve-se 
suspeitar de cerebelopatias ou diminuição da 
sensibilidade plantar. 
- Em média, adultos deambulam em um ritmo 
de 90-120 passos por minuto, sendo o gasto de 
energia de cerca de 100 calorias por 1,5 
quilometro. 
- Qualquer alteração da uniformidade de 
coordenação da marcha aumenta o consumo 
de energia. 
- O comprimento do passo é cerca de 40 cm e 
também pode diminuir na presença de dor, 
fadiga ou velhice. Também para maior 
conservação de energia.

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