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– − É um método reconhecido mundial- mente; − Não é feito só por diagonais; − Filosofia de tratamento: Todo ser humano tem um potencial ainda não explorado. Princípios e procedimentos básicos. − Promover movimento funcional (movimentos do dia-a-dia, das AVDs – movimento que nos permite executar tarefas) por meio da facilitação, fortalecimento (resistência manual ou mecânica) e relaxamento de grupos musculares. − Não é fazer o movimento para o paciente, mas sim auxiliar, assistir, ensinar o movimento. − Abordagem positiva:Utiliza o que o paciente pode fazer; utilizar músculos fortes para facilitar músculos fracos (irradiação); ambiente facilitador. Valorizar o que o pcte tem. − Irradiação: Através de mm fortes fortalece mm fracos. − É importante perguntar o que o pcte consegue fazer, se ele anda, consegue ficar em pé, etc. − Facilitar o paciente a alcançar seu mais alto nível funcional. Movimento ativo. − Abordagem global e nunca segmento corporal. Olhar biopsicossocial. − Trabalhar grupos musculares, não músculo isolado. Trabalhar em espiral do movimento (movimentos em rotação, realizamos o tempo todo) − Tarefa: Uma atividade funcional PNF: Facilitação, fortalecimento e relaxamento Conceitos: − Facilitação: tornar fácil algo que o paciente precise melhorar. − Neuromuscular: envolve nervos e músculos. Aparelho locomotor. − Proprioceptiva: diz respeito a qualquer receptor sensorial que envia informações relativas ao movimento e ao posicionamento do corpo. Consciência corpo-espaço e consciência do movimento. Artroestesia e cinestesia. Indicações: − Declínio funcional: limitações em nível da atividade; fatores estressores externos. Estruturas e funções corporais. − Evitar desfechos desfavoráveis: risco de quedas, incapacidades físicas e hospitalizações. − Melhorar o nível de participação do paciente a partir de exercícios terapêuticos baseados em tarefas funcionais. − “O sistema nervoso é contínuo na sua extensão – não existem partes isoladas”. − Podemos utilizar em todas as áreas. Princípios Básicos: − Toda vez devemos utilizar estes princípios; − Estimulação tátil (contato manual): Aumenta a força e guia o movimento com toque e pressão. Handson/off. − Estimulação auditiva (comando verbal): Utiliza palavras e tom de voz apropriados para direcionar o paciente. Os comados precisam ser claros e resumidos. Qualidade de fala. − Estimulação visual (visão): Guia o movimento e aumenta o empenho. O paciente precisa ver para onde está indo e entender o que é esperado dele. Os olhos e a cabeça precisam (estimular o pcte) acompanhar o movimento. Também reabilita sistema vestibular (orientação da cabeça em relação ao corpo e espaço). − Resistência: Auxilia na contração muscular e no controle motor, aumenta a força muscular e incrementa a aprendizagem motora. Manual evoluindo para mecânica. − Tração: É o alongamento de um segmento corpóreo. A tração facilita o movimento. − Aproximação: É a compressão das superfícies articulares. A aproximação facilita a estabilização. − Tração e aproximação são princípios nem sempre utilizados, mais usados para casos específicos. Quando usa uma, não se usa a outra. − Estímulo de estiramento: O alongamento muscular e o reflexo de estiramento facilitam a contração e diminuem a fadiga muscular. O terapeuta deve colocar o músculo na posição mais alongada possível e adicionar um pequeno reflexo de estiramento para estimular a contração muscular. Recrutamento maior de unidades motoras. Não há necessidade em todos os exercícios. Muito usada para art flácidas, hipotônicas, grupos musculares fracos. Estima a otg de toda a art. Devemos alongar (estirar a musculatura que quer ativar) − Musculatura espástica precisa ser fortalecida, pois não é forte, mas sim hipertônico. ✓ Tração, aproximação e estimulo de estiramento não é necessário em todo exercício terapêutico, vai de acordo com a conduta. Procedimentos básicos: − Padrões de movimento: Movimentos sinérgicos em massa e três componentes de movimento que ocorrem ao mesmo tempo (flexão ou extensão, abdução ou adução e rotação interna ou externa). Quando o padrão é utilizado, a resposta muscular é mais fácil, mais coordenada e mais poderosa. Simulam AVD, AIVD, esportes. Plano sagital, horizontal e frontal. • MS, MI, cabeça e pescoço, tronco superior e inferior, cintura escapular e pélvica. • Padrões são ferramentas impo rtantes, porém dispensáveis. PNF não são apenas DIAGONAIS! • Esses padrões não são necessários em todos exercícios terapêuticos. • Padrões geralmente rodam, movimentos em espirais. • Não precisa ser necessariamente completa. − Irradiação: Quando a resposta muscular é espalhada para outras partes do corpo de forma automática. A força irradia (transportada) de um músculo mais forte para um mais fraco. Ocorre de maneira cruzada em diagonal, ex: hemicorpo superior paretico E, força vai para hemicorpo inferior D. Deve acontecer sempre. − Serve para fortalecer o lado mais fraco a partir do lado mais forte e para manter lado mais forte mais ativo e funcional. − Reforço: Somação de estímulos. Reforço com estímulo visual, auditivo, tátil. Só é reforço quando se usa as 3, obrigatoriamente. − Sincronização de movimentos: É a sequência dos movimentos que ocorre de distal para proximal. Aumenta força da contração muscular. Ex: ritmo escapulo-umeral; fases do sentado para em pé. Ex: Ao fazer exercício para mão, devemos utilizar cotovelo e ombro. Respeitar o segmento corporal, não apenas um músculo isolado, afinal, trabalhamos em sincronia de movimentos. − Não precisa ser numa diagonal, pode ser em marcha, etc. Até aqui, todos acima se referem ao corpo do pcte. − Mecânica corporal: Guiam e controlam o movimento. O corpo do terapeuta precisa estar paralelo ou alinhado com a direção do movimento desejado. A resistência é fornecida pelo corpo do terapeuta. É uma dança, fazemos os movimentos em conjunto ao pcte. Técnicas especificas: Agonistas: − Combinação de isotônicas: Força muscular, controle motor intramuscular. Contrações concêntricas (“me vence”), isométricas (“mantem, fica na posição”) e excêntricas (“deixa eu te vencer, mas não relaxa”). − Iniciação rítmica: Melhorar início do movimento, ritmo ao movimento. Passivo, ativo assistido, ativo resistido, termina ativo livre com hands off. − Réplica: Consciência do segmento em determinada posição, aprendizagem motora. Posiciona o segmento em uma posição, mantem em isometria, relaxa e volta para posição inicial. Paciente deve retornar à posição desejada com resistência isotônica concêntrica, mantem em isometria e retorna passivamente. Na terceira, paciente faz ativo livre até a posição desejada. Termina com hands off. − Reflexo de estiramento repetido no início da amplitude: recrutar maior número de unidades motoras − Reflexo de estiramento repetido através da amplitude: durante o padrão de movimento para recrutar maior número de unidades motoras Antagonistas: − Reversão dinâmica: mobilidade ativa e coordenação motora (contrações dinâmicas). Resistência de agonista e depois de antagonista, sem intervalo de relaxamento. − Reversão de estabilizações: melhora da estabilidade e equilíbrio (contrações estáticas). Dois grupos musculares diferentes. Resistência e paciente mantem na posição, contrações isométricas. “Mantem”. − Estabilização rítmica: melhora da estabilidade e equilíbrio (contrações estáticas). Mantem contato global segurando o paciente como um todo e pedir para paciente manter na posição, permanecendo da melhor formarecrutando músculos estabilizadores. Comando estático. Estiramento/relaxamento: − Ganho de ADM a curto prazo − Contrair-relaxar: não pode ser utilizado em pacientes com dor. Leva-se o segmento até uma determinada amplitude, solicita-se a contração isométrica ou isotônica concêntrica, resistência do terapeuta para manutenção da posição (3”), relaxa, depois faz movimento na direção oposta (pode ser resistido, ativo-assistido ou passivo). − Manter-relaxar: paciente pode ter dor ou quando paciente é mais forte que terapeuta. Não há deslocamento do segmento, apenas isometria. Do trabalho, as técnicas que não caíram não caem na prova. Trabalho: Agonistas: Combinação de Isotônicas no membro superior − Estimulo tátil, auditiva e visual; − Resistencia (teve concêntrica, excêntrica e isométrica) − Melhora força, coordenação, controle motor, − Padrão de movimento (não precisa da diagonal inteira/completa, as vezes o pcte só precisa trabalhar a diagonal toda) − Irradiação (toda vez que trabalhamos resistência tem irradiação) ocorreu no MI Esquerdo − Ex: Hemiparesia a esquerda com predomínio crural (MMII mais fraco que MMSS), portanto pela irradiação, devemos trabalhar MMSS D. − Se predomínio é braquial esquerdo fazemos para inferior D. − Reforço − Sincronização de movimento (existia harmonia de ombro e cotovelo) − Mecânica corporal Iniciação Rítmica: − O “relaxa” é para o m antagonista, pois não se quer trabalhar ele agora − Objetivo é melhorar ritmo do movimento e melhorar movimento em pctes que perderam o mov. − Estimulo tátil e auditiva, visual não − Resistencia de agonista (grupos alvos) − Padrão de movimentos − Irradiação para pelve E − Escapula irradia para pelve e vice-versa − Não houve reforço − Sincronização de movimento − Mecânica corporal Antagonistas: Reversão Dinâmica: − Estimulo tátil e auditivo − Resistencia mantida (ida e volta) − Padrões de movimento (diagonal de tronco superior) − Irradiação para tronco inferior contralateral − Sincronização de movimento − Mecânica corporal Reversão de estabilizações: − Não tem sincronização de movimento, pois é estática − Mecânica corporal − Irradiação − Não teve padrão, pois é estático − Resistencia − Estimulo tátil e auditivo Estiramento/relaxamento: Manter-relaxar: − Estimulo tátil, auditivo e visual − Resistencia − Padrão de movimento − Irradiação para MI − Reforço − Sincronização de movimento − Mecânica corporal – – Acidente Vascular Cerebral − AVE: Acidente vascular encefálico, os dois estão certos mais o atualizado e padronizado é AVC. Iniciando o raciocínio clinico... − Devemos pensar na individualidade não somente na doença. − AVC é o envolvimento de dois sistemas: SN e circulatório. Por isso devemos respeitar o pcte hipertenso, pois está mais suscetível a ter outros. − Déficit neurológico súbito (é vascular, de uma hora pra outra): Perda não traumática (ex: teve um AVC e depois caiu, não ao contrário) – oclusão ou ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. • Oclusão: Isquemia. Ocorre por dois caminhos: Placa de ateroma (camadas de tecido adiposo, restos celulares e plaquetas que se depositam – não se desloca - no endotélio do vaso – fluxo fica turbulento e aumenta a pressão) ou trombo (formação de um novelo de plaquetas ou própria placa de ateroma que se desloca – embolo). A frente da área ocluída fica sem irrigação – infarto (morte tecidual), dependendo da extensão, é muito incapacitante • Ruptura: Sangramento – Hemorragia. Há dois caminhos: Aneurisma (há um abaulamento do vaso seguido de uma ruptura, mas tem aneurismas que não rompem – quando rompe é AVC hemorrágico) ou MAV (Mal formação arteriovenosa – emaranhado de artéria e veia) − Etiologia: aterosclerótica ou trombo- embólica (AVC isquêmico); aneurismas e malformações arteriovenosas (AVC hemorrágico). − Incapacidade é variável: Varia de acordo com local e extensão da lesão; estilo de vida pré-AVC; suporte familiar e social pós-AVC. Fatores de risco: • Quanto maior a idade, maior o risco; homens e população negra são mais suscetíveis – Não modificáveis • HAS, fator de risco mais comum, DM, doenças cardíacas, colesterol alto, sedentarismo, uso de drogas, obesidade, anticoncepcionais, etilismo, hipercolesterolomia, tabagismo – Modificáveis − Até a 4ª década, temos poucos vasos sanguíneos colaterais (compensam os vasos principais), por isso AVC em pessoas mais novas 40-50 anos sofrem mais sequelas − Sua produção é mais frequente a partir dos 40 anos − AVC Hemorrágico é muito mais grave, pois o sangue é altamente toxico e irritante no SN. O encéfalo fica encharcado e “frita”, pegando uma área muito maior. AVC Isquêmico: − Nas primeiras 24h de AVC ocorre a Penumbra Isquêmica: − Área ao redor do vaso (núcleo da isquemia) ocorre uma área de lesão irreversível − Ao redor da área de lesão irreversível forma-se a área de penumbra isquêmica, ou seja, área de lesão recuperável (tem em torno de 25-50% de FSC a menos – fluxo sanguíneo cerebral) – área de baixo fluxo sanguíneo, mas ainda tem alta taxa de O2. − Caso não tenha o devido suporte, essa área de penumbra não se recupera e torna lesão irreversível. − Essa área é presente em todo AVC isquêmico. − Não é indicada mobilização precoce nas primeiras 24h. Devemos fazer posicionamento no leito (para evitar padrões) e suporte ventilatório. − Do pouco fluxo sanguíneo da área da lesão, passa-se a extrair mais O2 para se manter vivo, o exercício iria extrair mais O2 e necessitar de mais aporte sanguíneo, podendo favorecer necrose, área de penumbra perde a possibilidade de recuperação. − Primeiro momento tem a área de penumbra - duração cerca de 24h (as primeiras 24h) − Frente à agressão no SN, após as 24h, o tecido nervoso inicia um processo de edema, ocorrendo de 2 maneiras (intra e extracelular): Edema: − Dentro da célula nervosa: Aumento de volume dos neurônios - edema citotóxico, ocorre por conta de um desbalanceamento de eletrólitos, havendo um aumento da entrada de cálcio no neurônio, isso ocorre por causa do neurotransmissor glutamato (quimiotaxia) que irá para região de inflamação/isquemia, onde acelera e estimula a entrada de cálcio dentro da célula - ocorre uma apoptose (morte do neurônio). O edema ocorre porque tem muito cálcio entrando de uma vez. − Edema citotóxico é pior pois literalmente mata o neurônio Em resumo, o edema citotóxico: ➢ Aumento de volume do neurônio = Entrou muito cálcio = Cálcio entrou devido à afinidade do glutamato = Glutamato é o neurotransmissor atraído para área de isquemia = Quando chega na célula, glutamato coloca muito cálcio = Muito cálcio na célula = Morte celular por apoptose. − Fora da célula nervosa: Aumento de volume entre os neurônios = Edema Vasogênico, ou seja, extracelular. Tem menor gravidade. Derivação: − Instrumento colocado dentro da cabeça que afere a pressão intracraniana (PIC) - Pcte tá na UTI. − Aumento do volume da cabeça significa aumento da pressão. Isso é péssimo, uma vez que a calota craniana é fechada. − PIC normal: 15-20 cm H20. − Momento de edema: PIC acima de 20 cmH20 − Pico do Edema: 3 a 4 dias depois tende a reduzir. − Não se faz fisio motora com hipertensão craniana (período de edema), fazemos fisio respiratória, suporte ventilatório e posicionamento do leito. Ataque Isquêmico Transitório (AIT) − Não é um AVC − Trata-se do aparecimento de todos sinais e sintomas clássicos de avc isquêmico, porém ele cessa em menos de 24h − Déficit neurológico focal irreversível, transitório com duração máximade 24h − Ou seja, para ser AVC os sinais e sintomas devem durar mais de 24h, durando menos é AIT - É um “aviso.” − Pacientes com AIT tem risco de 15% de um AVC subsequente em 90 dias. − O ataque é sempre por oclusão - isquemia, nunca por hemorragia. AVC Hemorrágico: − Menos recorrente que isquêmico, porém mais grave, com maiores chances de óbito e sequelas irreversíveis e incapacitantes (são maiores), uma vez que o sangue é extremamente toxico ao tecido nervoso e é difícil interromper o derramamento. − Só é AVCH é quando há derramamento de sangue, um aneurisma sem romper não é AVCH. − A única forma de drenagem é em centro cirúrgico. Há dois tipos de AVCh: − Hemorragia intracerebral (HI): Ocorre no parênquima cerebral. Essa é mais grave. − Hemorragia subaracnóidea (HSA): Ocorre no espaço aracnoide (entre a primeira e terceira camada) Aprenda os Sinais e Sintomas: ✓ Assimetria de face (boca torta) - Hemiplegia (sem movimento de um lado, redução/flacidez do tônus). Nem todos AVC causa assimetria de fase, por isso é necessário continuar as interpretações. Dependendo da artéria cerebral não há acometimento da face, pois não a irriga. − ACM é que mais acomete e ela irriga a face, por isso entrou no panfleto. ✓ Perda/ diminuição da força muscular de um hemilado (um MS e MS): Geralmente lado contralateral, lembrar da decussação das pirâmides. Se pede para pcte levantar um braço ou ficar em pé ✓ Disartria ou afasia: Dificuldade em falar palavras (a palavra não sai inteira) e afasia onde não fala. Em primeiro momento, apresenta disartria podendo evoluir para afasia. Chame o SAMU: S: Sorria A: Abrace M: Musica U: Urgente, chame o samu Além disso: − Cegueira transitória de um olho - Amaurose fugaz. É um dos sintomas que pode voltar, exceto quando acomete cerebral posterior. − Cegueira monocular transitória (amaurose fugaz) – isquemia no território da artéria central da retina (ramo da a. oftálmica). − Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de "sombra" sobre a linha da visão. − Muito difícil pcte com mais de uma semana ainda ter. Perda de visão é muito difícil. − Como um lado não funciona, quando se contrai, toda a musculatura é contraída para o lado não comprometido (nesse caso a fase direita tá comprometida). Fisiopatologia − Interrupção de FSC (fluxo sanguíneo cerebral) e privação de oxigênio e glicose – cascata isquêmica − O cérebro tem uma grande demanda de energia e poucas reservas metabólicas. − Necessita de uma rica e contínua perfusão de sangue. − Conhecimento da anatomia cérebro- vascular: sintomas, diagnóstico disfuncional e gerenciamento do AVC. − O encéfalo não tem reserva pois gasta muito (usa o tempo todo) e não tem onde guardar - Por isso exige alta demanda de sangue. Artérias que irrigam o encéfalo Há duas entradas para o encéfalo: Ou seja, o AVC vai vir de um dos lados ✓ Circuito anterior: sistema carotídeo interno − Parte do arco da Aorta: A. carótida interna – ramos: aa. cerebral anterior e média; a. coróidea; aa. comunicantes anterior e posterior; a. oftálmica (por isso a amaurose fugaz). − Se tem amaurose fugaz já se sabe que é circuito anterior. ✓ Circuito posterior: sistema vértebro- basilar − Parte da A. subclávia: A. vertebral – a. basilar – a. cerebral posterior. − Região irrigada pela ACM é a mais acometida. Devido ao seu posicionamento e facilidade para depósito de ateroma. A partir da região que a artéria irriga, determinaremos os comprometimentos. ACA e ACM – Circuito anterior ACP – Circuito posterior Face superolateral e medial ACA – Pega muito região de lobos frontal e parietal, ACM – Pega muito o córtex (a parte mais especializada do encéfalo) Síndrome da ACA − Alimenta face medial do hemisfério cerebral: • Lobo frontal – função motora giro pré central, fala, etc • Lobo parietal – função sensorial, giro pós central), • núcleos da base, • cápsula interna (região de passagem do tracto corticoespinal – como se fosse um funil, um tracto extremamente motor) anterior, • Parte anterior do corpo caloso (faz a junção dos hemisférios cerebrais – as informações se comunicam). − Manifestações clínicas: • Hemiparesia contralateral (diminuição ou perda parcial do movimento em um hemilado) – lesão do tracto corticoespinal lateral e perda sensorial (parestesia – perda parcial ou diminuição da sensibilidade, também contralateral) com predomínio crural (predomínio de comprometimento de MI, ou seja, MS e MI comprometidos, mas o MI está MAIS comprometido). • Pcte hemiparetico e com hemiparestesia contralateral com predomínio no MI. • Incontinência urinária (estudar quais são os mm e funções para usar no setor) • Não pega região da face e nem sempre tem espasticidade. Síndrome da ACM − Alimenta toda a face lateral do hemisfério cerebral (lobos frontal, temporal e parietal), porção posterior da capsula interna, coroa radiada (conecta o córtex com áreas subcorticais e o córtex com a medula espinal – passam os tractos), alguns núcleos da base. − A lesão da ACM é pior pois pega mais substancia cinzenta – área mais especializada − Manifestações clínicas: • Hemiparesia espástica contralateral (ou seja, sempre terá espasticidade) e perda sensorial da face (hemiparestesia), membro superior e inferior com predomínio braquial (predomínio do MS). • Afasia de Broca (perda da linguagem falada), heminegligência (não tem capacidade de perceber lado comprometido, não tem esquema corporal, esbarra o lado, tem dificuldade para enxergar o lado comprometido), desorganização espa- cial (em virtude da heminegligência), hemianopsia (perda da metade da visão de um globo ocular – do lado comprometido, perde a visão periférica). • Nem todos terão todos, mais uma ou outra coisa vai aparecer • Pega face, MS, MI, tronco, tem espasticidade e predomínio braquial. Motor e sensorial - Contralateral. Pcte característico com heminegligência e desorganização espacial Coroa radiada: região que conecta o córtex cerebral às áreas inferiores do cérebro e da medula espinhal. Síndrome da ACP − Artéria mais rara de ter AVC − Alimenta lobo occipital e temporal, porção superior do TE (tronco encefálico – pega muito mesencéfalo), parte do diencéfalo e tálamo. − Manifestações clínicas: • Hemianestesia (perda total da sensibilidade), dor talâmica (dor aguda que não para e não tem tratamento, é crônica) • Hemianopsia, cegueira cortical (quando for bilateral) • Amnésia • Hemiplegia (perda total do movimento) contralateral – mesencéfalo Demais manifestações clínicas: • Consciência alterada • Distúrbios da fala e linguagem • Disfagia (dificuldade de deglutição) • Disfunção cognitiva • Estado emocional alterado • Disfunção perceptiva (esquema/imagem corporal) • Convulsões • Disfunção da bexiga e intestino • Disfunção cardiovascular e pulmonar • TVP – imobilismo • Osteoporose e fraturas – descarga de peso Homúnculo de Penfield: − Homúnculo sensorial (córtex somestésico primário; lobo parietal; giro pós-central; áreas 1, 2 e 3 de Broadman): sensibilidade tátil, de pressão ou a dor e própria percepção corporal. − Homúnculo motor (córtex motor primário, lobo frontal; giro pré-central; área 4 de Broadman): grau de precisão de movimento requerido em regiões do corpo. Prognóstico: • Imediatamente após AVE – maior risco de morte (8 a 20% dos casos nos primeiros 30 dias). • AVCH: mais graves – pior prognóstico • AVC recorrentes: fase crônica – pior prognostico • Local,extensão, cuidado precoce, mudança de estilo de vida. Determina um bom prognóstico. Avaliação e Planejamento Terapêutico: − Avaliação neurológica: quais habili- dades foram perdidas e precisa devolver ou reaprender; quais estruturas e funções estão comprometidas e como mensurar (continuamente). Olhar não somente o que perdeu, mas também aquilo que ele ainda tem, ou seja, suas potencialidades. − Diagnóstico cinético funcional − Objetivos de tratamento: o sucesso dependerá do acerto (target). • Um objetivo especifico - OE (target – é a meta de curto prazo, muito relacionado à QP e habilidades motoras, voltado à função, ex: Promover ortostatismo, melhorar transferência, melhorar força para a marcha, melhorar equilíbrio estático/dinâmico para que?, melhorar sentar e levantar, promover (restaurar, desenvolver) controle de tronco na posição sentada), • Vários objetivo geral (OG) (alimenta o objetivo especifico, ex: Oe é melhor controle de tronco na posição sentada, os OGS seriam fortalecer o CORE, melhorar controle postural na posição sentada, estimular mudanças de decúbito, melhorar coordenação motora, melhorar propriocepção, diminuir quadro álgico) é usado na neuro. Devemos considerar a escala de barthel. − Programação de tratamento: Metas a curto, médio e longo prazo – direcionada para capacitar ou otimizar as funções do paciente. Na neuro, curto prazo é 3 meses. Portanto, devemos reavaliar neste período. Se o pcte não senta, mas quer andar, andar seria a longo prazo. − Determinar o prognóstico − Orientações para o domicílio (arquitetônico, portanto, devemos perguntar ao pcte), cuidadores (tá se comprometendo, com dores devido às transferências, etc) e familiares. − Encaminhamentos (psicólogo, nutri- cionista, fonoaudiólogo. − Registro diário de atendimento (anotar tudo o que é feito durante a sessão, é obrigatório.) Função da reabilitação neurofuncional − Diagnosticar e tratar disfunções de movimentos e aumentar as habilidades físicas e funcionais do paciente. − Prevenir a progressão da incapacidade, as limitações funcionais e as deficiências resultantes da doença, distúrbios ou lesões. − Atuar na interface movimento / habilidade − Transformar a incapacidade em possibilidades funcionais. Classificação Internacional de Funcionalidade (OMS-CIF) − Enfatizar e valorizar o que o paciente consegue fazer e não o que o paciente está incapacitado em fazer. − Envolvimento em uma situação de VIDA! − Aspectos que devem ser ressaltados: fatores pessoais, contexto da tarefa. − Na UNOESTE não utilizamos, pois usamos o DCF, mas tem lugares que utilizam a CIF para o diagnóstico disfuncional Posicionamento Funcional: Pcte agudo, acamado − No pcte AVC, já sabemos que irá evoluir com padrões clássicos, portanto devemos posicionar para evitar / prevenir contraturas, deformidades e padrões anormais. − Ou seja, manter as articulações em posição neutral. − Dar orientações para domicilio Fisioterapia a nível hospitalar Uso de bolas suíça para dissociação Atividades em grupo Ponte em suspenção Hidroterapia Posição de gato Treino de marcha ff E m Assuntos prova: • PNF, • AVC, • Paralisia facial central e periférica • Atividades avaliativas Fisioterapia: − Simetria corporal, facilitar movimentos, estimulação sensorial, estimular cada membro individualmente, estimular hemicorpo afetado nas atividades funcionais, transferência de peso para hemicorpo comprometido em todas posturas, propriocepção. − Fisioterapeuta deve posicionar-se do lado negligente − A recuperação é boa, principalmente na periférica − Há dois tipos: Periférica e central − Devemos pensar quais músculos estão comprometidos, pois são muitos e estão muito próximos, porem cada um com uma ação especifica. − Os músculos comprometidos são os músculos da expressão facial, os da mastigação são menos comprometidos − Determinada contração do m. gera uma expressão na face - A inserção dos mm da face é na pele - por isso gera a expressão, ou seja, na paralisia da face, a face não tem movimento. Paralisia Facial Central (PFC) X Paralisia Facial Periférica (PFP): ACA: Artéria Cerebral Anterior − Lobos frontal e parietal − Núcleos da base − Capsula interna anterior − Corpo caloso anterior • Hemiparesia e parestesia contralateral com predomínio crural • Incontinência urinaria ACM: Artéria Cerebral Média − Lobos frontal, temporal e parietal − Capsula interna pocsterior − Coroa radiada − Núcleos da base • Hemiparesia espástica e parestesia da face, MI e MS contralateral com predomínio braquial. • Afasia de Broca, Heminegligência, Desorganização espacial, Hemianopsia. ACP: Artéria Cerebral Posterior − Lobos occipital e temporal − Tronco encefálico superior − Diencéfalo − Tálamo • Hemianestesia, Dor talâmica • Hemianopsia e cegueira cortical • Amnesia, Hemiplegia contralateral – mesencéfalo − O lado contraído geralmente está muito contraído pois o outro lado está paralisado, então fica sobrecarregado A- Quadrante inferior sem expressão, resto funcional B- Uma hemiface paralisado O termo mais correto é hemiface mesmo Tracejado - paralisado A- Periférica (hemilado inteiro paralisado) B – Central (Quadrante inferior paralisado) − O quadrado indica a lesão, sendo supra nuclear e infranuclear − Há 3 motoneuronios superiores saindo do córtex direito chegando até periferia, terminam pelo nervo, o mesmo do lado esquerdo. − Todos os nervos tem núcleos que fazem conexão SNC-SNP, no caso das paralisias faciais, estamos falando do n. facial (VII) Lesão Supra Nuclear: − Acima do núcleo e no próprio núcleo, ocorre no SNC − Gera paralisia facial central − Os quadrantes superior e inferior ipsilateral e superior contralateral têm reforço dos motoneuronios do outro hemisfério. − Já o quadrante inferior contralateral não possui reforço − Por isso nas lesões supranucleares o quadrante acometido sempre será o quadrante inferior contralateral. − Ou seja, nas paralisias faciais centrais a região paralisada será contralateral inferior a lesão. − Ex: Lesão supra nuclear direita irá comprometer quadrante inferior esquerdo, pois não há motoneuronio do outro hemisfério compensando Na lesão central, os 3 motoneurônios estão inervando 3 regiões e do outro lado há 3 reforços 1 - Quadrante superior contralateral 2 - Quadrante inferior contralateral 3 - Quadrante superior ipsilateral Lesão Infranuclear: − Abaixo do núcleo − Já é apenas no nervo - SNP − Gera paralisia facial periférica − Ex: Lesão infranuclear a esquerda, tudo que vem abaixo não consegue mover, pois foi abaixo da decussação. Ou seja, o lado comprometido é o mesmo da lesão, neste caso, toda a hemiface esquerda. − Paralisia facial periférica é devido a lesão infranuclear, sempre ocorrendo do lado ipsilateral a lesão, em ambos os quadrantes, ou seja, toda a hemiface ipsilateral. − Importante lembrar que se o orbicular dos olhos não contrai, o olho não fecha. Paralisia Facial Central (PFC) Fisiopatologia: − Lesão no tracto cortico-nuclear ou do neurônio motor superior. Causada por lesões supranucleares localizadas acima do nível do núcleo facial. − Preservação da movimentação da fronte (testa) e paralisia dos movimentos da musculatura facial inferior contralateral à lesão na solicitação da movimentação voluntária, entretanto pode haver contração involuntária desta musculatura como manifestação emocional. − Sem comprometimento dos compo- nentes sensitivos (salivação e gustação) do nervo facial.− N. facial: responsável pela sensibilidade gustativa nos dois terços posteriores da língua. N facial é misto (moto e sensitivo), mas na pfc não acomete sensitivo. − As lesões estão situadas na via exclusivamente motora do nervo facial (VII par), encontrada na área motora cortical cerebral. − Causa principal da PFC: doenças vasculares (aneurismas e acidentes vasculares cerebrais – geralmente AVC de ACM) − Outras causas: lesões devido a tumores; processos degenerativos; desmie- linizantes (esclerose múltipla); infecções e traumatismos cranioencefálicos. − A PFC costuma vir acompanhada de outras manifestações neurológicas (pois não vai pegar somente região dos motoneuronios do N. facial do córtex, pegando outras regiões) como hemiplegia, disartria, hemiparesia do mesmo lado que ocorreu a paralisia, também déficit de linguagem. O lado contralateral e lado ipsilateral se juntam no núcleo, formando o nervo, com isso se o lesar abaixo do núcleo já será o nervo. Com isso irá paralisar toda a hemiface, do lado ipsilateral a lesão. − É mais rara que a periférica e tem prognóstico ruim Manifestações clínicas: − Desvio da rima bucal para o lado não paralisado − Apagamento do sulco nasolabial − Ausência da contração do platisma (fica no pescoço) do lado paralisado − Queixas de dificuldade de ingestão de líquidos = líquido escorre pela comissura labial do lado oposto, devido a impossibilidade de fechamento completo da boca − Mastigação também pode estar prejudicada, devido a paralisia do músculo bucinador − Impossibilidade / dificuldade em assoprar e assobiar – devido a incapacidade de protrusão dos lábios e perfeito fechamento − Disartria: Em geral discreta, paralisia do orbicular da boca, apresenta dificuldade em falar consoantes bilabiais e labiodentais (pbmfv). Avaliação Funcional da Face: − Preservação da movimentação voluntária da testa − Preservação da movimentação reflexa e voluntária dos olhos − Comprometimento funcional da movimentação e tônus da região nasal − Comprometimento da movimentação involuntária para o sorriso − Comprometimento funcional da movimentação voluntária da região dos lábios em todos os casos − Avaliação do tônus e reflexos da face: • Hipertonia muscular (no musculo paralisado) e hiperreflexia. Paralisia Facial Periférica (PFP) − Acometimento do nervo facial em qualquer ponto de seu trajeto, que se inicia a partir de seu núcleo, localizado na ponte, e vai até as suas ramificações mais distais. − Paralisia de Bell − Prognóstico é geralmente bom, havendo recuperação completa em torno de 80% dos casos. − Causa idiopática Fisiopatologia: − Lesão infranuclear − Acomete toda a hemiface − Dupla inervação das fibras córtico- nucleares provenientes de ambas as metades do córtex que se dirigem para cada um dos núcleos do nervo facial Preserva movimentos de testa e sobrancelha Perda do sulco nasolabial e queda do lábio inferior Manifestações Clinicas: − Alterações na sensibilidade gustatória − Queixa de lacrimejamento excessivo ou redução (do lado comprometido) − Hiperacusia (aumento da sensibilidade auditiva) − Apagamento dos sulcos frontais ipsilateral, diminuição do piscamento − Face assimétrica tanto em repouso como em tentativa de movimento voluntário. − Comprometimento psicológico / social Fraqueza do m. orbicular dos olhos Sulco nasolabial Desvio da rima bucal (Rima é abertura) − Olho não fecha - lado paralisado − Sinal de Bell: Ao tentar fechar as pálpebras, o globo ocular gira para cima − Sinal de Negro: Ao tentar fechar as pálpebras, o globo ocular desvia para lateral − Epífora: Lacrimejamento excessivo − Logoftalmo: Aumento da rima palpebral − Sinal do nariz em vírgula para lado não comprometido − Sinal do desvio da rima bucal − Apagamento do sulco naso labial − Reflexo mentoniano (mentual ou mandibular): Se mantem integro pois é feito pelo n. Trigêmeo. − Reflexo corneano/corneopalpebral: Realizado pelo n. Trigêmeo e n. Facial. − Reflexo nasopalpebral − Reflexo de piscar (n. óptico e n. facial) Reflexo nasopalpebral: Percussão na região entre pálpebras acima do nariz, se espera piscar o olho Reflexo corneano: Com um objeto e faz um movimento em direção aos olhos, se espera fechar os olhos. Reflexo mandibular: Percuta leve, decima para baixo o queixo. Avaliação: − Teste do escape: Insuflar a bochecha − Elevar o lábio superior com uso de espátula − Teste de preensão: Pequeno, médio e grande calibre − Sensibilidade da face: N trigêmeo - ramos nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular Avaliação do trigêmeo sensitivo − Avaliação do tônus muscular e reflexos da face: • Hipotonia e hiporeflexia - musculatura flácida no lado da lesão • Sincinesia: Movimentos involuntários de grupos musculares que não estão associados ao movimento principal solicitado. famoso tic. Geralmente é uma sequela, devemos evitar, pois é difícil recuperar/diminuir. Cuidado ao solicitar a contração de muitos músculos. − Axônios motores podem reinervar outros músculos que não os inervados antes, resultando em movimentos não desejados quando os neurônios ficam ativos. Tratamento para PCP: − Massagens: efeito circulatório que eleva o metabolismo circular e estimula o trofismo muscular. São importantes também para estimular os receptores proprioceptivos. − Cinesioterapia (movimentos da expressão facial, biquinho etc) - músculos da face − Kabat de cabeça e pescoço − Crioterapia (utilizamos para estimulo, não mantida - mov rapidos respeitando sentido da fibra solicitando contração) − Eletroestimulação muscular: pontos motores (com a caneta de ponto motor, a placa deve tomar cuidado com a placa pois pode pegar muitos musculos) − Lazerterapia (arseneto de galio - estimula a microcirculação) − Dessensibilização − Bandagem − Encher bexiga fadiga musculatura muito rápido, chiclete também Cuidados, orientações e encaminhamentos − Proteger o olho (manter córnea hidratada). A manutenção do olho aberto pode causar úlcera de córnea − Beber água: Utilizar canudo (utiliza a musculatura) − Encaminhamentos: oftalmologista, fonoaudiólogo, psicólogo. − Homework (tarefa de casa). Atividade avaliativa: caso clínico Um executivo de 54 anos chegou à unidade de emergência queixando-se de dor repentina no tórax e braço esquerdo. Estava pálido, diaforético e dizia sentir náuseas. Relatou que fuma uma carteira de cigarros por dia e apresenta hipertensão arterial e níveis de colesterol elevados. Tem também diabetes e apresenta uma história de aterosclerose e doença arterial coronariana (DAC). Após realizar exames, foi indicado cateterismo cardíaco de urgência que revelou uma obstrução do ramo descendente anterior da artéria coronária esquerda. A revascularização miocárdica foi imediatamente agendada, e após a cirurgia, permaneceu na UTI por 72 horas. Já na enfermaria, no quinto dia de pós- operatório, após o banho de asperção, paciente apresentou sonolência, afasia e amaurose fugaz. A equipe foi acionada e ao avaliar o paciente notou também hemiparesia do membro inferior esquerdo e hemiplegia do membro superior esquerdo e desvio da rima bucal à direita. Foi encaminhado para tomografia computadorizada, a qual demonstrou sinais de acidente vascular cerebral isquêmico e encaminhado imediatamente para terapia trombolítica. Vinte quatro horas após o episódio, não referiu mais amaurose fugaz, entretanto a o desvioda rima bucal à direita e hemiplegia do membro superior esquerdo permaneceram e a hemiparesia do membro inferior esquerdo evoluiu para uma hemiplegia. A afasia persistiu e sua esposa (que estava de acompanhante), relatou que ele começou a apresentar engasgos durante as refeições. O fisioterapeuta avaliou o paciente antes de iniciar a intervenção e detectou hipotonia do hemilado esquerdo, hiporreflexia de reflexos tendinosos, tumefação da mão esquerda e dor na ADM ativa de flexão e abdução do ombro esquerdo. O paciente conseguiu sentar no leito com auxílio do terapeuta para algumas avaliações rápidas, mas logo sinalizou que queria deitar no leito. Não foi capaz de se sustentar de pé. A esposa relatou que ele não está conseguindo cortar os alimentos durante as refeições e precisa de ajuda no banho. A fisioterapia teve início de imediato. Durante a terapia, a esposa se abriu com o fisioterapeuta e disse estar com dores da coluna porque o marido é pesado e tem dificuldade para transferir. Também disse que está preocupada pois não trabalha fora, e o marido quem é o provedor da casa. Acredita que terá que morar com a sogra quando o marido receber alta hospitalar, e disse que não tem dinheiro para pagar fisioterapia particular em domicílio. a) Determine os fatores de risco modificáveis e não modificáveis para o AVC relacionados ao caso. Fatores de risco modificáveis: Paciente fuma uma cartela de cigarros por dia - tabagismo, é portador de hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolomia e com histórico de doença arterial coronariana. Fatores de risco não modificáveis: Paciente ser homem. b) Indique o circuito envolvido e a artéria cerebral envolvida no AVC. O circuito envolvido é o anterior, uma vez que acometeu a artéria cerebral média direita. c) Faça o diagnóstico cinético-funcional. Comprometimentos: • Desvio da rima bucal à direita, • Hemiplegia do membro superior esquerdo, • Hemiplegia do membro inferior esquerdo, • Afasia, • Hipotonia do hemilado esquerdo, • Hiporreflexia de reflexos tendinosos, • Tumefação da mão esquerda • Dor na ADM ativa de flexão e abdução do ombro esquerdo. Disfunções: • Senta com auxilio permanecendo por pouco tempo • Dificuldade de deglutição (disfagia). Limitações: • Não sustenta posição ortostática, Incapacidades: • Não consegue cortar a própria comida, • Necessita de auxílio para higiene pessoal (banho), • Não consegue trabalhar. d) Crie o objetivo específico e gerais de curto prazo. ✓ Objetivo específico: • Promover controle de tronco em posição sentada para auxiliar em transferências ✓ Objetivos gerais: • Reduzir quadro álgico, • Melhorar tônus muscular, • Estimular mudanças de decúbito, • Promover dissociação de cintura pélvica e escapular, • Reduzir tumefação, • Prevenir contraturas e deformidades, • Desenvolver motricidade fina para alimentação. e) Crie uma programação de tratamento a curto prazo. Corrente interferêncial: Aplicação de corrente interferencial tetrapolar vetorial na seguinte configuração em ombro esquerdo: • Frequência: 4000Hz • AMF: 120 Hz • Delta f: 60 Hz • Slope: 1/5/1 • Intensidade: Normal • Tempo: 15 minutos • Posicionamento dos eletrodos: Um na região anterior do ombro, um na região posterior, um no m. tríceps braquial e um no m. bíceps braquial. Paciente em DD. Exercício de ponte: Paciente em decúbito dorsal, com joelhos fletidos e pés apoiados na maca, eleva (extensão) o quadril por 5 a 10 segundos e volte para a posição inicial. Fisioterapeuta no ponto chave quadril para facilitar o movimento. Realizar 3x de 12 repetições com intervalo de 30seg – 1min. Exercício de rolamento: Paciente em decúbito dorsal apoia tornozelo direito em joelho esquerdo, através do auxílio do fisioterapeuta (nos pontos chaves quadril e ombro), rola para lado esquerdo, permanecendo em decúbito lateral por 10 segundo, retornando à posição inicial em seguida. Realizar 3x de 8 repetições com intervalo de 30seg – 1min. Exercício de rotação de quadril: Paciente em decúbito dorsal, com joelhos fletidos, pés apoiados na maca e braços abduzidos à 90°. Deve rodar lateralmente o quadril visando encostar os joelhos na maca, ao mesmo tempo em que roda o tronco para tocar uma mão na outra. Realizar em ambos os lados, porém com auxílio do terapeuta durante a realização no lado comprometido. 3x de 10 repetições com intervalo de 30seg – 1min. Exercício ativo resistido de diagonal em membro superior - PNF: Paciente em decúbito dorsal partindo da diagonal padrão extensora (extensão com adução e rotação interna de ombro, flexão de punho e dedos) deve ir para diagonal de flexão com abdução e rotação externa de ombro, extensão de punho e dedo. Inicialmente fisioterapeuta faz o movimento de forma passiva para demonstrar a forma correta e em seguida passa a exercer resistência durante movimento ativo do paciente, sempre dando os devidos comandos verbais (leve sua mão para fora e para cima) e orientando quanto ao contato visual do paciente. Realizar 2 séries de 10 repetições com intervalo de 30seg – 1min. Utilizar membro menos comprometido - MSD para irradiar para MIE. Exercício ativo resistido de diagonal em membro inferior - PNF: Paciente em decúbito dorsal partindo da diagonal de extensão com adução e rotação externa do quadril, plantiflexão e flexão dos dedos deve ir para diagonal de flexão com abdução e rotação interna do quadril, dorsiflexão e extensão dos dedos. Inicialmente fisioterapeuta faz o movimento de forma passiva para demonstrar a forma correta e em seguida passa a exercer resistência durante movimento ativo do paciente, sempre dando os devidos comandos verbais (leve pé para cima, dobre o joelho para cima e para fora.) e orientando quanto ao contato visual do paciente. Realizar 2 séries de 10 repetições com intervalo de 30seg – 1min. Utilizar membro menos comprometido – MID para irradiar para MSE. Alongamento passivo de tríplice flexão: Paciente em decúbito dorsal, fisioterapeuta realizará passivamente os movimentos de flexão de quadril e joelho e dorsiflexão de tornozelo. Deve manter por 30 segundos e retornar à posição inicial. Realizar 5x em cada membro, com intervalo de 30 seg – 1 min. Exercício ativo de motricidade fina: Paciente sentado com apoio, fisioterapeuta apresenta uma caixa com vários furos de diferente tamanhos e valores. O objetivo do paciente é colocar o máximo de bolinhas em seu respectivo furo no período de 30 segundos. Ao final do tempo, terapeuta e paciente somam a quantidade de pontos obtidos, ao qual as bolas menores possuem maior pontuação. Realizar 3x motivando o paciente a aumentar sua pontuação a cada tentativa. f) Reflita sobre a situação social e emocional da família e escreva qual seria sua postura, qual seria seu posicionamento neste caso. Em decorrência aos fatos apresentados, agindo eticamente o fisioterapeuta responsável deve encaminhar a família para um assistente social, para auxiliar na questão financeira em virtude de o marido ser o provedor de renda da casa. Além disso, deve haver encaminhamento para psicólogo tanto para esposa quanto para o marido, visando apoio emocional para passar por este momento turbulento de uma forma menos sofrida. Roteiro aula prática A filosofia do Conceito Neuroevolutivo dita que a intervenção terapêutica, em pessoas com fisiopatologia do SNC, pode melhorar ou restaurar a função. As Técnicas de tratamento se dividem em técnicas de facilitação, inibição e estimulação através de pontos chaves, estimulação tátil e proprioceptiva. A seguir as principais técnicas utilizadas:1. Pontos Chaves: As técnicas de inibição e facilitação são guiadas pelo uso dos pontos chaves. Utilizado para manusear o paciente e influenciar no tônus muscular, conforme o paciente aprende o movimento e melhora a coordenação motora o suporte dado pelo fisioterapeuta deve diminuir, ou seja, ir de pontos chaves proximais para distais. São pontos chaves proximais: cabeça, ombro, esterno e quadril, e pontos chaves distais são cotovelo, punho, joelho e tornozelo. Os pontos chaves viabilizam a execução das técnicas de inibição e facilitação, bem como estimulação tátil e proprioceptiva. Os pontos chaves são articulações e deve-se evitar o toque nos ventres musculares, pois podem causar alteração no tônus devido ao estímulo de receptores de estiramento, o toque deve ser realizado com a palma da mão e permitir o movimento não segurando a articulação com força. 2. Inibição e facilitação: Dependendo do manuseio ora inibi ora facilita o movimento. Inibe porque ocorre em posturas que não desenvolvem reflexos patológicos, ou seja, a inibição é a habilidade de refrear um movimento em favor de outro e facilita porque possibilita alinhamento biomecânico adequado ao alongamento e contração (*CUIDADO: o manuseio com musculo espástico deve ser de forma lenta, pois movimentação brusca gera aumento de tônus muscular). 3. Estimulação tátil e proprioceptiva: São técnicas que aumentam o tônus postural e regulam a ação conjunta dos músculos agonistas, antagonistas e sinergistas. Estas técnicas são embasadas em estimulação tátil e proprioceptiva, com a somação de estímulos por repetição, o estímulo pode ter origem no corpo do paciente ou no ambiente. São consideradas técnicas de estimulação a transferência de peso, o tapping, o placing e o holding. 3.1- Transferência de peso: Causa pressão e recrutamento de unidades motoras, além de liberar outros segmentos que não estão sustentando o peso para executar o movimento. SEM TRANSFERÊNCIA DE PESO NÃO HÁ MOVIMENTO. Deve-se realizar transferência de peso para frente para trás, para os lados e diagonalmente em várias posições e atividades. 3.2- Plancing e holding: São técnicas que envolvem a habilidade em controlar e manter os movimentos e as posições de forma automática e voluntária em toda a amplitude de movimento. • Placing: É a habilidade de interromper um movimento em qualquer amplitude, voluntariamente ou automaticamente, é um autoajuste postural que demanda um ajuste automático dos músculos às mudanças de postura e garante a harmonia do movimento normal. • Holding: É a habilidade de manter o segmento cujo o movimento foi interrompido na posição em que se colocou este segmento quando se realizou o placing. 3.3-Tapping: É um meio de aumentar o tônus postural pelo estimulo tátil e proprioceptivo, ativar grupos musculares fracos, obter graduação adequada da inervação recíproca, estimular as REEP e promover padrões sinérgicos de movimento. O Objetivo dessa técnica é chegar ao placing e holding. Os tipos de tapping demonstrados serão: 3.3.1-Pressão ou co-contração: Objetiva aumentar o tônus e sustentar posturas contra a gravidade, através da contração dos músculos agonistas e antagonistas. 3.3.2-Deslizamento: É utilizado para ativar um músculo ou grupo muscular deficiente ou inativo, ele inibe um padrão patológico e facilita o padrão adequado, pela ativação da musculatura sinergista. Sua execução ocorre por um firme deslizamento, com os dedos do terapeuta estendidos pelo comprimento do músculo estimulado, um novo tapping deve ser realizado quando o perder o efeito do estímulo anterior. Atividades: − Ponto chave ombro, quadril e joelho para facilitação do rolar. − Exercício de ponte utilizando o tapping de deslizamento na região glútea e o de pressão para maior descarga de peso nos MMII. − Exercício de ponte utilizando placing e holding. − Reações de endireitamento na posição sentada. − Facilitação da posição sentada para em pé, com ponto chave quadril. − Utilização do placing e holding no treino do sentar e levantar. − Descarga de peso em pé. - Treino do passo utilizando tapping de deslizamento no m. tibial anterior. − Treino do passo utilizando placing e holding. Roteiro Prático: Reabilitação na Paralisia Facial: − Os padrões são a posição final do movimento (e assim os músculos que serão trabalhados). O posicionamento inicial deve ser o movimento oposto ao do padrão. − Todas as diagonais, tanto de MMSS quanto de MMII, podem acrescentar o movimento do cotovelo (MMSS) ou joelho (MMII): pode-se iniciar com a flexão destas articulações e partir para a extensão ou iniciar da extensão e partir para a flexão (a depender do objetivo terapêutico) − As diagonais podem ser realizadas em diferentes posições (Decúbitos, sentado, em ortostatismo) e podem utilizar toda ou parte da amplitude de movimento. O nome é pra onde queremos chegar Diagonais de membros superiores: Todo padrão flexor – Mão fechada Todo padrão extensor – Mão aberta Demonstração da Diagonal 1 de membro superior: A- Padrão flexor da diagonal 1: • Flexão com adução e rotação externa de ombro, flexão de punho e dedos. B. Padrão extensor da diagonal 1: • Extensão com abdução e rotação interna de ombro, extensão de punho e dedos – Mais utilizadas em hipertonias elásticas com padrão flexor de membro superior, neste caso pode-se utilizar a variante do cotovelo, saindo da flexão e partindo para a extensão desta articulação. Demonstração da Diagonal 2 de membro superior: A- Padrão flexor da diagonal 2: • Flexão com abdução e rotação externa de ombro, extensão de punho e dedos - Mais utilizadas em hipertonias elásticas com padrão flexor de membro superior, neste caso pode-se utilizar a variante do cotovelo, saindo da flexão e partindo para a extensão desta articulação. B. Padrão extensor da diagonal 2: • Extensão com adução e rotação interna de ombro, flexão de punho e dedos Diagonais de membros inferiores: Demonstração da Diagonal 1 de membro inferior: Pé de bailarina – Flexão plantar Pé de palhaço – Dorsiflexão A- Padrão flexor da diagonal 1: • Flexão com adução e rotação externa do quadril, dorsiflexão e extensão dos dedos. B. Padrão extensor da diagonal 1: • Extensão com abdução e rotação interna do quadril, plantiflexão e flexão dos dedos • Utilizamos o padrão flexor, porém saindo da flexão do joelho no início do movimento. Demonstração da Diagonal 2 de membro inferior: A- Padrão flexor da diagonal 2: • Flexão com abdução e rotação interna do quadril, dorsiflexão e extensão dos dedos. B- Padrão extensor da diagonal 2: • Extensão com adução e rotação externa do quadril, plantiflexão e flexão dos dedos
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