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Fisioterapia em Neurologia - AVC e Paralisia Facial

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–
− É um método reconhecido mundial-
mente; 
− Não é feito só por diagonais; 
− Filosofia de tratamento: Todo ser 
humano tem um potencial ainda não 
explorado. Princípios e procedimentos 
básicos. 
− Promover movimento funcional 
(movimentos do dia-a-dia, das AVDs – 
movimento que nos permite executar 
tarefas) por meio da facilitação, 
fortalecimento (resistência manual ou 
mecânica) e relaxamento de grupos 
musculares. 
− Não é fazer o movimento para o 
paciente, mas sim auxiliar, assistir, 
ensinar o movimento. 
− Abordagem positiva:Utiliza o que o 
paciente pode fazer; utilizar músculos 
fortes para facilitar músculos fracos 
(irradiação); ambiente facilitador. 
Valorizar o que o pcte tem. 
− Irradiação: Através de mm fortes 
fortalece mm fracos. 
− É importante perguntar o que o pcte 
consegue fazer, se ele anda, consegue 
ficar em pé, etc. 
− Facilitar o paciente a alcançar seu mais 
alto nível funcional. Movimento ativo. 
− Abordagem global e nunca segmento 
corporal. Olhar biopsicossocial. 
− Trabalhar grupos musculares, não 
músculo isolado. Trabalhar em espiral do 
movimento (movimentos em rotação, 
realizamos o tempo todo) 
− Tarefa: Uma atividade funcional 
 
PNF: Facilitação, fortalecimento e 
relaxamento 
 
Conceitos: 
− Facilitação: tornar fácil algo que o 
paciente precise melhorar. 
− Neuromuscular: envolve nervos e 
músculos. Aparelho locomotor. 
− Proprioceptiva: diz respeito a qualquer 
receptor sensorial que envia 
informações relativas ao movimento e 
ao posicionamento do corpo. 
Consciência corpo-espaço e 
consciência do movimento. Artroestesia 
e cinestesia. 
 
Indicações: 
− Declínio funcional: limitações em nível 
da atividade; fatores estressores 
externos. Estruturas e funções corporais. 
− Evitar desfechos desfavoráveis: risco de 
quedas, incapacidades físicas e 
hospitalizações. 
− Melhorar o nível de participação do 
paciente a partir de exercícios 
terapêuticos baseados em tarefas 
funcionais. 
− “O sistema nervoso é contínuo na sua 
extensão – não existem partes isoladas”. 
− Podemos utilizar em todas as áreas. 
 
Princípios Básicos: 
− Toda vez devemos utilizar estes 
princípios; 
− Estimulação tátil (contato manual): 
Aumenta a força e guia o movimento 
com toque e pressão. Handson/off. 
 
− Estimulação auditiva (comando verbal): 
Utiliza palavras e tom de voz 
apropriados para direcionar o paciente. 
Os comados precisam ser claros e 
resumidos. Qualidade de fala. 
 
− Estimulação visual (visão): Guia o 
movimento e aumenta o empenho. O 
paciente precisa ver para onde está 
indo e entender o que é esperado dele. 
Os olhos e a cabeça precisam (estimular 
o pcte) acompanhar o movimento. 
Também reabilita sistema vestibular 
(orientação da cabeça em relação ao 
corpo e espaço). 
 
− Resistência: Auxilia na contração 
muscular e no controle motor, aumenta 
a força muscular e incrementa a 
aprendizagem motora. Manual 
evoluindo para mecânica. 
 
− Tração: É o alongamento de um 
segmento corpóreo. A tração facilita o 
movimento. 
 
− Aproximação: É a compressão das 
superfícies articulares. A aproximação 
facilita a estabilização. 
 
− Tração e aproximação são princípios 
nem sempre utilizados, mais usados para 
casos específicos. Quando usa uma, 
não se usa a outra. 
 
− Estímulo de estiramento: O 
alongamento muscular e o reflexo de 
estiramento facilitam a contração e 
diminuem a fadiga muscular. O 
terapeuta deve colocar o músculo na 
posição mais alongada possível e 
adicionar um pequeno reflexo de 
estiramento para estimular a contração 
muscular. Recrutamento maior de 
unidades motoras. Não há necessidade 
em todos os exercícios. Muito usada 
para art flácidas, hipotônicas, grupos 
musculares fracos. Estima a otg de toda 
a art. Devemos alongar (estirar a 
musculatura que quer ativar) 
 
− Musculatura espástica precisa ser 
fortalecida, pois não é forte, mas sim 
hipertônico. 
 
✓ Tração, aproximação e estimulo de 
estiramento não é necessário em todo 
exercício terapêutico, vai de acordo 
com a conduta. 
 
Procedimentos básicos: 
− Padrões de movimento: Movimentos 
sinérgicos em massa e três 
componentes de movimento que 
ocorrem ao mesmo tempo (flexão ou 
extensão, abdução ou adução e 
rotação interna ou externa). Quando o 
padrão é utilizado, a resposta muscular 
é mais fácil, mais coordenada e mais 
poderosa. Simulam AVD, AIVD, esportes. 
Plano sagital, horizontal e frontal. 
• MS, MI, cabeça e pescoço, tronco 
superior e inferior, cintura escapular e 
pélvica. 
• Padrões são ferramentas impo 
rtantes, porém dispensáveis. PNF não 
são apenas DIAGONAIS! 
• Esses padrões não são necessários 
em todos exercícios terapêuticos. 
• Padrões geralmente rodam, 
movimentos em espirais. 
• Não precisa ser necessariamente 
completa. 
 
− Irradiação: Quando a resposta muscular 
é espalhada para outras partes do 
corpo de forma automática. A força 
irradia (transportada) de um músculo 
mais forte para um mais fraco. Ocorre 
de maneira cruzada em diagonal, ex: 
hemicorpo superior paretico E, força vai 
para hemicorpo inferior D. Deve 
acontecer sempre. 
− Serve para fortalecer o lado mais fraco 
a partir do lado mais forte e para manter 
lado mais forte mais ativo e funcional. 
 
− Reforço: Somação de estímulos. Reforço 
com estímulo visual, auditivo, tátil. Só é 
reforço quando se usa as 3, 
obrigatoriamente. 
 
− Sincronização de movimentos: É a 
sequência dos movimentos que ocorre 
de distal para proximal. Aumenta força 
da contração muscular. Ex: ritmo 
escapulo-umeral; fases do sentado para 
em pé. Ex: Ao fazer exercício para mão, 
devemos utilizar cotovelo e ombro. 
Respeitar o segmento corporal, não 
apenas um músculo isolado, afinal, 
trabalhamos em sincronia de 
movimentos. 
− Não precisa ser numa diagonal, pode 
ser em marcha, etc. 
 
Até aqui, todos acima se referem ao 
corpo do pcte. 
 
− Mecânica corporal: Guiam e controlam 
o movimento. O corpo do terapeuta 
precisa estar paralelo ou alinhado com 
a direção do movimento desejado. A 
resistência é fornecida pelo corpo do 
terapeuta. É uma dança, fazemos os 
movimentos em conjunto ao pcte. 
 
Técnicas especificas: 
Agonistas: 
− Combinação de isotônicas: Força 
muscular, controle motor intramuscular. 
Contrações concêntricas (“me vence”), 
isométricas (“mantem, fica na posição”) 
e excêntricas (“deixa eu te vencer, mas 
não relaxa”). 
 
− Iniciação rítmica: Melhorar início do 
movimento, ritmo ao movimento. 
Passivo, ativo assistido, ativo resistido, 
termina ativo livre com hands off. 
 
− Réplica: Consciência do segmento em 
determinada posição, aprendizagem 
motora. Posiciona o segmento em uma 
posição, mantem em isometria, relaxa e 
volta para posição inicial. Paciente 
deve retornar à posição desejada com 
resistência isotônica concêntrica, 
mantem em isometria e retorna 
passivamente. Na terceira, paciente faz 
ativo livre até a posição desejada. 
Termina com hands off. 
 
− Reflexo de estiramento repetido no 
início da amplitude: recrutar maior 
número de unidades motoras 
− Reflexo de estiramento repetido através 
da amplitude: durante o padrão de 
movimento para recrutar maior número 
de unidades motoras 
 
Antagonistas: 
− Reversão dinâmica: mobilidade ativa e 
coordenação motora (contrações 
dinâmicas). Resistência de agonista e 
depois de antagonista, sem intervalo de 
relaxamento. 
 
− Reversão de estabilizações: melhora da 
estabilidade e equilíbrio (contrações 
estáticas). Dois grupos musculares 
diferentes. Resistência e paciente 
mantem na posição, contrações 
isométricas. “Mantem”. 
 
− Estabilização rítmica: melhora da 
estabilidade e equilíbrio (contrações 
estáticas). Mantem contato global 
segurando o paciente como um todo e 
pedir para paciente manter na posição, 
permanecendo da melhor formarecrutando músculos estabilizadores. 
Comando estático. 
 
Estiramento/relaxamento: 
− Ganho de ADM a curto prazo 
− Contrair-relaxar: não pode ser utilizado 
em pacientes com dor. Leva-se o 
segmento até uma determinada 
amplitude, solicita-se a contração 
isométrica ou isotônica concêntrica, 
resistência do terapeuta para 
manutenção da posição (3”), relaxa, 
depois faz movimento na direção 
oposta (pode ser resistido, ativo-assistido 
ou passivo). 
 
− Manter-relaxar: paciente pode ter dor 
ou quando paciente é mais forte que 
terapeuta. Não há deslocamento do 
segmento, apenas isometria. 
 
 
Do trabalho, as técnicas que não caíram 
não caem na prova. 
 
Trabalho: 
Agonistas: 
Combinação de Isotônicas no membro 
superior 
− Estimulo tátil, auditiva e visual; 
− Resistencia (teve concêntrica, 
excêntrica e isométrica) 
− Melhora força, coordenação, controle 
motor, 
− Padrão de movimento (não precisa da 
diagonal inteira/completa, as vezes o 
pcte só precisa trabalhar a diagonal 
toda) 
− Irradiação (toda vez que trabalhamos 
resistência tem irradiação) ocorreu no 
MI Esquerdo 
− Ex: Hemiparesia a esquerda com 
predomínio crural (MMII mais fraco que 
MMSS), portanto pela irradiação, 
devemos trabalhar MMSS D. 
− Se predomínio é braquial esquerdo 
fazemos para inferior D. 
− Reforço 
− Sincronização de movimento (existia 
harmonia de ombro e cotovelo) 
− Mecânica corporal 
 
Iniciação Rítmica: 
− O “relaxa” é para o m antagonista, pois 
não se quer trabalhar ele agora 
− Objetivo é melhorar ritmo do movimento 
e melhorar movimento em pctes que 
perderam o mov. 
− Estimulo tátil e auditiva, visual não 
− Resistencia de agonista (grupos alvos) 
− Padrão de movimentos 
− Irradiação para pelve E 
− Escapula irradia para pelve e vice-versa 
− Não houve reforço 
− Sincronização de movimento 
− Mecânica corporal 
 
Antagonistas: 
Reversão Dinâmica: 
− Estimulo tátil e auditivo 
− Resistencia mantida (ida e volta) 
− Padrões de movimento (diagonal de 
tronco superior) 
− Irradiação para tronco inferior 
contralateral 
− Sincronização de movimento 
− Mecânica corporal 
 
Reversão de estabilizações: 
− Não tem sincronização de movimento, 
pois é estática 
− Mecânica corporal 
− Irradiação 
− Não teve padrão, pois é estático 
− Resistencia 
− Estimulo tátil e auditivo 
 
Estiramento/relaxamento: 
Manter-relaxar: 
− Estimulo tátil, auditivo e visual 
− Resistencia 
− Padrão de movimento 
− Irradiação para MI 
− Reforço 
− Sincronização de movimento 
− Mecânica corporal 
 
– – 
Acidente Vascular Cerebral 
− AVE: Acidente vascular encefálico, os 
dois estão certos mais o atualizado e 
padronizado é AVC. 
 
 
Iniciando o raciocínio clinico... 
− Devemos pensar na individualidade não 
somente na doença. 
− AVC é o envolvimento de dois sistemas: 
SN e circulatório. Por isso devemos 
respeitar o pcte hipertenso, pois está 
mais suscetível a ter outros. 
 
− Déficit neurológico súbito (é vascular, de 
uma hora pra outra): Perda não 
traumática (ex: teve um AVC e depois 
caiu, não ao contrário) – oclusão ou 
ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. 
 
• Oclusão: Isquemia. Ocorre por dois 
caminhos: Placa de ateroma (camadas 
de tecido adiposo, restos celulares e 
plaquetas que se depositam – não se 
desloca - no endotélio do vaso – fluxo 
fica turbulento e aumenta a pressão) ou 
trombo (formação de um novelo de 
plaquetas ou própria placa de ateroma 
que se desloca – embolo). A frente da 
área ocluída fica sem irrigação – infarto 
(morte tecidual), dependendo da 
extensão, é muito incapacitante 
 
• Ruptura: Sangramento – Hemorragia. Há 
dois caminhos: Aneurisma (há um 
abaulamento do vaso seguido de uma 
ruptura, mas tem aneurismas que não 
rompem – quando rompe é AVC 
hemorrágico) ou MAV (Mal formação 
arteriovenosa – emaranhado de artéria 
e veia) 
 
− Etiologia: aterosclerótica ou trombo-
embólica (AVC isquêmico); aneurismas 
e malformações arteriovenosas (AVC 
hemorrágico). 
− Incapacidade é variável: Varia de 
acordo com local e extensão da lesão; 
estilo de vida pré-AVC; suporte familiar e 
social pós-AVC. 
 
Fatores de risco: 
• Quanto maior a idade, maior o risco; 
homens e população negra são mais 
suscetíveis – Não modificáveis 
• HAS, fator de risco mais comum, DM, 
doenças cardíacas, colesterol alto, 
sedentarismo, uso de drogas, 
obesidade, anticoncepcionais, etilismo, 
hipercolesterolomia, tabagismo – 
Modificáveis 
 
− Até a 4ª década, temos poucos vasos 
sanguíneos colaterais (compensam os 
vasos principais), por isso AVC em 
pessoas mais novas 40-50 anos sofrem 
mais sequelas 
− Sua produção é mais frequente a partir 
dos 40 anos 
 
− AVC Hemorrágico é muito mais grave, 
pois o sangue é altamente toxico e 
irritante no SN. O encéfalo fica 
encharcado e “frita”, pegando uma 
área muito maior. 
 
AVC Isquêmico: 
− Nas primeiras 24h de AVC ocorre a 
Penumbra Isquêmica: 
− Área ao redor do vaso (núcleo da 
isquemia) ocorre uma área de lesão 
irreversível 
 
− Ao redor da área de lesão irreversível 
forma-se a área de penumbra 
isquêmica, ou seja, área de lesão 
recuperável (tem em torno de 25-50% 
de FSC a menos – fluxo sanguíneo 
cerebral) – área de baixo fluxo 
sanguíneo, mas ainda tem alta taxa de 
O2. 
− Caso não tenha o devido suporte, essa 
área de penumbra não se recupera e 
torna lesão irreversível. 
− Essa área é presente em todo AVC 
isquêmico. 
 
− Não é indicada mobilização precoce 
nas primeiras 24h. Devemos fazer 
posicionamento no leito (para evitar 
padrões) e suporte ventilatório. 
− Do pouco fluxo sanguíneo da área da 
lesão, passa-se a extrair mais O2 para se 
manter vivo, o exercício iria extrair mais 
O2 e necessitar de mais aporte 
sanguíneo, podendo favorecer 
necrose, área de penumbra perde a 
possibilidade de recuperação. 
 
 
− Primeiro momento tem a área de 
penumbra - duração cerca de 24h (as 
primeiras 24h) 
− Frente à agressão no SN, após as 24h, o 
tecido nervoso inicia um processo de 
edema, ocorrendo de 2 maneiras (intra 
e extracelular): 
 
Edema: 
− Dentro da célula nervosa: Aumento de 
volume dos neurônios - edema 
citotóxico, ocorre por conta de um 
desbalanceamento de eletrólitos, 
havendo um aumento da entrada de 
cálcio no neurônio, isso ocorre por 
causa do neurotransmissor glutamato 
(quimiotaxia) que irá para região de 
inflamação/isquemia, onde acelera e 
estimula a entrada de cálcio dentro da 
célula - ocorre uma apoptose (morte do 
neurônio). O edema ocorre porque tem 
muito cálcio entrando de uma vez. 
− Edema citotóxico é pior pois literalmente 
mata o neurônio 
 
Em resumo, o edema citotóxico: 
➢ Aumento de volume do neurônio = 
Entrou muito cálcio = Cálcio entrou 
devido à afinidade do glutamato = 
Glutamato é o neurotransmissor atraído 
para área de isquemia = Quando 
chega na célula, glutamato coloca 
muito cálcio = Muito cálcio na célula = 
Morte celular por apoptose. 
 
− Fora da célula nervosa: Aumento de 
volume entre os neurônios = Edema 
Vasogênico, ou seja, extracelular. Tem 
menor gravidade. 
 
Derivação: 
− Instrumento colocado dentro da 
cabeça que afere a pressão 
intracraniana (PIC) - Pcte tá na UTI. 
− Aumento do volume da cabeça 
significa aumento da pressão. Isso é 
péssimo, uma vez que a calota 
craniana é fechada. 
− PIC normal: 15-20 cm H20. 
− Momento de edema: PIC acima de 20 
cmH20 
 
− Pico do Edema: 3 a 4 dias depois tende 
a reduzir. 
− Não se faz fisio motora com hipertensão 
craniana (período de edema), fazemos 
fisio respiratória, suporte ventilatório e 
posicionamento do leito. 
 
Ataque Isquêmico Transitório (AIT) 
− Não é um AVC 
− Trata-se do aparecimento de todos 
sinais e sintomas clássicos de avc 
isquêmico, porém ele cessa em menos 
de 24h 
− Déficit neurológico focal irreversível, 
transitório com duração máximade 24h 
− Ou seja, para ser AVC os sinais e 
sintomas devem durar mais de 24h, 
durando menos é AIT - É um “aviso.” 
− Pacientes com AIT tem risco de 15% de 
um AVC subsequente em 90 dias. 
− O ataque é sempre por oclusão - 
isquemia, nunca por hemorragia. 
 
 
AVC Hemorrágico: 
− Menos recorrente que isquêmico, 
porém mais grave, com maiores 
chances de óbito e sequelas irreversíveis 
e incapacitantes (são maiores), uma vez 
que o sangue é extremamente toxico 
ao tecido nervoso e é difícil interromper 
o derramamento. 
− Só é AVCH é quando há derramamento 
de sangue, um aneurisma sem romper 
não é AVCH. 
− A única forma de drenagem é em 
centro cirúrgico. 
 
Há dois tipos de AVCh: 
− Hemorragia intracerebral (HI): Ocorre 
no parênquima cerebral. Essa é mais 
grave. 
− Hemorragia subaracnóidea (HSA): 
Ocorre no espaço aracnoide (entre a 
primeira e terceira camada) 
 
 
 
 
 
Aprenda os Sinais e Sintomas: 
✓ Assimetria de face (boca torta) - 
Hemiplegia (sem movimento de um 
lado, redução/flacidez do tônus). Nem 
todos AVC causa assimetria de fase, por 
isso é necessário continuar as 
interpretações. Dependendo da artéria 
cerebral não há acometimento da 
face, pois não a irriga. 
− ACM é que mais acomete e ela irriga a 
face, por isso entrou no panfleto. 
 
✓ Perda/ diminuição da força muscular de 
um hemilado (um MS e MS): Geralmente 
lado contralateral, lembrar da 
decussação das pirâmides. Se pede 
para pcte levantar um braço ou ficar 
em pé 
 
✓ Disartria ou afasia: Dificuldade em falar 
palavras (a palavra não sai inteira) e 
afasia onde não fala. Em primeiro 
momento, apresenta disartria podendo 
evoluir para afasia. 
 
Chame o SAMU: 
S: Sorria 
A: Abrace 
M: Musica 
U: Urgente, chame o samu 
 
Além disso: 
− Cegueira transitória de um olho - 
Amaurose fugaz. É um dos sintomas que 
pode voltar, exceto quando acomete 
cerebral posterior. 
− Cegueira monocular transitória 
(amaurose fugaz) – isquemia no território 
da artéria central da retina (ramo da a. 
oftálmica). 
− Alteração de visão: turvação ou perda 
da visão, especialmente de um olho; 
episódio de visão dupla; sensação de 
"sombra" sobre a linha da visão. 
− Muito difícil pcte com mais de uma 
semana ainda ter. Perda de visão é 
muito difícil. 
 
 
− Como um lado não funciona, quando se 
contrai, toda a musculatura é contraída 
para o lado não comprometido (nesse 
caso a fase direita tá comprometida). 
 
Fisiopatologia 
− Interrupção de FSC (fluxo sanguíneo 
cerebral) e privação de oxigênio e 
glicose – cascata isquêmica 
− O cérebro tem uma grande demanda 
de energia e poucas reservas 
metabólicas. 
− Necessita de uma rica e contínua 
perfusão de sangue. 
− Conhecimento da anatomia cérebro-
vascular: sintomas, diagnóstico 
disfuncional e gerenciamento do AVC. 
− O encéfalo não tem reserva pois gasta 
muito (usa o tempo todo) e não tem 
onde guardar - Por isso exige alta 
demanda de sangue. 
 
Artérias que irrigam o encéfalo 
Há duas entradas para o encéfalo: 
Ou seja, o AVC vai vir de um dos lados 
 
✓ Circuito anterior: sistema carotídeo 
interno 
− Parte do arco da Aorta: A. carótida 
interna – ramos: aa. cerebral anterior e 
média; a. coróidea; aa. comunicantes 
anterior e posterior; a. oftálmica (por isso 
a amaurose fugaz). 
− Se tem amaurose fugaz já se sabe que é 
circuito anterior. 
 
✓ Circuito posterior: sistema vértebro-
basilar 
− Parte da A. subclávia: A. vertebral – a. 
basilar – a. cerebral posterior. 
 
 
 
− Região irrigada pela ACM é a mais 
acometida. Devido ao seu 
posicionamento e facilidade para 
depósito de ateroma. 
 
 
A partir da região que a artéria irriga, 
determinaremos os comprometimentos. 
 
ACA e ACM – Circuito anterior 
ACP – Circuito posterior 
 
 
Face superolateral e medial 
ACA – Pega muito região de lobos frontal 
e parietal, 
ACM – Pega muito o córtex (a parte mais 
especializada do encéfalo) 
 
 
 
Síndrome da ACA 
− Alimenta face medial do hemisfério 
cerebral: 
• Lobo frontal – função motora giro pré 
central, fala, etc 
• Lobo parietal – função sensorial, giro pós 
central), 
• núcleos da base, 
• cápsula interna (região de passagem 
do tracto corticoespinal – como se fosse 
um funil, um tracto extremamente 
motor) anterior, 
• Parte anterior do corpo caloso (faz a 
junção dos hemisférios cerebrais – as 
informações se comunicam). 
 
− Manifestações clínicas: 
• Hemiparesia contralateral (diminuição 
ou perda parcial do movimento em um 
hemilado) – lesão do tracto 
corticoespinal lateral e perda sensorial 
(parestesia – perda parcial ou 
diminuição da sensibilidade, também 
contralateral) com predomínio crural 
(predomínio de comprometimento de 
MI, ou seja, MS e MI comprometidos, 
mas o MI está MAIS comprometido). 
• Pcte hemiparetico e com 
hemiparestesia contralateral com 
predomínio no MI. 
• Incontinência urinária (estudar quais são 
os mm e funções para usar no setor) 
• Não pega região da face e nem sempre 
tem espasticidade. 
 
 
 
Síndrome da ACM 
− Alimenta toda a face lateral do 
hemisfério cerebral (lobos frontal, 
temporal e parietal), porção posterior 
da capsula interna, coroa radiada 
(conecta o córtex com áreas 
subcorticais e o córtex com a medula 
espinal – passam os tractos), alguns 
núcleos da base. 
− A lesão da ACM é pior pois pega mais 
substancia cinzenta – área mais 
especializada 
 
− Manifestações clínicas: 
• Hemiparesia espástica contralateral (ou 
seja, sempre terá espasticidade) e 
perda sensorial da face 
(hemiparestesia), membro superior e 
inferior com predomínio braquial 
(predomínio do MS). 
• Afasia de Broca (perda da linguagem 
falada), heminegligência (não tem 
capacidade de perceber lado 
comprometido, não tem esquema 
corporal, esbarra o lado, tem 
dificuldade para enxergar o lado 
comprometido), desorganização espa-
cial (em virtude da heminegligência), 
hemianopsia (perda da metade da 
visão de um globo ocular – do lado 
comprometido, perde a visão 
periférica). 
• Nem todos terão todos, mais uma ou 
outra coisa vai aparecer 
• Pega face, MS, MI, tronco, tem 
espasticidade e predomínio braquial. 
Motor e sensorial - Contralateral. 
 
Pcte característico com heminegligência 
e desorganização espacial 
 
 
Coroa radiada: região que conecta o 
córtex cerebral às áreas inferiores do 
cérebro e da medula espinhal. 
 
Síndrome da ACP 
− Artéria mais rara de ter AVC 
− Alimenta lobo occipital e temporal, 
porção superior do TE (tronco encefálico 
– pega muito mesencéfalo), parte do 
diencéfalo e tálamo. 
 
− Manifestações clínicas: 
• Hemianestesia (perda total da 
sensibilidade), dor talâmica (dor aguda 
que não para e não tem tratamento, é 
crônica) 
• Hemianopsia, cegueira cortical 
(quando for bilateral) 
• Amnésia 
• Hemiplegia (perda total do movimento) 
contralateral – mesencéfalo 
 
Demais manifestações clínicas: 
• Consciência alterada 
• Distúrbios da fala e linguagem 
• Disfagia (dificuldade de deglutição) 
• Disfunção cognitiva 
• Estado emocional alterado 
• Disfunção perceptiva 
(esquema/imagem corporal) 
• Convulsões 
• Disfunção da bexiga e intestino 
• Disfunção cardiovascular e pulmonar 
• TVP – imobilismo 
• Osteoporose e fraturas – descarga de 
peso 
 
Homúnculo de Penfield: 
 
− Homúnculo sensorial (córtex 
somestésico primário; lobo parietal; giro 
pós-central; áreas 1, 2 e 3 de 
Broadman): sensibilidade tátil, de 
pressão ou a dor e própria percepção 
corporal. 
− Homúnculo motor (córtex motor 
primário, lobo frontal; giro pré-central; 
área 4 de Broadman): grau de precisão 
de movimento requerido em regiões do 
corpo. 
 
Prognóstico: 
• Imediatamente após AVE – maior risco 
de morte (8 a 20% dos casos nos 
primeiros 30 dias). 
• AVCH: mais graves – pior prognóstico 
• AVC recorrentes: fase crônica – pior 
prognostico 
• Local,extensão, cuidado precoce, 
mudança de estilo de vida. Determina 
um bom prognóstico. 
 
Avaliação e Planejamento Terapêutico: 
− Avaliação neurológica: quais habili-
dades foram perdidas e precisa 
devolver ou reaprender; quais estruturas 
e funções estão comprometidas e 
como mensurar (continuamente). Olhar 
não somente o que perdeu, mas 
também aquilo que ele ainda tem, ou 
seja, suas potencialidades. 
 
− Diagnóstico cinético funcional 
 
− Objetivos de tratamento: o sucesso 
dependerá do acerto (target). 
• Um objetivo especifico - OE (target – é a 
meta de curto prazo, muito relacionado 
à QP e habilidades motoras, voltado à 
função, ex: Promover ortostatismo, 
melhorar transferência, melhorar força 
para a marcha, melhorar equilíbrio 
estático/dinâmico para que?, melhorar 
sentar e levantar, promover (restaurar, 
desenvolver) controle de tronco na 
posição sentada), 
• Vários objetivo geral (OG) (alimenta o 
objetivo especifico, ex: Oe é melhor 
controle de tronco na posição sentada, 
os OGS seriam fortalecer o CORE, 
melhorar controle postural na posição 
sentada, estimular mudanças de 
decúbito, melhorar coordenação 
motora, melhorar propriocepção, 
diminuir quadro álgico) é usado na 
neuro. Devemos considerar a escala de 
barthel. 
 
− Programação de tratamento: Metas a 
curto, médio e longo prazo – 
direcionada para capacitar ou otimizar 
as funções do paciente. Na neuro, curto 
prazo é 3 meses. Portanto, devemos 
reavaliar neste período. Se o pcte não 
senta, mas quer andar, andar seria a 
longo prazo. 
 
− Determinar o prognóstico 
 
− Orientações para o domicílio 
(arquitetônico, portanto, devemos 
perguntar ao pcte), cuidadores (tá se 
comprometendo, com dores devido às 
transferências, etc) e familiares. 
 
− Encaminhamentos (psicólogo, nutri-
cionista, fonoaudiólogo. 
 
− Registro diário de atendimento (anotar 
tudo o que é feito durante a sessão, é 
obrigatório.) 
 
Função da reabilitação neurofuncional 
− Diagnosticar e tratar disfunções de 
movimentos e aumentar as habilidades 
físicas e funcionais do paciente. 
− Prevenir a progressão da incapacidade, 
as limitações funcionais e as 
deficiências resultantes da doença, 
distúrbios ou lesões. 
− Atuar na interface movimento / 
habilidade 
− Transformar a incapacidade em 
possibilidades funcionais. 
 
Classificação Internacional de 
Funcionalidade (OMS-CIF) 
− Enfatizar e valorizar o que o paciente 
consegue fazer e não o que o paciente 
está incapacitado em fazer. 
− Envolvimento em uma situação de 
VIDA! 
− Aspectos que devem ser ressaltados: 
fatores pessoais, contexto da tarefa. 
− Na UNOESTE não utilizamos, pois usamos 
o DCF, mas tem lugares que utilizam a 
CIF para o diagnóstico disfuncional 
 
Posicionamento Funcional: 
 
Pcte agudo, acamado 
 
− No pcte AVC, já sabemos que irá evoluir 
com padrões clássicos, portanto 
devemos posicionar para evitar / 
prevenir contraturas, deformidades e 
padrões anormais. 
− Ou seja, manter as articulações em 
posição neutral. 
− Dar orientações para domicilio 
 
 
 
 
Fisioterapia a nível hospitalar 
 
 
Uso de bolas suíça para dissociação 
 
Atividades em grupo 
 
Ponte em suspenção 
 
 
Hidroterapia 
 
 
Posição de gato 
 
 
Treino de marcha 
ff E 
 
m Assuntos prova: 
• PNF, 
• AVC, 
• Paralisia facial central e periférica 
• Atividades avaliativas 
 
Fisioterapia: 
− Simetria corporal, facilitar movimentos, 
estimulação sensorial, estimular cada 
membro individualmente, estimular 
hemicorpo afetado nas atividades 
funcionais, transferência de peso para 
hemicorpo comprometido em todas 
posturas, propriocepção. 
− Fisioterapeuta deve posicionar-se do 
lado negligente 
 
 
 
 
 
− A recuperação é boa, principalmente 
na periférica 
− Há dois tipos: Periférica e central 
− Devemos pensar quais músculos estão 
comprometidos, pois são muitos e estão 
muito próximos, porem cada um com 
uma ação especifica. 
− Os músculos comprometidos são os 
músculos da expressão facial, os da 
mastigação são menos comprometidos 
− Determinada contração do m. gera 
uma expressão na face - A inserção dos 
mm da face é na pele - por isso gera a 
expressão, ou seja, na paralisia da face, 
a face não tem movimento. 
 
Paralisia Facial Central (PFC) X Paralisia 
Facial Periférica (PFP): 
ACA: 
Artéria Cerebral Anterior 
− Lobos frontal e parietal 
− Núcleos da base 
− Capsula interna anterior 
− Corpo caloso anterior 
• Hemiparesia e parestesia contralateral com 
predomínio crural 
• Incontinência urinaria 
ACM: 
Artéria Cerebral Média 
− Lobos frontal, temporal e 
parietal 
− Capsula interna pocsterior 
− Coroa radiada 
− Núcleos da base 
• Hemiparesia espástica e parestesia da face, MI e 
MS contralateral com predomínio braquial. 
• Afasia de Broca, Heminegligência, 
Desorganização espacial, Hemianopsia. 
ACP: 
Artéria Cerebral Posterior 
− Lobos occipital e temporal 
− Tronco encefálico superior 
− Diencéfalo 
− Tálamo 
• Hemianestesia, Dor talâmica 
• Hemianopsia e cegueira cortical 
• Amnesia, Hemiplegia contralateral – 
mesencéfalo 
− O lado contraído geralmente está muito 
contraído pois o outro lado está 
paralisado, então fica sobrecarregado 
 
A- Quadrante inferior sem expressão, resto 
funcional 
B- Uma hemiface paralisado 
O termo mais correto é hemiface mesmo 
 
 
Tracejado - paralisado 
A- Periférica (hemilado inteiro paralisado) 
B – Central (Quadrante inferior paralisado) 
 
− O quadrado indica a lesão, sendo supra 
nuclear e infranuclear 
 
− Há 3 motoneuronios superiores saindo 
do córtex direito chegando até 
periferia, terminam pelo nervo, o mesmo 
do lado esquerdo. 
 
− Todos os nervos tem núcleos que fazem 
conexão SNC-SNP, no caso das 
paralisias faciais, estamos falando do n. 
facial (VII) 
 
Lesão Supra Nuclear: 
− Acima do núcleo e no próprio núcleo, 
ocorre no SNC 
− Gera paralisia facial central 
 
− Os quadrantes superior e inferior 
ipsilateral e superior contralateral têm 
reforço dos motoneuronios do outro 
hemisfério. 
− Já o quadrante inferior contralateral não 
possui reforço 
− Por isso nas lesões supranucleares o 
quadrante acometido sempre será o 
quadrante inferior contralateral. 
− Ou seja, nas paralisias faciais centrais a 
região paralisada será contralateral 
inferior a lesão. 
− Ex: Lesão supra nuclear direita irá 
comprometer quadrante inferior 
esquerdo, pois não há motoneuronio do 
outro hemisfério compensando 
Na lesão central, os 3 
motoneurônios estão 
inervando 3 regiões e 
do outro lado há 3 
reforços 
1 - Quadrante 
superior contralateral 
2 - Quadrante inferior 
contralateral 
3 - Quadrante 
superior ipsilateral 
 
 
 
Lesão Infranuclear: 
− Abaixo do núcleo 
− Já é apenas no nervo - SNP 
− Gera paralisia facial periférica 
 
 
− Ex: Lesão infranuclear a esquerda, tudo 
que vem abaixo não consegue mover, 
pois foi abaixo da decussação. Ou seja, 
o lado comprometido é o mesmo da 
lesão, neste caso, toda a hemiface 
esquerda. 
− Paralisia facial periférica é devido a 
lesão infranuclear, sempre ocorrendo 
do lado ipsilateral a lesão, em ambos os 
quadrantes, ou seja, toda a hemiface 
ipsilateral. 
 
− Importante lembrar que se o orbicular 
dos olhos não contrai, o olho não fecha. 
 
Paralisia Facial Central (PFC) 
Fisiopatologia: 
− Lesão no tracto cortico-nuclear ou do 
neurônio motor superior. Causada por 
lesões supranucleares localizadas 
acima do nível do núcleo facial. 
− Preservação da movimentação da 
fronte (testa) e paralisia dos movimentos 
da musculatura facial inferior 
contralateral à lesão na solicitação da 
movimentação voluntária, entretanto 
pode haver contração involuntária 
desta musculatura como manifestação 
emocional. 
 
− Sem comprometimento dos compo-
nentes sensitivos (salivação e gustação) 
do nervo facial.− N. facial: responsável pela sensibilidade 
gustativa nos dois terços posteriores da 
língua. N facial é misto (moto e 
sensitivo), mas na pfc não acomete 
sensitivo. 
 
− As lesões estão situadas na via 
exclusivamente motora do nervo facial 
(VII par), encontrada na área motora 
cortical cerebral. 
− Causa principal da PFC: doenças 
vasculares (aneurismas e acidentes 
vasculares cerebrais – geralmente AVC 
de ACM) 
− Outras causas: lesões devido a tumores; 
processos degenerativos; desmie-
linizantes (esclerose múltipla); infecções 
e traumatismos cranioencefálicos. 
 
− A PFC costuma vir acompanhada de 
outras manifestações neurológicas (pois 
não vai pegar somente região dos 
motoneuronios do N. facial do córtex, 
pegando outras regiões) como 
hemiplegia, disartria, hemiparesia do 
mesmo lado que ocorreu a paralisia, 
também déficit de linguagem. 
 
O lado 
contralateral e 
lado ipsilateral se 
juntam no núcleo, 
formando o nervo, 
com isso se o lesar 
abaixo do núcleo 
já será o nervo. 
Com isso irá 
paralisar toda a 
hemiface, do lado 
ipsilateral a lesão. 
 
 
− É mais rara que a periférica e tem 
prognóstico ruim 
 
Manifestações clínicas: 
− Desvio da rima bucal para o lado não 
paralisado 
− Apagamento do sulco nasolabial 
− Ausência da contração do platisma 
(fica no pescoço) do lado paralisado 
− Queixas de dificuldade de ingestão de 
líquidos = líquido escorre pela comissura 
labial do lado oposto, devido a 
impossibilidade de fechamento 
completo da boca 
− Mastigação também pode estar 
prejudicada, devido a paralisia do 
músculo bucinador 
− Impossibilidade / dificuldade em 
assoprar e assobiar – devido a 
incapacidade de protrusão dos lábios e 
perfeito fechamento 
− Disartria: Em geral discreta, paralisia do 
orbicular da boca, apresenta 
dificuldade em falar consoantes 
bilabiais e labiodentais (pbmfv). 
 
Avaliação Funcional da Face: 
− Preservação da movimentação 
voluntária da testa 
− Preservação da movimentação reflexa 
e voluntária dos olhos 
− Comprometimento funcional da 
movimentação e tônus da região nasal 
− Comprometimento da movimentação 
involuntária para o sorriso 
− Comprometimento funcional da 
movimentação voluntária da região dos 
lábios em todos os casos 
 
− Avaliação do tônus e reflexos da face: 
• Hipertonia muscular (no musculo 
paralisado) e hiperreflexia. 
 
Paralisia Facial Periférica (PFP) 
− Acometimento do nervo facial em 
qualquer ponto de seu trajeto, que se 
inicia a partir de seu núcleo, localizado 
na ponte, e vai até as suas ramificações 
mais distais. 
− Paralisia de Bell 
− Prognóstico é geralmente bom, 
havendo recuperação completa em 
torno de 80% dos casos. 
− Causa idiopática 
 
Fisiopatologia: 
− Lesão infranuclear 
− Acomete toda a hemiface 
− Dupla inervação das fibras córtico-
nucleares provenientes de ambas as 
metades do córtex que se dirigem para 
cada um dos núcleos do nervo facial 
 
Preserva 
movimentos de 
testa e 
sobrancelha 
 
Perda do sulco 
nasolabial e 
queda do lábio 
inferior 
Manifestações Clinicas: 
− Alterações na sensibilidade gustatória 
− Queixa de lacrimejamento excessivo ou 
redução (do lado comprometido) 
− Hiperacusia (aumento da sensibilidade 
auditiva) 
− Apagamento dos sulcos frontais 
ipsilateral, diminuição do piscamento 
− Face assimétrica tanto em repouso 
como em tentativa de movimento 
voluntário. 
− Comprometimento psicológico / social 
 
 
Fraqueza do m. orbicular dos olhos 
 
 
Sulco nasolabial 
 
 
Desvio da rima bucal (Rima é abertura) 
− Olho não fecha - lado paralisado 
− Sinal de Bell: Ao tentar fechar as 
pálpebras, o globo ocular gira para 
cima 
− Sinal de Negro: Ao tentar fechar as 
pálpebras, o globo ocular desvia para 
lateral 
− Epífora: Lacrimejamento excessivo 
− Logoftalmo: Aumento da rima palpebral 
− Sinal do nariz em vírgula para lado não 
comprometido 
− Sinal do desvio da rima bucal 
− Apagamento do sulco naso labial 
− Reflexo mentoniano (mentual ou 
mandibular): Se mantem integro pois é 
feito pelo n. Trigêmeo. 
− Reflexo corneano/corneopalpebral: 
Realizado pelo n. Trigêmeo e n. Facial. 
− Reflexo nasopalpebral 
− Reflexo de piscar (n. óptico e n. facial) 
 
 
Reflexo nasopalpebral: Percussão na 
região entre pálpebras acima do nariz, se 
espera piscar o olho 
 
Reflexo corneano: Com um objeto e faz 
um movimento em direção aos olhos, se 
espera fechar os olhos. 
 
Reflexo mandibular: Percuta leve, decima 
para baixo o queixo. 
 
Avaliação: 
− Teste do escape: Insuflar a bochecha 
− Elevar o lábio superior com uso de 
espátula 
− Teste de preensão: Pequeno, médio e 
grande calibre 
− Sensibilidade da face: N trigêmeo - 
ramos nervo oftálmico, nervo maxilar e 
nervo mandibular 
 
Avaliação do trigêmeo sensitivo 
 
− Avaliação do tônus muscular e reflexos 
da face: 
• Hipotonia e hiporeflexia - musculatura 
flácida no lado da lesão 
• Sincinesia: Movimentos involuntários de 
grupos musculares que não estão 
associados ao movimento principal 
solicitado. famoso tic. Geralmente é 
uma sequela, devemos evitar, pois é 
difícil recuperar/diminuir. Cuidado ao 
solicitar a contração de muitos 
músculos. 
− Axônios motores podem reinervar outros 
músculos que não os inervados antes, 
resultando em movimentos não 
desejados quando os neurônios ficam 
ativos. 
 
Tratamento para PCP: 
− Massagens: efeito circulatório que eleva 
o metabolismo circular e estimula o 
trofismo muscular. São importantes 
também para estimular os receptores 
proprioceptivos. 
− Cinesioterapia (movimentos da 
expressão facial, biquinho etc) - 
músculos da face 
− Kabat de cabeça e pescoço 
− Crioterapia (utilizamos para estimulo, 
não mantida - mov rapidos respeitando 
sentido da fibra solicitando contração) 
− Eletroestimulação muscular: pontos 
motores (com a caneta de ponto motor, 
a placa deve tomar cuidado com a 
placa pois pode pegar muitos musculos) 
− Lazerterapia (arseneto de galio - 
estimula a microcirculação) 
− Dessensibilização 
− Bandagem 
− Encher bexiga fadiga musculatura 
muito rápido, chiclete também 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados, orientações e 
encaminhamentos 
− Proteger o olho (manter córnea 
hidratada). A manutenção do olho 
aberto pode causar úlcera de córnea 
− Beber água: Utilizar canudo (utiliza a 
musculatura) 
− Encaminhamentos: oftalmologista, 
fonoaudiólogo, psicólogo. 
− Homework (tarefa de casa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade avaliativa: caso clínico 
Um executivo de 54 anos chegou à 
unidade de emergência queixando-se de 
dor repentina no tórax e braço esquerdo. 
Estava pálido, diaforético e dizia sentir 
náuseas. Relatou que fuma uma carteira 
de cigarros por dia e apresenta 
hipertensão arterial e níveis de colesterol 
elevados. Tem também diabetes e 
apresenta uma história de aterosclerose e 
doença arterial coronariana (DAC). Após 
realizar exames, foi indicado cateterismo 
cardíaco de urgência que revelou uma 
obstrução do ramo descendente anterior 
da artéria coronária esquerda. A 
revascularização miocárdica foi 
imediatamente agendada, e após a 
cirurgia, permaneceu na UTI por 72 horas. 
Já na enfermaria, no quinto dia de pós-
operatório, após o banho de asperção, 
paciente apresentou sonolência, afasia e 
amaurose fugaz. A equipe foi acionada e 
ao avaliar o paciente notou também 
hemiparesia do membro inferior esquerdo 
e hemiplegia do membro superior 
esquerdo e desvio da rima bucal à direita. 
Foi encaminhado para tomografia 
computadorizada, a qual demonstrou 
sinais de acidente vascular cerebral 
isquêmico e encaminhado imediatamente 
para terapia trombolítica. Vinte quatro 
horas após o episódio, não referiu mais 
amaurose fugaz, entretanto a o desvioda 
rima bucal à direita e hemiplegia do 
membro superior esquerdo permaneceram 
e a hemiparesia do membro inferior 
esquerdo evoluiu para uma hemiplegia. A 
afasia persistiu e sua esposa (que estava de 
acompanhante), relatou que ele começou 
a apresentar engasgos durante as 
refeições. O fisioterapeuta avaliou o 
paciente antes de iniciar a intervenção e 
detectou hipotonia do hemilado esquerdo, 
hiporreflexia de reflexos tendinosos, 
tumefação da mão esquerda e dor na 
ADM ativa de flexão e abdução do ombro 
esquerdo. O paciente conseguiu sentar no 
leito com auxílio do terapeuta para 
algumas avaliações rápidas, mas logo 
sinalizou que queria deitar no leito. Não foi 
capaz de se sustentar de pé. A esposa 
relatou que ele não está conseguindo 
cortar os alimentos durante as refeições e 
precisa de ajuda no banho. A fisioterapia 
teve início de imediato. Durante a terapia, 
a esposa se abriu com o fisioterapeuta e 
disse estar com dores da coluna porque o 
marido é pesado e tem dificuldade para 
transferir. Também disse que está 
preocupada pois não trabalha fora, e o 
marido quem é o provedor da casa. 
Acredita que terá que morar com a sogra 
quando o marido receber alta hospitalar, e 
disse que não tem dinheiro para pagar 
fisioterapia particular em domicílio. 
a) Determine os fatores de risco 
modificáveis e não modificáveis para o 
AVC relacionados ao caso. 
Fatores de risco modificáveis: Paciente 
fuma uma cartela de cigarros por dia - 
tabagismo, é portador de hipertensão 
arterial, diabetes mellitus, 
hipercolesterolomia e com histórico de 
doença arterial coronariana. 
Fatores de risco não modificáveis: Paciente 
ser homem. 
 
b) Indique o circuito envolvido e a artéria 
cerebral envolvida no AVC. 
O circuito envolvido é o anterior, uma vez 
que acometeu a artéria cerebral média 
direita. 
 
c) Faça o diagnóstico cinético-funcional. 
Comprometimentos: 
• Desvio da rima bucal à direita, 
• Hemiplegia do membro superior 
esquerdo, 
• Hemiplegia do membro inferior 
esquerdo, 
• Afasia, 
• Hipotonia do hemilado esquerdo, 
• Hiporreflexia de reflexos tendinosos, 
• Tumefação da mão esquerda 
• Dor na ADM ativa de flexão e abdução 
do ombro esquerdo. 
 
Disfunções: 
• Senta com auxilio permanecendo por 
pouco tempo 
• Dificuldade de deglutição (disfagia). 
 
Limitações: 
• Não sustenta posição ortostática, 
 
Incapacidades: 
• Não consegue cortar a própria comida, 
• Necessita de auxílio para higiene 
pessoal (banho), 
• Não consegue trabalhar. 
 
d) Crie o objetivo específico e gerais de 
curto prazo. 
✓ Objetivo específico: 
• Promover controle de tronco em 
posição sentada para auxiliar em 
transferências 
 
✓ Objetivos gerais: 
• Reduzir quadro álgico, 
• Melhorar tônus muscular, 
• Estimular mudanças de decúbito, 
• Promover dissociação de cintura 
pélvica e escapular, 
• Reduzir tumefação, 
• Prevenir contraturas e deformidades, 
• Desenvolver motricidade fina para 
alimentação. 
 
e) Crie uma programação de tratamento a 
curto prazo. 
Corrente interferêncial: 
Aplicação de corrente interferencial 
tetrapolar vetorial na seguinte 
configuração em ombro esquerdo: 
• Frequência: 4000Hz 
• AMF: 120 Hz 
• Delta f: 60 Hz 
• Slope: 1/5/1 
• Intensidade: Normal 
• Tempo: 15 minutos 
• Posicionamento dos eletrodos: Um na 
região anterior do ombro, um na região 
posterior, um no m. tríceps braquial e um 
no m. bíceps braquial. Paciente em DD. 
 
Exercício de ponte: 
Paciente em decúbito dorsal, com joelhos 
fletidos e pés apoiados na maca, eleva 
(extensão) o quadril por 5 a 10 segundos e 
volte para a posição inicial. Fisioterapeuta 
no ponto chave quadril para facilitar o 
movimento. Realizar 3x de 12 repetições 
com intervalo de 30seg – 1min. 
 
Exercício de rolamento: 
Paciente em decúbito dorsal apoia 
tornozelo direito em joelho esquerdo, 
através do auxílio do fisioterapeuta (nos 
pontos chaves quadril e ombro), rola para 
lado esquerdo, permanecendo em 
decúbito lateral por 10 segundo, 
retornando à posição inicial em seguida. 
Realizar 3x de 8 repetições com intervalo 
de 30seg – 1min. 
 
Exercício de rotação de quadril: 
Paciente em decúbito dorsal, com joelhos 
fletidos, pés apoiados na maca e braços 
abduzidos à 90°. Deve rodar lateralmente o 
quadril visando encostar os joelhos na 
maca, ao mesmo tempo em que roda o 
tronco para tocar uma mão na outra. 
Realizar em ambos os lados, porém com 
auxílio do terapeuta durante a realização 
no lado comprometido. 3x de 10 repetições 
com intervalo de 30seg – 1min. 
 
Exercício ativo resistido de diagonal em 
membro superior - PNF: 
Paciente em decúbito dorsal partindo da 
diagonal padrão extensora (extensão com 
adução e rotação interna de ombro, 
flexão de punho e dedos) deve ir para 
diagonal de flexão com abdução e 
rotação externa de ombro, extensão de 
punho e dedo. Inicialmente fisioterapeuta 
faz o movimento de forma passiva para 
demonstrar a forma correta e em seguida 
passa a exercer resistência durante 
movimento ativo do paciente, sempre 
dando os devidos comandos verbais (leve 
sua mão para fora e para cima) e 
orientando quanto ao contato visual do 
paciente. Realizar 2 séries de 10 repetições 
com intervalo de 30seg – 1min. Utilizar 
membro menos comprometido - MSD para 
irradiar para MIE. 
 
Exercício ativo resistido de diagonal em 
membro inferior - PNF: 
Paciente em decúbito dorsal partindo da 
diagonal de extensão com adução e 
rotação externa do quadril, plantiflexão e 
flexão dos dedos deve ir para diagonal de 
flexão com abdução e rotação interna do 
quadril, dorsiflexão e extensão dos dedos. 
Inicialmente fisioterapeuta faz o 
movimento de forma passiva para 
demonstrar a forma correta e em seguida 
passa a exercer resistência durante 
movimento ativo do paciente, sempre 
dando os devidos comandos verbais (leve 
pé para cima, dobre o joelho para cima e 
para fora.) e orientando quanto ao 
contato visual do paciente. Realizar 2 séries 
de 10 repetições com intervalo de 30seg – 
1min. Utilizar membro menos 
comprometido – MID para irradiar para 
MSE. 
 
Alongamento passivo de tríplice flexão: 
Paciente em decúbito dorsal, 
fisioterapeuta realizará passivamente os 
movimentos de flexão de quadril e joelho e 
dorsiflexão de tornozelo. Deve manter por 
30 segundos e retornar à posição inicial. 
Realizar 5x em cada membro, com 
intervalo de 30 seg – 1 min. 
 
Exercício ativo de motricidade fina: 
Paciente sentado com apoio, 
fisioterapeuta apresenta uma caixa com 
vários furos de diferente tamanhos e 
valores. O objetivo do paciente é colocar o 
máximo de bolinhas em seu respectivo furo 
no período de 30 segundos. Ao final do 
tempo, terapeuta e paciente somam a 
quantidade de pontos obtidos, ao qual as 
bolas menores possuem maior pontuação. 
Realizar 3x motivando o paciente a 
aumentar sua pontuação a cada 
tentativa. 
 
f) Reflita sobre a situação social e 
emocional da família e escreva qual seria 
sua postura, qual seria seu posicionamento 
neste caso. 
Em decorrência aos fatos 
apresentados, agindo eticamente o 
fisioterapeuta responsável deve 
encaminhar a família para um assistente 
social, para auxiliar na questão financeira 
em virtude de o marido ser o provedor de 
renda da casa. Além disso, deve haver 
encaminhamento para psicólogo tanto 
para esposa quanto para o marido, 
visando apoio emocional para passar por 
este momento turbulento de uma forma 
menos sofrida. 
 
Roteiro aula prática 
A filosofia do Conceito Neuroevolutivo dita 
que a intervenção terapêutica, em 
pessoas com fisiopatologia do SNC, pode 
melhorar ou restaurar a função. As Técnicas 
de tratamento se dividem em técnicas de 
facilitação, inibição e estimulação através 
de pontos chaves, estimulação tátil e 
proprioceptiva. A seguir as principais 
técnicas utilizadas:1. Pontos Chaves: 
As técnicas de inibição e facilitação são 
guiadas pelo uso dos pontos chaves. 
Utilizado para manusear o paciente e 
influenciar no tônus muscular, conforme o 
paciente aprende o movimento e melhora 
a coordenação motora o suporte dado 
pelo fisioterapeuta deve diminuir, ou seja, ir 
de pontos chaves proximais para distais. 
São pontos chaves proximais: cabeça, 
ombro, esterno e quadril, e pontos chaves 
distais são cotovelo, punho, joelho e 
tornozelo. Os pontos chaves viabilizam a 
execução das técnicas de inibição e 
facilitação, bem como estimulação tátil e 
proprioceptiva. Os pontos chaves são 
articulações e deve-se evitar o toque nos 
ventres musculares, pois podem causar 
alteração no tônus devido ao estímulo de 
receptores de estiramento, o toque deve 
ser realizado com a palma da mão e 
permitir o movimento não segurando a 
articulação com força. 
 
2. Inibição e facilitação: 
Dependendo do manuseio ora inibi ora 
facilita o movimento. Inibe porque ocorre 
em posturas que não desenvolvem reflexos 
patológicos, ou seja, a inibição é a 
habilidade de refrear um movimento em 
favor de outro e facilita porque possibilita 
alinhamento biomecânico adequado ao 
alongamento e contração (*CUIDADO: o 
manuseio com musculo espástico deve ser 
de forma lenta, pois movimentação brusca 
gera aumento de tônus muscular). 
 
3. Estimulação tátil e proprioceptiva: 
São técnicas que aumentam o tônus 
postural e regulam a ação conjunta dos 
músculos agonistas, antagonistas e 
sinergistas. Estas técnicas são embasadas 
em estimulação tátil e proprioceptiva, com 
a somação de estímulos por repetição, o 
estímulo pode ter origem no corpo do 
paciente ou no ambiente. São 
consideradas técnicas de estimulação a 
transferência de peso, o tapping, o placing 
e o holding. 
 
3.1- Transferência de peso: Causa pressão 
e recrutamento de unidades motoras, além 
de liberar outros segmentos que não estão 
sustentando o peso para executar o 
movimento. SEM TRANSFERÊNCIA DE PESO 
NÃO HÁ MOVIMENTO. Deve-se realizar 
transferência de peso para frente para trás, 
para os lados e diagonalmente em várias 
posições e atividades. 
 
3.2- Plancing e holding: São técnicas que 
envolvem a habilidade em controlar e 
manter os movimentos e as posições de 
forma automática e voluntária em toda a 
amplitude de movimento. 
• Placing: É a habilidade de interromper 
um movimento em qualquer amplitude, 
voluntariamente ou automaticamente, 
é um autoajuste postural que demanda 
um ajuste automático dos músculos às 
mudanças de postura e garante a 
harmonia do movimento normal. 
• Holding: É a habilidade de manter o 
segmento cujo o movimento foi 
interrompido na posição em que se 
colocou este segmento quando se 
realizou o placing. 
 
3.3-Tapping: É um meio de aumentar o 
tônus postural pelo estimulo tátil e 
proprioceptivo, ativar grupos musculares 
fracos, obter graduação adequada da 
inervação recíproca, estimular as REEP e 
promover padrões sinérgicos de 
movimento. O Objetivo dessa técnica é 
chegar ao placing e holding. Os tipos de 
tapping demonstrados serão: 
 
3.3.1-Pressão ou co-contração: Objetiva 
aumentar o tônus e sustentar posturas 
contra a gravidade, através da contração 
dos músculos agonistas e antagonistas. 
 
3.3.2-Deslizamento: É utilizado para ativar 
um músculo ou grupo muscular deficiente 
ou inativo, ele inibe um padrão patológico 
e facilita o padrão adequado, pela 
ativação da musculatura sinergista. Sua 
execução ocorre por um firme 
deslizamento, com os dedos do terapeuta 
estendidos pelo comprimento do músculo 
estimulado, um novo tapping deve ser 
realizado quando o perder o efeito do 
estímulo anterior. 
Atividades: 
− Ponto chave ombro, quadril e joelho 
para facilitação do rolar. 
− Exercício de ponte utilizando o tapping 
de deslizamento na região glútea e o de 
pressão para maior descarga de peso 
nos MMII. 
− Exercício de ponte utilizando placing e 
holding. 
− Reações de endireitamento na posição 
sentada. 
− Facilitação da posição sentada para 
em pé, com ponto chave quadril. 
− Utilização do placing e holding no treino 
do sentar e levantar. 
− Descarga de peso em pé. - Treino do 
passo utilizando tapping de 
deslizamento no m. tibial anterior. 
− Treino do passo utilizando placing e 
holding. 
 
Roteiro Prático: 
Reabilitação na Paralisia Facial: 
− Os padrões são a posição final do 
movimento (e assim os músculos que 
serão trabalhados). O posicionamento 
inicial deve ser o movimento oposto ao 
do padrão. 
− Todas as diagonais, tanto de MMSS 
quanto de MMII, podem acrescentar o 
movimento do cotovelo (MMSS) ou 
joelho (MMII): pode-se iniciar com a 
flexão destas articulações e partir para 
a extensão ou iniciar da extensão e 
partir para a flexão (a depender do 
objetivo terapêutico) 
− As diagonais podem ser realizadas em 
diferentes posições (Decúbitos, sentado, 
em ortostatismo) e podem utilizar toda 
ou parte da amplitude de movimento. 
 
 
O nome é pra onde queremos chegar 
 
 
Diagonais de membros superiores: 
Todo padrão flexor – Mão fechada 
Todo padrão extensor – Mão aberta 
 
Demonstração da Diagonal 1 de membro 
superior: 
A- Padrão flexor da diagonal 1: 
• Flexão com adução e rotação externa 
de ombro, flexão de punho e dedos. 
 
B. Padrão extensor da diagonal 1: 
• Extensão com abdução e rotação 
interna de ombro, extensão de punho e 
dedos – Mais utilizadas em hipertonias 
elásticas com padrão flexor de membro 
superior, neste caso pode-se utilizar a 
variante do cotovelo, saindo da flexão 
e partindo para a extensão desta 
articulação. 
 
Demonstração da Diagonal 2 de membro 
superior: 
A- Padrão flexor da diagonal 2: 
• Flexão com abdução e rotação externa 
de ombro, extensão de punho e dedos 
- Mais utilizadas em hipertonias elásticas 
com padrão flexor de membro superior, 
neste caso pode-se utilizar a variante do 
cotovelo, saindo da flexão e partindo 
para a extensão desta articulação. 
 
B. Padrão extensor da diagonal 2: 
• Extensão com adução e rotação 
interna de ombro, flexão de punho e 
dedos 
 
Diagonais de membros inferiores: 
Demonstração da Diagonal 1 de membro 
inferior: 
Pé de bailarina – Flexão plantar 
Pé de palhaço – Dorsiflexão 
 
A- Padrão flexor da diagonal 1: 
• Flexão com adução e rotação externa 
do quadril, dorsiflexão e extensão dos 
dedos. 
 
B. Padrão extensor da diagonal 1: 
• Extensão com abdução e rotação 
interna do quadril, plantiflexão e flexão 
dos dedos 
• Utilizamos o padrão flexor, porém saindo 
da flexão do joelho no início do 
movimento. 
Demonstração da Diagonal 2 de membro 
inferior: 
A- Padrão flexor da diagonal 2: 
• Flexão com abdução e rotação interna 
do quadril, dorsiflexão e extensão dos 
dedos. 
 
B- Padrão extensor da diagonal 2: 
• Extensão com adução e rotação 
externa do quadril, plantiflexão e flexão 
dos dedos

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