Buscar

ANATOMIA FUNCIONAL E BIOMECÂNICA DO SISTEMA MASTIGATÓRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
 
O sistema mastigatório é a unidade funcional do 
corpo principalmente responsável pela mastigação, 
fala e deglutição. Seus componentes também 
desempenham um papel importante no paladar e na 
respiração. O sistema é composto por ossos, 
articulações, ligamentos, dentes e músculos. Além 
disso, um complexo sistema de controle neurológico 
regula e coordena todos esses componentes 
estruturais. 
 
CONSTITUIÇÃO 
✔ Lábios; 
✔ Dentes; 
✔ Maxila e Mandíbula; 
✔ Glândulas Salivares; 
✔ Língua; 
✔ Bochechas; 
✔ Sistema Nervoso e Vascular; 
✔ Músculos; 
✔ ATM. 
 
FUNÇÕES 
✔ Mastigação; 
✔ Deglutição; 
✔ Fonação; 
✔ Respiração; 
✔ Estética; 
✔ Equilíbrio Psicossocial; 
✔ Registro de Sensações; 
✔ Comunicação de Sentimentos. 
 
SISTEMA MASTIGATÓRIO 
O sistema mastigatório tem três principais funções: 
(1) mastigação, (2) deglutição e (3) fala. 
Existem também funções secundárias que ajudam 
na respiração e na expressão de emoções. 
Todos os movimentos funcionais são eventos 
neuromusculares complexos altamente 
coordenados. 
Estímulos sensoriais das estruturas do sistema 
mastigatório (i. e., dentes, ligamentos periodontais, 
lábios, língua, bochechas, palato) são recebidos e 
integrados no GPC com ações reflexas existentes e 
engramas musculares aprendidos para alcançar 
uma função desejada. 
Uma vez que a oclusão dos dentes desempenha um 
papel principal na função do sistema mastigatório, 
uma compreensão da dinâmica desta atividade 
funcional principal é essencial. 
 
MASTIGAÇÃO 
Definida como o ato de mastigar alimentos, a 
mastigação representa o estágio inicial da digestão, 
quando o alimento é quebrado em partículas 
menores para facilitar a deglutição. Na maioria das 
vezes, trata-se de uma atividade agradável que se 
utiliza dos sentidos do paladar, olfato e tato. 
Quando uma pessoa está com fome, a mastigação é 
um ato prazeroso e que traz satisfação. Com o 
estômago está repleto, uma resposta inibe essas 
sensações. 
É uma função complexa, que lança mão não apenas 
de músculos, dentes e estruturas de suporte 
periodontal, mas também de lábios, bochechas, 
língua, palato e glândulas salivares. A mastigação é 
uma atividade funcional, geralmente automática e 
praticamente involuntária; ainda assim, quando 
desejado, pode-se facilmente ter controle 
voluntário. 
O ciclo de mastigação completo tem um padrão de 
movimento descrito como em forma de lágrima, que 
pode ser dividido em fase de abertura e fase de 
fechamento. O movimento de fechamento também 
pode ser subdividido em fase de esmagamento e 
fase de trituração. 
 
Durante a mastigação, movimentos mastigatórios 
semelhantes são repetidos diversas vezes para o 
alimento ser reduzido. Quando a mandíbula é 
analisada em um plano frontal durante um único 
movimento mastigatório, a seguinte sequência 
ocorre: na fase de abertura, a mandíbula desce da 
posição de intercuspidação até um ponto onde as 
bordas incisais dos dentes estão separadas de 16 a 
18 mm. Ela, então, move-se lateralmente de 5 a 6 mm 
a partir da linha média, quando começa o movimento 
de fechamento. 
A primeira fase de fechamento, que prende o 
alimento entre os dentes, é chamada de fase de 
esmagamento. 
À medida que os dentes se aproximam um do outro, 
o deslocamento lateral é menor, de modo que, 
quando os dentes estão separados por apenas 3 
mm, a mandíbula ocupa uma posição de apenas 3 a 
4 mm lateralmente à posição inicial do movimento de 
mastigação. Nesse ponto, os dentes estão 
posicionados de tal maneira que as cúspides 
vestibulares dos dentes inferiores estão quase 
diretamente sob as cúspides vestibulares dos 
dentes superiores, do lado para o qual a mandíbula 
foi deslocada. Como a mandíbula continua a fechar, 
o bolo alimentar é preso entre os dentes, o que inicia 
a fase de trituração do movimento de fechamento. 
Durante essa fase, a mandíbula é guiada pelas 
superfícies de oclusão dos dentes, de volta para a 
posição de intercuspidação, o que faz com que os 
planos inclinados das cúspides dos dentes se 
cruzem, permitindo o corte e a trituração do bolo 
alimentar. 
Se o movimento de um incisivo inferior for 
acompanhado no plano sagital durante um 
movimento de mastigação típico, será visto que, 
durante a fase de abertura, a mandíbula se move 
ligeiramente para a frente. Durante a fase de 
fechamento, ela segue um caminho levemente 
posterior, terminando em um movimento anterior, 
de volta à posição de máxima intercuspidação 
(máximo contato dentário). Logo depois a 
deglutição. 
 
FORÇA DE MASTIGAÇÃO 
Homens mordem mais forte que as mulheres: 
- Mulheres: 35,8 - 44,9 kg 
- Homens: 53,6 - 64,4 kg 
Dentes posteriores apresentam mais força do que 
dentes anteriores: 
- Incisivo: 13,2 - 23,1 kg 
- Molar: 41,3 - 89,8 kg 
Quando o paciente perde um elemento dentário, 
refletirá significativamente na força de mastigação, 
principalmente na fase de trituração. 
Em média de 30 a 40% de perda da força de 
mastigação em desdentados total. 
Em pacientes masculinos devido à grande força 
exercida, é comum entrar atrições dentárias, dentes 
mais desgastados, ou de hábitos parafuncionais. 
Na prótese dentária, os dentes masculinos devem 
ser mais robustos, para suportar a carga 
mastigatórias e para as mulheres dentes mais 
delicados e menores. 
 
PAPEL DOS TECIDOS MOLES NA MASTIGAÇÃO 
A mastigação não poderia ser realizada sem a ajuda 
de estruturas de tecidos moles adjacentes. Quando 
o alimento é introduzido na boca, os lábios guiam e 
controlam a ingestão ao mesmo tempo, selando a 
cavidade oral. Os lábios são especialmente 
necessários quando se está introduzindo um líquido. 
A língua desempenha um papel importante não 
apenas no paladar, mas também no movimento do 
alimento dentro da cavidade oral para uma 
mastigação suficiente. Quando o alimento é 
introduzido, a língua geralmente inicia o processo 
de rompimento, pressionando-o contra o palato 
duro. Em seguida, empurra o alimento para as 
superfícies oclusais dos dentes, onde podem ser 
esmagados durante o movimento de mastigação. No 
decorrer da fase de abertura do próximo movimento 
de mastigação, a língua reposiciona os alimentos 
parcialmente esmagados contra os dentes para 
outras quebras. Enquanto a língua reposiciona o 
alimento no lado lingual, o músculo bucinador (na 
bochecha) realiza a mesma tarefa no lado 
vestibular. O alimento é, assim, continuamente 
substituído nas superfícies oclusais dos dentes, até 
que as partículas estejam suficientemente 
pequenas para serem engolidas de forma eficiente. 
A língua é também eficaz na divisão dos alimentos 
em porções que necessitam de mais mastigação e 
porções que estão prontas para serem engolidas. 
Ao fim, a língua ainda varre os dentes para remover 
qualquer resíduo de alimento aprisionado na 
cavidade oral. 
 
DEGLUTIÇÃO 
A deglutição constitui uma série de contrações 
musculares coordenadas que movimentam um bolo 
alimentar da cavidade oral, através do esôfago, para 
o estômago. Ela é composta de atividade muscular 
reflexa, voluntária e involuntária. 
A decisão de engolir depende de diversos fatores: o 
grau de consistência do alimento, a intensidade do 
sabor e o grau de lubrificação do bolo. Durante a 
deglutição os lábios estão fechados, vedando a 
cavidade oral. Os dentes são levados para a sua 
posição de máxima intercuspidação, estabilizando, 
assim, a mandíbula. 
A estabilização da mandíbula é parte importante da 
deglutição, devendo estar fixa para que a contração 
do supra-hioide e infra-hioide possa controlar 
adequadamente o movimento do osso hioide, 
necessário à deglutição. No adulto, a deglutição 
normal que utiliza os dentes para estabilizar amandíbula é chamada de deglutição somática. 
O côndilo se posiciona na região mais anterior e 
superior da fossa articular (a mandíbula é levada 
para uma posição um tanto posterior, ou de 
retração) - posição de maior conforto muscular 
(POSIÇÃO DE RELAÇÃO CÊNTRICA) 
 
FALA 
A tonalidade do som é produzida através da 
articulação precisa dos músculos, mandíbula e 
língua. 
Pacientes que não possuem dentição terão 
dificuldade de falar determinadas palavra, devido ao 
envolvimento de grupos de dentes. 
Sons de “M”, “B” e “P”: selamento dos lábios. Se a 
prótese não tiver na dimensão correta, o paciente 
irá ter dificuldade falar de palavras “M”, “P” e “B”. 
Caso a dimensão vertical (região inferior da face: 
base do nariz a base do mento) seja maior, não 
haverá selamento dos lábios. 
Som de “S”: toque incisal entre os incisivos 
inferiores. 
Som de “D”: toque da língua na região anterior do 
palato. 
Som de “F”: toque dos incisivos superiores no lábio 
inferior. 
Muitos sons também podem ser formados por meio 
de uma combinação dessas estruturas anatômicas. 
Som de “T”: língua toca os incisivos superiores. 
Sons de “F” e “V”: lábio inferior toca as bordas 
incisais dos dentes superiores. 
Sons de “K” e “G”: a porção posterior da língua se 
eleva para tocar o palato mole. 
 
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
✔ Músculo Masseter; 
✔ Músculo Temporal; 
✔ Músculo Pterigoideo medial e lateral; 
✔ Músculo Digástrico. 
 
MÚSCULO MASSETER 
O masseter é um músculo retangular que se origina 
do arco zigomático e se estende para baixo até o 
aspecto lateral da borda inferior do ramo da 
mandíbula. Sua inserção na mandíbula se estende 
da região do segundo molar, na borda inferior, 
posteriormente, até incluir o ângulo. 
É composto de duas porções ou cabeças: 
✔ Porção superficial: consiste em fibras que 
correm para baixo e ligeiramente para trás, que 
auxilia na protrusão da mandíbula; 
✔ Porção profunda: consiste em fibras que correm 
em uma direção predominantemente vertical, que 
estabilizam o côndilo contra a eminência articular. 
Quando as fibras do masseter se contraem, a 
mandíbula é elevada e os dentes entram em contato. 
O masseter é um músculo poderoso que 
proporciona a força necessária para uma 
mastigação eficiente. Quando a mandíbula é 
protraída e a força da mastigação é aplicada, as 
fibras da porção profunda estabilizam o côndilo 
contra a eminência articular. 
 
 
MÚSCULO TEMPORAL 
O temporal é um músculo grande, em forma de 
leque, que se origina da fossa temporal e da 
superfície lateral do crânio. Suas fibras caminham 
juntas na medida em que se estendem para baixo, 
entre o arco zigomático e a superfície lateral do 
crânio, para formar um tendão que se insere no 
processo coronoide e na borda anterior do ramo 
ascendente. 
Pode ser dividido em três áreas distintas, de acordo 
com a direção das fibras e função: 
✔ Porção anterior: consiste em fibras direcionadas 
quase verticalmente. Quando a porção anterior se 
contrai, a mandíbula é elevada verticalmente; 
✔ Porção média: contém fibras que correm 
obliquamente através do aspecto lateral do crânio 
(um pouco para a frente, quando se dirigem para 
baixo). A contração da porção média elevará e 
retrairá a mandíbula; 
✔ Porção posterior: composta de fibras alinhadas 
quase horizontalmente, vindo para a frente, sobre a 
orelha, para se juntarem a outras fibras temporais 
quando passam sob o arco zigomático. a contração 
causará elevação e apenas uma ligeira retração. 
Ao se contrair, o músculo temporal eleva a 
mandíbula e os dentes entram em contato. Se 
somente uma porção se contrai, a mandíbula se 
move de acordo com a direção das fibras que são 
ativadas. 
Como a angulação de suas fibras musculares varia, 
o temporal é capaz de coordenar os movimentos de 
fechamento. Desse modo, é um importante músculo 
posicionador da mandíbula. 
 
 
MÚSCULO PTERIGÓIDEO MEDIAL 
O músculo pterigóideo medial (interno) se origina da 
fossa pterigóidea e se estende para baixo, para trás 
e para fora, para se inserir ao longo da superfície 
medial do ângulo mandibular. 
Junto com o músculo masseter, forma um 
suspensório muscular que suporta a mandíbula na 
altura do ângulo mandibular. 
Quando suas fibras se contraem, a mandíbula é 
elevada e os dentes se tocam. Esse músculo 
também é ativo na protrusão mandibular. A 
contração unilateral produzirá um movimento 
mediotrusivo (lateralidade) da mandíbula. 
 
 
MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL SUPERIOR 
É consideravelmente menor que o inferior e se 
origina na superfície infratemporal da asa maior do 
esfenoide, estendendo-se quase horizontalmente, 
para trás e para fora, para se inserir na cápsula 
articular, no disco e no colo do côndilo. 
✔ Músculo que auxilia na elevação mandibular e 
estabilização do disco; 
✔ Responsável por potencializar a força de 
mordida (mais forte no sexo masculino); 
✔ Tem ação antagônica ao M. Pterigoideo lateral 
inferior; 
✔ Tem relação direta com a articulação. 
 
MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL INFERIOR 
Origina-se na superfície externa da lâmina 
pterigóidea lateral e se estende para trás, para cima 
e para fora, até sua inserção primariamente no colo 
do côndilo. 
Quando os pterigóideos laterais inferiores direito e 
esquerdo se contraem simultaneamente, os 
côndilos são puxados para a frente e para baixo nas 
eminências articulares e a mandíbula é protraída. A 
contração unilateral cria um movimento 
mediotrusivo dos côndilos e causa um movimento 
lateral da mandíbula para o lado oposto. No 
momento em que o pterigóideo lateral inferior atua 
junto com os músculos abaixadores da mandíbula, a 
mandíbula é abaixada e os côndilos deslizam para a 
frente e para baixo nas eminências articulares. 
✔ Prende-se ao colo do côndilo; 
✔ Auxilia no abaixamento da mandíbula; 
✔ Auxilia o côndilo a baixar e percorrer a 
eminência; 
✔ Articular no movimento de abertura bucal; 
✔ Músculos que auxiliam na abertura e protusão. 
 
 
 
 
MÚSCULO DIGÁSTRICO 
Embora geralmente não seja considerado um 
músculo da mastigação, o digástrico exerce 
importante influência na função da mandíbula. 
É dividido em duas porções ou ventres: 
✔ Ventre posterior: se origina na incisura 
mastóidea, justamente medial ao processo 
mastoide; suas fibras correm para a frente, para 
baixo e para dentro, até o tendão intermediário 
inserido no osso hioide. 
✔ Ventre anterior: se origina em uma fossa na 
superfície lingual da mandíbula, bem acima da 
borda inferior e próximo à linha média; suas fibras 
se estendem para baixo e para trás para se 
inserirem no mesmo tendão intermediário, como faz 
o ventre posterior. se contraem e o osso hioide é 
fixado pelos músculos supra e infra-hioides, a 
mandíbula é abaixada e puxada para trás e os 
dentes são desocluídos. 
Quando a mandíbula é estabilizada, os músculos 
digástricos, junto com os músculos supra e infra-
hioides, elevam o osso hioide; um procedimento 
necessário para a deglutição. 
✔ Músculo depressor da mandíbula; 
✔ Auxilia na retrusão da mandíbula; 
✔ Músculo elevador do osso hióide -- Auxilia na 
deglutição. 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO 
TEMPOROMANDIBULAR 
 
 
A área onde a mandíbula se articula com o osso 
temporal do crânio é chamada de articulação 
temporomandibular (ATM) – certamente uma das 
articulações mais complexas do corpo. 
Articulação Ginglimo artroidal: 
✔ Ginglimoidal: Por proporcionar um movimento de 
dobradiça (rotação) em um plano. 
✔Artrodial: No entanto, ao mesmo tempo, pode 
também proporcionar movimentos de deslizamento 
(translação. 
A ATM é formada pelo côndilo mandibular e pela 
fossa mandibular do osso temporal, na qual está 
posicionado. O disco articular separa esses dois 
ossos da articulação direta. 
A ATM é classificada como uma articulação 
composta. Por definição, uma articulação composta 
requer a presençade, pelo menos, três ossos, ainda 
que a ATM seja constituída por apenas dois. 
Funcionalmente, o disco articular age como um osso 
não calcificado, o que permite os movimentos 
complexos da articulação. Uma vez que o disco 
articular funciona como um terceiro osso, a ATM é 
considerada uma articulação composta. A função 
do disco articular como um osso não calcificado 
está descrita em detalhes neste capítulo na seção 
sobre a biomecânica da ATM. 
 
DISCO ARTICULAR 
O disco articular é composto por tecido conjuntivo 
fibroso denso, na maior parte desprovido de vasos 
sanguíneos e fibras nervosas. A periferia extrema do 
disco, entretanto, é ligeiramente inervada. 
A área central, a mais fina, é denominada zona 
intermediária. 
O disco torna-se consideravelmente mais espesso a 
partir da zona intermediária para anterior e 
posterior. 
A borda posterior geralmente é um pouco mais 
espessa que a borda anterior. 
Na articulação normal, a superfície articular do 
côndilo está localizada na zona intermediária do 
disco, circundada pelas regiões anteriores e 
posteriores mais espessas. 
O disco articular está posteriormente inserido a uma 
região de tecido conjuntivo frouxo, altamente 
vascularizada e inervada. Esse tecido é conhecido 
como tecido retrodiscal ou ligamento posterior. 
 
ANATOMIA DA CAVIDADE ARTICULAR 
O disco articular se insere no ligamento capsular 
não somente anterior e posteriormente, mas 
também medial e lateralmente, o que divide a 
articulação em duas cavidades distintas: 
✔ A cavidade de cima ou superior é delimitada pela 
fossa mandibular e pela superfície superior do 
disco. 
✔ A cavidade de baixo ou inferior é delimitada pelo 
côndilo mandibular e pela superfície inferior do 
disco. 
As superfícies internas das cavidades estão 
rodeadas por células endoteliais especiais, que 
formam um revestimento sinovial. Essa membrana, 
em conjunto com outra membrana sinovial 
especializada, localizada na borda anterior dos 
tecidos retrodiscais, produz o líquido sinovial, que 
preenche as duas cavidades. Desse modo, a ATM 
também é referida como uma articulação sinovial. O 
líquido sinovial tem, então, duas finalidades: 
✔ Uma vez que as superfícies articulares não 
apresentam vascularização, ele age como um meio 
para prover as necessidades metabólicas para 
esses tecidos. Há um intercâmbio livre e rápido 
entre os vasos da cápsula, o líquido sinovial e os 
tecidos articulares. 
✔ O líquido sinovial também atua como um 
lubrificante entre as superfícies articulares durante 
a função. As superfícies articulares do disco, do 
côndilo e da fossa são muito lisas, de modo que o 
atrito durante o movimento seja minimizado. O 
líquido sinovial ajuda a minimizar ainda mais o atrito. 
 
INERVAÇÃO DA ARTICULAÇÃO 
TEMPOROMANDIBULAR 
Como todas as articulações, a ATM é inervada pelo 
mesmo nervo que fornece inervação motora e 
sensitiva aos músculos que a controlam (o nervo 
trigêmeo). Ramos do nervo mandibular (V3) 
fornecem a inervação aferente. A maior parte da 
inervação é provida pelo nervo auriculotemporal, 
assim que este deixa o nervo mandibular atrás da 
articulação e ascende lateral e superiormente, 
contornando a região posterior da articulação. Uma 
inervação adicional é propiciada pelos nervos 
temporal profundo e massetérico. 
 
VASCULARIZAÇÃO DA ARTICULAÇÃO 
TEMPOROMANDIBULAR 
A ATM é ricamente suprida por uma variedade de 
vasos que a circundam. Os vasos predominantes 
são a artéria temporal superficial para a porção 
posterior, a artéria meníngea média para a porção 
anterior e a artéria maxilar interna para a porção 
inferior. Outras artérias importantes são a auricular 
profunda, a timpânica anterior e a faríngea 
ascendente. O côndilo recebe seu suprimento 
vascular através de seus espaços medulares, por 
meio da artéria alveolar inferior e também por 
“vasos alimentadores”, que entram diretamente na 
cabeça do côndilo, tanto anterior quanto 
posteriormente, a partir de vasos mais largos. 
 
LIGAMENTOS 
Como em qualquer sistema articular, os ligamentos 
desempenham um importante papel na proteção 
das estruturas. São constituídos por fibras 
colágenas do tecido conjuntivo, que têm 
comprimentos específicos. Não se esticam; no 
entanto, se forças exacerbadas forem aplicadas a 
eles, inesperadamente ou por um tempo 
prolongado, os ligamentos podem ser estirados. 
Quando isso ocorre, a função do ligamento fica 
comprometida, alterando, desse modo, a função 
articular. Tal alteração será discutida em capítulos 
posteriores, que abordarão patologias articulares. 
Os ligamentos não atuam ativamente na função da 
articulação, mas, em vez disso, agem passivamente 
como agentes de restrição para limitar e restringir 
movimentos limítrofes. Três ligamentos funcionais 
sustentam a ATM: 
(1) os ligamentos colaterais; 
(2) o ligamento capsular; 
(3) o ligamento temporomandibular. 
Além de dois ligamentos acessórios: 
(4) o esfenomandibular; 
(5) o estilomandibular. 
 
LIGAMENTO COLATERAL OU LIGAMENTO DISCAL 
✔ Liga o disco ao côndilo mandibular; 
Restringem o movimento do disco durante o 
movimento de abertura bucal. Sua atuação consiste 
em restringir o movimento do disco para fora do 
côndilo; em outras palavras, esses ligamentos 
permitem que o disco se movimente passivamente 
com o côndilo quando este desliza anterior ou 
posteriormente. 
 
LIGAMENTO CAPSULAR 
✔ Liga a cápsula articular ao redor da articulação; 
✔ Restringem os movimentos laterais da 
articulação. 
O ligamento capsular age para resistir a qualquer 
força medial, lateral ou inferior que tenda a separar 
ou deslocar as superfícies articulares. Uma função 
significativa do ligamento capsular é envolver a 
articulação, retendo, assim, o líquido sinovial. 
 
LIGAMENTO TEMPOROMANDIBULAR 
✔Liga a eminência articular à região do colo do 
côndilo mandibular 
✔ A porção oblíqua do ligamento TM impede a 
queda excessiva do côndilo, limitando, portanto, a 
extensão de abertura da boca. 
- Interrompe o movimento de rotação do côndilo – 
induz o movimento de translação da mandíbula para 
baixo e para frente 
 
1- Cápsula Articular; 
2- Ligamento Temporomandibular; 
3- Ligamento Estilomandibular. 
 
LIGAMENTO ESFENOMANDIBULAR 
✔ Ação de estabilização do movimento de abertura 
bucal. 
 
LIGAMENTO ESTILOMANDIBULAR 
✔ Limita o movimento de protusão mandibular 
excessiva. 
 
A DTM pode ser de origem muscular ou articular. 
 
BIOMECÂNICA DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
MOVIMENTOS CONDILARES 
Rotação: 
✔ No momento de abertura da boca, há a rotação 
do côndilo mandibular dentro da cavidade articular, 
para isso necessita-se de uma anatomia bicôncava 
do disco para auxiliar a rotação do côndilo; 
✔ Há o estiramento total do ligamento 
temporomandibular. 
 
Translação: 
✔ Ocorre o deslocamento da mandíbula para 
frente; 
✔ Ocorre o deslizamento da face superior do 
côndilo na superfície posterior da eminência 
articular. 
 
Deslocamento anterior do disco: 
✔ Redução do espaço da cavidade articular → 
Aumento da pressão na cavidade articular → 
Escape do disco para região anterior. 
 
 
 
 
POSIÇÕES E MOVIMENTOS MANDIBULARES 
BÁSICOS 
 
FATORES E FORÇAS QUE DETERMINAM A 
POSIÇÃO DO DENTE 
 
O alinhamento da dentição nas arcadas dentais 
ocorre como resultado de forças multidirecionais 
complexas atuando nos dentes durante e após a 
erupção. Quando erupcionam, os dentes são 
direcionados a uma posição em que forças opostas 
estão em equilíbrio. As principais forças opostas 
que influenciam a posição dentária originam-se da 
musculatura circundante. Vestibularmente aos 
dentes, estão os lábios e as bochechas, que 
proporcionam forças linguais relativamente leves, 
mas constantes. Do lado oposto das arcadas 
dentais, está a língua, responsável por forças 
vestibulares sobre a superfície lingual dos dentes. 
Ambas as forças, aplicadasna face vestibular pelos 
lábios e bochechas e na face lingual pela língua, são 
leves, porém constantes. Esses são os tipos de força 
que, com o tempo, podem mover os dentes dentro 
das arcadas dentais. 
Há uma posição dentária na cavidade oral na qual as 
forças vestibulolinguais se igualam. É a chamada 
posição ou zona neutra (posição do dente quando as 
forças linguais estão em equilíbrio com as forças 
vestibulares (lábios e bochechas). Existe para os 
dentes anteriores e posteriores), onde a 
estabilidade dentária é alcançada. 
Se, durante a erupção, um dente estiver 
posicionado exageradamente para a posição lingual 
ou vestibular, a força dominante (língua, se em 
linguoversão; lábios e bochechas, se em 
vestibuloversão) forçará aquele dente para a zona 
neutra. Isso normalmente ocorre quando há espaço 
suficiente para o dente dentro da arcada. 
 
AUSÊNCIA DE ESPAÇO NO ARCO DENTÁRIO 
Se não houver bastante espaço, as forças 
musculares circundantes geralmente não serão 
suficientes para posicionar o dente em seu 
alinhamento correto na arcada. Nesse caso, o dente 
permanecerá fora da posição normal na arcada e 
será observado o apinhamento. Tal apinhamento 
permanecerá até que forças externas adicionais 
venham a corrigir a discrepância entre o tamanho 
do dente e o comprimento da arcada (i. e., a 
ortodontia). 
 
CONTATO PROXIMAL ENTRE DENTES 
ADJACENTES 
As superfícies proximais dos dentes também estão 
sujeitas a uma variedade de forças. O contato 
proximal entre os dentes adjacentes ajuda a mantê-
los no alinhamento normal. Uma resposta funcional 
do osso alveolar e das fibras gengivais que 
envolvem os dentes parece resultar em um 
deslocamento mesial dos dentes em direção à linha 
média. 
Durante a mastigação, um ligeiro movimento 
vestibulolingual dos dentes, bem como vertical, 
também resultará ao longo do tempo no desgaste 
das superfícies de contato proximais. À medida que 
essas áreas se desgastam, o deslocamento mesial 
ajuda a manter o contato entre os dentes adjacentes 
e, dessa forma, estabiliza a arcada. O deslocamento 
mesial torna-se mais evidente quando a superfície 
de um dente posterior é destruída por cáries ou 
quando um dente é extraído. Com a perda do contato 
proximal, o dente distal ao local da extração 
desloca-se mesialmente para o espaço, o que 
(especialmente na área de molar), em geral, leva o 
dente a se inclinar em direção ao espaço. 
 
CONTATO OCLUSAL 
Outro fator importante que ajuda a estabilizar o 
alinhamento dental é o contato oclusal, que impede 
a extrusão ou a sobre-erupção dos dentes e, assim, 
mantém a estabilidade da arcada. Cada vez que a 
mandíbula se fecha, o padrão único de contato 
oclusal reforça e mantém a posição dentária. 
Se uma porção da superfície oclusal do dente for 
perdida ou alterada, a dinâmica das estruturas de 
suporte periodontais permitirá um movimento do 
dente. Dentes antagonistas provavelmente 
erupcionarão além do normal até que o contato 
oclusal seja restabelecido. Dessa forma, quando um 
dente for perdido, não somente o dente distal 
poderá se mover mesialmente, como o dente 
antagonista poderá erupcionar à procura de contato 
oclusal. Fica evidente, portanto, que os contatos 
proximais e oclusais são importantes para manter o 
alinhamento dental e a integridade das arcadas. O 
efeito de um dente perdido pode ser de grandes 
proporções no que diz respeito à perda da 
estabilidade das arcadas dentais. 
Contato oclusal constante → Reforça a 
posicionamento dentário através das fibras 
nociceptivas do ligamento periodontal. 
 
PLANO OCLUSAL 
Delimitação: 
✔ Posterior: Ponta de cúspide vestibular de 
molares de um lado até o lado oposto; 
✔ Anterior: Faces incisais de incisivos e caninos. 
O plano oclusal é aquele que seria estabelecido se 
uma linha fosse traçada em todas as pontas das 
cúspides bucais e bordas incisais dos dentes 
inferiores; em seguida, seria ampliado para incluir 
as pontas das cúspides linguais e prosseguiria por 
toda a arcada para incluir também as pontas das 
cúspides vestibular e lingual do lado oposto. 
As duas articulações temporomandibulares, que 
raramente funcionam com movimentos simultâneos 
e idênticos, determinam a maior parte do movimento 
detectável. Como a maioria dos movimentos 
mandibulares é complexa, com os centros de 
rotação deslocando-se constantemente, um plano 
oclusal reto não permitiria contato funcional 
simultâneo em mais de uma área da arcada dental. 
Assim, os planos oclusais das arcadas dentais são 
curvados de maneira a permitir a máxima utilização 
dos contatos dentais durante a função. A curvatura 
do plano oclusal é basicamente o resultado do fato 
de os dentes estarem posicionados nas arcadas 
com variados graus de inclinação. 
Não se apresenta como uma superfície plana 
As curvaturas oclusais permitem um maior 
embricamento oclusal durante a mastigação → 
Aumentando a eficiência mastigatória. 
Se houver um desajuste interfere na mastigação e 
digestão dos pacientes. 
 
CURVA DE SPEE 
✔ Curvatura vista por uma visão lateral; 
✔ Linha que passa pelas pontas de cúspides de 
molares e pré-molares; 
✔ Sentido Mésio-distal; 
✔ Arco Superior: Curva convexa; 
✔ Arco Inferior: Curva côncava. 
 
 
CURVA DE WILSON 
✔ Curvatura vista por uma visão frontal; 
✔ Linha que passa pelas pontas de cúspides 
vestibulares linguais até a hemi-arcada oposta; 
✔ Sentido vestíbulo-lingual; 
✔ Arcada superior: Inclinação dos dentes 
posteriores para vestibular; 
✔ Arcada inferior: Inclinação dos dentes 
posteriores para lingual. 
 
É necessário conhecer essas curvas, pois os 
pacientes perdem a noção da mastigação, assim ele 
vai ter que se adaptar, mesmo de forma errada. 
Quando há a reabilitação desses pacientes, 
colocando os dentes nas posições corretas, esses 
irão ter dificuldade de se alimenta. O conhecimento 
dessas curvas compreende-se as queixas do 
paciente. 
 
ANATOMIA OCLUSAL 
MESA OCLUSAL: 
Delimitação: Bordas de cúspides vestibulares e 
linguais e cristas marginais. 
Área do dente entre as pontas das cúspides 
vestibular e lingual dos dentes posteriores. É nessa 
área que a maioria das forças de mastigação é 
aplicada. A mesa oclusal está posicionada sobre o 
longo eixo da estrutura radicular. É considerado o 
aspecto interno do dente, uma vez que se situa entre 
as pontas das cúspides. Essas facilitam a contenção 
dos alimentos. 
 
 
1. MESA OCLUSAL 
2. VERTENTES INTERNAS 
3. FOSSA CENTRAL 
4. VERTENTES EXTERNAS 
 
Os aspectos interno e externo do dente são 
compostos de vertentes que se estendem desde a 
ponta da cúspide até a fossa central ou até a altura 
do contorno das superfícies vestibular e lingual dos 
dentes. Assim, essas vertentes são denominadas 
vertentes internas e externas. Ajudam a manter o 
alimento na mesa oclusal, para eficiência da 
mastigação. 
 
ALINHAMENTO DENTÁRIO NORMAL ENTRE AS 
ARCADAS 
A largura da arcada inferior é ligeiramente menor 
que a da arcada superior; assim, quando as arcadas 
ocluem, cada dente superior está posicionado mais 
vestibularmente que os dentes inferiores 
correspondentes. 
 
Uma vez que os dentes superiores estão 
posicionados mais para a vestibular (ou, pelo 
menos, apresentam maior inclinação vestibular), a 
relação oclusal normal dos dentes posteriores 
permite que as cúspides vestibulares inferiores 
ocluam nas áreas da fossa central dos dentes 
superiores. Do mesmo modo, as cúspides palatinas 
superiores ocluem nas áreas da fossa central dos 
dentes inferiores. Essa relação oclusal protege os 
tecidos moles circundantes. 
As cúspides vestibulares dos dentes superiores 
evitam que a mucosa vestibular da bochecha e os 
lábios se interponham entre a superfície oclusal dos 
dentes durante a função. De igual maneira, as 
cúspides linguais dos dentes inferiores ajudam a 
evitar que a língua se coloque entre os dentes 
superiorese inferiores. 
Cúspides cêntricas: 
As cúspides vestibulares dos dentes posteriores 
inferiores e as cúspides linguais dos dentes 
posteriores superiores (VIPS) ocluem com a fossa 
central oposta. Essas cúspides são chamadas de 
cúspides de suporte ou funcionais e são 
responsáveis, principalmente, por manterem a 
distância entre a maxila e a mandíbula. Tal distância 
sustenta a altura vertical da face e é conhecida 
como dimensão vertical de oclusão. As cúspides 
referidas também desempenham um importante 
papel na mastigação, uma vez que o contato ocorre 
tanto em seu aspecto interno quanto externo. 
 
Cúspides não cêntricas (Guias): 
As cúspides vestibulares dos dentes posteriores 
superiores e as cúspides linguais dos dentes 
posteriores inferiores são denominadas cúspides-
guia ou cúspides de balanceio. 
A função principal das cúspides de balanceio é 
minimizar a entrada dos tecidos moles na região de 
mastigação, como já mencionado, e manter o bolo 
alimentar na mesa oclusal para mastigação e 
também dão estabilidade mandibular, de maneira 
que, quando os dentes estão totalmente ocluídos, 
ocorre uma relação oclusal estreita e definida. Essa 
relação dos dentes em sua máxima intercuspidação 
é chamada de posição de máxima intercuspidação 
ou apenas de posição de intercuspidação (PIC). 
Se a mandíbula se mover lateralmente em relação a 
esta posição, o contato de balanceio ocorrerá e 
guiará a mandíbula. Do mesmo modo, se a boca for 
aberta e depois fechada, as cúspides de balanceio 
ajudarão a guiar a mandíbula de volta à PIC. Além 
disso, durante a mastigação essas cúspides 
terminam os contatos de guia que fornecem 
informações ao sistema neuromuscular, o qual 
controla o movimento da mastigação. 
 
DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO (DVO) 
✔ Altura estabelecida entre a base do nariz e 
região inferior do mento; 
✔ Os dentes devem estar em Máxima 
Intercuspidação Habitual (MIH); 
✔ Não relacionado aos côndilos, porém, os 
côndilos mandibulares em região central de 
cavidade articular. 
 
 
DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO (DVR) 
✔ Altura estabelecida entre a base do nariz e 
região inferior do mento; 
✔ Mandíbula em posição habitual de repouso, 
relacionado a posição do côndilo; 
✔ Espaço livre funcional (EFL) inter-arcadas: 2 a 
4mm; 
✔ Espaço fonético. 
 
MÉTODOS DE OBTENÇÃO DA DVR 
Método de Lytle modificado por Tamaki: 
✔ Associação da deglutição com fonema “M”. 
✔ Essa medida consegue deixar o côndilo mais 
confortável na cavidade; 
✔ Mede a distância da base do nariz à base do 
mento. 
Método de Pleasure: 
✔ Paciente em repouso; 
✔ Ausência de contato dentário; 
✔ Mensuração do vértice nasal à base do mento. 
Método de Willis: 
 
Base do nariz à base do mento deve ser igual a base 
da comissura do olho à comissura bucal. Para se 
obter a DVO, deve-se diminuir de 2 a 4 mm (EFL) da 
DVR para se obter melhor adequação bucal desse 
paciente. 
✔ Mais utilizado. 
Método Estético - método de verificação: 
✔ Medir base do nariz à base do mento sem prótese 
e com prótese, para analisar o tamanho. 
Método fonético - método de verificação: 
✔ Possibilita a verificação do espaço funcional de 
pronúncia. Caso o paciente não consigo pronuncia-
las o EFL não está correto; 
✔ Realizado através da pronúncia dos fonemas: (S, 
F, V e P). 
 
DIMINUIÇÃO DA DVO 
Consequências: 
✔ Mudança na aparência facial; 
✔ Diminuindo função mastigatória; 
✔ Queilite angular; 
✔ Alteração fonética; 
✔ Adaptações dentro das articulações 
temporomandibulares. 
Aspectos faciais: 
✔ Intrusão dos lábios; 
✔ Queda do nariz. 
 
MÉTODOS DE OBTENÇÃO DA DVO 
DVO= DVR - EFL 
 
 
POSICIONAMENTO INTER-OCLUSAL NORMAL 
Relação um-dente-para-dois-dentes: 
✔ Cada dente oclui com dois dentes da arcada 
oposta. Exceção: Incisivos centrais inferiores e 
terceiros molares superiores 
✔ Permite melhor distribuição de forças oclusais; 
✔ Mantém a integridade da arcada quando há 
perda dentária. 
 
RELAÇÃO OCLUSAL POSTERIOR 
Classe I. A relação molar de Classe I de Angle é a 
mais comumente encontrada na dentição natural. 
Ela se caracteriza por: 
 
1. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar 
inferior oclui na área da ameia entre o segundo pré-
molar superior e o primeiro molar 
2. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar 
superior alinha-se diretamente sobre o sulco 
vestibular do primeiro molar inferior 
3. A cúspide mesiolingual do primeiro molar 
superior está situada na área da fossa central do 
primeiro molar inferior. 
 
Nessa relação, cada dente inferior oclui com seu 
antagonista e com o dente mesial adjacente. (Por 
exemplo, o segundo pré-molar inferior entra em 
contato tanto com o segundo pré-molar superior 
quanto com o primeiro pré-molar superior.) O 
contato entre molares ocorre nas pontas das 
cúspides e nas fossas, bem como nas cristas 
marginais. 
 
Classe II. Em alguns pacientes, a arcada superior é 
maior ou se projeta anteriormente ou, então, a 
arcada inferior é pequena ou posicionada 
posteriormente. Essas condições resultarão em um 
posicionamento do primeiro molar inferior distal à 
relação molar de Classe I, descrita como relação 
molar de Classe II. Geralmente, apresenta as 
seguintes características: 
 
1. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar 
inferior oclui na área da fossa central do primeiro 
molar superior. 
2. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar 
inferior alinha-se com o sulco vestibular do primeiro 
molar superior 
3.A cúspide distolingual do primeiro molar superior 
oclui na área da fossa central do primeiro molar 
inferior. 
 
Quando comparada com a relação de Classe I, cada 
par de contato oclusal situa-se na posição distal, a 
uma distância que corresponde, aproximadamente, 
à largura mesiodistal de um pré-molar. 
 
Classe III. Um terceiro tipo de relação molar, 
geralmente correspondente a um crescimento 
predominante da mandíbula, é denominado Classe 
III. Nela, o crescimento posiciona os molares 
inferiores mesialmente em relação aos molares 
superiores comparados à Classe I. As 
características da Classe III são as seguintes: 
 
1. A cúspide distovestibular do primeiro molar 
inferior está situada na ameia, entre o segundo pré-
molar e o primeiro molar superior 
2. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar 
superior está situada sobre a ameia, entre o 
primeiro e o segundo molar inferior 
3. A cúspide mesiolingual do primeiro molar 
superior está situada na fossa mesial do segundo 
molar inferior. 
 
Novamente, cada par de contato oclusal está 
situado em uma posição bastante mesial em relação 
ao par de contato na relação de Classe I, a uma 
distância próxima da largura de um pré-molar. 
 
RELAÇÃO OCLUSAL ANTERIOR 
Função: 
✔ Guia os movimentos laterais mandibulares – Guia 
Anterior; 
✔ Não interferem na Dimensão Vertical de Oclusão 
(DVO); 
✔ Os incisivos superiores ultrapassam 
anteriormente os incisivos inferiores; 
✔ Os incisivos superiores cobrem de 3 a 5 mm dos 
incisivos inferiores; 
✔ Ausência de contato ou contatos leves em 
posição de Máxima Intercuspidação Habitual (MIH). 
 
Overjet ou Sobressaliência: Distância horizontal 
pela qual os dentes anteriores maxilares sobrepõem 
os dentes anteriores mandibulares, conhecida 
como trespasse horizontal, é a distância entre a 
borda incisal vestibular dos incisivos superiores e a 
superfície vestibular dos incisivos inferiores na 
posição de intercuspidação. 
 
 
Overjet excessivo: Protusão maxilar (Classe II de 
Angle) 
OVERBITE 
O
V
ER
JET 
 
Overjet negativo: Mordida cruzada anterior / 
Protusão mandibular (Classe III de Angle) 
 
 
Overjet positivo normal 
 
Overbite ou Sobremordida: Guia de desoclusão 
anterior também pode ser examinada no plano 
vertical, conhecido como trespasse vertical. 
 
Overbite negativo: Mordida aberta anterior 
 
 
Overbite excessivo: Sobremordida 
MOVIMENTOS EXCÊNTRICOSDA MANDÍBULA 
 
Protrusivo: Ocorre quando a mandíbula se move 
para a frente a partir da posição de intercuspidação. 
Qualquer área de um dente que entre em contato 
com um dente oposto durante o movimento 
protrusivo representa um contato protrusivo. Em 
uma relação normal de oclusão, os contatos 
protrusivos predominantes ocorrem nos dentes 
anteriores, entre as bordas incisais e vestibular dos 
incisivos inferiores contra as áreas da fossa palatina 
e bordas incisais dos incisivos superiores. Estes 
últimos são considerados as vertentes-guia dos 
dentes anteriores. Nos dentes posteriores, o 
movimento protrusivo leva as cúspides funcionais 
inferiores (vestibulares) a cruzar anteriormente as 
superfícies oclusais dos dentes superiores. Os 
contatos protrusivos posteriores ocorrem entre as 
vertentes distais das cúspides palatinas superiores 
e as vertentes mesiais das fossas e cristas 
marginais opostas. O contato protrusivo posterior 
também pode ocorrer entre as vertentes mesiais 
das cúspides vestibulares inferiores e as vertentes 
distais das fossas e cristas marginais opostas. 
Contatos: 
✔ Presença de contatos anteriores; 
✔ Ausência de contatos posteriores. 
 
Laterotrusivo (lateralidade): Durante um movimento 
mandibular de lateralidade, os dentes posteriores 
inferiores direitos e esquerdos cruzam seus 
antagonistas em direções diferentes. 
Se, por exemplo, a mandíbula se move lateralmente 
para a esquerda, os dentes posteriores inferiores 
esquerdos se movimentarão lateralmente através 
de seus dentes antagonistas. No entanto, os dentes 
posteriores inferiores direitos se movimentarão 
medialmente em relação aos seus antagonistas. As 
áreas potenciais de contato desses dentes estão em 
diferentes regiões e, dessa forma, são designados 
por nomes diferentes. Em um olhar mais atento aos 
dentes posteriores do lado esquerdo, durante um 
movimento lateral esquerdo, observa-se que os 
contatos podem ocorrer em duas áreas de vertente. 
Os contatos podem se dar entre as vertentes 
internas das cúspides vestibulares superiores e as 
vertentes externas das cúspides vestibulares 
inferiores ou, ainda, entre as vertentes externas das 
cúspides palatinas e as vertentes internas das 
cúspides linguais inferiores. Ambos os contatos são 
chamados de laterotrusivos. Para diferenciar os 
contatos entre cúspides linguais antagonistas 
daqueles que ocorrem entre cúspides vestibulares 
antagonistas, o termo contato laterotrusivo lingual 
para lingual é usado para descrever os primeiros. A 
expressão contato de trabalho, ou do lado de 
trabalho, também é comumente usada para ambos 
os contatos laterotrusivos. Uma vez que a maioria 
das funções ocorre no lado para o qual a mandíbula 
se desloca, o termo contato de trabalho é muito 
apropriado. 
 
Retrusivo: Ocorre quando a mandíbula se desloca 
posteriormente a partir da posição de 
intercuspidação. Comparado a outros movimentos, 
o retrusivo é bem pequeno (1 a 2 mm). Durante um 
movimento retrusivo, as cúspides vestibulares 
inferiores se movem para distal sob a superfície 
oclusal dos dentes superiores antagonistas. As 
áreas de possível contato ocorrem entre as 
vertentes distais das cúspides vestibulares 
inferiores (funcionais) e as vertentes mesiais das 
fossas e cristas marginais antagonistas. Na arcada 
superior, os contatos retrusivos ocorrem entre as 
vertentes mesiais da fossa central e as cristas 
marginais antagonistas. Os contatos retrusivos 
ocorrem nas vertentes opostas dos contatos 
protrusivos, uma vez que o movimento é exatamente 
o oposto. 
 
ARTICULADORES 
 
O articulador odontológico é um instrumento que 
reproduz certos movimentos importantes de 
diagnóstico e bordejantes da mandíbula. Existem 
vários tipos diferentes de articuladores e cada um é 
projetado para satisfazer às necessidades que o 
inventor acreditava serem as mais relevantes para 
um uso particular. O instrumento é, com certeza, 
uma ajuda valiosa na terapia oclusal; entretanto, 
deve ser considerado meramente um auxiliar e não, 
de maneira alguma, uma forma de tratamento. 
 
USO PARA DIAGNÓSTICO 
O estabelecimento de um diagnóstico preciso pode 
ser difícil por causa das complexas inter-relações 
entre as várias estruturas do sistema mastigatório. 
Para se chegar ao diagnóstico preciso, é essencial 
que toda informação necessária seja coletada e 
analisada. 
Há momentos, durante um exame oclusal, em que 
pode ser necessário avaliar a condição oclusal de 
forma mais criteriosa. Isto é especialmente 
apropriado quando existe uma forte suspeita de que 
a oclusão possa estar contribuindo 
significativamente para o distúrbio ou quando a 
condição da dentição sugerir fortemente a 
necessidade de terapia oclusal. Quando essas 
condições estiverem presentes, modelos 
diagnósticos ou de estudo devem ser 
cuidadosamente montados em articulador para 
auxiliar na avaliação da condição oclusal. 
 
Os modelos são montados na posição 
musculoesqueleticamente estável (relação cêntrica 
[RC]), de modo que toda a amplitude de movimentos 
bordejantes possa ser avaliada. Se eles forem 
montados na posição de máxima intercuspidação e 
o paciente tiver um deslize de RC à posição de 
intercuspidação (PIC), a posição mais 
superoposterior dos côndilos não poderá ser 
localizada no articulador e as condições oclusais 
nessa posição não poderão ser apropriadamente 
avaliadas. 
Relação Cêntrica: 
✔ Uma posição condilar; 
✔ Não há relação com posicionamento dentário; 
✔ Posição músculo-esqueletal mais estável. 
Posição: 
✔ Côndilo em posição mais ântero superior na 
cavidade articular; 
✔ Contato entre a região anterior do côndilo com 
vertente posterior da eminência articular; 
✔ Disco articular devidamente interposto. 
Modelos montados em articulador oferecem duas 
vantagens principais para o diagnóstico: 
✔ Melhoram a visualização das inter-relações 
estáticas e funcionais dos dentes. Isso é 
especialmente útil na região dos segundos molares, 
em que os tecidos moles da bochecha e da língua 
geralmente impedem uma boa visibilidade. Eles 
também permitem o exame lingual da oclusão do 
paciente, o que não pode ser visto clinicamente. 
Geralmente, isto é essencial para o exame das 
relações dentárias funcionais dinâmicas e estáticas. 
✔ Fácil movimentação mandibular. No articulador, 
os movimentos mandibulares do paciente e os 
contatos oclusais resultantes podem ser 
observados sem influência do sistema 
neuromuscular. Em geral, quando um paciente é 
examinado clinicamente, os reflexos protetores do 
sistema neuromuscular evitam contatos deletérios. 
Como resultado, as interferências podem 
permanecer despercebidas e, consequentemente, 
não diagnosticadas. Quando os modelos 
diagnósticos montados em articulador são ocluídos, 
esses contatos se tornam evidentes. Assim, os 
modelos podem auxiliar em um exame oclusal mais 
preciso. 
 
USO NO PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO 
✔ Planejamento dos passos operatórios antes de 
executá-los; 
✔ Traçar as etapas lógicas do tratamento (ex.: 
reabilitação maior); 
✔ Obter uma previsibilidade do resultado final do 
tratamento; 
✔ Reajuste oclusal (ex.: ortodontia); 
✔ Enceramento diagnóstico (evita faltas 
expectativas); 
✔ Planejamento de prótese. 
 
TIPOS DE ARTICULADORES 
✔ Não-ajustável; 
✔ Semi-ajustável; 
✔ Totalmente ajustável. 
 
ARTICULADOR NÃO-AJUSTÁVEL 
O articulador não ajustável é o tipo mais simples 
disponível. 
Não é possível qualquer ajuste para adaptá-lo mais 
próximo dos movimentos condilares específicos do 
paciente. 
Muitos desses articuladores permitem movimentos 
excêntricos (abertura e fechamento), mas apenas 
dentro dos valores médios. 
A única posição precisa e reproduzível que pode ser 
alcançada em um articulador não ajustável é uma 
posição específica de contato oclusal (MIH). 
Não permite análises diagnósticas (abertura, 
protrusão, lateralidade).Indicação: Confecção de aparelhos protéticos. 
Vantagens: 
✔ Baixo custo; 
✔ Menor tempo de montagem. 
Desvantagem: 
✔ Não possibilita a reprodução de movimentos 
Excêntricos; 
✔ Maior tempo de ajuste oclusal em boca. 
 
ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL 
O articulador semiajustável permite maior 
variabilidade na reprodução dos movimentos 
condilares que o articulador não ajustável. 
Geralmente, esse tipo de articulador possui três 
tipos de ajustes que permitem a reprodução dos 
movimentos condilares de qualquer paciente. 
Portanto, não apenas uma posição de contato 
oclusal pode ser reproduzida com precisão, mas, 
quando os dentes são movimentados 
excentricamente (lateralidade e protusão) a partir 
desta posição, o padrão de contato resultante irá 
quase reproduzir o padrão de contato encontrado 
na boca do paciente. Como resultado, mais 
informação a respeito dos movimentos específicos 
do paciente pode ser armazenada no articulador, 
quando restaurações subsequentes estiverem 
sendo confeccionadas. 
Vantagens: 
✔ Possibilita a execução de alguns movimentos 
condilares; 
✔ Possibilita o diagnóstico de alterações na 
oclusão habitual; 
✔ Possibilita a montagem de modelos em RC; 
✔ Reduz o tempo clínico de ajustes oclusais. 
Desvantagens: 
✔ Tempo de transferência das informações do 
paciente para o articulador; 
✔ Alto custo. 
Os ajustes mais comuns encontrados nos 
articuladores semiajustáveis são: 
(1) inclinação da guia condilar; 
(2) movimento de translação lateral (ou balanceio ou 
ângulo de Bennett); 
(3) distância intercondilar. 
 
Inclinação da guia condilar: 
✔ O ângulo entre o côndilo e a eminência articular 
no movimento de translação; 
✔ Interfere na altura das cúspides dos dentes 
posteriores; 
✔ Interfere na profundidade das fossas oclusais; 
✔ Padronizada para pacientes brasileiros como 
30º. 
 
 
Ângulo de Bennett: 
✔ O ângulo formado quando o côndilo faz um 
movimento para dentro da cavidade articular; 
✔ Ângulo formado no movimento de lateralidade; 
✔ Interfere na largura da fossa central dos dentes 
posteriores; 
✔ Padronizado para brasileiros como 15º. 
Em um movimento de lateralidade, o ângulo no qual 
o côndilo de balanceio se move para dentro 
(observado no plano horizontal) pode ter um efeito 
significativo na largura da fossa central dos dentes 
posteriores. O ângulo descrito pelo movimento do 
côndilo para dentro é conhecido como ângulo de 
Bennett. Seus ajustes apropriados podem ajudar a 
confeccionar restaurações mais adequadas à 
condição oclusal do paciente. 
 
Distância intercondilar: 
A distância entre os centros de rotação dos côndilos 
pode ter efeito nas trajetórias laterotrusivas e 
mediotrusivas das cúspides cêntricas posteriores 
sobre suas superfícies oclusais opostas (no plano 
horizontal). O articulador semiajustável possibilita 
ajustes que permitem a reprodução da distância 
intercondilar muito próxima àquela do paciente. O 
ajuste apropriado irá ajudar na confecção de 
restaurações com anatomia oclusal que estejam em 
estreita harmonia com as trajetórias excêntricas 
das cúspides cêntricas na boca do paciente. 
 
 
ARCO FACIAL 
✔ Montagem adequada do modelo superior no 
articulador; 
✔ Transferir as medidas craniofaciais do paciente 
para o componente maxilar do articulador. 
Tem como referência: 
✔ 2 eixos posteriores: relacionado aos eixos 
rotacionais condilares; 
✔ 1 ponto anterior: glabela. 
 
 
 
GARFO DE MORDIDA 
✔ Responsável pelo registo do plano oclusal 
maxilar; 
✔ Responsável por transferir o plano oclusal 
maxilar para o componente maxilar do articulador; 
✔ Necessário para montagem de modelo superior 
em articulador. 
✔ Utiliza-se a godiva para registrar 3 pontos. 
Critérios: 
✔ Cabo deve ser centralizado com a linha média 
facial; 
✔ Registo oclusal de um ponto incisal e dois pontos 
posteriores (direito e esquerdo); 
✔ Evitar que o dente perfure o material de registro. 
 
Registro interoclusal: 
✔ Necessário para a montagem de modelo inferior 
no articulador; 
✔ Registra a relação entre o arco inferior e 
superior. 
Tomada da posição mandibular: 
✔ Relação cêntrica (diagnóstico de desvios 
mandibulares); 
✔ MIH (registro da posição mandibular habitual) 
EX.: paciente tem todos os dentes, ele tem ajuste 
oclusal, sem desvio, nesse caso coloca em MIH; 
✔ Utiliza-se uma lâmina de cera 7 ou silicona. 
 
Critérios para obtenção do registro: 
✔ Copiar nitidamente a edentação oclusal; 
✔ Ser o mais fino possível, evitando interferências 
oclusais; 
✔ Ausência de básculas (estabilidade); 
✔ Registrar o máximo de contatos oclusais 
possíveis; 
✔ Ser perfurado em região de pontas de cúspides 
e fundo de fossas (melhor estabilidade do modelo). 
 
ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTÁVEL 
✔ Articulador mais moderno da odontologia; 
✔ Reproduz precisamente todos os movimentos 
condilares na articulação. 
Ajustes: 
✔ Inclinação condilar; 
✔ Ângulo de Bennet; 
✔ Movimento de rotação condilar; 
✔ Distância intercondilar. 
Vantagens: 
✔ Possibilita total capacidade de reprodução de 
movimentos mandibulares; 
✔ Mínima necessidade de ajuste oclusais de peças 
protéticas; 
✔ Possibilita um relacionamento oclusal estável e 
confortável para pacientes reabilitados. 
Desvantagens: 
✔ Alto custo > ASA; 
✔ Maior tempo gasto para transferência de 
informações; 
✔ Indicado para caso de reabilitações extensas. 
 
Inclinação da guia condilar: 
Enquanto o articulador semiajustável só pode 
geralmente fornecer um movimento condilar apenas 
em uma trajetória reta, o articulador totalmente 
ajustável é capaz de ajustar a trajetória condilar 
para reproduzir o ângulo e a curvatura específica do 
movimento condilar do paciente. 
 
Ângulo de Bennett (movimento de translação 
lateral): 
O articulador totalmente ajustável tem ajustes que 
permitem a reprodução tanto do ângulo de Bennett 
do paciente quanto do movimento de translação 
lateral imediato do côndilo de balanceio. 
 
Movimento de rotação condilar: 
Durante um movimento laterotrusivo, o côndilo que 
rotaciona (de trabalho) não gira puramente ao redor 
de um ponto fixo, mas pode se mover levemente 
para lateral. O movimento condilar de rotação afeta 
tanto o lado de trabalho quanto o de balanceio, mas 
tem seus maiores efeitos no lado de trabalho. Os 
articuladores totalmente ajustáveis podem ser 
configurados de tal forma que a trajetória do côndilo 
de rotação no articulador reproduza a do paciente. 
 
Distância intercondilar: 
Com o articulador totalmente ajustável, um intervalo 
grande de distâncias intercondilares pode ser 
selecionado. Consequentemente, o ajuste 
intercondilar é feito dentro da distância em 
milímetros determinada com base no paciente. Isso, 
então, permite uma reprodução mais precisa dessa 
distância e minimiza erros nas trajetórias 
excêntricas das cúspides cêntricas. 
 
COMO SELECIONAR UM ARTICULADOR? 
Critérios de seleção: 
✔ Identificar as características oclusais do 
paciente; 
✔ Avaliar a extensão do tratamento reabilitador; 
✔ Conhecer o articulador; 
✔ Habilidade clínica. 
✔ Restabelecimento de guias posteriores 
(pequena interferência condilar): Articuladores 
mais simples 
✔ Restabelecimento de guias anteriores (grande 
interferência condilar): Articuladores mais 
sofisticados

Outros materiais