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Dentística - Isolamento do campo operatório (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
O isolamento do campo operatório é a etapa responsável pela 
obtenção e manutenção de um campo limpo, seco e com adequado 
acesso – aspectos essenciais para o sucesso de qualquer 
procedimento clínico. Esse isolamento pode ser de duas formas: 
com dique de borracha (isolamento absoluto) e sem o dique 
(isolamento relativo). 
Isolamento absoluto: 
• Controle da contaminação e umidade; 
• Melhor visibilidade ao profissional; 
• Protege o paciente frente à deglutição acidental de 
objetos e resíduos; 
• Previne lesões acidentais em tecidos moles; 
• Aumenta a segurança do operador: protege de 
infecções; 
• Evita o desperdício de tempo clínico (uma vez que o 
paciente fica impossibilitado de falar e expectorar ao 
longo do procedimento). 
1. Remoção de tecido cariado (por conta da presença de 
bactérias); 
2. Remoção de restaurações insatisfatórias (para evitar 
que o paciente possa deglutir restos da restauração); 
3. Em todos os procedimentos que envolvam amálgama 
(reduzir a aspiração/deglutição do mercúrio); 
4. Em todos os procedimentos adesivos (a ausência de 
contaminação e o controle da umidade são aspectos 
críticos para o sucesso da adesão); 
5. Situações que dependem do afastamento do grampo 
(afastamento gengival); 
6. Pacientes com necessidades especiais/limitações 
motoras (para reduzir a possibilidade de aspiração ou 
deglutição de intrumentos e objetos); 
 
 
 
 
 
 
 
• Pacientes com asma/dificuldades respiratórias (o dique 
de borracha impede a respiração bucal); 
• Dentes com irrupção/erupção incompleta (nesses casos, 
pode ser difícil ou mesmo impossível invaginar 
corretamente a borracha); 
• Pacientes alérgicos ao látex (se certificar disso antes de 
iniciar o isolamento). 
Para a execução do isolamento absoluto, são necessários diversos 
instrumentos e materiais. Contar com todos os itens que possam, 
eventualmente, ser necessários durante o isolamento, é essencial 
para que o procedimento seja executado de forma rápida, segura 
e com mínimo desconforto para o paciente. 
1. Lençol de borracha: é a folha de borracha responsável 
por separar o campo operatório da cavidade bucal. Os 
lençóis mais espessos são mais resistentes e promovem 
melhor afastamento gengival, além de melhor vedamento 
da interface entre borracha e o dente. Existem os 
lençóis de vinil – para pacientes alérgicos. 
2. Arco de Young: dispositivo metálico em forma de U, 
utilizado para esticar e apreender o lençol de borracha, 
possui pequenas garras ao longo de sua haste. A parte 
côncava do arco deve ficar voltada para a face do 
paciente. 
3. Perfurador de borracha: dispositivo utilizado para 
confeccionar os orífícios correspondentes a cada um 
dos dentes que serão isolados. 
4. Pinça porta-grampos: tem as funções de apreender e 
abrir o grampo, a fim de permitir seu posicionamento no 
dente. Também utilizada para retirar o grampo. É 
importante que as pontas ativas da pinça apresentem 
formato adequado, de modo a apreender firmemente o 
grampo e se desprender com facilidade. 
 
 
 
Isolamento do campo operatório: 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
5. Grampos: a função primária dos grampos é a 
manutenção e estabilização do lençol de borracha, 
embora, eventualmente, também sejam responsáveis 
por promover a retração dos tecidos gengivais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grampos – molares: 200 a 205. 
 
 
 
 
 
 
 
Grampos – pré-molares: 206 a 209. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grampos – dentes anteriores: 210, 211 e 212. 
 
 
 
 
 
Em situações em que há necessidade de retrair os tecidos 
gengivais, pode-se empregar o grampo 212 – bem como suas 
variantes 212L e 212R, úteis quando há necessidade de retração 
simultânea em dois dentes contíguos. 
 
 
 
 
 
Além desses, são também bastante utilizados os grampos W8A e 
26, ambos recomendados para o isolamento de dentes 
posteriores, especialmente quando os mesmos apresentam coroas 
curtas e/ou expulsivas – situações nas quais o uso de grampos 
“convencionais” é bastante difícil. 
 
 
 
 
6. Lubrificante Hidrossolúvel: é aplicado na face interna de 
borracha, diretamente sobre os perfurações, a fim de 
facilitar a sua passagem pelos pontos de contato 
interdentais. 
7. Caneta: utilizada para marcar as posições onde o dique 
deve ser perfurado – uma marcação para cada dente 
que será isolado. Canetas esferográficas não são 
indicadas. 
8. Fio dental: previamente à execução do isolamento 
absoluto, é empregado para avaliar a pressão dos 
contornos proximais. O fio também deve ser utilizado 
para detectar a presença de bordos cortantes e/ou 
excessos de material restaurador. Sempre que o fio 
dental sofrer ruptura ou for desfiado durante a 
avaliação das superfícies proximais, recomenda-se que 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
estas sejam ajustadas. O fio é utilizado também para 
auxiliar a passagem do lençol de borracha nas regiões 
interproximais, para promover a invaginação deste nos 
espaços sulculares e para estabilizar o isolamento – 
através de amarrias. 
 
 
 
9. Tiras de lixa: utilizadas para o ajuste das superfícies 
proximais, de modo a facilitar a passagem do lençol de 
borracha. 
10. Espátula com ponta romba: colabora na invaginação do 
dique de borracha e na instalação de amarrias. Tesoura: 
essencial durante a etapa de remoção do isolamento 
absoluto, cortando o lençol de borracha e facilitando a 
sua retirada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isolamento relativo: 
Apesar de suas indiscutíveis vantagens, especialmente no que diz 
respeito à confiabilidade do controle da umidade, há diversas 
situações em que o uso do dique de borracha não traz benefícios 
significativos. 
Há situações em que a presença do lençol de borracha é 
indesejada, nesses casos, não há qualquer problema em optar pelo 
isolamento relativo. Desde que bem indicado e realizado de forma 
diligente, o isolamento relativo é perfeitamente compatível com 
procedimentos de alta qualidade técnica. 
Um bom isolamento pode ser executado com roletes de algodão, 
sugadores, afastadores labiais, compressas de gaze e fios 
retratores. 
1. Sugadores: responsáveis pela sucção da saliva e da água 
presentes na cavidade bucal. 
2. Roletes de algodão: uso de algodão com alto poder de 
absorção colabora muito no controle de umidade 
proporcionado pelo isolamento relativo. Além de minimizar 
a necessidade de substituição dos roletes no decorrer do 
procedimento. O posicionamento correto dos roletes, na 
saída das glândulas salivares e nas regiões de fundo de 
sulco vestibulares, é essencial para o sucesso do 
isolamento relativo. 
3. Afastadores labiais: é imprescindível para um isolamento 
relativo eficiente. São capazes de retrair os lábios e as 
bochechas, mantendo-os afastados durante todo o 
procedimento. 
4. Compressas de gaze: ao trabalhar na região anterior, 
podem ser posicionados sobre a língua, de modo a auxiliar 
no controle da umidade, além de também protegerem o 
paciente contra a deglutição/aspiração de materiais e 
resíduos. 
5. Fios retratores: além de retrair a gengiva, afastando-a 
das áreas de interesse para a execução dos 
procedimentos, os fios colaboram no controle da 
umidade, ao impedir o fluxo do fluido crevicular 
proveniente do sulco gengival. 
 
 
 
 
 
 
É necessário fazer essas invaginações para o lençol entrar no 
sulco gengival e impedir que escoe o fluído crevicular (presente 
no sulco gengival). 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depende: 
• Troca constante dos roletes/gaze; 
• Sugador posicionado estrategicamente; 
• Auxiliar atenta; 
• Rapidez e agilidade: serviços bem feitos! 
Passo a passo do isolamento absoluto: 
1. O lençol de borracha deve ser adaptado ao 
arco de young; 
2. Marcação dos dentes no leçol de borracha,com a caneta permanente – o ideal é iniciar as 
marcações pelo último dente do hemiarco; 
3. Todos os dente até o canino do hemiarco 
oposto devem ser isolados; 
 
 
 
4. Em seguida, o lençol deve ser perfurado – um 
orifício por dente. 
• O maior orifício é reservado ao dente 
que recebe o grampo; 
• O segundo é usado para molares; 
• O terceiro para pré-molares e 
caninos; 
• O quarto para incisivos superiores; 
• O quinto, último e menor – para 
incisivos inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Conferir contatos proximais com um fio dental 
antes de inserir o lençol; Caso necessário, 
devem ser ajusatados com a lixa; 
6. Enlaçar o grampo com o fio dental; 
7. Lubrificação do lençol de borracha; 
8. Posicionar o grampo, arco e lençol – ordem a 
depender da técnica escolhida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Fazer adaptação do grampo na cervical do 
dente na região vestibular e lingual; 
10. Confeccionar as amarrias – o fio dental deve 
ser posicioando sobre o dente e deslizado em 
direção à região proximal, de modo a promover 
a passagem do lençol pelo ponto de contato; 
11. Em seguida: invaginação do lençol de borracha 
nas interproximais – utilizar o fio e a espátula 
com ponta romba: ao mesmo tempo em que o 
fio é apertado ao redor do dente e tensionado 
em direção cervical, a espátula é empregada 
na face oposta. Esse procedimento é repetido 
em todos os dentes. 
A remoção do isolamento absoluto é iniciada pela retirada do 
grampo, seguida pelo corte do lençol de borracha com uma tesoura. 
 
 
Os dentes posteriores devem ser marcados na face oclusal 
e os anteriores no centro da borda incisal. 
Técnicas de inserção do isolamento absoluto: 
• Técnica de Parulla: leva-se ao dente o conjunto 
grampo + arco + lençol; 
• Técnica de Stibbs: coloca-se primeiro o grampo, 
em seguida, lençol + arco; 
• Técnica de Ryan: coloca-se primeiro o lençol + arco, 
em seguida o grampo. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Absoluto x relativo: 
Embora, em um primeiro momento, a execução do isolamento 
absoluto possa parecer um procedimento demorado e complicado, 
isso não é verdade. De fato, a execução devida leva poucos minutos 
e propicia significativa economia de tempo clínico. 
Mais importante, entretanto, é que o isolamento absoluto propicia 
tranquilidade. Tranquilidade em saber que se está trabalhando em 
um campo operatório adequado, graças a proteção que o 
isolamento absoluto oferece, tanto ao paciente como ao 
profissional. 
 
O isolamento relativo, que à primeira vista pode parecer mais fácil 
e rápido, é extremamente dependente da colaboração do paciente. 
Assim, a manutenção do campo operatório em condições ideais 
requer esforço e vigilância constantes por parte do profissional e 
da equipe de apoio – situação totalmente diferente daquela 
propiciada pelo isolamento absoluto. 
Por todas essas razões, deve-se priorizar o isolamento absoluto 
do campo operatório, restringindo o uso do isolamento relativo 
áquelas situações em que ele realmente apresenta vantagens. 
 
Referências: 
BARATIERI, Luiz Narciso et al. Odontologia 
Restauradora: fundamentos e técnicas. São Paulo: 
Livraria Santos Editora Ltda, 2010. 
Aula teórica de Dentística laboratorial. Faculdade 
Maurício de Nassau, Odontologia, 2021. 
 
Nos dentes anteriores, a técnica de isolamento absoluto 
sofre algumas modificações: 
• Geralmente, os procedimentos são conduzidos 
sob isolamento relativo - a fim de minimizar a 
desidratação da estrutura dental e a alteração de 
cor que a acompanha. 
• Na maioria dos casos, o isolamento dos dentes 
anteriores com dique de borracha pode ser 
conduzido sem o uso de grampos, com exceção 
das situações que há necessidade de promover 
a retração gengival. 
OBS: Nesse caso, o isolamento está sendo executado sem o 
uso de grampos, de modo que os orifícios de ambos os 
extremos não devem ser confeccionados com o maior 
diâmetro do perfurador. 
No isolamento de canino a canino, as amarrias 
confeccionadas com fio dental são uma forma 
extremamente prática de garantir a estabilização do dique 
de borracha sem a utilização de grampos. 
Pode- se utilizar também a barreira gengival Top dam – para 
fazer o selamento da região (é fotoativada).

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