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Logística Reversa e Sustentabilidade 30 • a atenção dada pela sociedade à complexidade dos sistemas e à dinâmica de mudanças criando competências para enfrentar os seus riscos e de- safios; • facilitar a educação com objetivos profissionais e investir no desenvolvimento de um sistema de educação sólido entre gerações. Responsabilidade Socioambiental Embora já haja diversos exemplos de práticas de ges- tão socialmente responsável, ainserção da sustentabilida- de e responsabilidade social às práticas diárias de gestão ainda representa um grande desafio para grande parte da comunidade empresarial brasileira. Aassociação desses conceitos à gestão dos negócios deve necessariamente expressar ocompromisso efetivo de todos os escalões da empresa, de forma permanente e estruturada. O compromisso do público interno traduz a qualidade da inserção do tema na cultura organizacional. Em outras palavras, uma organização não consegue ratificar a sua identidade sem que seu público interno – seus colabora- dores mais diretos – o faça em suas relações cotidianas. É por conta disso que a sustentabilidade e a responsabili- dade social empresarial não podem ser atribuídas apenas em nível institucional, mas precisam ser ratificadas pelo público interno que reconstrói um contexto organizacional mais inclusivo. A educação corporativa e os sistemas de gestão têm um papel essencial nisto. Essa nova visão pressupõe um processo de profunda mudança na cultura organizacional e, conseqüentemente, nos processos, produtos e, em úl- tima análise, nos modelos de negócio.Em muitos casos, a alta direção está comprometida com a sustentabilida- de empresarial, mas não encontra mecanismos para fazer com que seu público interno assimile este conceito e mude sua postura. Por outras vezes, a lógica de mercado, que pressiona pela minimização de custos e maximização de resultados no curto prazo, impede uma reflexão maior sobre a função social de cada negócio. Em última análise, o ideal seria que as empresas de medicamentos fossem, na realidade, empresas de saúde; as empresas automobilísticas, empre- sas de transporte emobilidade, e assim sucessivamente. Cada negócio encontraria sua verdadeira função social, em um mundo em que as relações de poder e consumo devem ser repensadas. Terceiro Setor O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsá- vel pelas questões individuais. Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chama- do terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que têm como objetivo gerar serviços de caráter público. Portanto, gene- ricamente, o terceiro setor é visto como derivado de uma conjugação entre as finalidades do primeiro setor e a me- todologia do segundo, ou seja, composta por organizações que visam a benefícios coletivos. O espaço criado pelo terceiro setor se configura, en- tão, como aquele de iniciativas de participação cidadã. As ações que se constituem neste espaço são tipicamente ex- tensões da esfera pública não executadas pelo Estado e caras demais para serem geridas pelos mercados. • As organizações que fazem parte deste setor apre- sentam as seguintes características: • Estruturada: possuem certo nível de formalização de regras e procedimentos, ou algum grau de or- ganização permanente; • Privada: estas organizações não têm nenhuma re- lação institucional com governos, embora possam dele receber recursos; • Não distribuidoras de lucros: nenhum lucro ge- rado pode ser distribuído entre seus proprietários ou dirigentes. Portanto, o que distingue essas or- ganizações nãoé o fato de não possuírem ‘fins lucrativos’, e sim, o destino que é dado a estes, quando existem;
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