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A História da Epidemiologia no Brasil

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A História da 
Epidemiologia no Brasil 
 
Epidemiologia no Brasil 
 
Quando falamos em epidemiologia podemos citar desde o seu descobrimento 
do Brasil, com a chegada dos colonizadores ao território nacional uma 
 série nova 
doenças passavam a atingir a população indígena, e assim iniciou-se 
a busca por 
soluções aos problemas de saúde da população brasileira. Em 1808 a 
 família real 
chega ao país, chegando também os cursos universitários, dentre eles 
os de 
medicina, fazendo com que os médicos, que até então vinham de 
fora do país, 
passassem a se formar no Brasil. Nesse período apenas a população 
mais 
abastarda tinha acesso aos serviços de saúde, e os indígenas e 
escravos 
procuravam a ajuda pajés, curandeiros e boticários, haviam também as 
 Santas 
Casas de Misericórdia, que eram administradas pelos religiosos, que 
ofertavam 
serviços de saúde a população mais pobre, porém as condições de 
tratamentos 
eram precárias. 
Em 1822 D. Pedro I dá início a mudanças na saúde, criando mais faculdades, 
instalando órgãos para fiscalização e delimitando funções para os que 
atuavam na 
saúde, todavia não houve grandes avanços, fazendo com que a imagem 
 no país no 
exterior não fosse das melhores. Quantos aos profissionais da saúde, 
haviam dois 
tipos: os chamados, na é poca, de físicos, que eram os profissionais 
que havia 
frequentado centros universitários, e os cirurgiões, que haviam aprendido 
 seu ofício 
na prática. Existiam também duas correntes d e pensamento vigentes 
na época: a 
teoria miasmática, que influenciou todo o século XVIII e parte do 
século XIX e 
acredita que as contaminações vinham da terra, da água e afins, ainda 
não se tinha 
o entendimento dos vírus e bactérias, e a teoria bacteriológica. 
 
A epidemiologia no Brasil se deu origem a partir da medicina tropical 
 e dos 
naturalistas, que descreveram a ocorrência de doenças infecciosa. A 
criação da 
Escola Tropicalista Baiana, no século XIX, ainda que não si configura-
se uma 
instituição de ensino, se dedicou a prática médica e a pesquisa da 
etiologia das 
doenças tropicais que atingiam a população em geral. Esse grupo d e 
pesquisadores 
rejeitou o determinismo racial, pois acreditavam na universalidade das 
doenças, 
associavam as doenças tropicais a pobreza, desnutrição, falta de 
saneamento e 
péssimas condições de vida. Esses pesquisadores desenvolveram 
importantes 
trabalhos sobre a tubérculos, hanseníase e outros. 
 A República despertou um sentimento de avanço na saúde, no 
período de 
1900 a 1920 houve as reformas sanitárias nos grandes centros 
urbanos e áreas 
portuárias, apesar de todos os esforços, os problemas sanitários e 
epidemias 
continuavam a assustar a todos. A população crescia e era necessário 
 tomar 
medidas mais eficazes no combate as epidemias, ainda que essas 
medidas não 
agrada-se a todos, os sanitaristas, o principal deles era Oswaldo Cru z, 
convenceram 
o estado a tornar obrigatória a vacinação contra a varíola e febre 
amarela, o que 
gerou diversos conflitos, pois a população não compreendia a 
necessidade delas, 
dentre elas a revolta da vacina em 1904. Oswaldo Cruz implantou 
outras medidas, 
como multa e intimação dos proprietários de estabelecimentos 
insalubres, e no 
combate a peste bubônica, instituiu notificação compulsório e a 
exterminação de 
ratos. O médico Carlos Chagas, em 1905, conseguiu controlar o surto 
 da malária e 
posteriormente descobriu o protozoário causador da doença de chagas. 
Após a II Guerra Mundial, surgiu a ideia de que as doenças 
endêmicas 
poderiam ser controladas e até erradicadas, assim a Organização Pan-
Americana 
de Saúde e a Organização Mundial da Saúde empreenderam diversas ações 
globais 
com o objetivo de erradicar diversas doenças, no Brasil ocorreram duas 
campanhas 
de erradicação, uma e m combate a malária, obtendo sucesso parcial, 
e a outra ao 
aedes aegypti, que obteve sucesso total, porém não definitivo. Na área 
 do ensino, 
duas importantes instituições de pesquisa e formação na área da 
saúde coletiva 
foram criadas: a Fundação Oswaldo Cruz, no Ri o de janeiro, e a 
Faculdade da 
Saúde Pública da Universidade de São Paulo. 
 
Em 1942, o governo do Brasil a partir de um acordo com o governo 
americano, criou-se o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), que 
priorizava 
ações para o controle da malária e outras doenças endêmicas na 
região amazônica 
e posteriormente expandido a outras regiões. Depois de 1960 o SESP 
passou a ser 
Fundação, desempenhando um importante papel na normatização de 
diversas 
atividades da saúde e saneamento. 
O Sistema Nacional Epidemiológico no Brasil se consagrou a partir das 
campanhas de erradicação da varíola e poliomielite, nas décadas de 
60 e 70, 
havendo um esforço para a construção de novas teorias e métodos 
da 
epidemiologia, buscando aplicar mé todos de planejamento da saúde. No 
governo de 
Getúlio Vargas ocorreu uma atuação mais centralizada, focada no 
tratamento das 
epidemias e endemias, contudo as verbas da saúde eram desviadas 
para outros 
setores, sendo mais uma vez a população mais pobre prejudicada. A 
oferta de 
saúde do governo não supria a demanda da população, a solução foi fazer 
repasses 
ao sistema de saúde privado para o atendimento da população, 
fazendo com que 
houvesse grande crescimento na rede privada. Para o controle desses 
repasses 
fundou-se o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência 
Social 
(INAMPS), e a saúde pública teve seu foco voltado apenas ao 
processo curativo, 
sem muitos investimentos em promoção e prevenção. 
Nos últimos anos do regime Militar a reforma sanitarista foi vista com um olhar 
social na saúde pública, foram criados conselhos de saúde, que 
resultou na criação 
do Sistema Único de Saúde (SUS). A constituição de 1988 se tornou 
um importante 
marco na saúde do Brasil, ela estabelece a saúde como um direito de 
todos e dever 
do estado, o que foi basilar para o desenvolvimento dos serviços de 
saúde a partir 
de então, sustentando-se no tripé da descentralização, integridade e 
participação 
popular. O SUS conseguiu um grande feito, ele se estabeleceu na 
atenção primária 
e na medida educativas, em ações de promoção a saúde e 
prevenção, como 
campanhas de vacinação. Apesar dos avanços, o SUS ainda apresenta 
 grandes 
desafios, pois até os dias atuais o SUS ainda nãoreceber verba 
suficiente para 
garantir serviços de saúde a toda a população.

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