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CM 1 1 1 ⃣ CM 1 C. C. a diferença entre perito e legista e o que cada um faz PERÍCIA MÉDICO-LEGAL conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de um fato de interesse da Justiça um ato pelo qual a autoridade procura conhecer, por meios técnicos e científicos, a existência ou não de certos acontecimentos, capazes de interferir na decisão de uma questão judiciária ligada à vida ou à saúde do homem ou que com ele tenha relação PERÍCIAS: FINALIDADE produzir a prova Nas ações penais, o laudo médico-legal não é documento sigiloso. É uma peça pública, como o boletim de ocorrência e o inquérito policial no qual ele é anexado. Somente quando a autoridade policial acredita que sua divulgação pode prejudicar o andamento da investigação, solicita a um juiz que decrete segredo de Justiça sobre o caso. CM 1 2 Com as modificações do artigo 159 do Código de Processo Penal Lei no 11.690, de 9 de junho 2008, o exame de corpo de delito e outras perícias poderão ser realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior, e na sua falta pode-se contar com duas pessoas idôneas, “portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame”. quando se trata de uma perícia complexa, pode ser designado mais de um perito oficial e um assistente técnico ↪ abrange mais de uma área de conhecimento especializado nas perícias de natureza civil juiz pode nomear o perito, o qual terá 5 dias depois da intimação, a possibilidade de indicar assistentes e apresentarem quesitos O perito apresentará laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, até vinte 20 dias antes da audiência de instrução de julgamento. O perito apresentará laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, até vinte 20 dias antes da audiência de instrução de julgamento. perícia realizada no vivo: visa ao diagnóstico de lesões corporais, determinação de idade, de sexo e de grupo étnico; diagnóstico de gravidez, parto e puerpério; diagnóstico de conjunção carnal ou atos libidinosos em casos de crimes sexuais; estudo de determinação da paternidade e da maternidade; comprovação de doenças profissionais e acidentes do trabalho; evidências de contaminação de doenças venéreas ou de moléstias graves; diagnóstico de doenças ou perturbações graves que interessam no estudo do casamento, da separação e do divórcio; determinação do aborto; entre tantos. perícia realizada no cadáver: diagnóstico da causa da morte, da causa jurídica de morte e do tempo aproximado de morte, a identificação do morto, e o diagnóstico da presença de veneno em suas vísceras, a retirada de um projétil, ou qualquer outro procedimento que seja necessário. IMPORTÂNCIA DA PROVA Prova é o elemento demonstrativo da autenticidade ou da veracidade de um fato. CM 1 3 objetivo: é “formar a convicção do juiz sobre os elementos necessários para a decisão da causa” prova proibida: obtida por meios contrários à norma ilícita: quando agride uma regra de direito material ilegítima: quando afronta princípios da lei processual ATIVAÇÃO DA PROVA Sistema legal ou tarifado em que o juiz limita-se a comprovar o resultado das provas e cada prova tem um valor certo e preestabelecido; Sistema da livre convicção em que o magistrado é soberano, julga segundo sua consciência e não está obrigado a explicar as razões de sua decisão Sistema da persuasão racional: quando o juiz forma seu próprio convencimento baseado em razões justificadas. Este último é o sistema adotado entre nós. mesmo que o juiz não esteja adstrito às provas existentes nos autos, terá que fundamentar sua rejeição. A sentença terá que discutir as provas ou indicar onde se encontram os fatos do convencimento do juiz. O verdadeiro destino da perícia é informar e fundamentar de maneira objetiva todos os elementos consistentes do corpo de delito e, se possível, aproximar-se de uma provável autoria. compromisso em favor da prova: qualidade do trabalho qualidade do trabalho utilização de técnicas médico-legais reconhecidas e aceitas com a segurança capaz de executar um bom trabalho utilização dos meios subsidiários necessários e adequados para realizar cada caso, em que se tenha a contribuição irrecusável da tecnologia pertinente CM 1 4 utilização de um protocolo que inclua a objetividade de roteiros atualizados e tecnicamente garantidos pela prática legispericial corrente VALOR RACIONAL DA PROVA Os modelos mais convincentes de valoração racional de uma prova são: o que é baseado na utilização de meios ou recursos matemáticos (probabilidade matemática) – deduz-se a partir de dados estatísticos; mais usado em processos civis o que é baseado em esquemas de confirmação (probabilidade indutiva) – deduz-se através da probabilidade lógica; mais usado em processos criminais o perito não deve apontar uma verdade que não possa justificar NOÇÕES DE CORPO DE DELITO A falta ou omissão do exame de corpo de delito leva à nulidade do processo EXAMES PARA OS JUIZADOS ESPECIAIS PERITOS CONCEITO DEVERES DE CONDUTA DO PERITO DEVERES DE INFORMAÇÃO DEVERES DE ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL DEVERES DE ABSTENÇÃO DE ABUSOS DEVERES DE VIGILÂNCIA, DE CUIDADOS E DE ATENÇÃO RESPONSABILIDADES CIVIL E PENAL DO PERITO RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE PENAL TIPOS PENAIS CM 1 5 FALSOTESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA CORRUPÇÃO ATIVA EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO EXTRAVIO DE DOCUMENTO PREVARICAÇÃO VIOLAÇÃO DO SEGREDO NA PRÁTICA DA PERÍCIA DIREITOS DOS PERITOS DO DIREITO DE RECUSAR O ENCARGO desde que se justifique no prazo legal respaldo no Código de Processo Civil “O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.” E mais: “A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la.” pode recursar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição quando se considera inabilitado, seja por falta de um melhor domínio sobre o assunto controverso ou ainda se o assunto não tiver pertinência com sua especialidade quando está relacionado ao caso, conjugê, parentes consanguíneos ou afins impedimento como ser parte no processo; ter atuado no processo como mandatário de uma das partes, oficiou como assistente técnico, perito, promotor, prestou depoimento como testemunha; ser parte do processo seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, até o segundo grau; quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; CM 1 6 algumas das partes for sua credora ou devedora, ou de seu cônjuge ou seu parente até o terceiro grau; se for herdeiro de alguma das partes; se receber presentes de uma das partes antes ou depois de iniciado o processo ou aconselhar alguma das partes sobre o objeto da perícia; se tiver interesse no julgamento ou favorecimento da perícia em favor de uma das partes; declarar-se suspeito, ou seja, recusar o encargo de perito por motivo íntimo. DO DIREITO DE PROTEÇÃO CONTRA DESOBEDIÊNCIA OU DESACATO o respeito como funcionário público contra a desobediência “Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa” desacato “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa), quando isso vier a interferir ou dificultar o trabalho pericial. DO DIREITO AOS HONORÁRIO PERICIAIS ações civis: o perito e o assistente técnico têm direito à remuneração de seus encargos Como assistente técnico, a responsabilidade do pagamento é da parte solicitante, e como perito, pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requeridopor ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz. Nos casos dos honorários de beneficiados pela justiça gratuita cabe ao Estado a responsabilidade pelo pagamento dos honorários do perito. Os assistentes técnicos podem também funcionar em ações penais. DO DIREITO DE DESEMPENHO LIVRE DA FUNÇÃO PERICIAL O perito tem o direito de agir com toda liberdade e independência, ter acesso ao processo nos Cartórios, pedir os exames e documentos necessários a sua análise, ter acesso às instituições onde se encontrem o periciando, além do CM 1 7 contato com as partes: advogados, assistentes técnicos, diretores técnicos de hospitais e centros de custódia, e entrevista com médicos assistentes. as perícias devem ser realizadas nos órgãos de perícia oficial, sem a presença de policiais ou carcereiros, evitando assim a intimidação e o constrangimento. DO DIREITO DE RESERVA DE PRESTAR ESCLARECIMENTOS Tanto o perito como o assistente têm o direito de prestar esclarecimento técnico apenas à autoridade competente quando devidamente intimado e no devido prazo legal: A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos. DO DIREITO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO Tanto o perito como o assistente têm o direito de prestar esclarecimento técnico apenas à autoridade competente quando devidamente intimado e no devido prazo legal: A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos. DIREITO DE RECORRER A FONTES DE INFORMAÇÃO Tanto os peritos como os assistentes técnicos têm a opção de escolha dos meios, da metodologia e das fontes de informação que eles utilizarão para atingir a finalidade de seu mister. Poderão consultar os autos do processo, documentos e o que tiver relação com o objeto do exame, consultar obras pertinentes ao assunto em questão, e, até mesmo, ouvir testemunhas, além de instruir o laudo, se preciso for, com plantas, desenhos, gráficos e fotografias. Todavia, recomenda-se que se evite anexar aos laudos fotografias que identifiquem as vítimas ou as exponham em situações constrangedoras que possam violar a imagem, a vida privada, a intimidade e a honra dos examinados, com maior destaque, quando se tratar de exames de crianças e adolescentes, como nos casos de crimes contra a dignidade sexual, principalmente quando não forem constatados lesões ou vestígios comprobatórios. DIREITO A INDENIZAÇÃO DE DESPESAS CM 1 8 O perito tem direito a ser ressarcido pelas despesas relativas à perícia. Enquanto as despesas feitas pelo perito deverão ser satisfeitas por aquele que a requereu, ou pelo autor, quando se tratar de perícia determinada de ofício, as feitas pelo assistente técnico o serão pela parte que o indicou. FUNÇÃO DO MÉDICO-LEGISTA O médico-legista é o médico habilitado profissional e administrativamente a exercer a medicina legal, por meio de procedimentos médicos e técnicos, tendo como atividade principal colaborar com a administração judiciária nos inquéritos e processos criminais. ele deve ser formado em medicina, estar legalmente habilitado a exercer a função de médico nos Conselhos Regionais de Medicina de sua jurisdição e ter seu ingresso na função por meio de concurso público com edital constando exigências cabíveis ao referido cargo. IMPUGNAÇÃO DO PERITO O perito pode ser recusado pela parte, sob a alegação de que é impedido ou suspeito. Ao julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará outro perito. A substituição do perito poderá ocorrer em duas situações: quando carecer de conhecimento técnico ou científico; poderá verificar-se de ofício ou a pedido das partes, em situações que se alegue a falta de capacidade técnica ou científica do perito quando sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado por despacho do juiz, em vista de descumprimento de um dos deveres do perito, podendo ainda o juiz aplicar a sanção prevista em lei reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do perito (igual à do juiz) quando: for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; CM 1 9 receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio; estiver interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. DIREITOS DO PERICIANDO Recusar o exame no todo ou em parte. Ter conhecimento dos objetivos das perícias e dos exames. Ser submetido a exame em condições higiênicas e por meios adequados. Ser examinado em clima de respeito e confiança. Rejeitar determinado examinador. Ter suas confidências respeitadas. Exigir privacidade no exame. Rejeitar a presença de peritos de outro gênero. Ter um médico de sua confiança como observador durante o exame pericial. Exigir a presença de familiares durante os exames. ASSISTENTES TÉCNICOS assistente técnico é o rótulo que a lei processual civil empresta ao profissional especializado em determinada área, indicado e contratado por uma das partes, no sentido de lhe ajudar na elaboração da prova pericial podem ouvir testemunhas, solicitar documentos e obter as devidas informações, a não ser a questão de prazo, pois o do assistente técnico é de apenas 10 dias após a entrega do laudo do perito fiscalizar a elaboração da prova e do laudo pericial, conferindo a meios avaliativos utilizados. a verificação do nexo de causalidade, a utilização dos meios subsidiários procedentes, a possível omissão de detalhes, além de manifestar por escrito suas próprias conclusões sobre o fato averiguado, após a entrega do laudo pericial do perito em cartório É CM 1 10 DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS NOTIFICAÇÕES São comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária, como acidentes de trabalho, doenças infectocontagiosas, crimes de ação pública que tiverem conhecimento e não exponham o cliente a procedimento criminal e a morte encefálica, quando em instituição de saúde pública ou privada, de acordo com o artigo 12 da Lei no 8.489, de 18 de novembro de 1992. ATESTADOS Entende-se por atestado ou certificado o documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação. É um instrumento destinado a reproduzir, com idoneidade, uma específica manifestação do pensamento. O atestado médico quanto a sua procedência ou finalidade pode ser: administrativo: quando serve ao interesse do serviço ou do servidor público; judiciário: quando por solicitação da administração da justiça; oficioso, quando dado no interesse das pessoas física ou jurídica de direito privado, como para justificar situações menos formais em ausência das aulas ou para dispensar alunos da prática da educação física. PRONTUÁRIOS RELATÓRIOS PREÂMBULO Constam dessa parte a hora, data e local exatos em que o exame é feito. Nome da autoridade que requereu e daquela que determinou a perícia. Nome, títulos e residências dos peritos. Qualificação do examinado. QUESITOS Nas ações penais, já se encontram formulados os chamados quesitos oficiais. Mesmo assim, podem, à vontade da autoridade competente, existir quesitos acessórios. HISTÓRICO Consiste no registro dos fatos mais significativos que motivam o pedido da perícia ou que possam esclarecer e orientar a ação do legisperito. CM 1 11 DESCRIÇÃO DISCUSSÃO Serão analisadas as várias hipóteses, afastando-se o máximo das conjecturas pessoais, podendo-se inclusive citarautoridades recomendadas sobre o assunto. O termo discussão não quer dizer conflito entre as opiniões dos peritos, mas a lógica de um diagnóstico a partir de justificativas racionais e baseadas na avaliação tendo em conta todas as circusntâncias do contexto analisado. CONCLUSÃO síntese diagnóstica redigida com clareza, disposta ordenadamente, deduzida pela descrição e pela discussão. É a análise sumária daquilo que os peritos puderam concluir após o exame minucioso. RESPOSTAS AOS QUESITOS Ao encerrarem o relatório, respondem os peritos de forma sintética e convincente, afirmando ou negando, não deixando escapar nenhum quesito sem resposta. PARECERES quando um médico é nomeado para ser perito de um caso, cabe-lhe, apenas, emitir suas impressões sob forma de parecer e responder aos quesitos formulados pelas partes (pericia deducendi). E o documento final dessa análise chama-se parecer médico-legal, em que suas convicções científicas e, até, doutrinárias são expostas, sem sofrer limitações ou insinuações de quem quer que seja. O parecer médico-legal é constituído de todas as partes do relatório, com exceção da descrição. A discussão e a conclusão passam a ser os pontos de maior relevo desse documento. DEPOIMENTO ORAL MODELOS DE LAUDOS PERICIAIS AUTO DE EXAME CADAVÉRICO ABORTO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, compareceram os médicos peritos Drs…., designados pelo Sr…., para procederem ao exame no cadáver de…, a fim de atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, CM 1 12 com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem e descobrirem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – Se houve morte; SEGUNDO – Se a morte foi precedida de provocação de aborto; TERCEIRO – Qual o meio empregado para a provocação do aborto?; QUARTO – Qual a causa da morte?; QUINTO – Se a morte da gestante sobreveio em consequência do aborto ou do meio empregado para provocá- lo. Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE ESTUPRO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de atentado ao pudor em…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – Se há vestígios de ato libidinoso (em caso positivo especificar); SEGUNDO – Se há vestígios de violência, e, no caso afirmativo, qual o meio empregado; TERCEIRO – Se da violência resultou para a vítima incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 (trinta) dias, ou perigo de vida, ou debilidade permanente de membro, sentido ou função, ou aceleração de parto, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade incurável, ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função, ou deformidade permanente e/ou aborto (em caso positivo especificar); QUARTO – Se a vítima é alienada ou débil mental; QUINTO – Se houve outro meio que tenha impedido ou dificultado a livre manifestação de vontade da vítima (em caso positivo especificar). Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE ABORTO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de corpo de delito (aborto) em…, CM 1 13 a fim de se atender à requisição de exame no… do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – Se há vestígio de provocação de aborto; SEGUNDO – Qual o meio empregado?; TERCEIRO – Se, em consequência do aborto ou meio empregado para provocá-lo, sofreu a gestante a incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias ou perigo de vida ou debilidade permanente ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função ou incapacidade permanente para o trabalho ou enfermidade incurável ou deformidade permanente (resposta especificada); QUARTO – Se não havia outro meio de salvar a vida da gestante (no caso de aborto praticado por médico); QUINTO – Se a gestante é alienada ou débil mental. Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE LESÃO CORPORAL João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de corpo de delito em…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – se há ofensa à integridade corporal ou à saúde do paciente; SEGUNDO – qual o instrumento ou meio que produziu a ofensa?; TERCEIRO – se resultou incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias; QUARTO – se resultou perigo de vida; QUINTO – se resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função; SEXTO – se resultou aceleração do parto; SÉTIMO – se resultou perda ou inutilização do membro, sentido ou função; OITAVO – se resultou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade incurável; NONO – se resultou deformidade permanente; DÉCIMO – se resultou aborto. Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE EMBRIAGUEZ João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de CM 1 14 embriaguez em…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – O paciente apresentado a exame está embriagado?; SEGUNDO – No caso afirmativo, que espécie de embriaguez?; TERCEIRO – No estado em que se acha, pode o mesmo pôr em risco a segurança própria ou alheia?; QUARTO – É possível determinar se o paciente se embriaga habitualmente?; QUINTO – No caso afirmativo, qual o prazo aproximadamente em que deve ficar internado para o necessário tratamento? Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE VALIDEZ João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de validez em…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem ao seguinte quesito: – Se o examinado tem saúde e aptidão para trabalhar. Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE CONJUNÇÃO CARNAL João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de corpo de delito (conjunção carnal) em…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – se houve conjunção carnal; SEGUNDO – qual o tempo dessa conjunção?; TERCEIRO – se houve violência; QUARTO – qual o meio empregado para a violência?; QUINTO – se da violência resultou para a vítima incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias ou perigo de vidaou debilidade permanente ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função ou incapacidade permanente para o trabalho ou enfermidade incurável ou deformidade permanente ou aceleração do parto ou aborto (resposta especificada); SEXTO – se a vítima é alienada ou débil CM 1 15 mental; SÉTIMO – se houve outra causa que impossibilitasse a vítima de oferecer resistência. Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME CADAVÉRICO INFANTICÍDIO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de infanticídio no cadáver de…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – Se houve morte; SEGUNDO – Se a morte foi ocasionada durante ou logo após o parto; TERCEIRO – Qual a causa da morte?; QUARTO – Qual o instrumento ou o meio que produziu a morte?; QUINTO – Se foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura ou por outro meio insidioso ou cruel (resposta especificada). Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME CADAVÉRICO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame no cadáver de…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – Se houve morte; SEGUNDO – Qual a causa da morte?; TERCEIRO – Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?; QUARTO – Se foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou por outro meio insidioso ou cruel (resposta especificada). Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME COMPLEMENTAR João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que CM 1 16 encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – O paciente acha-se curado das ofensas físicas recebidas?; SEGUNDO – No caso negativo, quantos dias mais serão necessários para sua completa cura?; TERCEIRO – Resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função?; QUARTO – Resultou perda ou inutilização de membro, sentido ou função?; QUINTO – Originou incapacidade permanente para o trabalho ou enfermidade incurável?; SEXTO – Resultou deformidade permanente? Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE ACIDENTE DE TRABALHO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de acidente de trabalho em…, a fim de se atender à requisição de exame no…, do…, descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – O paciente apresenta alguma lesão no corpo, perturbação funcional ou qualquer moléstia capaz de ter sido ocasionada em acidente de trabalho?; SEGUNDO – Da lesão pode resultar a morte?; TERCEIRO – No caso contrário, em que tempo se operará a cura?; QUARTO – O paciente pode voltar ao trabalho antes de completamente curado?; QUINTO – Depois de curado, o paciente poderá ficar incapaz para o seu trabalho, ou qual o grau e a duração dessa incapacidade?; SEXTO – No caso de incapacidade parcial e permanente, o paciente poderá acomodar-se com segurança à mesma profissão? Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME DE PARTO PREGRESSO João Pessoa, PB. Aos… dias do mês de… do ano de 20… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame de parto pregresso em…, a fim de se atender à requisição de exame de no…, do Sr…., descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem aos seguintes quesitos: PRIMEIRO – Houve parto?; SEGUNDO – Qual a data provável desse CM 1 17 parto? Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). AUTO DE EXAME PSÍQUICO DA PARTURIENTE INFANTICÍDIO Aos… dias do mês de… do ano de 200… nesta cidade e no…, foram designados peritos os Drs…., para procederem ao exame psíquico na parturiente de nome…, a fim de se atender à requisição de exame de no…, do Sr…., descrevendo, com verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem como para responderem ao seguinte quesito: A paciente se encontrava sob a influência do estado puerperal ao tempo do fato que lhe é imputado? Em consequência, passaram os peritos a fazer o exame ordenado, bem como as investigações que julgaram necessárias, findos os quais declaram: (…). BOLETIM MÉDICO OUTROS MEIOS DE PROVA CONFISSÃO TESTEMUNHO ACAREAÇÃO REPRODUÇÃO SIMULADA NA CENA DOS FATOS C. decálogo do perito DECÁLOGO DO PERITO MÉDICO-LEGAL O perito deve atuar com a ciência do médico, a veracidade da testemunha e a equanimidade do juiz É necessário abrir os olhos e fechar os ouvidos. A exceção pode ser tanto valor quanto a regra. Desconfiar dos sinais patognomônicos. CM 1 18 Deve-se seguir o método cartesiano. Não confiar na memória. Uma necropsia não pode ser refeita. Pensar com clareza para esclarecer com precisão. A arte das conclusões consiste nas medidas. A vantagem da Medicina Legal está em não formar uma inteligência exclusiva e estritamente especializada. DECÁLOGO ÉTICO DO PERITO Evitar conclusões intuitivas e precipitadas. Falar pouco e em tom sério. Agir com modéstia e sem vaidade. Manter o segredo exigido. Ter autoridade para ser acreditado. Ser livre para agir com isenção. Não aceitar a intromissão de ninguém. Ser honesto e ter vida pessoal correta. Ter coragem para decidir. Ser competente para ser respeitado. C. C. a antropologia - como identificar um corpo 💀 ATP 1 - ANTROPOLOGIA FORENSE C.C os direitos e deveres do médico diante de um óbito livrinho CEM https://docs.google.com/document/d/1UT32Xt6UAOH_Dy5w24NNNTyvAiB h_1VSkcFft4p19Y/edit?usp=sharing https://www.notion.so/ATP-1-ANTROPOLOGIA-FORENSE-e07a77b82dc140629b3b2fa5f171bc62 https://docs.google.com/document/d/1UT32Xt6UAOH_Dy5w24NNNTyvAiB-h_1VSkcFft4p19Y/edit?usp=sharing
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