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Tranquilizantes: Aliviam a ansiedade, sem causar sono Sedativos: deixam paciente sonolento Hipnótico: Induzem ou facilitam o sono Para facilitar/simplificar, o termo SEDATIVO é usado para descrever os fármacos tranquilizantes, sedativos ou hipnóticos. Fenotiazinas: Acepromazina, clorpromazina, promazina, prometazina e proclorperazina. Conhecidas como tranquilizantes maiores, neurolépticos ou antipsicóticos. Facilita manuseio ou contenção animais. Usada como pré-medicação antes da anestesia geral. Doses baixas - calmante. Doses maiores – sedação. Não possuem atividade analgésica. Devem ser combinadas com agente analgésico, em geral opióide, se pacientes apresentarem dor. Tem efeitos anti-eméticos que são benéficos na combinação fenotiazina+ opióide. Mecanismo ação: Antagonistas de receptores D2 da dopamina. Fenotiazinas também afetam outros receptores como os muscarínicos – impede acetilcolina – diminui secreções brônquicas, xerostomia, constipação. Fármacos Sedativos Uso VO, IM, SC e IV. Após uso IM leva em torno de 30 minutos para aparecimento total dos efeitos tranquilizantes. Doses máximas produzem 4-6 horas de sedação. O uso VO pode ter biodisponibilidade e sedação variável. A acepromazina muito lipofílica e amplamente distribuída em todo o corpo. Alto grau de ligação as proteínas plasmáticas. São metabolizadas por enzimas microssomais hepáticas. Pacientes com lesão hepática poderão ter duração de ação prolongada. Efeitos adversos SNC: Sinais extrapiramidais - inquietação, rigidez e tremores. Diminui limiar de convulsões (convulsiona mais fácil), Hipotermia devido modificação mecanismos termorregulatórios. Efeitos cardiovasculares: Vasodilatação e queda pressão arterial (bloqueio alfa). Pacientes gravemente hipotensos apresentação colapso e taquicardia. Tratamento deve ser fluidoterapia IV agressiva e uso de simpaticomimético como fenilefrina. Doses muito altas causam bradicardia e parada sinoatrial em cães. Acepromazina - desmaios em cães boxers e outras raças braquicéfalas. Tratamento com atropina e fluidoterapia de suporte. Outros: Reduz motilidade gastrointestinal, Ação anti- histamínica (prometazina; efeito paradoxal em cavalos clorpromazina), Reduz forma transitória o número de plaquetas e agregação plaquetária. Contra-indicações: Não usar em animais com Hipovolemia e choque e Histórico de convulsões. Com cautela e em doses reduzidas: • Pacientes com disfunção cardíaca • Disfunção hepática • Jovens, idosos e debilitados • Raças braquicefálicas, especialmente boxers • Raças gigantes Interações medicamentosas: Potencialização de outros agentes depressores do SNC. Quando acepromazina é usada como pré-anestésico pode-se reduzir em até 30% a dose dos anestésicos gerais. Não usar adrenalina em pacientes tratados com fenotiazinas. Fenotiazinas são fracos inibidores da colinesterase (esterases plasmáticas), podendo aumentar o efeito da procaína e potencializar os efeitos tóxicos dos organosfoforados. Butirofenonas: Fluasinona, droperidol, azaperona. Fluasinona e droperidol: Associação com fentanil (opioide analgésico). Causam neuroleptoanalgesia - sedação com profunda analgesia. Fluasinona-fentanil - uso em coelhos e roedores. Droperidol-fentanil - uso em cães Não usar tais combinações em gatos (opioides causam excitação). Azaperona Uso exclusivo em suínos. Sedativo/pré-anestésico. Reduzir medo e agressividade em suínos recém misturados. Mecanismo de ação, Efeitos adversos e Contra-indicações = Semelhantes às fenotiazinas. Benzodiazepínicos: Alprazolam, Clonazepam, Clorazepato, Diazepam, Flurazepam, Lorazepam, Midazolam, Zolapepam. Tranquilizantes menores. Ansiolíticos - sedação – hipnose - anticonvulsivante. Causam relaxamento muscular e efeito anticonvulsivante (reduzindo assim efeitos indesejáveis anestésicos dissociativos). Não induzem sedação confiável em animais saudáveis. Em animais jovens, velhos e criticamente doentes causam sedação efetiva com poucos efeitos adversos. Não possuem ação analgésica. Usados como pré-anestésicos- Diazepam, midazolam. Podem ser usados para induzir anestesia geral em combinação com anestésicos dissociativos (tiletamina e zolazepam). Usados como anticonvulsivantes – Diazepam, clonazepam, clorazepato. No tratamento de ansiedade, fobia, medo e aversão a outros cães. Lorazepam e alprazolam: Estimulam apetite em algumas espécies- Flurazepam - usados em gatos com anorexia. Todos os efeitos dos BDZ podem se revertidos com antagonista FLUMAZENIL. Mecanismo de Ação: Atuam como agonistas de receptores GABA A. Os BZD tem alta biodisponibilidade oral. São muito lipofílicos e tem amplo volume de distribuição. Se ligam fortemente às proteínas plasmáticas. Metabolizados no fígado por série de vias. Alguns metabólitos formados são ativos (mais tempo no organismo). Midazolam: Solúvel em água. Para garantir a hidrossolubilidade as preparações são tamponadas em pH ácido (3,5). Não sendo necessários solventes irritantes e desta forma o midazolam pode ser usado por via IM e IV. Uso IM tem biodisponibilidade de 90%. Efeitos adversos: • Altas doses redução na pressão sanguínea e débito cardíaco. • Podem aumentar os efeitos depressores de outros fármacos administrados concomitante – depressão respiratória dos opióides. • Insuficiência hepática fulminante em gatos – diazepam oral. • Evitar uso no inicio da gestação • Dependência e tolerância • Tratamento de superdosagem em cães e gatos: FLUMAZENIL Contraindicações: Usar com cautela em animais com encefalopatia hepática e Pacientes em início de gestação. Interações medicamentosas: Os BDZ potencializam efeitos dos barbitúricos (tiopental) e propofol. Aumentam os efeitos dos opióides no SNC, incluindo a depressão respiratória. Diazepam: Insolúvel em água e as preparações contém propileno-glicol, benzoato de sódio em ácido benzoico e etanol, que são irritantes e podem causar tromboflebite após uso IV. Vias IM e SC tem absorção instável. Existe uma preparação em emulsão que é menos irritante. Se liga em superfícies plásticas. Não estocar em seringas plásticas, cateteres ou bolsas de soro. Não é miscível com outros fármacos. Tratamento concomitante com fármacos que inibem as enzimas microssomais hepáticas podem dificultar a eliminação dos BDZ. Ex.; eritromicina (inibidor enzimático) prolonga a sedação por midazolam, enquanto a cimetidina pode impedir a eliminação do diazepam. AGONISTAS Α 2 – ADRENOCEPTORES – ativa feedback negativo - diminui noradrenalina. Xilazina, detomidina, romifidina, medetomidina. SEDATIVOS-HIPNÓTICOS, MIORRELAXANTES E ANALGÉSICOS (dose máxima). Contenção química e medicação pré-anestésica em grandes e pequenos animais. Nível de sedação induzido por agonistas alfa 2 é mais previsível do que com as fenotiazinas e BDZ. Sedação pode falhar em animais assustados, com dor ou excitados em locais ruidosos. Confiáveis, porém uso deve ser limitado ao paciente jovem e saudável. O uso como pré-anestésico reduz de forma acentuada a quantidade de anestésicos injetáveis e inalatórios. A associação com cetamina é comum e permite que o miorrelaxamento da xilazina, neutralize a rigidez da cetamina. Os efeitos simpaticomiméticos da cetamina amenizam os efeitos cardiovasculares dos agonistas α2 Mecanismo de ação: Ativação dos receptores-α 2 pré- sinápticos, diminuindo assim a liberação de noradrenalina no SNC e, portanto, a inibição da transmissão do impulso. Os receptores α 2 são encontrados perifericamente e centralmente, localizados nível pré-sináptico e pós- sináptico. As propriedade sedativas, analgésicas e miorrelaxantes são mediadas os receptores α2 centrais. Os receptores α2 são receptores ligados a proteína Gi inibição adenilil ciclase- reduz AMPc. Os agonistas- α2 em uso veterinário não são específicos para alfa 2 e a maioria exerce efeitos alfa 1 adicionais (efeito adversos). Usando antagonistas – feedback negativo é inibido à feedback positivo. Atividadeótima com o uso IV ou IM (efeito em 10-20 min). Uso SC não recomendado pois absorção é irregular. Sofrem extenso metabolismo de primeira passagem Sofrem absorção na mucosa oral e faríngea. Lipossolúveis, sofrem ampla distribuição. Não se ligam extensivamente às proteínas plasmáticas. Metabolismo hepático. Uso IV (3-5 mim) ou IM (10-20 min) Xilazina- sedação dura 30-40 min Medetomidina- 60-90 min Romifidina 90-120 min Recuperação completa pode demorar várias horas. Uso epidural causa boa analgesia, com duração de 4-8 h em cães. Efeitos adversos: Doses baixas elevam limiar convulsivo (anticonvulsivante) e doses altas baixam o limiar. • Hipotermia • Bradicardia- frequência cardíaca cai em 50 % ou mais com doses sedativas à bovinos mais sensíveis a esses farmacos. • Arritmia sinusal e bloqueios sinoatriais. • Vasoconstrição e vasodilatação- inicialmente hipertensão (IV e altas doses pois ele mesmo se liga atingindo perifericamente), seguida por queda da pressão. • Redução acentuada do débito cardíaco, consequência da bradicardia. • Reduz a frequência respiratória em cães e gatos. Baixa % animais apresenta cianose (tratar com oxigênio suplementar). • Relato de hipoxemia em ovinos, edema pulmonar em pequenos ruminantes e raramente em pequenos animais. • Xilazina IM costuma induzir êmese em felinos. • Deprimem motilidade GI e prolongam tempo de trânsito intestinal. • Distensão gástrica em cães de raças grandes. • Reduzem a liberação de insulina e hormônio antidiurético (aumente a glicemia). • Hiperglicemia, glicosúria , diurese • Altas e repetidas doses de romifidina causam pancreatite em gatos. • A contratibilidade uterina pode ser modificada, sendo assim não é recomendado o uso em fêmeas prenhes. *pressão intracraniana aumentada – vasodilatação no SNC. Contra-indicações: Doenças miocárdicas, Hipotensão e choque, Doença respiratória , Insuficiência hepática, Disfunção renal, Diabete melitus, Doentes/debilitados, Prenhez. Interações: Os agonistas a-2 atuam sinergicamente com os analgésicos opióides. Reduzem dose de anestésicos gerais em até 50%. Episódios fatais em equinos com uso detomidina associados com sulfas administradas IV. Podem ser absorvidos membranas mucosas ou pele lesada. Manusear com cuidado! Reversão dos efeitos feita com antagonistas a-2 : Ioimbina, Atipamezole, Tolazolina ANTAGONISTAS ALFA-2: IOIMBINA , ATIPAMEZOLE, TOLAZOLINA Usados para reverter sedação dos agonistas a-2. Doses mais altas revertem efeitos cardiopulmonares. O atipamezale é mais específico antagoniza todos os agonistas em cães e gatos. Ioimbina e tolazolina revertem efeitos da xilazina. Efeitos adversos: Geralmente transitórios, Apreensão, excitação, tremores musculares, hipersalivação e vômitos. Convulsões (com uso cetamina) , Hipotensão e taquicardia com atipamezole IV rápida. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA: Antecede a anestesia, preparando o animal para o sono artificial. Causa sedação e supressão da irritabilidade e agressividade. Diminuição das reações indesejáveis causadas pelos anestésicos. Redução da dor e desconforto. Viabilidade de indução direta por anestésicos voláteis. Adjuvante da anestesia local. Redução de riscos de excitação pela anestesia barbitúrica. Redução de ptialismo e sialorréia. Fármacos anticolinérgicos Fármacos tranquilizantes Fármacos ansiolíticos Hipnoanalgésicos Hipnóticos Redução do bloqueio vagal na indução por barbitúricos. Redução do metabolismo basal. Potenciação com outros fármacos anestésicos. Principais grupos farmacológicos: Finalidade: bloquear secreções (salivares, brônquicas) e usufruir de suas ações parassimpaticolíticas. Apresenta um mecanismo competitivo pela ligação reversível nos receptores muscarínicos no nível periférico. Fármacos Anticolinérgicos Atropina Bloqueia os receptores muscarínicos- inibe a ação da ACh • Reduz a secreção mucosa no trato respiratório • Ação bronquiodilatadora • Promove midríase • Previne laringospasmo • Reduz peristaltismo e a atividade secretora no trato gastroentérico. • Inibe os efeitos do estímulo vagal (bradicardia) sobre o sistema circulatório. Escopolamina Antagonista muscarínico • Ações midriática, antiespasmódica e antissecretora semelhantes a atropina. • Melhor bloqueio vagal do que o da atropina (diminui ação do vago) • Maior ação sobre glândulas salivares, brônquicas e sudoríparas que da atropina • Taquicardia mais discreta • Produz sonolência • Doses altas: êmese, alucinação e ataxia. Fármacos Tranquilizantes Além da tranquilização e sedação causam acentuada depressão do SNC. Derivados da Fenotiazina: Atuam no SNC bloqueando os receptores da dopamina. Ação sedativa, Ação ansiolítica, Ação antissialagoga, Ação anti- histamínica e Ação antiespasmódica Fenotiazinas mais empregadas: • Clorpromazina • Levomeprazina • Prometazina • Promazina • Tiflupromazina Derivados das butirofenonas: - Droperidol • Causa boa sedação e tranquilização • Redução da atividade motora • Ampla margem de segurança • Inibe efeitos estimulantes do SNC • Potencializa os barbitúricos - Azaperona • Diminui as reações a estímulos externos • Margem de segurança boa • Emprego eletivo: tranquilização de suínos Analgésicos opióides: Atuam se ligando em receptores MOR, DOR, KOR e NOP, promovendo intensa analgesia. • Causam sedação • Intensa analgesia • Permitem a diminuição nas doses de anestésicos • Efeitos adversos podem ser revertidos com naloxona. Principais fármacos: Morfina, Meperidina, Sufentalina, Alfentanila, Remifentanila, Tramadol, Buprenorfina, Butorfanol, Metadona. Fármacos Ansiolóticos Todo aquele capaz de causar ação: • Ansiolítica • Anticonvulsivante • Miorrelaxante • Hipnótico e amnésica, sem acentuada depressão no SNC. Benzodiazepínicos (BDZ)- Atuam como agonistas de receptores GABA A. • Reduzem a agressividade • Miorrelaxamento de ação central • Ação anticonvulsivante • Nenhuma ação analgésica • Efeitos podem ser revertidos com flumazenil. Principais Fármacos • Alprazolam • Clonazepam • Diazepam • Flunitrazepam • Lorazepam • Midazolam Fármacos Hipnoanalgésicos Fármacos Hipnóticos Promovem ou induzem o sono, providos de ação analgésica insignificante. ETOMIDATO • Potencializa as fenotiazinas e benzodiazepinas • Ação curta • Ação fortemente hipnótica • Ação indutora para anestesia volátil • Ocorre redução na PIC.
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