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BCM Fermentação Lática Em condições aeróbias, o piruvato formado na etapa final da glicólise é oxidado a acetato (acetil- CoA), que entra no ciclo de Krebs e é oxidado a CO2 e H2O. O NADH formado pela desidrogenação do gliceraldeído-3-fosfato é finalmente reoxidado a NAD+ pela transferência de seus elétrons ao O2 na respiração mitocondrial. No entanto, em condições de hipóxia (pouco oxigênio) o NADH gerado pela glicólise não pode ser reoxidado pelo O2. A falha na regeneração de NAD+ deixaria a célula carente de aceptor de elétrons para a oxidação de gliceraldeído-3-fosfato, e as reações geradoras de energia da glicólise cessariam. Portanto, NAD+ deve ser regenerado de outra forma. Os eritrócitos não possuem mitocôndrias, assim, a única via de produção de ATP dessas células é a fermentação láctica. Já no músculo esquelético, a via predominante depende do tipo de fibra analisada (branca – II - ou vermelha - I): Fibra vermelha – tipo I Fibra branca – tipo II Muitas mitocôndrias de vasos sanguíneos Poucas mitocôndrias e vasos sanguíneos Condições basais Atividade física intensa Reações químicas mais lentas Risco de depleção de ATP Recicla ATP pelas vias aeróbicas Metabolismo anaeróbio da glicose recicla ATP SISTEMA ATP-CREATINA FOSFATO Durante o repouso, a enzima CPK (creatina quinase ou creatina fosfoquinase) fosforila a creatina (originada de glicina, arginina e metionina) em fosfocreatina, para armazenamento de fosfato. Creatina fosfato Creatina + Pi Energia (ADP+Pi) CPK GLICÓLISE ANAERÓBIA A adrenalina estimula a degradação do glicogênio em glicose pela célula muscular para que ela seja usada na formação de piruvato e, em tecidos que não há suprimento suficiente de O2, ocorre sua redução em lactato para a reoxidação do NADH. DHL no músculo: conversão de piruvato a lactato (para a regeneração do NAD). DHL no fígado: conversão de lactato a piruvato (para ser usado na síntese de glicose). CICLO DE CORI No fígado o lactato entra no hepatócito e se converte em piruvato sendo precursor na síntese de glicose para o tecido muscular utilizar. Nos músculos, a insulina (presente em altas concentrações de glicose sanguínea) estimula o posicionamento de GLUT4 nas membranas celulares para a entrada de glicose. No fígado, ela atua na conversão de glicose em glicogênio e piruvato. Já o glucagon, estimula a conversão de piruvato em glicose e a degradação do glicogênio, que também gera glicose. Esta é liberada no sangue para o uso dos demais tecidos. Músculos extremamente ativos usam o glicogênio como fonte de energia, gerando lactato via glicólise. Durante a recuperação, parte deste lactato é transportada para o fígado e convertida em glicose via gliconeogênese. Esta glicose é liberada no sangue e retorna ao músculo para repor seus estoques de glicogênio. A via total (glicose → lactato → glicose) constitui o ciclo de Cori.
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