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Divisão Sistema Nervoso + Diagnóstico em Neurologia

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Joseany S. 
Neurociências 
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
- Critérios Anatômicos 
- Critérios Embriológicos 
- Critérios Funcionais 
- Critérios Segmentares 
1) DIVISÃO ANATÔMICA: o 
primeiro passo é identificar se é 
CENTRAL ou PERIFÉRICO. Tudo que for 
relacionado ao SNC é proveniente do 
Encéfalo – composto por cérebro 
(telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) – ou da 
Medula Espinhal. É a parte do sistema nervoso em que seu conteúdo está envolvido por um 
arcabouço ósseo. Ao mesmo tempo em que esse arcabouço protege, ele trás perigo, porque 
não tem para onde expandir. Por isso quando se tem alguma lesão que se expande, um tumor, 
algum sangramento, há compressão dentro de uma caixa que não se expande, o que vai levar 
a uma compressão do próprio tecido. 
Quando sai do arcabouço ósseo, vamos para a periferia, onde está presente o SNP. No 
SNP vamos ter nervos (espinhais e cranianos), gânglios, terminações nervosas. Apenas desses 
nervos surgirem dentro do SNC, eles saem e os núcleos deles que ficam dentro do SNC, esses 
núcleos já são do SNP, porque alterações neles já implicam em alterações na periferia. 
Dentro do encéfalo nós vamos ter cérebro propriamente dito (com diencéfalo, 
telencéfalo, substancia branca), o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e 
bulbo). 
2) DIVISÃO EMBRIOLÓGICA: está relacionada 
aos tecidos da embriogênese. Nós vamos ter o 
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. De 
baixo para cima temos dos mais antigos para os 
mais novos. Isso implica em que? O prosencéfalo 
está presente nos animais mais “superiores”, ou 
seja, mais córtex – fator que nos diferencia dos 
demais animais. 
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO E ORGANIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO EM 
NEUROLOGIA 
 Joseany S. 
Neurociências 
O mesencéfalo origina o próprio mesencéfalo, que é a base do cérebro e conecta. 
à parte de baixo que é o cerebelo. O rombencéfalo da origem ao metencéfalo – 
cerebelo e ponte – e ao mielencéfalo – bulbo. 
3) DIVISÃO FUNCIONAL: divide as funções da periferia em 
somático e visceral. Tudo que é somático pode ser aferente - 
informação chega - ou eferente - informação sai. Ex: eferente – 
atividade motora. Aferente - atividade sensitiva. Mesma coisa 
no visceral onde aferente é nervo não-autonomico e o eferente 
são mervos autonômicos – responsável pelo controle simpático 
e parassimpático. Ex: pressão sanguínea, ritmo intestinal, 
controle fuga/luta, piloereção, sudorese, etc. 
 Essa parte azul é a mais desenvolvida, 
toda dobradinha, que se desenvolveu 
bastante na nossa espécie. Essas dobras 
convexas são o giro, o que é invaginado é 
sulco. Por que essas dobras? Para aumentar 
a superfície. Quanto mais dobras têm, mais 
córtex tem, mais corpo de neurônio. 
Mais abaixo nós temos essa estrutura 
lilás que é o diencéfalo, onde está o tálamo 
– portal da consciência, porque tudo que 
chega da periferia de informação sensitiva 
passa pelo tálamo. A dor do tálamo é diferente do córtex. O tálamo torna a dor consciente e o 
córtex racionaliza-a. 
Abaixo do diencéfalo chega no tronco, que tem cerca de 6 cm. Controla a função 
respiratória, frequência, funções viscerais. Composto por mesencéfalo, ponte e bulbo. 
Em verde temos o cerebelo. O cerebelo é um “mini-cérebro”, também tem córtex, 
também tem substância branca, mas com funções diferentes. Quando uma função torna-se 
automática o cérebro determina ao cerebelo. Ex: começar a dirigir - cérebro/ depois de ano de 
pratica – cerebelo. 
Alem da massa, nós temos espaços, os ventrículos. Imaginem que se so tivesse massa, não 
teria para onde expandir e isso não é compatível com a vida. O liquor tem uma circulação que 
ejeta ele para a circulação sanguínea, se surge um tumor, por exemplo, de 20ml, ele precisa 
escoar e o ventrículo comporta. Entretanto, se surge um de 300ml não vai ter para onde 
expandir e ai vem os sintomas. 
 
 
 Joseany S. 
Neurociências 
HISTÓRIA NEUROLÓGICA 
 
 
A história é o pilar do diagnóstico médico. Em muitos transtornos neurológicos comuns, o 
diagnóstico baseia-se quase que integralmente na história. 
Aspectos importantes: 
• Ouvir com atenção + demonstrar interesse 
• Estabelecer uma boa relação médico-paciente 
• Adaptar-se à idade, educação e formação cultural do paciente 
Conduta: 
• O entrevistador deve conduzir a entrevista 
• Avaliar comportamentos, reações emocionais e alterações no exame físico 
• Buscar descrição direta dos sintomas 
• Pode ser necessário corroborar ou suplementar a história fornecida pelo paciente 
com o acompanhante 
• Registrada de forma organizada e com clareza 
Atenção: 
• Evitar consultas ao prontuário antes de colher a história 
• Não acredite cegamente em tudo, mas também não descarte tudo sumariamente. 
 
“ Nunca acredite no que um paciente lhe diz que o médico dele disse” 
 Joseany S. 
Neurociências 
IDENTIFICAÇÃO: 
Nome, idade, sexo, residência, procedência, naturalidade, ocupação, escolaridade, 
religião, etnia e estado civil. 
QUEIXA PRINCIPAL (QP): 
• Incluir a preferência manual 
• “ Que tipo de problemas você está tendo?” – Citar as palavras do paciente 
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL (HMA): 
• Caracterizar detalhadamente a QP 
• Orientar uma narração cronológica e evolução temporal 
• Na dúvida, colha novamente a história – “efeito atendente” 
• Sugere-se identificar comorbidades com possíveis relações com a 
queixa atual no inicio da história 
 
ANTECEDENTES MÉDICOS: 
• História Médica Pregressa 
• Doenças crônicas – HAS e DM 
• Acidentes ou lesões – TCE 
• DSTs – Sífilis, HIV... 
• Vegetarianos, DII, cirurgia bariátrica – deficiência de vitamina B12 
• Neoplasias 
• História do parto e da infância 
HISTÓRIA FAMILIAR: 
• Pesquisa de consanguinidade 
• Origem étnica do paciente 
• Comorbidades: 
• Enxaqueca 
• Epilepsia 
• Doenças cerebrovasculares 
• Transtornos do movimento 
• Miopatias 
• Doenças cerebelares 
HISTÓRIA SOCIAL 
• História conjugal 
• História profissional 
• Hábitos pessoais 
• Álcool /Tabaco / Drogas ilícitas 
• Comportamento sexual 
 
 Joseany S. 
Neurociências 
ORGANIZAÇÃO DO RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO 
INTERROGATÓRIO SISTEMATICO: CLÍNICO X NEUROLÓGICO 
- Convulsões ou perde consciência sem explicação 
- Cefaléia 
- Vertigem/Tontura 
- Perda de Visão 
- Diplopia 
- Dificuldade auditiva 
- Zumbidos 
- Dificuldade de fala ou deglutição 
- Astenia, dificuldade de locomoção, movimentos anormais 
- Dormência, formigamento 
- Tremor 
- Problemas de marcha, equilíbrio, coordenação 
- Dificuldade de controle dos esfíncteres ou na função sexual 
- Dificuldade de pensamento ou memória 
- Insônia ou sonolência excessivas 
- Sintomas depressivos. 
 
Pergunte-se: 
• Qual o diagnóstico sindrômico? 
• Qual o diagnóstico topográfico? “Onde está a lesão”? 
• Qual o diagnóstico etiológico? 
1) Diagnóstico Sindrômico: 
a) Síndrome motora 
* Deficitária: tem a ver com força. Ex: o braço ficou fraco. 
- 1º Neurônio motor = central (sai do córtex cerebral) 
- 2º Neurônio motor = periférico (início da raiz nervosa) 
- Medular 
- Raiz? Plexo? Placa motora? Músculo? 
* Hipercinética: movimento involuntário aumentado. Ex: coreia. 
* Bradicinética: movimento involuntário diminuído. Ex: movimento parkinsoniano. 
b) Síndrome sensitiva 
* Sintomas positivos x negativos = diminuição ou 
aumento da sensibilidade / “surge ou some algo”. Ex: 
braço formigando (positivo). Ex: tocar e não sentir 
(negativo) 
* Topografia = níveis medulares sensitivos ou nervos 
periféricos 
* Modalidades sensitivas = caminho da sensibilidade 
Movimento 
 Joseany S. 
Neurociências 
 
 
c) Síndrome Disautonômica 
* Alterações viscerais. Geralmente são alterações relacionadas à funções vitais. Ex: FC, 
padrão respiratório, controle pressórico, controle dos esfíncteres, se tem diarreia, se tem 
incontinência urinariaou se tem retenção urinária, etc. 
 
d) Síndrome de Nervos Cranianos 
* Quando eu pego um nervo periférico, 
eu pego tudo da face, quando pega alteração 
central, como um AVC, ele entorta só o andar 
inferior, o andar de cima está preservado 
porque o nervo consegue chegar. Uma pessoa 
que paralisa um lado por inteiro é indicio de 
alteração periférica. Ex: a testa de quem tem 
uma paralisia facial periférica só está contraída 
de um lado, enquanto a paralisia facial central 
promove a contração da testa por inteiro. 
Movimentos oculares também podem ser 
alterados dependendo do local de 
acometimento. Ex: paciente alterou o 
alinhamento da visão, sem sintomas associados – o 
mesencéfalo pode estar acometido porque a 
função do alinhamento ocular está associada ao 
teto do mesencéfalo. 
As vezes o paciente reclama que esta 
engolindo mal e quando você examina tem 
metade do palato caído = isso pode significar 
lesão no bulbo, o que é grave já que o bulbo é o centro de controle respiratório. Ou seja, a 
qualquer momento o paciente pode ter uma parada respiratória e morrer. 
 
e) Síndrome Cognitiva/Comatosa 
* Alterações do conteúdo da consciência, pensamento, entendimento, linguagem, 
memória (horizontal e vertical) - acordar/dormir. Ex: agitado ou comatoso 
 
f) Síndrome Álgica: 
* A principal é a CEFALÉIA, neuropáticas, neurogênicas = dor no nervo. 
 
g) Síndrome Atáxica 
* Coordenação motora, pode ter associação com as vias cerebelares 
e/ou cerebelo. Perde a métrica do movimento. Ex: Embriagado – quer andar 
em uma direção não consegue. 
 Joseany S. 
Neurociências 
CASO CLÍNICO 1 
CASO CLÍNICO 2 
 
Quando quer pegar no nariz e pega no olho. Hipermetria, Hipometria ou Dismetria 
 
h) Síndrome Convulsiva/Epiléptica 
* Movimentos involuntários disparados, por conta de um colapso elétrico em alguma 
área. A área pode ser convulsiva ou não-convulsiva. Ex: crise de riso, crise de choro. É PRECISO 
DE CÓRTEX PARA TER CRISE = Encéfalo. 
2) Diagnóstico Etiológico: 
V - vascular 
 I - infeccioso 
 T - trauma 
 A - auto-imune 
 M - metabólico/tóxico 
 I - inflamatório 
 N - neoplasia/síndrome paraneoplásica 
 D - degenerativo 
 E - epiléptico 
 C - congênito 
 
Homem de 35 anos sem antecedentes mórbidos, há 3 dias passou a queixar-se de 
cefaléia holocraniana(1), náuseas, vômitos e febre (2) não medida. Procurou outro serviço onde 
recebeu o diagnóstico de sinusite, sendo orientado que tomasse sintomáticos. Naquele mesmo 
dia sua esposa relata que ele apresentou alguns episódios de alteração de comportamento (3), 
nos quais durante alguns minutos ficava confuso e com dificuldade para falar (3). Desde aquele 
dia diz que seu esposo ficou estranho, perguntando muitas vezes a mesma coisa. Hoje vem ao 
pronto-socorro por conta de quadro de movimentos involuntários nos 04 membros (4), 
acompanhados de perda da consciência e posterior sonolência(3). 
Diagnóstico sindrômico possível: (1) álgica / (2) infecciosa / (3) cognitiva-comatosa / (4) 
epiléptica 
Diagnóstico topográfico: pele, músculo, periósteo, meninge e vaso (cefaleia) / córtex 
encefálico (crise epiléptica) 
 
 
Mulher de 45 anos sem antecedentes mórbidos relata história recente de quadro 
diarreico (1). Dois dias após a alta relata que iniciou parestesias em ambos os pés (2), que 
inicialmente não a incomodaram. No dia seguinte o quadro havia piorado, tendo apresentado 
parestesias até nível de joelhos e certa dificuldade a marcha (3), que ficou mais evidente no dia 
subsequente. No terceiro dia passou a apresentar também certa fraqueza (4) em membros 
superiores, deixando cair objetos com frequência. Já com grande limitação a marcha procurou 
o cirurgião, que orientou consulta com neurologista, que foi marcada para o início da próxima 
semana. Há 1 dia restrita a cadeira de rodas, com disfagia, disfonia, desvio de rima bucal para 
 Joseany S. 
Neurociências 
CASO CLÍNICO 3 
a esquerda e dificuldade para fechar o olho direito (5). Hoje dá entrada com desconforto 
respiratório (5). Sem alterações urinárias no período. Nega dor muscular. 
 
Diagnóstico Sindrômico Possível: (1) infecciosa / (2) sensitiva positiva / (3) atáxica / (4) 
motora deficitária do 2º nervo / (5) nervo craniano 
Diagnóstico Topográfico: alteração no nervo (da medula até a periferia) = síndrome 
sensitiva + / poliradiculoneurite (vários nervos acometidos em sequência) / nervo periférico = 
motora 
Obs: mononeurite (afeta um nervo por vez) 
 
 
 
Homem de 59 anos, com antecedente de hipertensão controlada com Enalapril 10 mg/d, 
dislipidemia (1) em uso de Atorvastatina e tabagismo ativo, chega à unidade de emergência 
trazido por familiares com relato de que foi percebido ao acordar que apresentava fraqueza à 
direita, desvio da rima labial para esquerda e alteração da fala (2). Chegou ao PA 1h30min 
após despertar, com expressão de apreensão e aparentando não compreender o diálogo com 
examinador (3). 
Diagnóstico Sindrômico Possível: (1) metabólica / (2) motora deficitária do 1º nervo / (3) 
cognitiva 
Diagnóstico Topográfico: fronto-temporal esquerdo 
#Obs: Fala = disartria X Linguagem = afasia

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