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24/06/21 CREAS é criado a partir da Política de Assistência Social e se organiza em dois níveis de proteção: a proteção social básica (promoção e prevenção) e a proteção social especial A PSE é dividida em média e alta complexidade, o CREAS é a média, a alta é acolhimento institucional. A PSE se destina família e indivíduos em situação de risco pessoal e social que tiveram seus direitos violados (qualquer violação de direito) pela ocorrência de: • Violência física ou psicológica; • Abuso ou exploração sexual; • Abandono, • Rompimento ou fragilização de vínculo ou agastamento do convívio familiar devido à aplicação de medidas Antes do CREAS, esse atendimento era realizado pelo programa Sentinela. Atendia especificamente pessoas que sofriam violências sexuais. Em 2005 foi implantado o CRAS e CREAS e o sentinela já não tinha mais porque ocorrer, já que o CREAS atendia os casos de violência sexual e também de outras violações direitos, sendo mais ‘completo’. , sendo assim pode se trabalhar tanto com grupo ou atendimento individual. No entanto, o psicólogo não fará a psicoterapia, mas poderá encaminhar quem necessita de atendimento psicoterápico para as unidades de saúde. O trabalho em grupo e/ou individual, vai primar pela escuta qualificada e acolhimento qualificado, sendo assim, com essa escuta mesmo sem o objetivo da psicoterapia, acaba tendo um cunho terapêutico para aquele grupo e/ou pessoa. Nosso trabalho é um trabalho educativo, as intervenções são intervenções que primam por essa questão. É um trabalho psicoeducativo. O espaço físico do CREAS deve contar com condições que assegurem: • Atendimento em condições de privacidade e sigilo; • Adequada iluminação, ventilação, conservação, salubridade e limpeza; • Segurança do profissional e público atendido; • Acessibilidade; • Deve ser um locar acolhedor; • Espaços reservados e de acesso restrito à equipe para guarda de prontuários. Em caso de registro eletrônicos, devem igualmente ser adotadas medidas para assegurar o acesso restrito aos prontuários, dados e informações; • Informações disponíveis em local visível sobre: serviços ofertados, situações atendidas e horário de funcionamento da Unidade. No entanto, isso não condiz com a realidade, normalmente são locais alugados, ajustados de ‘qualquer forma’. • Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI): carro chefe de todas as ações que envolvem: visita domiciliar, acompanhamento da família, verificação e avaliação dos serviços da equipe, trabalho mais organizacionais, estudo de caso, trabalho em rede. • Serviço especializado em abordagem social: realizado pelos educadores sociais, uma busca mais ativa, vai em escola por exemplo, desenvolve oficinas com alguns temas, por exemplo. • Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à Comunidade (PSC): acompanhamento dos adolescentes, grupos com eles no CREAS ou outros espaços mais acessíveis para eles. • Serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias • Serviço especializado para pessoas em situação de rua • O CREAS deverá funcionar no período mínimo de cinco dias por semana, oito horas diárias, com possibilidade de operar em feriados e finais de semana. → Deve ter um horário mais flexível, pois o maior público é de trabalhadores, dessa forma, há uma maior dificuldade de ter um encontro com eles. • Afastamento do convívio familiar • A fragilização ou rompimento de vínculos e a violência intrafamiliar ou doméstica acontecem em todas as classes; • Exclusão social • Abuso de álcool e outras drogas; • Transtorno e sofrimento mental; • Trabalho infantil; O público chega por encaminhamentos, demanda espontânea, denuncia ou busca ativa O trabalho no CREAS é de natureza interdisciplinar, intersetorial (envolve a articulação da rede) e interinstitucional (envolve várias instituições); • Acolhida; • Escuta; estudo social; • Diagnóstico socioeconômico; • Monitoramento e avaliação do serviço; • Orientação e encaminhamentos para a rede de serviços locais; • Construção do plano individual e/ou familiar de atendimento; • Orientação sociofamiliar; • Atendimento psicossocial; • Orientação jurídico-social; referência e contrarreferência; • Informação, comunicação e defesa de direitos; apoio a família na sua função protetiva; • Acesso a documentação pessoal; mobilização, identificação da a família extensa ou ampliada; • Articulação da rede de serviços socioassistenciais; • Articulação com serviços de outras políticas setoriais; • Articulação interinstitucional com demais órgãos do sistema de garantia de direitos; • Elaboração de relatórios e/ou prontuários; estimulo ao convívio familiar, grupal e social; • Mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio. A atuação tem que primar pelo compromisso social e ético, o atendimento deve estar de acordo com o nosso código de ética; • A participação da psicologia nas políticas públicas deve ser pautada na garantia dos direitos humanos, na emancipação humana, na cidadania e a serviço das lutas contra as injustiças, pobreza e violência; • Não deve reforçar a tutela do Estado, a visão da caridade e a submissão dos sujeitos às políticas públicas. • Políticas públicas: dever do Estado e direito do Cidadão, tendo como base os princípios da universalidade e da equidade na consolidação da justiça social. A atuação da equipe técnica deve respeitar: • A perspectiva territorial. Entendo os territórios como espaços que se originam tensões, mas também possibilidades de superação de conflitos, das necessidades; • O reconhecimento da importância da família na construção das políticas públicas, respeitando a matricialidade sociofamiliar; • A intervenção psicossocial ou o trabalho social deve contribuir para a ressignificação, pelos sujeitos/famílias/comunidades, de suas histórias, ampliando sua compreensão de mundo, de sociedade e de suas relações, possibilitando o enfrentamento das situações-limites e das necessidades vividas e sentidas. Uma das tarefas do psicólogo também é gestão do trabalho na política de assistência social: • Questão estratégia no trabalho; • Processos unificados e construídos coletivamente: processo participativo e dinâmico; • Não ter as rotinas de trabalho pautadas nas demandas do poder judiciário e/ou conselho tutelar (elaboração de laudos e relatórios psicológicos); • Reuniões de equipe e para estudo de caso; • Supervisão e assessoria de profissional externo. Para o registro de informações sobre o acompanhamento, pode-se adotar diferentes instrumentos como (cada um tem sua regra de escrita, de acordo com cada conselho de classe): • Prontuários (deve seguir as regulamentações do CFP); • Plano de acompanhamento individual e/ou familiar (contém a demanda, os objetivos, resultados, o que falta, ou seja, todo o planejamento de acompanhamento); • Relatórios (individual e multiprofissional). • Burocracia dos encaminhamentos; • Desarticulação da rede; • Morosidade do judiciário; • Precariedade dos conselhos tutelares; • Posicionamento clientelistas e assistencialistas; • Rompimento com pressupostos teóricos que sevem a manutenção da desigualdade posta, partindo para novas concepções no campo dos conceitos, metodologias e intervenções; • Rompimento com intervenções superficiais e fragmentadas; • Rotatividade dos profissionais. Participar de espaços de organização coletiva e deliberativa como os conselhos de assistência social, fóruns de trabalhadores, coletivos de trabalhadores, sindicatos e comissões do conselho federal e regional de psicologia – dentre outros são lugares legítimos para o debate sobre os limites e possibilidades de atuação;Participar e fortalecer o controle social; Participar de manifestações de rua, documentos de abaixo-assinado, referendos, plebiscitos, eleições, audiências públicas, entre outros, • Resolução CFP 01 de 2009, o registro documental em papel ou informatizado sobre a prestação de serviços dos psicólogos tem caráter sigiloso. A guarda do registro é de responsabilidade do psicólogo e da instituição. O prontuário deve conter informações sucintas sobre o trabalho prestado, a descrição e a evolução da atividade e os procedimentos técnico-científicos adotados.
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