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Alimentação em pediatria – FPM VI Alimentação em pediatria INTRODUÇÃO É a correta e adequada orientação nutricional na infância é fundamental para favorecer e permitir o crescimento e um desenvolvimento saudável e harmonioso. Compreende muito mais do que orientação sobre os alimentos. A condução do progresso da alimentação nos primeiros anos de vida vai garantir um bom hábito alimentar futuro, e um amadurecimento global e emocional da criança. A alimentação serve como parâmetro de limites. 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Oferecer somente leite materno até os 6 meses, sem água, chá ou quaisquer outros alimentos. A partir dos 6 meses, introduzir, de forma lenta e gradual, outros tipos de alimento, mantendo o leite materno até os 2 anos. Após os 6 meses, oferecer alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, fruta e verduras) 3x ao dia, se a criança receber leite materno, ou 5x ao dia se estiver desmamada. A alimentação complementar deve ser oferecida com colher. Começar com consistência pastoso até gradativamente chegar na comida da família. Oferecer diferentes alimentos diferentes durante o dia, “alimentação colorida”. Estimular consumo de frutas, verdeuras, e legumes. Evitar açúcar, café, enlatados, embutidos, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos no primeiro ano de vida. Higiene no preparo dos alimentos, e correta conservação dos mesmos. Estimular a criança doentes ou convalescente a se alimentar da sua alimentação habitual respeitando a sua alimentação. ALEITAMENTO MATERNO É fundamental para desenvolvimento biológico e emocional do ser humano. Nenhum outro alimento é capaz de associar todos aspectos beneicos ao RN. A mãe também é globalmente beneficida. Porém o sucesso depende da orientação e acompanhamento adequados. 10 PASSOS PARA O SUCESSO NO ALEITAMENTO MATERNO Ter uma norma de regimento sobre aleitamento materno e sempre serem explicadas a equipe de serviço. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e manejo da alimentação. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira hora de vida após o parto. Mostrar as mães como amamentar e manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos seus filhos. Não oferecer ao RN nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno a não ser sobre prescrição médica. Praticar o alojamento conjunto, permitir que as mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia. Encorajar a mamentação sobre livre demanda. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas. Fazer grupo de apoio a amamentação. VANTAGENS DA AMAMENTAÇÃO Leite materno atende todas as necessidades nutricionais e metabólicas até os 6 meses divda E absolutamente mais viável do ponto de vista econômico, sem risco de contaminação, além de ser acessível a qualquer momento. Confere proteção imunológica eficaz Protege contra doenças alérgicas (mínimo 3 meses), além de prevenir obesidade, aumento do colesterol e diabetes. Oferece condições ideais para interação mãe-filho Alimentação em pediatria – FPM VI Contribui para desenvolvimento cognitivo da criança Reduz sangramento pós parto, involução uterina mais rápida, aumenta intervalo entreas gestações, efeito contraceptivo, 98% de anovulação. Reduz risco de CA de mama e ovário, reduz risco de osteoporose no período pós- menopausa Reduz peso pós-gestacional rapidamente Diminui as chances de enjoo, refluxo (fisiológico até os 3 meses) e cólica do RN. TIPOS DE ALEITAMENTO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: somente leite materno direito do seio da mãe ou ordenhado, ou de outra fonte (medicamentos, vitaminas, suplementos minerais). ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE: + água e sucos ALEITAMENTO MATERNO: recebe leite materno direto ou ordenhado independente de receber outros alimentos ou não. ALEITAMENTO COMPLEMENTADO: criança recebe leite amterno, e alimentação solida e semissolita ALEITAMENTO MISTO OU PARCIAL: leite materno e fórmula LEITE HUMANO Proteína do leite humano é a alfalactoalbumina humana, imunoglobulinas, lisozimas, interleucinas. LACTOFERRINA: proteína com ata afinidade pelo ferro, logo diminui a disponibilidade do ferro para patógenos como E. coli, Stafilo, candida albicans. LIPÍDEOS: 50% da taxa calórica do leite humano, composto por ácidos graxos essenciais e colesterol em quantidade suficiente (nem + nem -) fazem transporte das vitaminas lipsosolúveis (A, D, E, K), e no desenvolvimento do SNC. CARBOIDRATO: em maior quantidade está a lactose, 6,8g/100 mL, glicose, frutose, glicoproteína, oligossacarídeos. Lactose principal componente osmótico, ao contrário dos outros dissacarídeos não é doce, e é a principal fonte da energia para neonatos. Biodisponibilidade do ferro é maior. Concentração de cálcio é menor, porém a relação cálcio-fosforo é de 2:! que garante uma melhor absorção. Lactentes amamentados ao seio: lactobacillus bifidus (proteção contra patógenos). O leite humano varia quanto a sua composição de uma mulher para outra, durante o estágio do dia e se a criança estiver ou não doente. COLOSTRO Descida durante os 3 primeiros dias de vida Menor volume Adequado para imaturidade do sistema renal do RN Maior concentração de imunoglobulinas: IgA secretoras e outras, aderem a mucosa intestinal, protegendo contra vírus, bactérias e parasitas, fundamental proteção até que a flora intestinal se estabeleça. Maior concentrçaão de proteínas, menor concentração de minerais, gorduras, e lactose Elevada concentração de vitaminas lipossolúveis, especialmente vitamina K (não é suficiente, por isso, suplementar na sala de parto com 1 mg IM de vitamina K) LEITE DE TRANSIÇÃO: entre 7 e 15 dias de vida após o nascimento colostro – leite de transição – leite maduro LEITE MADURO Começa no 15o dia de vida do pós-parto 3 fases da mamada: 1) leit aqueoso, rico em IG e faotrs de proteção 2) rico em proteínas 3) rico em gorduras (saciedade) Principal proteína: alfalactoalbumina, leite de vaca betalactoglobulina, de gorduras Alimentação em pediatria – FPM VI ambos tem semelhante, 3,5%, porém leite humano é maior no final da mamada Carboidrato 4,8% - leite de vaca, 6,7 leite humano Componentes Água 87%, proteínas: alfalactoalbumina 80%, caseína 20%, imunoglobulinas IgA, IgG, IgM, células: neutroilos, linfócitos …….. Vitamina: A, C, D, E, K, complexo B Minerais: cálcio, fórforo, ferro, zinco TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO Amamentar em livre demanda Esvaziar por completo o seio para passar para próximo Mãe: sentada, costas apoiadas, confortável RN: abocanhar todo o mamilo, lábio inferior totalmente evertido, queixo encostado na mama, aréola é mais visível acima do que abaixo do queixo, barriga- barriga Ingurgitação mamária: ordenha parcialmente (em banho quente), massagem suave. Fissura: leite materno, sol, não utilizar pomadas (nalolina antes de passar – mas retirar antes de passar). ORDENHA: Cada mulher pode realizar sozinha a ordenha Manualmente ou com bomba de sucção, lavagem cuidadosa do seio, mãos e antebraço Uso de máscara: tosse, espiro, falar Massagem prévia, liberação dos ductos d amama como um todo Preparo recipiente esterilizado Mão em forma de C para captação (polegar e indicadorr) Ordenha de 3 a 5 minutos um depois de outros, totalizando 20 a 30 minutos até encher ARMAZENAMENTO Recipiente de vidro, boca larga, esterilizado previamente, vidro transparente comt ampa plástica Geladeira: 24h congelador: 7 dias freezer: 15 dias pausteurizado no freezer: 6 meses ANTESDE OFERECER AO BEBÊ Retirar e descongelar em banho maria usar em 24 hora sangitar antes, para misturar os componentes oferecer em copo ou colher desprezar sobra de leite após 24 horas A PEGA CORRETA: imagem AMAMENTANDO GÊMEOS DIFICULDADE E COMPLICAÇÃO “Leite está secando, é pouco ou fraco” - assegurar a mãe que isso não existe, perguntar sobre diurese, pesar a criança, reflexo de descida do leite do outro seio... fissuras – pega incorreta. Avaliar posição correta de pega, banho de sol, manter amamentação, completar o esvaziamento manualmente, lanolina: Outras pomadas e sabonentes. seio duro ou empedrado – ingurgitamento Avaliar técnica: sutiã alça larga, compressa quenta ou fria. mastite: medicar a mãe, manter amamentação, começar com a mama sadia CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS Evitar ou interromper a amamentação é uma decisão que deve ser estudada individualmente, considerando riscos e benefícios par alactente epara a mãe RELATIVAS A CRIANÇA: galactosemia, fenilsectonuria, leucinose, atresia de esofago RELATIVAS A MÃE: HTLV1, HTLV2, HIV, herpes simples na mama, varicela 5 dias antes e 2 dias depois do parto, tuberculose ativa não tratadas, citomegalovírus em RNs prematuros, uso de drogas ilícitas, uso de drogas radioativas, citotóxicas, ou imunosuspressoras, doenças mentais (risco no contato mãe e filho), sepse. Alimentação em pediatria – FPM VI PREMATURO: mama a partir de 34 semanas. PRINCIPAIS DROGAS CONTRA INDICADAS PARA AMAMENTAÇÃO: colocar tabela ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses é uma norma preconizada pelo OMS e MS, após essa fase se inicia a alimentação complementar, pois as necessidades calóricas do indivíduo se tornam maiores. A partir dos 6 meses a quantidade de ferro e micronutrientes do LM se torna insuficiente para o crescimento e desenvolvimento adequado. Faz se então o aleitamento materno complementado. Quem introduz antes dos 6 meses, o que acontece? Diminuição imunitária do leite, mudança flora intestinal, engasgo?, sobrecarga soluto, desenvolvimento neurossensorial, deglutição, mastigação. primeiro frutas, dps introduz aos poucos. As frutas devem ser oferecidas em natura, amassadas e em colheradas. Tamanho da colher?(tamanho do diâmetro da bcoa) Material? Plástico. Sucos devem ser evitados, somente após 1 ano de vida. 6 meses – fruta, papa principal. 7 meses – fruta papa prinicpal (almoço/janta). PAPA PRINCIPAL: www.choosemyplate.gov óleo vegetal (preferencialmente de soja), na proporção 3 -3,5 mL por cada 100 mL ou 100 mg de preparação Não é permitido caldo de carne, tablete, condimento industrilizados. Ex.: tempero do miojo não Nunca peneirar Nunca liquidificar Ovo pode? A partir de 6 meses, dar o ovo todo, cozido e amassado no garfo Alimentos pró-alergênicos? (ex.: ovo, cereais, amendoim, castanhas… não retardar, mas não impede alergia). Retardar oferta? 8-9 meses: começar a receber a mesma alimentação da família 12 meses – comida da família 8 a 10 exposições do memso alimento para que se note a preferência. Ao todo então: 2 papas, 1 fruta, 3 porções de leite/dia criança desmamada: <12 meses 5 refeições/dia >12 meses – 6 refeições/dia desaconselhar mamadeiras, encorajar copos adapatados e colheres…….. MEL : após 2 anos COMPONENTES DA PAPA PRINCIPAL: Cereal ou tubérculo Arroz, milho, macarrão, batata... ALEITAMENTO ARTIFICIAL Segundo a SBP: crianças em aleitamento artificial que recebem fórmula infantil, a introdução dos alimentos complementares pode ser iniciada a partir também do 6o mês. Mama leite de vaca in natura integral, em pó ou fluido – introdução alimentar mais precoce, risco X benefício para conter perdas carenciais Introdução de água ou chá durante os primeiros 6 meses, modifica a absorção dos nutrientes e imunoglobulinas – MAS SE MAMA FÓRMULA, Alimentação em pediatria – FPM VI TOMA ÁGUA (700 mL de água, incluindo a água usada na fórmula). GLÚTEN: Deve ser introduzido aos 6 meses Presentes em cereais, especialmente no trigo Introdução gluten na dieta antes de 3 meses ou após 7 meses em individíduos pré-dispostos geneticamente a doença celíaca Tal introdução precoce ou tardia pode star associada com risco elevado de diabetes tipo 1. CARACATERÍSTICAS DAS FÓRMULAS INFANTIS: Deve ser indicada somente na impossibilidade do aleitamento materno. Classificadas em: Pré-termo, Lactente, Fórmulas de seguimento. ALIMENTAÇÃO NO 2O ANO DE VIDA Refeições semelhantes a da família Ingesta leita de vaca < 600 mL/dia, preferencia forticiado vitamina A e ferro estimular: consumo de frutas e verduras, vegetais verdes folhosos verde-escuro, vitamina, cálcio e ferro, coordenação, destreza motora. Evitar: alimentação artificais, corantes industrializados (vícios da vida adulta) Excesso de sal – cuiados 3 refeições e 2 lanches Velocidade de crescimento diminui, apetite diminui SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS: K: tanto no colostro quanto no leite materno é insuficiente, não se tem maturidade……. A: OMS preconiza áreas deficientes: lactente < 6 meses em AME 50.000 UI, lactente 6-12 meses: 100.000 UI, lactente 12 -72 meses: 200.000 ui D: todos os lactentes, a partir da 2a semana de vida 400 ui/dia, >.1 ano 600 ui/dia SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO: MÃES VEGANAS No Brasil 14% da população se declara vegetarina. 55% da população consumiria mai produtos veganos se explicassem melhor nas embalagens, ou fosse mais baratos. 60% consumiria se tivesse os mesmos preço dos alimentos que estão aocstumados a consumir Vitamins B12: 0,4 a 1,2 ug/d (anemia megaloblástica) Se paciente tomar leite de cabra, é necessário suplementar com ácido fólico suplementar 200 a 1000 mg/d. DEFICIÊNCIAS E EXCESSOS DE VITAMINAS: VITAMINA A: lipossolúvel Animal: fígado, leite, queijos, óleos de peixes Vegetal: cenoura, abóbora, mamão, almeirão, agrião, couve Retinol: armazenada no fígado Ácido retinoico: HIPOVITAMINOSE A: xerose, mancha de bitot, ceratomalácia. HIPERVITAMINOSE A VITAMINA D: metabolismo cálcio/fósforo. - ergocalciferol D2: origem vegetal - Colecalciferol D3: produz na pele 90% HIPOVITAMINOSE D: raquitismo na criança/ adulto osteomalácia. Tto na deficiência 1000 ui/dia VITAMINA E VITAMINA K VITAMINA B1 - doença do beri-béri seco/úmido VITAMINA C ZINCO: produtos de origem animal, tema frequente em prova, diarreia, vegetarianos, baixo nível socioeconômicos (1 a 2 mg/kg/dia). DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA É uma doença clínico-social multifatorial. Ainda com elevada prevalência mundial Alimentação em pediatria – FPM VI Cai em prova: paciente com redução de ganaho ponderal, hipotrofia, apatia, irritabilidade, perversão de apertite, infecções, distúrbios metabólicos e desidratação. Classificação: marasmo e m….. Síndrome metabólica pode ser primária (falta do próprio nutriente) ou secundária (maus tratos, HIV, cardiopatia) quadro clínico: UNIVERSAIS no corpo humano. - redução de ganho ponderal e posteriormente, comprometimento do cresscimento linear, hipotrofia muscular…. Diagnóstico: clínico, anamnese, exame físico, avaliações antropométrica, exames laboratoriais, histórico alimentar e familiar. MARASMO: deficiência calórica total, energético e proteica. Crianças menores de 1 ano. KWASHIOKOR: criança edemaciada (perda de albumina pro interstício). Ingestão calórica adequada. Deficiência dietética de proteínas de alto valor biológico 2 a 3 anos de vida alterações mentais e comportamentais sinal da bandeira: diferença da textura do cabelo TRATAMENTO: Estabilização24-48 h de internação até 7 dias Reparação: 2 primeiros dias Manutençao: 3o ao 7o dia Recuperação/reablitação – dietoterapia: 2 a 6 semanas (ferro/micronutrientes) Acompanhamento 7 a 26 semanas SD DA REALIMENTAÇÃO: alteração neurológica, cardiovacular. Hipofsfatemia severa, hipomanesemia, hipopotassemia, alteração no balanço hídrico. Livro: manual obesidade
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