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Anatomia Interna e Acesso aos Canais Radiculares

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COMO DETERMINAR A ANATOMIA 
ENDODÔNTICA? 
 Evidencia radiográfica: panorâmicas, 
periapicais, tomografia computadorizada; 
 Exploração: uso de sondas, limas, 
microscópio, etc. 
 Conhecimento anatômico. 
OBSERVAÇÕES: 
 A complexidade anatômica do SCR continua 
a ser um fator limitante durante o preparo 
químico-mecânico, favorecendo a 
permanência de remanescentes teciduais e 
bacterianos em istmos, reentrâncias e 
ramificações especialmente em canais ovais, 
achatados e curvos. 
 Evidências indicam que o resultado do 
preparo químico mecânico depende mais da 
anatomia original do canal radicular do que 
do instrumento ou técnica utilizados. 
 Diante disso, a tomografia computadorizada 
tende a ser um dos melhores métodos 
radiográficos a se utilizar, haja vista que ele 
constrói secções radiográficas por meio de 
cortes tomográficos transversais através dos 
dentes. 
 Cavidade pulpar: espaço situado na 
porção central dos dentes que abriga a 
polpa dentária; 
 Pode ser dividida em câmara pulpar e canal 
radicular; 
└ Câmara pulpar: porção mais coronária 
da cavidade pulpar; 
└ Canais radiculares: porção radicular da 
cavidade pulpar. 
 A cavidade pulpar sofre alterações de 
acordo com a idade do indivíduo, no qual, 
pessoas mais jovens apresentam a cavidade 
pulpar mais espessa, quando comparado a 
um idoso; isso se deve a deposição de 
dentina durante toda a vida. 
 
CÂMARA PULPAR 
 Cavidade única, geralmente volumosa, que 
aloja a polpa coronária e ocupa 
internamente o centro da coroa, 
assemelhando a forma da superfície externa 
do dente. 
 Em dentes anteriores, a câmara pulpar é 
contígua ao canal radicular. 
 O teto da câmara pulpar está localizado 
abaixo da margem incisal/oclusal e 
apresenta reentrâncias que correspondem 
aos mamelos, divertículos pulpares ou 
tubérculos. 
 Em incisivos: 
└ A câmara pulpar é triangular, estreita no 
sentido vestibulolingual e ampla em 
sentido mesiodistal 
 Em caninos: 
└ A câmara apresenta seu maior diâmetro 
no sentido vestibulolingual na altura da 
região cervical, afilando-se em direção à 
ponta da cúspide, onde apresenta um 
divertículo pronunciado. 
 Em dentes posteriores: 
└ A parede oclusal se relaciona com a 
face oclusal e denomina-se teto da 
câmara, enquanto a face cervical é o 
assoalho da câmara. 
└ A câmara é estreita no sentido 
mesiodistal e ampla na direção 
vestibulolingual, apresentando o formato 
de um prisma quadrangular irregular. 
 
CANAL RADICULAR 
 O sistema de canais radiculares (SCR) é a 
parte da cavidade pulpar que se estende 
por toda a porção radicular dos dentes, 
acompanhando sua forma externa; 
 O canal se afunila progressivamente em 
direção ao ápice; 
 O canal principal: 
└ Geralmente tem a forma cônica e se 
afunila a partir de sua abertura ou 
embocadura (orifício de entrada) 
progressivamente em direção ao forame 
apical (orifício de saída). 
└ Pode ser dividido em três porções ou 
terços denominados cervical, médio e 
apical; 
└ Pode apresentar variações quanto ao 
número, forma, direção e configuração; 
 A anatomia do SCR é complexa e a 
presença de um canal reto com forame único 
é exceção. 
 Terço apical do canal: 
└ Porção apical do canal principal, o 
forame apical e suas ramificações, além 
de canais acessórios; 
└ Constrição apical ou forame menor: 
porção apical do canal radicular que 
apresenta menor diâmetro e que, às 
vezes, coincide com a zona de união 
entre a dentina e o cemento; 
└ A partir da constrição apical, o canal se 
amplia à medida que se aproxima do 
forame apical (forame maior); 
└ Forame apical: é a principal abertura do 
canal radicular na região apical através 
do qual os tecidos da polpa e do 
ligamento periodontal se comunicam e 
por onde penetram os vasos sanguíneos 
que vão suprir a polpa dentária; 
└ Ápice anatômico: é a ponta ou a 
extremidade da raiz. 
 
SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 
 O sistema de canais radiculares não é 
formado exclusivamente por canais únicos, e 
sim por um emaranhado de canais. 
 
 
 Ramificações dos canais radiculares: 
└ Colateral: corre quase paralelo ao canal 
principal, com menor diâmetro, e pode 
terminar em forame único ou 
separadamente; 
└ Lateral ou adventício: localizado no 
terço médio ou cervical da raiz, sai do 
canal principal e alcança o periodonto 
lateral; 
└ Secundário: localizado no terço apical 
da raiz, sai do canal principal e alcança 
o periodonto lateral; 
└ Acessório: ramificação do canal 
secundário que chega à superfície 
externa do cemento apical; 
└ Interconduto: une dois canais entre si; 
└ Recorrente: sai do canal principal, 
percorre parte da dentina e volta ao 
principal sem se exteriorizar; 
└ Delta apical: múltiplas terminações do 
canal principal, que originam o 
aparecimento de vários forames; 
└ Cavo-interradicular: sai do assoalho da 
câmara pulpar e termina na bifurcação 
ou trifurcação radicular. 
INCLINAÇÃO DOS DENTES NOS ARCOS 
 É um deslocamento do eixo longitudinal da 
raiz em relação ao da coroa; 
 A inclinação pode ocorrer em um sentido ao 
mesmo tempo que curvaturas ou angulações 
do canal radicular coexistem em outro; 
 Cada dente se dispõe segundo uma 
inclinação particular de seu eixo longitudinal 
em ambos os arcos dentários, tanto na 
direção vestibulolingual (visão clínica) 
quanto mesiodistal (ou proximal). 
 
 
 Dificultam no momento do acesso e 
instrumentação da cavidade pulpar. 
 Fusão: dois germes dentários se unem parcial 
ou totalmente formando um dente com dupla 
coroa, duas cavidades pulpares separadas 
e dois canais radiculares. 
 Geminação: o germe dentário sofre uma 
divisão, dando origem a um dente com 
coroa dupla, cavidade pulpar única e canal 
radicular único; 
 Canal em C: a forma da secção transversal 
da raiz e do canal radicular é similar a letra 
C. 
 
 Sulco radicular: depressão radicular que 
pode se iniciar na coroa, estendendo-se em 
direção apical; problemas periodontais 
sérios. 
 
 Taurodontismo: desenvolvimento avantajado 
da porção coronária da cavidade pulpar, 
na qual o assoalho da câmara pulpar está 
deslocado apicalmente. 
 
 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
 Comprimento médio do dente - 23,7 mm; 
 Raiz única com canal reto e amplo; 
 Câmara pulpar estreita no sentido vestibulo-
palatino; 
 O ápice radicular pode apresentar 
curvatura abrupta para vestibular. 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço apical: forma circular; 
└ Terço médio: forma ovalada, com lado 
maior para vestibular; 
└ Terço cervical: forma cônica triangular, 
com base para o vestibular. 
 
INCISIVO LATERAL SUPERIOR 
 Comprimento médio - 23,1 mm; 
 Raiz única com canal reto e amplo; 
 Proximidade com a cavidade nasal 
(cuidado durante os procedimentos). 
 
 
 A raiz é ligeiramente cônica e a porção 
apical tende a apresentar curvatura no 
sentido distopalatino. 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço apical: forma circular 
└ Terço médio: forma ovalada, com 
discreto achatamento proximal 
└ Terço cervical: forma cônica triangular, 
com base para o vestibular. 
 
INCISIVO CENTRAL INFERIOR 
 Comprimento médio - 21,8 mm; 
 Menores dentes da arcada; 
 Raiz única; 
 Curvatura da porção apical da raiz no 
sentido disto-lingual; 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço cervical, médio e apical: forma 
elipsóide com achatamento proximal. 
 
 Raiz única, forma elipsóide com achatamento 
proximal, podendo determinar a presença de 
dois canais: vestibular e lingual. 
INCISIVO LATERAL INFERIOR 
 Comprimento médio - 23,3 mm; 
 Raiz única e canal único. 
 Frequência de dois canais (vestibular e 
lingual) que se unem no terço apical. 
 Curvatura da porção apical da raiz no 
sentido disto-lingual. 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└Terço cervical, médio e apical: forma 
elipsóide com achatamento proximal. 
 
 Raiz única, forma elipsóide com achatamento 
proximal, podendo determinar a presença de 
dois canais: vestibular e lingual. 
 
CANINO SUPERIOR 
 Comprimento médio - 27,3 mm; 
 É o maior dente permanente; 
 Canal radicular: maior diâmetro vestibulo-
palatino; 
 Raiz única e canal único; canal radicular 
reto e longo; 
 O ápice radicular se aproxima muito da 
cavidade nasal (cuidado). 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço apical: forma circular; 
└ Terço médio: forma ovalada, com 
discreto achatamento proximal; 
└ Terço cervical: forma cônica triangular, 
com base para o vestibular. 
 
CANINO INFERIOR 
 Comprimento médio - 26 mm; 
 Raiz única (98%) e canal único; porém pode 
apresentar duas raízes (vestibular e lingual) 
e dois canais. 
 Raiz achatada na porção mesiodistal com 
canal oval ou achatado na direção 
mesiodistal. 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço cervical: Forma ovalada com base 
para vestibular e achatamento proximal 
└ Terço médio: Forma ovalada com base 
para vestibular e achatamento proximal, 
porém de menor calibre que o cervical 
└ Terço apical: Forma circular. 
 
 Pré-molares superiores: 
 
 Pré-molares inferiores: 
 
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
 Comprimento médio - 21,5 mm; 
 Possui 2 canais: 1 vestibular e 1palatino; 
 2 raízes: canal radicular vestibular leve 
curvatura para palatina e canal palatino 
tende a ser reto. 
 OBS: três raízes (duas raízes vestibulares e 
uma palatina): 6% dos casos. 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço apical: condutos em forma circular 
totalmente separados; 
└ Terço médio: condutos em forma circular 
separados por uma ponte de dentina; 
└ Terço cervical: dois condutos de forma 
elíptica, unidos por um pequeno istmo. 
 
 Número em percentuais e níveis de 
bifurcação das raízes: 
 
SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
 Comprimento médio - 21,6 mm; 
 Apresenta uma raiz com um único canal de 
seção transversal ovalada e maior diâmetro 
na direção vestibulopalatina 
 
 
 90% dos segundos pré-molares superiores 
possuem 1 raiz, porém, podem apresentar-se 
com 1 (54%) ou 2 (46%) canais, devido ao 
achatamento proximal. 
 
 Características do canal no corte transversal 
(1 canal): 
└ Terço apical: Forma elíptica ou circular 
└ Terço médio: Forma elíptica, alongada 
de vestibular para palatino 
└ Terço cervical: Conduto de forma elíptica 
alongada de vestibular para palatino, 
com achatamento proximal 
 
 Características do canal no corte transversal 
(2 canais): 
└ Terço apical: Condutos em forma circular 
totalmente separados 
└ Terço médio: Condutos em forma circular 
separados por uma ponte de dentina 
└ Terço cervical: Dois condutos de forma 
elíptica, unidos por um pequeno istmo 
 
 Número em percentuais e níveis de 
bifurcação das raízes: 
 
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR INFERIOR 
 Comprimento médio - 22 mm; 
 87% raiz única e canal único. 
 Raiz achatada na porção mesiodistal com 
canal oval ou achatado na direção 
mesiodistal 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço cervical: forma ovalada com base 
para vestibular (ou elíptica, devido 
achatamento proximal, podendo 
determinar a bifurcação do conduto e 
mesmo da raiz) 
└ Terço médio: forma ovalada, porém de 
menor calibre que o cervical 
└ Terço apical: forma circular 
 
 Aspecto anatômico do primeiro pré-molar 
inferior: 
└ 87%: 1 raiz, 1 canal e 1 forame; 
└ 11%: 1 raiz, 2 canais e 2 forames ou 2 
raízes, 2 canais e 2 forames; 
└ 2%: 3 raízes, 3 canais e 3 forames. 
 
SEGUNDO PRÉ-MOLAR INFERIOR 
 Comprimento médio - 22 mm; 
 Geralmente apresenta raiz única, quase 
sempre cônica, com um canal; 
 
 
 Características do canal no corte 
transversal: 
└ Terço cervical: forma ovalada com base 
para vestibular (ou elíptica, devido 
achatamento proximal, podendo 
determinar a bifurcação do conduto e 
mesmo da raiz); 
└ Terço médio: forma ovalada, porém de 
menor calibre que o cervical; 
└ Terço apical: forma circular, com 
deposição secundária de cemento. 
 
 
 Preparo de uma cavidade que inclui a 
remoção de porção da coroa do dente 
para se ter acesso à cavidade pulpar; 
 Abertura coronária: acesso à câmara 
pulpar, obtenção da configuração final da 
cavidade pulpar, sua limpeza, antissepsia e 
localização dos orifícios de entrada dos 
canais radiculares. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS GERAIS 
1. Verificar a inclinação do dente e das raízes 
no arco dentário. 
2. Remoção de toda dentina cariada e das 
restaurações que impeçam o adequado 
acesso aos canais radiculares. 
3. Alisar as superfícies pontiagudas dos dentes, 
que possam interferir na colocação do lençol 
de borracha e facilitar a realização do 
isolamento absoluto. 
4. Remover todos os planos inclinados da 
coroa, que possam interferir no 
estabelecimento correto de referências 
externas, para a futura instrumentação e 
obturação dos canais radiculares. 
5. Estabelecer a área de eleição adequada 
de acordo com as características 
anatômicas do elemento dentário. 
ETAPAS OPERATÓRIAS – ACESSO À CÂMARA 
PULPAR: 
 Inicia-se com o estabelecimento de uma 
área de eleição, confecção de uma forma 
de contorno inicial e direção de 
trepanação. 
 Área de eleição: 
└ Ponto escolhido para ser iniciado o 
desgaste do dente; 
└ Nos incisivos e caninos superiores, fica na 
face palatina, 1 a 2 mm abaixo do 
cíngulo; nos inferiores, na face lingual, 1 
a 2 mm acima do cíngulo; 
└ Nos pré-molares e molares, na face 
oclusal, junto à fossa central em ambos 
os arcos. 
 Forma de contorno inicial: 
└ É a obtida partindo do ponto de 
eleição, normalmente utilizando brocas 
1557 ou broca esférica diamantada de 
tamanho compatível com a cavidade 
(1011, 1012, 1013 e 1014); 
 
└ Operando em motor de alta rotação, 
sob refrigeração adequada, com uma 
velocidade lenta; 
└ Dando uma conformação apropriada à 
cavidade e procurando respeitar a 
anatomia interna do dente. 
└ O operador deve tomar cuidado para 
realizar o corte em área e direção 
corretas, apical e lateralmente, sem forçar 
a broca, com toques leves e suaves. 
└ Essa penetração inicial deve ser 
estendida para o interior do dente, em 
direção à câmara pulpar, reduzindo a 
espessura da dentina, contudo, sem 
atingir a remoção do seu teto. 
└ Uma medida preventiva importante é que 
durante essa manobra, antes de se 
remover o teto da câmara pulpar, toda 
dentina cariada seja removida. 
 Após a penetração e o desenho da forma 
de contorno inicial, deve-se, agora, atingir o 
teto e penetrar no interior da câmara pulpar 
(trepanação da câmara pulpar): 
└ Deve, em condições normais, obedecer à 
inclinação e à direção de acordo com 
cada grupo dental; 
└ Nos incisivos e caninos, superiores e 
inferiores, a broca é posicionada 
perpendicularmente ao longo eixo do 
dente; após a penetração, e quando a 
configuração inicial estiver delimitada, a 
posição da broca deve ser alterada 
para o sentido paralelo ao longo eixo 
do dente, até atingir o interior da 
câmara pulpar, realizando a 
trepanação. 
└ Nos pré-molares e molares, a broca é 
posicionada, desde o estabelecimento 
do ponto de eleição, paralelamente ao 
longo eixo do dente e em direção ao 
canal mais volumoso (p. ex., distal dos 
molares inferiores, palatino dos molares 
superiores), para realizar a trepanação. 
└ Nos casos em que a polpa é mais 
volumosa, durante a penetração na 
câmara pulpar, o operador pode ter a 
sensação de “cair no vazio”. 
 Esse procedimento poderá sofrer 
modificações em função da presença de 
cárie, calcificações, deposição de dentina 
secundária ou terciária, fraturas coronárias e 
variações morfológicas e de posição do 
dente no arco dentário. 
 OBS – Erros e acidentes:└ Abertura insuficiente ou inadequada, 
degraus 
└ Perfurações de uma das paredes da 
câmara 
└ Danos ao assoalho 
└ Preparo demasiadamente extenso 
lateralmente e inadequado em 
profundidade 
 Uma vez atingida a trepanação, realiza-se 
o isolamento absoluto do campo operatório, 
com a colocação de grampo e lençol de 
borracha, para poder dar início ao preparo 
da câmara pulpar. 
 Forma de conveniência: 
└ Desgaste compensatório em paredes de 
esmalte e dentina 
└ Acesso livre e direto ao canal radicular, 
facilitando a instrumentação e 
obturação. 
 OBS - Utilização das brocas: 
 
ACESSO CORONÁRIO EM INCISIVOS E 
CANINOS 
 Área de eleição: 
└ Área mais central da superfície 
palatina/lingual, próxima do cíngulo. 
 
 Direção de trepanação: 
└ Penetração inicial: é realizada com a 
broca operada perpendicularmente à 
linha do longo eixo do dente; 
└ Penetra-se, em profundidade, em toda a 
espessura do esmalte; 
└ No decorrer do desgaste, inclina-se a 
broca obliquamente ao longo eixo do 
dente até cair na câmara pulpar 
(sensação de cair no vazio). 
└ Dessa maneira a broca inicia-se 
perpendicular ao longo eixo do dente e 
termina paralelo ao longo eixo do dente. 
 
 Forma de contorno inicial: 
└ Triangular regular, com a base voltada 
para incisal e o vértice voltado para o 
cíngulo. 
└ Estende-se 2 a 3 mm da borda incisal e 
aproximadamente 2 mm em direção ao 
cíngulo; 
└ Nos caninos superiores: são mais 
ovalados (maior extensão no sentido 
cervicoincisal). 
 Preparo da câmara pulpar: 
└ Remoção completa do teto e preparo 
das paredes vestibular e palatina da 
câmara pulpar, trabalhando com a 
broca de dentro para fora. 
Brocas 
esféricas 
diamantadas 
(1012, 1013, 
1014, 1016 hl)
• Para remoção de 
dentina e teto
Brocas tronco 
cônicas 
(3082)
• Para 
regularização da 
cavidade e 
remoção do 
ombro palatino
Brocas de 
gates-glidden 
n° 1, 2, 3, 4, 5, 
6
 
└ Remove-se os divertículos pulpares e 
complementa-se, tanto quanto possível, a 
forma de contorno inicial. 
└ OBS: Verificar a presença de teto da 
câmara pulpar com explorador no. 5 
angulado, com 
tração para 
oclusal, como 
também, a 
presença de 
concrescência na 
palatina ou 
lingual, valendo-se 
do explorador no. 
5 modificado, de 
ponta reta. 
 Configuração final da câmara pulpar (forma 
de conveniência): 
└ Remoção das anfractuosidades, 
regularização e alisamento dos ângulos 
mesial e distal do vértice da câmara 
pulpar; 
└ Remoção da projeção dentinária na 
região do cíngulo, proporcionando, ao 
final do preparo, um acesso direto e 
amplo ao canal. 
└ Remoção do restante do teto e o ombro 
palatino com broca 3082 ou 3083 
(tronco-cônica de ponta inativa). 
 
 Limpeza e antissepsia da cavidade: 
└ Gaze estéreo, embebida em hipoclorito 
de sódio (2,5% ou 5,25%): 
descontaminação do campo operatório, 
incluindo lençol de borracha, grampo e 
dente. 
 
 
ACESSO CORONÁRIO EM PRÉ-MOLARES 
 Área de eleição: 
└ Área central da superfície oclusal, junto à 
fossa central; 
└ Em pré-molares inferiores: discreta 
tendência para a mesial do dente. 
 Direção de trepanação: 
└ Vertical, paralela ao longo eixo do 
dente; 
 Forma de contorno inicial: 
└ Forma cônico-ovoide, achatada no 
sentido mesiodistal, com extensões 
maiores de preparo no sentido 
vestibulopalatino. 
└ Remove-se toda a dentina cariada 
restante, se ainda existente, de acordo 
com as normas gerais descritas. 
└ Logo a seguir, com a broca operando 
paralelamente ao longo eixo do dente, 
realiza-se a trepanação do teto da 
câmara pulpar, no sentido do canal 
palatino. 
└ No caso da presença de um único canal, 
o local será central, ligeiramente 
inclinado em direção ao corno pulpar 
palatino. 
 Preparo da câmara pulpar: 
└ Realizam-se a remoção completa do teto 
e o preparo das paredes laterais da 
câmara pulpar. 
└ Complementa-se, tanto quanto possível, 
a forma cônica elíptica achatada no 
sentido mesiodistal da cavidade pulpar. 
 Configuração final da câmara pulpar (forma 
de conveniência): 
└ Com o auxílio de uma sonda 
endodôntica tipo Rhein ou de um 
instrumento endodôntico tipo K de 
diâmetro compatível com o do orifício de 
entrada do canal (6, 8, 10 ou 15), 
observam-se a direção e a inclinação 
com a sua exploração inicial. 
└ A seguir, verifica-se a necessidade de 
realização de desgastes 
compensatórios, a fim de permitir um 
acesso reto e direto ao canal ou canais 
radiculares.

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