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Ginecologia e Obstetrícia A partir do momento da nidação começam as modificações gravídicas. É importante saber reconhecer o que é e o que não é normal para que haja orientação e a vivência com a gravidez seja positiva. A mudanças ocorrem pela carga fisiológica aumentada pelos ajustes funcionais., que são: aumento de hormônios e enzimas, aumento do volume e circulação uterina e alterações no metabolismo materno. Essas mudanças revertem-se rapidamente, exceto as mamas. Endocrinismo da gravidez É dividido em duas fases: Ovariana (primeiras 7 semanas) -> corpo amarelo gravídico estimulado pelo HCG (HCG transforma corpo lúteo em corpo amarelo), assegura a secreção de esteroides (estrógeno e progesterona) Placentária (após a 7ª semana)_> placenta elabora esteroides em quantidades crescentes, hormônios proteicos Hormônios HCG -> gonadotrofina coriônica humana, mantem condições do endométrio para a implantação e desenvolvimento do zigoto, estimula produção de testosterona que é importante na diferenciação sexual do feto. Atua até que a placenta seja suficiente para mantem a gravidez. HCS -> somatotrofina coriônica humana e HLP -> hormônio lactonegio placentário, asseguram suprimento de nutrientes para o feto, fornece energia a mulher diminuindo a utilização de carboidratos, aumenta a disponibilidade de glicose para o feto, favorecendo seu crescimento, reduz uso de produtos de degradação pela mãe e aumenta disponibilidade de aminoácidos para o feto. Além de influenciar o crescimento e desenvolvimento das mamas. Progesterona -> na segunda metade do ciclo faz o preparo para a implantação do embrião, tem efeito calmante sobre contrações uterinas com ação no SNC e centro respiratório, atua no desenvolvimento alveolar. Estrógeno-> sua produção depende de percursor produzido pela suprarrenal. Tem função de controlar o crescimento e função uterina, provoca hiperplasia e hipertrofia do músculo uterino e mamas, vasodilatação no miométrio e tem influência sobre o centro respiratório. Sistema Cardiovascular As mudanças nesse sistema protegem as funções normais da mãe, adaptando seu corpo às exigências da gravidez, proporcionando crescimento e desenvolvimento adequados ao feto, garantindo aporte de nutrientes. Há um aumento do volume sanguíneo, a partir da 10/12ª semana, atinge o máximo com 32/34 semanas e retorna ao estado pré-gravidico 2-3 semanas pós-parto. Isso para o preenchimento do sistema vascular aumentado do útero., como resultado aumenta o plasma e eritrócitos, diminui concentrações de Hb que pode gerar anemia fisiológica. O débito cardíaco também aumenta para suprir a demanda do útero, placenta e órgãos com funções aumentadas. A PA diminui no 1° trimestre e 2°, n restante da gravidez aumenta até níveis pré-gravídicos. A queda é resultado do tônus muscular diminuído. A frequência cardíaca aumenta no 1° trimestre (até 15 batidas a mais por min). O coração é empurrado para cima, esquerda e rodado para frente. Essas mudanças podem levar a vertigens, desmaios, palpitações, edema, varizes e trombose. Sistema urinário As mudanças anatômicas são a dilatação dos ureteres, estagnação de urina (que favorece ITU), ação da progesterona (na anatomia dos músculos lisos) devido aumento da progesterona e vasos dilatados e aumento do útero). As mudanças funcionais são aumento acentuado de urina, fluxo plasmático renal, filtração glomerular em resposta às maiores demandas metabólicas e circulatórias Sistema digestivo Relaxamento de toda a musculatura lisa do TGI, há diminuição do tônus e motilidade + produção de secreção gástrica diminuída, levando a diminuição do tempo de esvaziamento gástrico. Pode ocorrer hipersecreção de saliva, edema gengival e alterações no apetite. O estomago é deslocado para cima e para baixo, intestino grosso e ceco para cima e o restante para os lados. As mudanças podem levar a náuseas, vômitos, sialorreia, pica-malácia, azia/pirose, sangramento gengival, meteorismo, obstipação intestinal e hemorroidas. Sistema respiratório Alterações precoces e não causadas por compressão mecânica. Elevação do diafragma, alargamento do tórax (facilitada pelo relaxamento dos ligamentos), diminuição da expansão dos pulmões e mucosa de revestimento. Tem um discreto aumento da FR e devido aumento de capilares pode haver obstrução nasal, epistaxes e alteração de voz Sistema musculoesquelético Alterações consequentes à ação dos hormônios da gravidez; amolecimento das cartilagens pélvicas, aumento da motilidade das articulações sacro-ilíaca, sacrococcígea e da sínfise púbica; relaxamento acentuado dos ligamentos; mudança do centro de gravidade para a frente (hiperlordose). Todo o peso vai para o assoalho pélvico e MMII Pele Proliferação de vasos cutâneos, aumento da permeabilidade capilar e de fluxo sanguíneo na pele -> dissipa calor -> pele quente e úmida, temperatura aumentada. Pode haver desconfortos na autoimagem, prurido, transpiração excessiva e ruborização. Ocorre a hiperpigmentação devido ação do hormônio melantrópico da hipófise e do estrógeno, cloasma da face, linha Negra, sinal de Hunter, sinal de jacker-kluge, víbice ou estrias, atividade secretora aumentada 3° trimestre, hipertrofia das glândulas perimamilares Sistema Nervoso e psíquico Inconsciente, hormonal, afetividade modificada, medo, irritabilidade, melancolia, sonolência, fadiga Útero As mudanças começam logo após a nidação, muda a consistência, forma, posição. Espessura, peso e tamanho. O colo do útero tem aumento de vascularização, há hipertrofia e hiperplasia das glândulas cervicais, espessamento do revestimento do muco. A vagina também tem aumento de vascularização, cor rosa passa para violácea -> sinal de kluge. Há o preparo para a distensão no parto: mucosa mais espessa, hipertrofia dos músculos e tecido conjuntivo mais frouxo. Mamas Aumentam de tamanho e firmeza, tornando-se nodulares (hipertrofia dos alvéolos), há aumento da vascularização 0> rede de Haller, podem aparecer estrias, os mamilos e aréolas ficam mais proeminentes, a cor da aréola é intensificada (sinal de Hunter), e tubérculos de Montgomery maiores e secretam substância lipoide.
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