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Apostila do II Minicurso regionalizado de fiscalização de flora

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II MINICURSO RegIONalIzadO de
FISCalIzaÇÃO de FlORa
JANEIRO/ 2021
Apostila Elaborada pelo Ministrante do Minicurso Regionalizado de Fiscalização de Flora
Marco Aurélio Xavier de Oliveira
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1. Objetivo....................................................................................................................5
1.1. Objetivo geral....................................................................................................5
1.2. Objetivo específico............................................................................................5
2. Legislações aplicadas..............................................................................................5
2.1. DECRETO ESTADUAL Nº 552, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020
(REGULAMENTA AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES DE FISCALIZAÇÃO
AMBIENTAL) ..........................................................................................................5
2.1.1. Agente de fiscalização ambiental.........................................................5
2.1.2. Obrigações e atribuições. ....................................................................6
2.1.3. Instrumentos de fiscalização ambiental................................................7
2.2. POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (LEI ESTADUAL N°
5.887/95).........................................................................................................9
2.2.1. Do Licenciamento ambiental................................................................9
2.2.2. Da fiscalização ambiental...................................................................11
2.2.3. Das infrações e sanções.....................................................................11
2.2.4. Do processo administrativo.................................................................14
2.3. LEI FEDERAL N° 9.605/1998........................................................................15
2.3.1. Da infração administrativa...................................................................15
2.4. DECRETO FEDERAL N° 6.514/2008............................................................16
2.4.1. Das disposições gerais.......................................................................16
2.4.2. Das infrações contra a flora................................................................17
2.4.3. Das infrações relativas à poluição e outras infrações ambientais......22
2.4.4. Das infrações administrativas contra a administração ambiental.......23
2.5. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 187/2008/IBAMA..........................................23
2.5.1. Roteiro de orientação sobre inspeção industrial.................................23
2.6. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 21/2014/IBAMA............................................25
2.6.1. Glossário de produtos de origem florestal..........................................25
2.6.1.1. Madeira serrada.........................................................................25
2.6.1.2. Madeira serrada curta................................................................26
3
2.7. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 002/2013/SEMAS.........................................27
2.7.1. Raio de transporte...............................................................................27
2.7.2. Localização.........................................................................................28
2.8. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 003/2013/SEMAS.........................................28
2.8.1. Vedação no sistema de comercialização............................................28
2.9.INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 01/2008/SEMAS...........................................29
2.9.1.Modelos de guia florestal.....................................................................29
2.9.2.Dispensa de GF-PA.............................................................................32
2.9.3. Prazo de validade................................................................................33
2.9.4.Margem de erro...................................................................................33
2.9.5. Transporte intermodal..........................................................................33
2.10. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 04/2016/SEMAS..........................................34
2.10.1. Da suspensão de guias.......................................................................34
2.10.2. Da suspensão do empreendimento e do estorno de saldo.................34
4
II MINICURSO REGIONALIZADO DE FISCALIZAÇÃO DE FLORA
INTRODUÇÃO
A Lei Nº 5.887 de 09 de maio de 1995, dispõe sobre Política Estadual de
Meio Ambiente, que tem o intuito de preservar, conservar, proteger, defender o meio
ambiente natural, recuperar e melhorar o meio ambiente antrópico, artificial e do
trabalho, atendidas as peculiaridades regionais. Em seu Art. 110, dispõe sobre a
importância da fiscalização ambiental, de como ela se faz necessária à consecução
dos objetivos da Política Estadual de Meio Ambiente, bem como de qualquer norma
de cunho ambiental, especifica ainda, que ela será executada pelos diferentes
órgãos do Estado, sob a coordenação do órgão ambiental, ou, quando for o caso, do
Conselho Estadual do Meio Ambiente – COEMA. A SEMAS vem editando
normativos no sentido de facilitar a atuação dos agentes fiscalizadores na atuação
contra a degradação do meio ambiente, bem como a instauração de processos
punitivos. Neste sentido, foi publicada em 11 de maio de 2016, a Ordem de Serviço
de nº 01, que versa sobre os procedimentos e critérios para a instauração e
tramitação dos processos punitivos, no âmbito da SEMAS, padronizando e
simplificando o trâmite dos processos, garantindo maior agilidade e transparência
nos procedimentos.
De acordo com a Lei Estadual Nº 8096/2015, em seu Art. 5º-O “À Diretoria
de Fiscalização Ambiental, diretamente subordinada à Secretaria Adjunta de Gestão
e Regularidade Ambiental, observadas as diretrizes gerais definidas pelo Comitê de
Monitoramento e Planejamento Estratégico para Fiscalização da SEMAS, compete
coordenar e executar as operações de fiscalização e de monitoramento da qualidade
ambiental relativa à exploração e uso dos recursos ambientais e das atividades e
empreendimento efetiva ou potencialmente poluidoras e/ou degradadoras;
coordenar as atividades relacionadas às emergências ambientais e de prevenção e
controle de incêndios florestais; promover a implementação de métodos, técnicas e
procedimentos para melhoria do monitoramento e fiscalização de setores e
atividades priorizadas pelo Comitê de Monitoramento e Planejamento Estratégico
para Fiscalização”.
5
IMPORTANTE
O DECRETO ESTADUAL N° 627, DE 24 DE MARÇO DE 2020,
INCLUI O PARAGRAFO ÚNICO NO ART. 3° DO DECRETO
552/2020.
PARAGRAFO ÚNICO: A FISCALIZAÇÃO PODERÁ SER REALIZADA
POR SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL NÃO EFETIVO, NAS
HIPOTESES EXCEPCIONAIS PREVISTAS NA LEI
COMPLEMENTAR ESTADUAL N° 07/1991.
1. Objetivo
1.1. Objetivo geral:
Capacitar os participantes envolvidos no II Minicurso Regionalizado de
Fiscalização de Flora.
1.2. Objetivo específico:
Identificar as origens de matéria prima e os ilícitos relacionados à flora com
base nos diplomas legais;
Ter capacidade para agir diante das irregularidades, diferenciando cada caso.
2. Legislações aplicadas
2.1. DECRETO ESTADUAL Nº 552, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020
(REGULAMENTA AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES DE FISCALIZAÇÃO
AMBIENTAL).
2.1.1. Agente de Fiscalização Ambiental
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - Agente de Fiscalização Ambiental: servidor público estadual efetivo, designado
pelo titular do órgão competente integrante do Sistema Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SISEMA), mediante portaria, para desempenhar as atividades
inerentes ao exercício do poder de polícia administrativa ambiental;
Art. 4º O Agente de Fiscalização Ambiental que, no exercício do seu poder de polícia,
constatar a infração ambiental,lavrará o auto de infração e, quando necessário,
aplicará medidas administrativas acautelatórias e imporá obrigações emergenciais,
nos termos previstos neste Decreto.
6
2.1.2. Obrigações e atribuições
Art. 5º São obrigações do Agente de Fiscalização Ambiental:
I - Conhecer a estrutura organizacional, os objetivos e competências do órgão onde
exerce suas funções, e sobre as políticas Nacional, Estadual e Municipal de meio
ambiente;
II - Aplicar as técnicas, procedimentos e conhecimentos inerentes à prática
fiscalizatória do meio ambiente, adquiridas nos cursos e treinamentos;
III - Apresentar relatório de suas atividades, relatórios circunstanciados na apuração
da infração ambiental e documentos probatórios sobre danos ambientais para
formalizar e instruir o processo administrativo infracional;
IV - Lavrar corretamente os instrumentos de fiscalização que farão parte do
processo administrativo infracional, preenchendo-os de forma concisa, legível,
objetiva e com o devido enquadramento legal, nos termos deste Decreto;
V - Observar os deveres, proibições, determinações superiores e responsabilidades
relativas aos serviços e servidores públicos do Estado, além de outras obrigações
dispostas na Lei Estadual n° 5.810, de 24 de janeiro de 1994;
VI - Zelar pela manutenção e pelo uso adequado e racional dos equipamentos,
barcos, veículos, armas e outros instrumentos que lhe forem confiados;
VII - identificar-se sempre que estiver em ação de fiscalização;
VIII - Submeter-se às atividades inerentes ao exercício da fiscalização, autuando em
locais, dias e horários de acordo com as normas vigentes;
IX - atuar nas Áreas Protegidas do Estado utilizando os meios inerentes à
fiscalização;
X - declarar-se suspeito ou impedido para atuar em determinada fiscalização ou
processo administrativo, nos termos dos arts. 18 e 19 da Lei Federal nº 9.784, de 24
de janeiro de 1999, e do art. 27 da Lei Estadual n° 8.972, de 13 de janeiro de 2020;
XI - cumprir os dispositivos deste Decreto, do Regimento Interno de Fiscalização,
quando houver, e demais normas específicas sobre fiscalização ambiental.
Art. 6º Incumbe ao Agente de Fiscalização Ambiental:
I - Apurar as infrações ambientais;
II - Lavrar e registrar, em formulário próprio ou em sistema informatizado, os
instrumentos de fiscalização ambiental;
7
III - Colher todos os meios de prova legais de autoria e materialidade, bem como a
extensão do dano verificado no ato da fiscalização;
IV - Aplicar medidas administrativas cautelares;
V - Impor obrigações emergenciais; e
VI - Dar ciência ao autuado acerca do auto de infração, das obrigações e das
medidas administrativas cautelares.
2.1.3. Instrumentos de fiscalização ambiental
Art. 8º Para os efeitos deste Decreto, entende-se por instrumento de
fiscalização ambiental o documento lavrado em formulário próprio ou sistema
informatizado, por meio do qual o Agente de Fiscalização Ambiental registra,
formaliza e certifica o ato administrativo praticado no exercício do poder de polícia
administrativa ambiental, sendo estes:
I - Auto de infração: documento que dá início à ação de apuração da infração
ambiental praticada pelo infrator por violação das regras jurídicas de uso, gozo,
promoção, proteção e recuperação do meio ambiente;
II - Termo de apreensão: documento no qual se lavra a aplicação da medida
acautelatória de apreensão sobre os bens e produtos, objetos da infração ambiental;
III - Termo de guarda ou depósito: documento no qual se lavra o local de
armazenamento e o responsável pela guarda ou depósito dos produtos e
subprodutos da apreensão;
IV - Termo de embargo: documento no qual se lavra a aplicação da medida
acautelatória de embargo sobre obras ou atividades e suas respectivas áreas, em
decorrência da constatação de irregularidade ambiental, visando impedir a
continuidade da infração ambiental e/ ou do dano ambiental, propiciar a regeneração
do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada;
V - Termo de desembargo: documento no qual se lavra a suspensão dos efeitos do
embargo anteriormente imposto pela autoridade competente, em razão de deixarem
de existir os motivos que ensejaram sua aplicação;
VI - Termo de interdição: documento no qual se lavra a aplicação da medida
acautelatória de interdição sobre estabelecimento ou atividade que apresente perigo
iminente à saúde pública e ao meio ambiente, ou em casos de infração continuada e
reincidência;
8
VII - Termo de desinterdição: documento no qual se lavra a suspensão dos efeitos
da interdição anteriormente imposta pela autoridade competente, em razão de
deixarem de existir os motivos que ensejaram sua aplicação;
VIII - Termo de incineração, de destruição, de demolição, de desfazimento ou de
inutilização: documento no qual se lavra a aplicação das respectivas medidas
acautelatórias sobre produtos, subprodutos e instrumentos da infração ambiental;
IX - Termo de doação de produtos perecíveis: documento no qual se lavra a doação
de produtos apreendidos perecíveis, bem como as madeiras sob risco iminente de
perecimento, para órgãos e entidades públicas de caráter científico, cultural,
educacional, hospitalar, penal, militar e social, bem como para outras entidades sem
fins lucrativos de caráter beneficente;
X - Termo de soltura de animais silvestres: documento no qual se lavra a soltura dos
animais da fauna silvestre em seu habitat, fazendo referência à espécie, quantidade,
estado físico, identificação da anilha, quando for o caso, e ao local da soltura;
XI - Relatório de fiscalização ambiental: documento no qual se lavram os fatos
ocorridos no contexto da ação fiscalizatória, no intuito de subsidiar o julgamento do
auto de infração, corroborando tal documento com todos os meios de provas legais
colhidos por ocasião da referida ação;
XII - Termo de entrega voluntária de animal silvestre: documento no qual se lavra a
entrega voluntária de animal silvestre, por quem esteja em posse deste, ao órgão
competente;
XIII - Termo de entrega de bem apreendido: documento no qual se atesta que o bem
ou produto foi entregue pelo depositário ao órgão ambiental, fazendo constar o
estado físico e demais alterações verificadas no ato da entrega; e
XIV - Notificação emergencial: documento no qual se lavra a comunicação de
obrigações impostas ao infrator, visando regular a atividade, evitar episódios críticos
de poluição ambiental ou impedir sua continuidade em casos de grave e iminente
risco para as vidas humanas ou recursos econômicos e naturais, fazendo contar o
prazo para cumprimento e demais informações necessárias.
§ 1º Constará nos instrumentos lavrados pelo Agente de Fiscalização Ambiental o
prazo para que o infrator apresente defesa ou impugnação, quando for o caso,
documentações e considerações, nos termos deste Decreto e demais previsões
normativas que tratam do assunto.
9
§ 2º As notificações administrativas deverão ser juntadas aos autos do processo
administrativo infracional, acompanhadas do respectivo comprovante de
recebimento.
Art. 9º Os instrumentos de fiscalização ambiental, emitidos pelo órgão competente,
deverão conter, dentre outras informações específicas para cada tipo de documento:
I - O número de ordem em série anual;
II - O nome do órgão e da respectiva unidade administrativa responsável pela
lavratura do documento;
III - O nome completo, número de matrícula e o cargo ou função do Agente de
Fiscalização Ambiental responsável pela lavratura do documento;
IV - O campo para a assinatura e carimbo do agente responsável pela lavratura do
documento;
V – A identificação completa do infrator, quando possível;
VI - As especificações quantitativas e qualitativas dos objetos da infração; e
VII - O prazo para impugnação ou defesa, quando for o caso.
§ 1º Os formulários impressos dos instrumentos de fiscalização serão entregues ao
Agente de Fiscalização Ambiental, mediante assinatura do Termo de Entrega e
Recebimento, passando o agente a responderpor sua guarda e utilização.
§ 2º O termo de que trata o § 1º deste artigo deverá mencionar o tipo de documento
entregue, o número de série ou intervalos correspondentes, bem como a
identificação de quem entregou e de quem recebeu, com os respectivos carimbos e
assinaturas.
§ 3º A forma e conteúdo dos instrumentos de fiscalização serão definidos pelo órgão
competente, devendo a lavratura do auto ser realizada preferencialmente por
sistema informatizado.
2.2. POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (LEI ESTADUAL N° 5.887/95)
2.2.1. Do licenciamento ambiental
Art. 93 – A construção, instalação, ampliação, reforma e funcionamento de
empreendimentos e atividades utilizadoras e exploradoras de recursos naturais,
considerados efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como, os capazes de
causar significativa degradação ambiental, sob qualquer forma, dependerão de
prévio licenciamento do órgão ambiental.
10
Parágrafo Único – O licenciamento de que trata o caput desse artigo será precedido
de estudos que comprovem, dentre outros requisitos, os seguintes:
I – Os reflexos socioeconômicos às comunidades locais, considerados os efetivos e
comprovados riscos de poluição do meio ambiente e de significativa degradação
ambiental, comparados com os benefícios resultantes para a vida e o
desenvolvimento material e intelectual da sociedade;
II – As consequências diretas ou indiretas sobre outras atividades praticadas na
região, inclusive de subsistência.
Art. 94 – Para efeito do disposto no artigo anterior, o licenciamento obedecerá às
seguintes etapas:
I – Licença Prévia (LP) – emitida na fase preliminar da atividade, devendo resultar da
análise dos requisitos básicos a serem atendidos quanto a sua localização,
instalação e operação, observadas as diretrizes do zoneamento ecológico-
econômico, sem prejuízo de atendimento ao disposto nos planos de uso e ocupação
do solo;
II – Licença de Instalação (LI) – emitida após a fase anterior, a qual autoriza a
implantação da atividade, de acordo com as especificações constantes do projeto
executivo aprovado;
III – Licença de Operação (LO) – emitida após a fase anterior, a qual autoriza a
operação da atividade e o funcionamento de seus equipamentos de controle
ambiental, de acordo com o previsto nas Licença Prévia e de Instalação.
§ 1º – A Licença Prévia poderá ser dispensada no caso de ampliação de atividades.
§ 2º – As Licenças Prévia, de Instalação e de Operação, serão expedidas por tempo
certo, a ser determinado pelo órgão ambiental, não podendo em nenhum caso ser
superior a 5 (cinco) anos.
§ 3º – A Licença de Operação será renovada ao final de cada período de sua
validade.
Art. 95 – Os pedidos de licenciamento e a respectiva concessão ou renovação serão
publicados no Diário Oficial do Estado, bem como no jornal de maior circulação local,
às expensas do interessado.
Art. 96 – É vedada a concessão de licenciamento ambiental antes de efetivadas as
exigências acatadas pelo Poder Público, em audiências públicas
11
2.2.2. Da fiscalização ambiental
Art. 110 – A fiscalização ambiental necessária à consecução dos objetivos desta Lei,
bem como de qualquer norma de cunho ambiental, será efetuada pelos diferentes
órgãos do Estado, sob coordenação do órgão ambiental, ou quando for o caso, do
Conselho Estadual do Meio Ambiente.
Parágrafo Único – É assegurado a qualquer cidadão o direito exercer a fiscalização
referenciada neste artigo, mediante comunicação do ato ou fato delituoso à
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente ou à autoridade
policial, que adotarão as providências, sob pena de responsabilidade.
Art. 111 – O Poder Executivo, mediante decreto, regulamentará os procedimentos
fiscalizatórios necessários à implementação das disposições deste capítulo.
2.2.3. Das infrações e sansões
Art. 118 – Considera-se infração administrativa qualquer inobservância a preceito
desta Lei, das Resoluções do Conselho Estadual do Meio Ambiente e da legislação
ambiental federal e estadual, especialmente as seguintes:
I – Construir, instalar, ampliar ou fazer funcionar em qualquer parte do território do
Estado, estabelecimentos, obras e atividades utilizadoras de recursos ambientais
considerados, comprovadamente, efetiva ou potencialmente poluidores, bem como
os capazes, também, comprovadamente, sob qualquer forma de causar degradação
ambiental, sem o prévio licenciamento do órgão ambiental ou com ele em desacordo;
II – Emitir ou despejar efluentes ou resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, em
desacordo com as normas legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio
ambiente;
III – Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento
público de água de uma comunidade;
IV – Desrespeitar interdições de uso de passagens e outras estabelecidas
administrativamente para a proteção contra a degradação ambiental ou, nesses
casos, impedir ou dificultar a atuação de agentes do Poder Público;
V – Utilizar ou aplicar agrotóxicos, seus componentes e afins, contrariando as
restrições constantes do registro do produto e de normas regulamentares emanadas
dos órgãos federais e estaduais competentes;
12
VI – Desobedecer ou inobservar normas legais ou regulamentares, padrões e
parâmetros federais ou estaduais, relacionados com o controle do meio ambiente.
Art. 119 – Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as
infrações ambientais serão punidas, alternativa ou cumulativamente, com as
penalidades de:
I – Advertência;
II – Multa, simples ou diária;
III- Apreensão de animais, de produtos, instrumentos, apetrechos, equipamentos e
veículos de qualquer natureza utilizados no cometimento da infração;
IV – Inutilização do produto;
V – Interdição do produto;
VI – Suspensão de venda e/ou fabricação do produto;
VII – Embargo, desfazimento ou demolição da obra;
VIII – Interdição parcial ou total, temporária ou definitiva, do estabelecimento ou
atividade;
IX – Cassação do alvará de licença de estabelecimento, obra ou atividade, ou do
alvará de autorização para funcionamento;
X – Indicação ao órgão competente para decidir sobre a perda ou restrição, ou não,
de incentivos concedidos pelo Poder Público;
XI – Indicação ao órgão competente para decidir sobre a perda ou suspensão, ou
não, da participação em linhas de financiamentos em estabelecimentos oficiais de
créditos;
XII – Redução de atividades geradoras de poluição de acordo com os níveis
previstos na licença;
XIII – Prestação de serviços à comunidade.
Art. 120 – As infrações ambientais classificam-se:
I – Leves, aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstância atenuante;
II – Graves, aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;
III – Gravíssimas, aquelas em que for verificada a existência de duas ou mais
circunstâncias agravantes.
§ 1º – Quando o infrator praticar simultaneamente duas ou mais infrações ser-lhe-ão
aplicadas cumulativamente as penas a elas cominadas.
§ 2º – Para configurar a infração, basta a comprovação do nexo causal entre a ação
ou omissão do infrator e o dano.
13
Art. 121 – A advertência será aplicada sempre por escrito e única e exclusivamente
nas infrações leves.
Art. 122 – A penalidade de multa será imposta, observados os seguintes limites:
I - De 250 a 7.500 vezes o valor nominal da UPF-PA, nas infrações leves;
II - De 7.501 a 50.000 vezes o valor nominal da UPF-PA, nas infrações graves; e
III - De 50.001 a 1.500.000 vezes o valor nominal da UPF-PA, nas infrações
gravíssimas.
§ 1°A multa será recolhida considerando-se o valor nominal da UPF-PA à data de
seu efetivo pagamento.
Art. 130 – Para a imposição da pena e sua gradação, a autoridade ambiental
observará:
I – As circunstâncias atenuantes e agravantes;
II – A gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências para o meio
ambiente;
III – Os antecedentes do infrator quanto às normas ambientais.
Art. 131 – São circunstâncias atenuantes:
I – A ação do infrator não ter sido fundamentalpara a consumação do fato;
II – O menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;
III – A disposição manifesta do infrator em procurar reparar ou minorar as
consequências do ato lesivo ao meio ambiente;
IV – Ser o infrator primário e a falta cometida de natureza leve;
V – Ter o infrator comunicado previamente às autoridades competentes, o perigo
iminente de degradação ambiental;
VI – Colaborar o infrator com os agentes encarregados da fiscalização e do controle
ambiental.
Art. 132 – São circunstâncias agravantes:
I – Ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;
II – Ter o infrator agido com dolo;
Por meio da Portaria SEFA Nº 1.768 DE 2019, o valor da Unidade
Padrão Fiscal do Estado do Pará (UPF/PA), a vigorar no exercício
fiscal de 2020, foi fixado em R$ 3,5751.
14
III – A infração produzir efeitos sobre a propriedade alheia;
IV – Da infração resultar consequências graves para o meio ambiente ou para a
saúde pública;
V – Os efeitos da infração terem atingido áreas sob proteção legal;
VI – Ter o infrator cometido a infração para obter vantagem pecuniária;
VII – Ter o infrator coagido outrem para a execução material da infração;
VIII – Ter o infrator empregado métodos cruéis no abate ou captura de animais;
IX – Impedir ou causar dificuldade ou embaraço à fiscalização;
X – Utilizar-se o infrator da condição de agente público para a prática de infração;
XI – A tentativa de o infrator eximir-se da responsabilidade atribuindo-a a outrem;
XII – A infração ocorrer sobre espécies raras, endêmicas, vulneráveis ou em perigo
de extinção.
Parágrafo Único – Caracteriza-se a reincidência simples quando o infrator voltar a
cometer qualquer nova infração e a reincidência específica quando voltar a cometer
nova infração ao mesmo dispositivo legal anteriormente violado, qualquer que seja a
gravidade.
2.2.4. Do processo administrativo
Art. 136 – As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo
próprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados o rito e prazos
estabelecidos nesta Lei.
Art. 137 – O auto de infração será lavrado na sede do órgão ambiental ou no local
em que for verificada a infração, pelo servidor competente que a houver constatado,
devendo conter:
I – A qualificação do autuado;
II – O local, data e hora da lavratura;
III – A descrição completa e detalhista do fato e a menção precisa dos dispositivos
legais ou regulamentares transgredidos para que o autuado possa exercer, em sua
plenitude, o direito de defesa;
IV – A penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que
autoriza a sua imposição tudo registrado com clareza e precisão, para os mesmos
fins de plena defesa;
15
V – Assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número da
matrícula;
VI – Prazo de defesa;
VII – O testemunho mediante as respectivas assinaturas, de pessoas que assistiram
aos fatos narrados no auto.
Art. 138 – A notificação é o documento hábil para informar ao interessado as
decisões do órgão ambiental.
§ 1º – O infrator será notificado para ciência do auto de infração e das decisões do
órgão ambiental:
I – Pessoalmente;
II – Por via postal ou telegráfica, com prova de recebimento;
III – Por edital quando resultarem improfícuos os meios referidos nos incisos
anteriores.
§ 2º – Se o infrator for notificado pessoalmente e recusar-se a exarar ciência, deverá
essa circunstância ser mencionada, expressamente, pela autoridade que efetuou a
notificação.
§ 3º – O edital referido no inciso III, deste artigo, será publicado uma única vez, na
Imprensa Oficial, considerando-se a notificação 10 (dez dias) após a publicação.
2.3. LEI FEDERAL N° 9.605/1998
2.3.1. Da infração administrativa
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que
viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente.
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar
processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do
Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de
fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da
Marinha.
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação
às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu
poder de polícia.
16
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada
a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob
pena de co-responsabilidade.
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio,
assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições
desta Lei.
2.4. DECRETO FEDERAL N° 6.514/2008
2.4.1. Das disposições gerais
Art. 1o Este Capítulo dispõe sobre as condutas infracionais ao meio ambiente e suas
respectivas sanções administrativas.
Art. 2o Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão que
viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente, conforme o disposto na Seção III deste Capítulo.
Parágrafo único. O elenco constante da Seção III deste Capítulo não exclui a
previsão de outras infrações previstas na legislação.
Art. 3o As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:
I - Advertência;
II - Multa simples;
III - Multa diária;
IV - Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais
produtos e subprodutos objeto da infração, instrumentos, petrechos, equipamentos
ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; (Redação dada pelo
Decreto nº 6.686, de 2008).
V - Destruição ou inutilização do produto;
VI - Suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - Embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
VIII - Demolição de obra;
IX - Suspensão parcial ou total das atividades;
X - Restritiva de direitos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6686.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6686.htm
17
2.4.2. Das infrações contra a flora
Art. 43. Destruir ou danificar florestas ou demais formas de vegetação natural ou
utilizá-las com infringência das normas de proteção em área considerada de
preservação permanente, sem autorização do órgão competente, quando exigível,
ou em desacordo com a obtida: (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), por
hectare ou fração.
Art. 44. Cortar árvores em área considerada de preservação permanente ou cuja
espécie seja especialmente protegida, sem permissão da autoridade competente:
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por hectare ou
fração, ou R$ 500,00 (quinhentos reais) por árvore, metro cúbico ou fração.
Art. 45. Extrair de florestas de domínio público ou áreas de preservação permanente,
sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:
Multa simples de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)
por hectare ou fração.
Art. 46. Transformar madeira oriunda de floresta ou demais formas de vegetação
nativa em carvão, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra
exploração, econômica ou não, sem licença ou em desacordo com as
determinações legais:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por metro cúbico de carvão-mdc.
Art. 47. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira serrada ou
em tora, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição
de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da
via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:
Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) por unidade, estéreo, quilo, mdc ou metro
cúbico aferido pelo método geométrico.
§ 1° Incorre nas mesmas multasquem vende, expõe à venda, tem em depósito,
transporta ou guarda madeira, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal,
sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada
pela autoridade competente ou em desacordo com a obtida.
§ 2° Considera-se licença válida para todo o tempo da viagem ou do
armazenamento aquela cuja autenticidade seja confirmada pelos sistemas de
18
controle eletrônico oficiais, inclusive no que diz respeito à quantidade e espécie
autorizada para transporte e armazenamento.
§ 3° Caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em
desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente
autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização.
§ 3° Nas infrações de transporte, caso a quantidade ou espécie constatada no ato
fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental
competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do
objeto da fiscalização. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
§ 4° Para as demais infrações previstas neste artigo, o agente autuante promoverá a
autuação considerando o volume integral de madeira, lenha, carvão ou outros
produtos de origem vegetal que não guarde correspondência com aquele autorizado
pela autoridade ambiental competente, em razão da quantidade ou espécie.
(Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas de
vegetação nativa:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por hectare ou fração.
Parágrafo único. Caso a infração seja cometida em área de reserva legal ou de
preservação permanente, a multa será de R$ 5.000 (cinco mil reais), por hectare ou
fração.
Art. 49. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de
espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, não passíveis de
autorização para exploração ou supressão:
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas de
vegetação nativa em unidades de conservação ou outras áreas especialmente
protegidas, quando couber, área de preservação permanente, reserva legal ou
demais locais cuja regeneração tenha sido indicada pela autoridade ambiental
competente. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por hectare ou fração. (Redação dada pelo
Decreto nº 6.686, de 2008).
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica para o uso permitido das áreas
de preservação permanente. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
19
Art. 49. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa, objeto
de especial preservação, não passíveis de autorização para exploração ou
supressão. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Multa de R$ 6.000,00 (seis mil reis) por hectare ou fração.
Parágrafo único. A multa será acrescida de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou
fração quando a situação prevista no caput se der em detrimento de vegetação
primária ou secundária no estágio avançado ou médio de regeneração do bioma
Mata Atlântica.
Art. 50. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de
espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, sem autorização ou
licença da autoridade ambiental competente:
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração.
§ 1° A multa será acrescida de R$ 500,00 (quinhentos reais) por hectare ou fração
quando a situação prevista no caput se der em detrimento de vegetação secundária
no estágio inicial de regeneração do bioma Mata Atlântica.
§ 2° Para os fins dispostos no art. 49 e no caput deste artigo, são consideradas de
especial preservação as florestas e demais formas de vegetação nativa que tenham
regime jurídico próprio e especial de conservação ou preservação definido pela
legislação.
Art. 51. Destruir, desmatar, danificar ou explorar floresta ou qualquer tipo de
vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, em área de reserva legal ou
servidão florestal, de domínio público ou privado, sem aprovação prévia do órgão
ambiental competente ou em desacordo com a aprovação concedida, inclusive em
planos de manejo florestal sustentável:
Art. 51. Destruir, desmatar, danificar ou explorar floresta ou qualquer tipo de
vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, em área de reserva legal ou
servidão florestal, de domínio público ou privado, sem autorização prévia do órgão
ambiental competente ou em desacordo com a concedida. (Redação dada pelo
Decreto nº 6.686, de 2008).
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração.
Art. 51-A. Executar manejo florestal sem autorização prévia do órgão ambiental
competente, sem observar os requisitos técnicos estabelecidos em PMFS ou em
desacordo com a autorização concedida. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
20
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou fração. (Incluído pelo Decreto nº
6.686, de 2008).
Art. 52. Desmatar, a corte raso, florestas ou demais formações nativas, fora da
reserva legal, sem autorização da autoridade competente:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por hectare ou fração.
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou fração. (Redação dada pelo Decreto
nº 6.686, de 2008).
Art. 53. Explorar ou danificar floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de
espécies nativas plantadas, localizada fora de área de reserva legal averbada, de
domínio público ou privado, sem aprovação prévia do órgão ambiental competente
ou em desacordo com a concedida:
Multa de R$ 300,00 (trezentos reais), por hectare ou fração, ou por unidade, estéreo,
quilo, mdc ou metro cúbico.
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem deixa de cumprir a reposição
florestal obrigatória.
Art. 54. Adquirir, intermediar, transportar ou comercializar produto ou subproduto de
origem animal ou vegetal produzido sobre área objeto de embargo:
Multa de R$ R$ 500,00 (quinhentos reais) por quilograma ou unidade.
Parágrafo único. A aplicação deste artigo dependerá de prévia divulgação dos
dados do imóvel rural, da área ou local embargado e do respectivo titular de que
trata o parágrafo único do art. 18.
Parágrafo único. A aplicação do disposto neste artigo dependerá de prévia
divulgação dos dados do imóvel rural, da área ou local embargado e do respectivo
titular de que trata o § 1o do art. 18 e estará limitada à área onde efetivamente
ocorreu o ilícito. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Art. 55. Deixar de averbar a reserva legal. (Vide Decreto nº 6.686, de 2008) (Vide
Decreto nº 7.029, de 2009) (Vide Decreto nº 7.497, de 2011) (Vide Decreto nº 7.640,
de 2011) (Vide Decreto nº 7.719, de 2012).
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
§ 1° No ato da lavratura do auto de infração, o agente autuante assinará prazo de
sessenta a noventa dias para o autuado promover o protocolo da solicitação
administrativa visando à efetiva averbação da reserva legal junto ao órgão ambiental
competente, sob pena de multa diária de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 500,00
(quinhentos reais) por hectare ou fração da área da reserva.
21
§ 2° Haverá a suspensão da aplicação da multa diária no interregno entre a data do
protocolo da solicitação administrativa perante o órgão ambiental competente e trinta
dias após seu deferimento, quando será reiniciado o cômputo da multa diária.
Penalidade de advertência e multa diária de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 500,00
(quinhentos reais) por hectare ou fração da área de reserva legal.
(Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
§ 1° O autuado será advertido para que, no prazo de cento e vinte dias, apresente
termo de compromisso de averbação e preservação da reserva legal firmado junto
ao órgão ambiental competente, definindo a averbação da reserva legal e, nos casos
em que não houver vegetação nativa suficiente, a recomposição, regeneraçãoou
compensação da área devida consoante arts. 16 e 44 da Lei no 4.771, de 15 de
setembro de 1965. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
§ 1° O autuado será advertido para que, no prazo de cento e oitenta dias, apresente
termo de compromisso de regularização da reserva legal na forma das alternativas
previstas na Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965. (Redação dada pelo Decreto
nº 7.029, de 2009)
§ 2° Durante o período previsto no § 1o, a multa diária será suspensa.
(Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
§ 3° Caso o autuado não apresente o termo de compromisso previsto no § 1o nos
cento e vinte dias assinalados, deverá a autoridade ambiental cobrar a multa diária
desde o dia da lavratura do auto de infração, na forma estipulada neste Decreto.
(Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
§ 4° As sanções previstas neste artigo não serão aplicadas quando o prazo previsto
não for cumprido por culpa imputável exclusivamente ao órgão ambiental.
(Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
§ 5° O proprietário ou possuidor terá prazo de cento e vinte dias para averbar a
localização, compensação ou desoneração da reserva legal, contados da emissão
dos documentos por parte do órgão ambiental competente ou instituição habilitada.
(Incluído pelo Decreto nº 7.029, de 2009)
§ 6º No prazo a que se refere o § 5º, as sanções previstas neste artigo não serão
aplicadas. (Incluído pelo Decreto nº 7.029, de 2009)
Art. 56. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas
de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
22
Multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$1.000,00 (mil reais) por unidade ou metro
quadrado.
Art. 57. Comercializar, portar ou utilizar em floresta ou demais formas de vegetação,
motosserra sem licença ou registro da autoridade ambiental competente:
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por unidade.
Art. 58. Fazer uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização do órgão
competente ou em desacordo com a obtida:
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por hectare ou fração.
Art. 59. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar
incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou
qualquer tipo de assentamento humano:
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade.
Art. 60. As sanções administrativas previstas nesta Subseção serão aumentadas
pela metade quando:
I - Ressalvados os casos previstos nos arts. 46 e 58, a infração for consumada
mediante uso de fogo ou provocação de incêndio; e
II - A vegetação destruída, danificada, utilizada ou explorada contiver espécies
ameaçadas de extinção, constantes de lista oficial.
Art. 60-A. Nas hipóteses previstas nos arts. 50, 51, 52 e 53, em se tratando de
espécies nativas plantadas, a autorização de corte poderá ser substituída pelo
protocolo do pedido junto ao órgão ambiental competente, caso em que este será
instado pelo agente de fiscalização a fazer as necessárias verificações quanto à real
origem do material. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
2.4.3. Das infrações relativas à poluição e outras infrações ambientais
Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos,
atividades, obras ou serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados
efetiva ou potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos
ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrariando as
normas legais e regulamentos pertinentes. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de
2008).
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).
Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem:
23
I - Constrói, reforma, amplia, instala ou faz funcionar estabelecimento, obra ou
serviço sujeito a licenciamento ambiental localizado em unidade de conservação ou
em sua zona de amortecimento, sem anuência do respectivo órgão gestor;
I - Constrói, reforma, amplia, instala ou faz funcionar estabelecimento, obra ou
serviço sujeito a licenciamento ambiental localizado em unidade de conservação ou
em sua zona de amortecimento, ou em áreas de proteção de mananciais legalmente
estabelecidas, sem anuência do respectivo órgão gestor; (Redação dada pelo
Decreto nº 6.686, de 2008).
II - Deixa de atender a condicionantes estabelecidas na licença ambiental.
2.4.4. Das infrações administrativas contra a administração ambiental
Art. 77. Obstar ou dificultar a ação do Poder Público no exercício de atividades de
fiscalização ambiental:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Art. 79. Descumprir embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas:
Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).
Art. 80. Deixar de atender a exigências legais ou regulamentares quando
devidamente notificado pela autoridade ambiental competente no prazo concedido,
visando à regularização, correção ou adoção de medidas de controle para cessar a
degradação ambiental. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Art. 82. Elaborar ou apresentar informação, estudo, laudo ou relatório ambiental
total ou parcialmente falso, enganoso ou omisso, seja nos sistemas oficiais de
controle, seja no licenciamento, na concessão florestal ou em qualquer outro
procedimento administrativo ambiental:
Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais).
2.5. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 187/2008/IBAMA
2.5.1. Roteiro de orientação sobre inspeção industrial
 Itens a serem coletados antes da inspeção técnica industrial de uma indústria de
base florestal:
1- Licenças ambientais:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6686.htm
24
Dados a serem observados na Licença Ambiental
 Condicionantes na Licença Ambiental;
 Prazo de validade, objetivos e se contém rasura;
 Data de início da operação;
 Capacidade operacional instalada.
 Outros.
2- Sistema eletrônico de controle florestal (CEPROF-PA)
Dados a serem observados no relatório de origem de produto florestal para o
período de análise estabelecido.
 Volume de entrada de produtos florestais (tora, lenha, carvão vegetal)
no pátio da empresa;
 Volume de saída de produtos florestais (se for o caso);
 Saldo do volume de produtos florestais na data da inspeção industrial;
 Volume comercializado de subprodutos florestais (madeira beneficiada
por grau de industrialização, carvão vegetal, etc.);
 Saldo de subprodutos florestais na data da inspeção industrial.
Itens a serem observados no sistema eletrônico de controle de produtos
florestais
 Quantidade de instrumento de controle eletrônico recebidos pela
empresa;
 Quantidade de instrumento de controle eletrônico emitidos pela
empresa.
Itens a serem observados na inspeção industrial
 Ao chegar na empresa a equipe deve se identificar, solicitar a presença
do proprietário ou responsável pela mesma.
 Não deve efetuar trabalhos de cubagem e inspeção da linha de
produção, bem como coleta de dados fora da área do escritório, sem a
presença de acompanhante da empresa.
3- Levantamento de pátio de estocagem de produtos florestais
Efetuar a Cubagem de lenha, carvão e de toda a madeira em toras do
pátio da indústria por espécie
25
 FÓRMULAS DE CUBAGEM DE MADEIRA EM TORA
O órgão ambiental deve adotar o método geométrico para cubagem de
toras, utilizando a fórmula de Smalian.
Fórmula:
V = [(d b 2 * ¶/ 4) + (d t 2 * ¶/ 4)] / 2 * L
Ou
V = 0,7854*[(Db+Dt)/2]2*L
Onde:
V = volume em m³
L = Comprimento da tora em metro
db = Diâmetro da base da tora em metro (obtido a partir da média do maior e menor
diâmetro na seção – em cruz).
dt = Diâmetro do topo da tora em metro (obtido a partir da média do maior e menor
diâmetro na seção – em cruz).
Observação: o volume será calculado com ou sem casca de acordo com o controle
estabelecido pelo órgão ambiental competente.
dt = Diâmetro do topo da tora em metro (obtido a partirda média do maior e menor
diâmetro na seção – em cruz)
4- Medição individual de madeira serrada
O órgão ambiental competente, em consonância com o setor empresarial,
estabelecerá procedimentos de estocagem e medição de produtos florestais.
Após realizar a medição das lenhas, carvão, toras e madeiras serradas, fazer o
cruzamento dos dados obtidos com os dados levantados no escritório e dados dos
relatórios do sistema eletrônico de controle de produtos florestais.
Observação: O Ibama poderá admitir variação no volume total de até 10% para mais
ou para menos.
2.6. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 21/2014/IBAMA
2.6.1. Glossário de produtos de origem florestal
2.6.1.1. Madeira serrada
26
É a que resulta diretamente do desdobro de toras ou toretes, constituída
de peças cortadas longitudinalmente por meio de serra ou motosserra,
independentemente de suas dimensões, de seção retangular ou quadrada. A
madeira serrada será classificada de acordo com as seguintes dimensões: (Redação
dada pela Instrução Normativa nº 9, de 12/12/2016).
* O produto “Bloco, Quadrado ou Filé” possui seção quadrada; portanto, uma
peça de madeira somente poderá ser classificada desta forma quando
coincidirem suas medidas de espessura e largura.
2.6.1.2. Madeira serrada curta
Peça de madeira obtida a partir da conversão de resíduos da indústria
madeireira, conforme disposto no art. 55 desta Instrução Normativa, com
comprimento máximo de 80 cm. A madeira serrada curta será classificada de acordo
com as seguintes dimensões:
Denominação
Bloco, quadrado ou Filé*
Espessura (cm)
>12,0
Largura (cm)
>12,0
Pranchão >7,0 >20,0
Prancha 4,0 – 7,0 >20,0
Viga ≥4,0 11,0 – 20,0
Vigota 4,0 – 11,0 8,0 – 10,9
Caibro 4,0 – 8,0 4,0 – 7,9
Tábua 1,0 – 3,9 >10,0
Sarrafo 2,0 – 3,9 2,0 – 10,0
Ripa <2,0 ≤10,0
27
2.7. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 002/2013/SEMAS
2.7.1. Raio de transporte
Art. 7º. O transporte de matéria-prima para central de carbonização fica limitado ao
raio máximo de 40 (quarenta) km, salvo o disposto no §1º deste artigo.
§ 1º Se a origem da matéria prima até o local da central de carbonização estiver num
raio = 41 (quarenta e um) km e = 60 (sessenta) km, o empreendimento deverá
demonstrar a viabilidade técnica e econômica, por meio da apresentação de estudo
em conformidade com os parâmetros e exigências previstas no artigo 8º desta
Instrução Normativa.
§ 2º Se a origem da matéria-prima até o local da central de carbonização estiver
num raio > 60 (sessenta) km, o pedido de licenciamento será automaticamente
indeferido.
Denominação Espessura Largura Comprimento
Viga curta
Vigota curta
≥4,0
4,0 – 11,0
11,0 – 20,0
8,0 – 10,9
<80
<80
Caibro curto
Tábua curta
4,0 – 8,0
1,0 – 3,9
4,0 – 7,9
>10,0
<80
<80
Sarrafo curto
Ripa curta
2,0 – 3,9
<2,0
2,0 – 10,0
≤10,0
<80
<80
28
2.7.2. Localização
Art. 9º O licenciamento ambiental para atividade de carvoejamento obedecerá aos
parâmetros a seguir:
I - A atividade deverá estar localizada a uma distância mínima de 500 (quinhentos)
metros no sentido contrário ou 1.000 (mil) metros sentido a favor na direção do vento
predominante em linha reta para as margens de rodovias e estradas federais,
estaduais e municipais. Caso seja comprovada à existência de barreira natural
(vegetação, relevo e corredores de vento), a distância poderá ser reduzida em até
10% (dez por cento).
II - A atividade deverá estar localizada a uma distância mínima de 3.000 (três mil)
metros no sentido contrário ou 5.000 (cinco mil) metros no sentido a favor na direção
do vento predominante em linha reta para perímetro urbano (cidade) ou comunidade.
Caso seja comprovada à existência de barreira natural (vegetação, relevo e
corredores de vento), a distância poderá ser reduzida em até 15% (quinze por cento).
III - A distância de localização da atividade em relação às margens dos ramais de
acesso (vias não oficiais) ficará sujeita a avaliação técnica, conforme predominância
da direção do vento local e de barreiras naturais.
IV - As atividades de produção de carvão vegetal que possuem sistema de captação
de efluentes gasosos (fumaça) deverão obedecer a uma distância mínima de 1 (um)
km de qualquer comunidade, vila ou localidade que haja habitação e 200 (duzentos)
metros de qualquer estrada trafegável.
2.8. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 003/2013/SEMAS
2.8.1. Vedação no sistema de comercialização
Art. 1º Fica vedada no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos
Florestais – SISFLORA a comercialização, entre carvoarias ou carvoarias e
comércios não produtores, dos produtos classificados como resíduo fonte de energia
(Código 04), resíduos florestais (Código 06), cavaco (Código 75), lenha (Código 140)
ético (Código 131).
Parágrafo único. Somente é permitida a aquisição do carvão (Código 130) por
empreendimentos que o comercialize para uso doméstico, sendo vedada a sua
comercialização para carvoarias e siderúrgicas, bem como entre carvoarias.
29
Art. 2º Deverá ser respeitado o raio máximo de 40 (quarenta) km, entre o ponto de
carbonização e as fontes de suprimento de matéria-prima florestal e, em casos
excepcionais, o raio máximo de 60 (sessenta) km, mediante comprovação de
viabilidade técnica e econômica a ser analisada pelo órgão ambiental.
2.9. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 01/2008/SEMAS
2.9.1. Modelos de guia florestal
Art. 1º - Disciplinar o uso da Guia Florestal do Estado do Pará – GF-PA para o
transporte de produtos/subprodutos de origem florestal, bem como qualquer outro
produto que contenha em sua composição matéria-prima florestal ou de demais
formas de vegetação no Estado do Pará, prevista no art. 6°, Inciso V e art.10, do
Decreto Estadual nº 2.592, de 27 de novembro de 2006, alterado pelo Decreto
Estadual nº 757, de 11 de janeiro de 2008 e dá outras providências.
Art. 2º - A Guia Florestal - GF-PA será emitida nos seguintes modelos para as
diversas modalidades definidas nesta Instrução Normativa:
I. GF Modelo 1 - GF1-PA;
II. GF Modelo 2 - GF2-PA;
III. GF Modelo 3 - GF3-PA;
IV. GF Modelo 3i – GF3i-PA;
V. GF Modelo 4 - GF4-PA;
VI. GF Modelo 5 – GF5-PA.
Art. 4º- A Guia florestal GF1-PA, será exigida para o transporte de toras, desde suas
origens conforme a identificação a seguir relacionada:
1. Autorização de Plano de Manejo Florestal sustentável PMFS-PA,
2. Autorização de supressão florestal ou de outras formas de vegetação para uso
alternativo do solo, em Licença de Atividade Rural – LAR e em Licença de Instalação
- LI;
3. Plano de Corte Seletivo em floresta plantada,
4. Matéria Prima de origem florestal originária de Limpeza de Pastagens;
5. Produto Florestal de Declaração de Estoque PFDE-PA,
6. Reflorestamento com Espécies Nativas REN-PA,
7. Reflorestamento com Espécies Exóticas REE-PA,
8. Erradicação ou Poda de Cultura ou Espécie Frutífera EPCF-PA,
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9. Autorização de utilização de matéria prima florestal já explorada originária de
Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS, supressão para uso alternativo do
solo e floresta plantada.
Art. 5º - A GF2-PA será exigida para o transporte de produto de origem florestal,
exceto toras, efetuado desde sua origem até a indústria de produtos e/ou
subprodutos florestais, incluindo que eles provenientes das atividades elencados no
art. 4º desta Instrução Normativa, provenientes do Corte ou Poda de Árvores
Urbanas–CPAU e os produtos abaixo mencionados:
1.carvão;
2. lenha
3. toretes;
4. escoramentos;
5. postes não imunizados;
6. palanques roliços;
7. mourões ou moirões;
8. lascas;
9. palmito;
10. óleos;
11. essências;
12. látex;
13. resina;
14. seiva;
15. folhas;
16. raízes;
17. frutos;
18. flores;
19. sementes;
20. cipós;
21. mudas;
22. gemas;
23. cascas e demais produtos oriundos
de extrativismo.
Art. 6º - A GF3-PA será exigida para o transporte de operações internas e
exportação dos seguintes produtos e/ou subprodutos de origem florestal:
I. Madeira serrada bruta ou semi-acabada;
II. Produtos semi-acabados;
III. Produtos beneficiados;
IV. Produtosindustrializados;
V. Toras, nas hipóteses de revenda para qualquer pessoa jurídica cadastrada no
Cadastro de Exploradores de Produtos Florestais – CEPROF- A para as operações
internas. Na 2ª (segunda) operação, inclusive os produtos e subprodutos que tenha
utilizado a GF2-PA na 1ª (primeira) operação;
VI. Resíduos de produtos florestais oriundos de indústrias;
VII. Os produtos e/ou subprodutos florestais do art. 4º, na segunda operação;
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VIII. Carvão originário de resíduos industriais, de resíduos florestais provenientes de
PMFS, uso alternativo do solo e de floresta plantada;
IX. Madeira agregada à industrialização.
Art. 7º - A GF3i- A será exigida para o transporte interestadual dos seguintes
produtos e/ou subprodutos de origem florestal:
I. Madeira serrada bruta ou semi-acabada;
II. Produtos semi-acabados;
III. Produtos beneficiados;
IV. Produtos industrializados;
V. Toras, nas hipóteses de revenda para qualquer pessoa jurídica cadastrada no
Cadastro de Exploradores de Produtos Florestais – CEPROF-PA para as operações
internas, e nas operações interestaduais. Na 2ª (segunda) operação, inclusive os
produtos e subprodutos que tenha utilizado a GF2-PA na 1ª (primeira) operação;
VI. Resíduos de produtos florestais oriundos de indústrias;
VII. Os produtos e/ou subprodutos florestais do art. 4º, na segunda operação;
VIII. Carvão originário de resíduos industriais, de resíduos florestais provenientes de:
PMFS, uso alternativo do solo e de floresta plantada;
IX. Madeira agregada à industrialização.
X. Produtos descritos nos artigos 4º e 5º da presente Instrução Normativa, na 2ª
operação.
§ único - Fica dispensada, até regulamentação específica, a exigência da GF3i-PA
para o transporte de carretel de madeira utilizado para o acondicionamento de fios,
cabos elétricos e cordoalha de aço, e dos produtos descritos nos itens “10”, “11”,
“12”, “13”, “14”, “15”, “16”, “17”, “18”, “19”, “20”, “21”, “22” e “23” do art. 5º, da
presente Instrução Normativa, na 2ª operação.
*O parágrafo único deste artigo foi alterado pela Instrução Normativa nº19, de 10 de
outubro de 2008, publicado no DOE Nº 31.277, DE 16/10/2008.
Art. 8º - A GF4-PA será emitida nos casos em que não couber a emissão das Guias
Florestal Modelos 1, 2, 3 e 5, e por aqueles que não tenham obrigatoriedade de
inscrever-se no CEPROFPA, e ainda, nas operações para outras unidades da
Federação ( GF3i-PA), em que haja remessa de madeira em tora, blocos, filés,
lascas, palanques, toretes, moirões e lenha efetuada por produtor rural do Estado do
Pará.
§ 1º - A GF4-PA será exigida também nos seguintes casos:
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I. Transferência de produtos florestais entre estabelecimentos produtores
pertencentes ao mesmo proprietário ou entre proprietários diversos, mas que
tenham a mesma participação societária;
II. Doações;
III. Para o adquirente, através de Leilões Públicos;
2.9.2. Dispensa de GF-PA e baixa no sistema
Art. 16. Ficam dispensadas da emissão de GF-PA, as empresas cadastradas no
CEPROF - PA, para acobertar o transporte:
I - Em operações internas que envolvam madeira serrada, beneficiada ou
industrializada, destinada ao consumidor final, com volume até 2m³ (dois metros
cúbicos). Estas operações devem estar acompanhadas da respectiva Nota Fiscal,
na qual deverão constar, além da descrição da mercadoria, o nome popular, o
científico e a volumetria da madeira utilizada;
II – De mobiliário acabado, componentes de utensílios ou móveis semi-acabados,
utensílios que, por sua natureza, já se apresentam acabados, embalados e
manufaturados para uso final, cabos para ferramentas e para cutelaria, em madeira,
acabados e semi-acabados, devendo, esses, estar obrigatoriamente acompanhados
da Nota Fiscal correspondente;
III - Nas operações intermunicipais do produto classificado como briquete.
§ 1º No caso do inciso I, o vendedor está obrigado a prestar contas junto ao
SISFLORA, até o 10º dia útil do mês subsequente ao de realização das vendas. A
totalidade dessas negociações deverá compor um relatório mensal, elaborado em
duas vias, sendo uma delas ser encaminhada à SEMA, com fins de controle, e a
outra, que estará obrigatoriamente acompanhada das Notas Fiscais referentes aos
produtos e/ou subprodutos transportados naquele período, arquivada por um
período mínimo de 05 (cinco) anos.
Art. 20° - Nas hipóteses de operações internas, o adquirente da matéria-prima
florestal que não possuir acesso imediato ao SISFLORA-PA deverá no prazo
máximo de 10 (dez) dias úteis proceder à atualização do SISFLORA-PA.
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2.9.3. Prazo de validade
Art. 11° - As GFs-PA nas modalidades 1, 2, 3, 3i, 4 e 5, serão disponibilizadas no
sistema CEPROF contendo os seguintes itens:
XII. Nas operações internas e interestaduais via transporte rodoviário, o prazo de
validade será impresso na GF-PA, de 240 (duzentas e quarenta) horas do horário da
emissão da GF-PA, ou equivalente a 10 (dez) dias;
XIII. Nas operações internas e interestaduais com utilização de transporte hidroviário
ou intermodal, o prazo de validade será impresso na GF-PA, de 720 (setecentas e
vinte) horas do horário da emissão, ou equivalente a 30 (trinta) dias.
Art. 28° - A GF-PA poderá ser prorrogada uma única vez, por um prazo
correspondente a 50% (cinquenta por cento) do prazo previsto nos Incisos XII e XIII
do art. 11º desta Instrução Normativa, quando ocorrer qualquer problema com o
veículo ou conjunto de veículos transportadores, que acarrete na expiração do prazo
de validade.
2.9.4. Margem de erro
Art. 21° - Os valores numéricos referentes ao volume de madeira poderão ser
corrigidos em um percentual nunca superior a 10% (dez por cento) do volume
indicado na GF1-PA e na GF4- PA, mantida a quantidade de toras e essências, para
fins de atualização do sistema na Autorização de Corte do Manejo ou Exploração
Florestal.
2.9.5. Transporte intermodal
Art. 26° - No caso de transporte intermodal, ou utilização de mais de um serviço de
transporte, deverá ser indicada na GFPA no campo observações, e na Nota Fiscal, a
modalidade a ser utilizada conforme determinações da SEFA-PA. Deverá ser
informado, todas as etapas a serem cumpridas, identificando as modalidades que
serão utilizadas e os nomes dos prestadores dos serviços. Nos casos de exportação,
incluir também o nome do armazém ou porto alfandegário, por onde deverá ser
armazenado ou transitado.
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IMPORTANTE
Art. 12° - O transportador deverá apresentar a GF-PA, com o DAE
devidamente recolhido, que acoberta o produto e/ou subproduto
florestal transportado em todos os Postos de Fiscalização
existentes no trajeto a ser percorrido pela carga, dentro do Estado
do Pará.
2.10. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 04/2016/SEMA
2.10.1. Da suspensão de guias
Art. 3º Caberá a suspensão das guias no CEPROF/SISFLORA quando ocorrer:
I – Utilização de guia florestal vencida, desacompanhada do comprovante de
pagamento, incompatível com a nota fiscal ou com divergência superior a 10% (dez
por cento) de volumetria, produto e/ou espécie;
II – Inconformidade na identificação do veículo, na placa declarada ou no trajeto
declarado na GF; e/ou;
III – Outras irregularidades ou inconformidades identificadas no momento da
fiscalização do veículo, bem como outras hipóteses constantes desta norma.
2.10.2. Da suspensão do empreendimento e do estorno de saldo
Art. 4º Caberá a suspensão de acesso ao CEPROF/SISFLORA quando ocorrer:
I – Inconformidade no cadastro do CEPROF;
II – Ausência de pedido recadastramento do CEPROF/SISFLORA ou de declaração
de informações cadastrais, conforme Instrução Normativa nº 04, de 9 de setembro
de 2015, da SEMAS/PA;
III – Ausência de responsável técnico, por prazo superior a 10 (dez) dias úteis;
IV – Descumprimento de notificação e/ou condicionante da licença, nos prazos
definidos pela SEMAS/PA;
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V – Utilização, com validade vencida, de alvará ou licença ambiental; ou após 90
(noventa) dias do vencimento, para AUTEF;
VI – Divergência entre o saldo do CEPROF e a madeirafísica constante no pátio da
empresa;
VII – A situação cadastral do empreendimento estiver “inabilitado” junto à Secretaria
de Estado de Fazenda do Pará – SEFA/PA; e/ou
VIII – Existência de espécies proibidas por lei no pátio florestal;
IX – Utilização de inventário florestal irregular;
X – Realização de exploração em área diferente da autorizada no licenciamento do
manejo;
XI – Realização de venda ou recebimento de produtos florestais sem origem legal
comprovada;
XII – Realização de comércio virtual de créditos florestais;
XIII – Realização de venda de produtos florestais para empreendimento que, embora
necessite, não possua cadastro no sistema;
XIV – Divergência do que foi licenciado, durante a execução florestal;
§ 1º Não será realizada suspensão, com base no vencimento da licença, quando
caracterizada a prorrogação automática de que trata o § 4º do art. 14 da Lei
Complementar 140, de 8 de dezembro de 2011, cujo protocolo do pedido de
renovação da licença deve ser informado ou juntado, no caso de licenciamento
municipal, no pedido de cadastramento, renovação ou alteração do CEPROF.
§ 2º Ocorrerá a suspensão automática do CEPROF/SISFLORA, nos casos de
ausência de pedido recadastramento, de descumprimento de notificação (nos prazos
definidos pela SEMAS/PA) e de utilização de licença ambiental vencida (ou, após 90
dias do vencimento, para AUTEF).
§ 3º Além das hipóteses descritas no art. 3º desta norma, também, haverá a
suspensão da(s) guia(s) florestal(ais) em trânsito, nos casos constantes dos incisos
VIII a XIV deste artigo, os quais poderão resultar (exceto VIII) no estorno de saldo de
produtos em desconformidade.
Art. 5º As suspensões de que tratam os arts. 3º e 4º desta norma serão autorizadas
pela chefia (ou pessoa previamente designada) da Diretoria de Gestão Florestal –
DGFLOR.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.semas.pa.gov.br/legislacao/publico/pesquisa, acesso em 25/03/2020 às
09:00h.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6514.htm,
acesso em 26/03/2020 às 14:00h.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm, acesso em 26/03/2020 às 15:00h.
http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mtiy/~edisp/in
ea0122442.pdf, acesso em 27/03/2020 as 08:30h.
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/IN_21_DE_2014.pdf, acesso em
27/03/2020 às 13:00h.
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http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/IN_21_DE_2014.pdf
https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=23194
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“Salve, ó terra de ricas florestas!!!”
(Artur Teódulo Santos Porto)

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