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II MINICURSO RegIONalIzadO de FISCalIzaÇÃO de FlORa JANEIRO/ 2021 Apostila Elaborada pelo Ministrante do Minicurso Regionalizado de Fiscalização de Flora Marco Aurélio Xavier de Oliveira 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1. Objetivo....................................................................................................................5 1.1. Objetivo geral....................................................................................................5 1.2. Objetivo específico............................................................................................5 2. Legislações aplicadas..............................................................................................5 2.1. DECRETO ESTADUAL Nº 552, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 (REGULAMENTA AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL) ..........................................................................................................5 2.1.1. Agente de fiscalização ambiental.........................................................5 2.1.2. Obrigações e atribuições. ....................................................................6 2.1.3. Instrumentos de fiscalização ambiental................................................7 2.2. POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (LEI ESTADUAL N° 5.887/95).........................................................................................................9 2.2.1. Do Licenciamento ambiental................................................................9 2.2.2. Da fiscalização ambiental...................................................................11 2.2.3. Das infrações e sanções.....................................................................11 2.2.4. Do processo administrativo.................................................................14 2.3. LEI FEDERAL N° 9.605/1998........................................................................15 2.3.1. Da infração administrativa...................................................................15 2.4. DECRETO FEDERAL N° 6.514/2008............................................................16 2.4.1. Das disposições gerais.......................................................................16 2.4.2. Das infrações contra a flora................................................................17 2.4.3. Das infrações relativas à poluição e outras infrações ambientais......22 2.4.4. Das infrações administrativas contra a administração ambiental.......23 2.5. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 187/2008/IBAMA..........................................23 2.5.1. Roteiro de orientação sobre inspeção industrial.................................23 2.6. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 21/2014/IBAMA............................................25 2.6.1. Glossário de produtos de origem florestal..........................................25 2.6.1.1. Madeira serrada.........................................................................25 2.6.1.2. Madeira serrada curta................................................................26 3 2.7. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 002/2013/SEMAS.........................................27 2.7.1. Raio de transporte...............................................................................27 2.7.2. Localização.........................................................................................28 2.8. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 003/2013/SEMAS.........................................28 2.8.1. Vedação no sistema de comercialização............................................28 2.9.INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 01/2008/SEMAS...........................................29 2.9.1.Modelos de guia florestal.....................................................................29 2.9.2.Dispensa de GF-PA.............................................................................32 2.9.3. Prazo de validade................................................................................33 2.9.4.Margem de erro...................................................................................33 2.9.5. Transporte intermodal..........................................................................33 2.10. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 04/2016/SEMAS..........................................34 2.10.1. Da suspensão de guias.......................................................................34 2.10.2. Da suspensão do empreendimento e do estorno de saldo.................34 4 II MINICURSO REGIONALIZADO DE FISCALIZAÇÃO DE FLORA INTRODUÇÃO A Lei Nº 5.887 de 09 de maio de 1995, dispõe sobre Política Estadual de Meio Ambiente, que tem o intuito de preservar, conservar, proteger, defender o meio ambiente natural, recuperar e melhorar o meio ambiente antrópico, artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades regionais. Em seu Art. 110, dispõe sobre a importância da fiscalização ambiental, de como ela se faz necessária à consecução dos objetivos da Política Estadual de Meio Ambiente, bem como de qualquer norma de cunho ambiental, especifica ainda, que ela será executada pelos diferentes órgãos do Estado, sob a coordenação do órgão ambiental, ou, quando for o caso, do Conselho Estadual do Meio Ambiente – COEMA. A SEMAS vem editando normativos no sentido de facilitar a atuação dos agentes fiscalizadores na atuação contra a degradação do meio ambiente, bem como a instauração de processos punitivos. Neste sentido, foi publicada em 11 de maio de 2016, a Ordem de Serviço de nº 01, que versa sobre os procedimentos e critérios para a instauração e tramitação dos processos punitivos, no âmbito da SEMAS, padronizando e simplificando o trâmite dos processos, garantindo maior agilidade e transparência nos procedimentos. De acordo com a Lei Estadual Nº 8096/2015, em seu Art. 5º-O “À Diretoria de Fiscalização Ambiental, diretamente subordinada à Secretaria Adjunta de Gestão e Regularidade Ambiental, observadas as diretrizes gerais definidas pelo Comitê de Monitoramento e Planejamento Estratégico para Fiscalização da SEMAS, compete coordenar e executar as operações de fiscalização e de monitoramento da qualidade ambiental relativa à exploração e uso dos recursos ambientais e das atividades e empreendimento efetiva ou potencialmente poluidoras e/ou degradadoras; coordenar as atividades relacionadas às emergências ambientais e de prevenção e controle de incêndios florestais; promover a implementação de métodos, técnicas e procedimentos para melhoria do monitoramento e fiscalização de setores e atividades priorizadas pelo Comitê de Monitoramento e Planejamento Estratégico para Fiscalização”. 5 IMPORTANTE O DECRETO ESTADUAL N° 627, DE 24 DE MARÇO DE 2020, INCLUI O PARAGRAFO ÚNICO NO ART. 3° DO DECRETO 552/2020. PARAGRAFO ÚNICO: A FISCALIZAÇÃO PODERÁ SER REALIZADA POR SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL NÃO EFETIVO, NAS HIPOTESES EXCEPCIONAIS PREVISTAS NA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N° 07/1991. 1. Objetivo 1.1. Objetivo geral: Capacitar os participantes envolvidos no II Minicurso Regionalizado de Fiscalização de Flora. 1.2. Objetivo específico: Identificar as origens de matéria prima e os ilícitos relacionados à flora com base nos diplomas legais; Ter capacidade para agir diante das irregularidades, diferenciando cada caso. 2. Legislações aplicadas 2.1. DECRETO ESTADUAL Nº 552, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 (REGULAMENTA AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL). 2.1.1. Agente de Fiscalização Ambiental Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se: I - Agente de Fiscalização Ambiental: servidor público estadual efetivo, designado pelo titular do órgão competente integrante do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SISEMA), mediante portaria, para desempenhar as atividades inerentes ao exercício do poder de polícia administrativa ambiental; Art. 4º O Agente de Fiscalização Ambiental que, no exercício do seu poder de polícia, constatar a infração ambiental,lavrará o auto de infração e, quando necessário, aplicará medidas administrativas acautelatórias e imporá obrigações emergenciais, nos termos previstos neste Decreto. 6 2.1.2. Obrigações e atribuições Art. 5º São obrigações do Agente de Fiscalização Ambiental: I - Conhecer a estrutura organizacional, os objetivos e competências do órgão onde exerce suas funções, e sobre as políticas Nacional, Estadual e Municipal de meio ambiente; II - Aplicar as técnicas, procedimentos e conhecimentos inerentes à prática fiscalizatória do meio ambiente, adquiridas nos cursos e treinamentos; III - Apresentar relatório de suas atividades, relatórios circunstanciados na apuração da infração ambiental e documentos probatórios sobre danos ambientais para formalizar e instruir o processo administrativo infracional; IV - Lavrar corretamente os instrumentos de fiscalização que farão parte do processo administrativo infracional, preenchendo-os de forma concisa, legível, objetiva e com o devido enquadramento legal, nos termos deste Decreto; V - Observar os deveres, proibições, determinações superiores e responsabilidades relativas aos serviços e servidores públicos do Estado, além de outras obrigações dispostas na Lei Estadual n° 5.810, de 24 de janeiro de 1994; VI - Zelar pela manutenção e pelo uso adequado e racional dos equipamentos, barcos, veículos, armas e outros instrumentos que lhe forem confiados; VII - identificar-se sempre que estiver em ação de fiscalização; VIII - Submeter-se às atividades inerentes ao exercício da fiscalização, autuando em locais, dias e horários de acordo com as normas vigentes; IX - atuar nas Áreas Protegidas do Estado utilizando os meios inerentes à fiscalização; X - declarar-se suspeito ou impedido para atuar em determinada fiscalização ou processo administrativo, nos termos dos arts. 18 e 19 da Lei Federal nº 9.784, de 24 de janeiro de 1999, e do art. 27 da Lei Estadual n° 8.972, de 13 de janeiro de 2020; XI - cumprir os dispositivos deste Decreto, do Regimento Interno de Fiscalização, quando houver, e demais normas específicas sobre fiscalização ambiental. Art. 6º Incumbe ao Agente de Fiscalização Ambiental: I - Apurar as infrações ambientais; II - Lavrar e registrar, em formulário próprio ou em sistema informatizado, os instrumentos de fiscalização ambiental; 7 III - Colher todos os meios de prova legais de autoria e materialidade, bem como a extensão do dano verificado no ato da fiscalização; IV - Aplicar medidas administrativas cautelares; V - Impor obrigações emergenciais; e VI - Dar ciência ao autuado acerca do auto de infração, das obrigações e das medidas administrativas cautelares. 2.1.3. Instrumentos de fiscalização ambiental Art. 8º Para os efeitos deste Decreto, entende-se por instrumento de fiscalização ambiental o documento lavrado em formulário próprio ou sistema informatizado, por meio do qual o Agente de Fiscalização Ambiental registra, formaliza e certifica o ato administrativo praticado no exercício do poder de polícia administrativa ambiental, sendo estes: I - Auto de infração: documento que dá início à ação de apuração da infração ambiental praticada pelo infrator por violação das regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente; II - Termo de apreensão: documento no qual se lavra a aplicação da medida acautelatória de apreensão sobre os bens e produtos, objetos da infração ambiental; III - Termo de guarda ou depósito: documento no qual se lavra o local de armazenamento e o responsável pela guarda ou depósito dos produtos e subprodutos da apreensão; IV - Termo de embargo: documento no qual se lavra a aplicação da medida acautelatória de embargo sobre obras ou atividades e suas respectivas áreas, em decorrência da constatação de irregularidade ambiental, visando impedir a continuidade da infração ambiental e/ ou do dano ambiental, propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada; V - Termo de desembargo: documento no qual se lavra a suspensão dos efeitos do embargo anteriormente imposto pela autoridade competente, em razão de deixarem de existir os motivos que ensejaram sua aplicação; VI - Termo de interdição: documento no qual se lavra a aplicação da medida acautelatória de interdição sobre estabelecimento ou atividade que apresente perigo iminente à saúde pública e ao meio ambiente, ou em casos de infração continuada e reincidência; 8 VII - Termo de desinterdição: documento no qual se lavra a suspensão dos efeitos da interdição anteriormente imposta pela autoridade competente, em razão de deixarem de existir os motivos que ensejaram sua aplicação; VIII - Termo de incineração, de destruição, de demolição, de desfazimento ou de inutilização: documento no qual se lavra a aplicação das respectivas medidas acautelatórias sobre produtos, subprodutos e instrumentos da infração ambiental; IX - Termo de doação de produtos perecíveis: documento no qual se lavra a doação de produtos apreendidos perecíveis, bem como as madeiras sob risco iminente de perecimento, para órgãos e entidades públicas de caráter científico, cultural, educacional, hospitalar, penal, militar e social, bem como para outras entidades sem fins lucrativos de caráter beneficente; X - Termo de soltura de animais silvestres: documento no qual se lavra a soltura dos animais da fauna silvestre em seu habitat, fazendo referência à espécie, quantidade, estado físico, identificação da anilha, quando for o caso, e ao local da soltura; XI - Relatório de fiscalização ambiental: documento no qual se lavram os fatos ocorridos no contexto da ação fiscalizatória, no intuito de subsidiar o julgamento do auto de infração, corroborando tal documento com todos os meios de provas legais colhidos por ocasião da referida ação; XII - Termo de entrega voluntária de animal silvestre: documento no qual se lavra a entrega voluntária de animal silvestre, por quem esteja em posse deste, ao órgão competente; XIII - Termo de entrega de bem apreendido: documento no qual se atesta que o bem ou produto foi entregue pelo depositário ao órgão ambiental, fazendo constar o estado físico e demais alterações verificadas no ato da entrega; e XIV - Notificação emergencial: documento no qual se lavra a comunicação de obrigações impostas ao infrator, visando regular a atividade, evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir sua continuidade em casos de grave e iminente risco para as vidas humanas ou recursos econômicos e naturais, fazendo contar o prazo para cumprimento e demais informações necessárias. § 1º Constará nos instrumentos lavrados pelo Agente de Fiscalização Ambiental o prazo para que o infrator apresente defesa ou impugnação, quando for o caso, documentações e considerações, nos termos deste Decreto e demais previsões normativas que tratam do assunto. 9 § 2º As notificações administrativas deverão ser juntadas aos autos do processo administrativo infracional, acompanhadas do respectivo comprovante de recebimento. Art. 9º Os instrumentos de fiscalização ambiental, emitidos pelo órgão competente, deverão conter, dentre outras informações específicas para cada tipo de documento: I - O número de ordem em série anual; II - O nome do órgão e da respectiva unidade administrativa responsável pela lavratura do documento; III - O nome completo, número de matrícula e o cargo ou função do Agente de Fiscalização Ambiental responsável pela lavratura do documento; IV - O campo para a assinatura e carimbo do agente responsável pela lavratura do documento; V – A identificação completa do infrator, quando possível; VI - As especificações quantitativas e qualitativas dos objetos da infração; e VII - O prazo para impugnação ou defesa, quando for o caso. § 1º Os formulários impressos dos instrumentos de fiscalização serão entregues ao Agente de Fiscalização Ambiental, mediante assinatura do Termo de Entrega e Recebimento, passando o agente a responderpor sua guarda e utilização. § 2º O termo de que trata o § 1º deste artigo deverá mencionar o tipo de documento entregue, o número de série ou intervalos correspondentes, bem como a identificação de quem entregou e de quem recebeu, com os respectivos carimbos e assinaturas. § 3º A forma e conteúdo dos instrumentos de fiscalização serão definidos pelo órgão competente, devendo a lavratura do auto ser realizada preferencialmente por sistema informatizado. 2.2. POLÍTICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (LEI ESTADUAL N° 5.887/95) 2.2.1. Do licenciamento ambiental Art. 93 – A construção, instalação, ampliação, reforma e funcionamento de empreendimentos e atividades utilizadoras e exploradoras de recursos naturais, considerados efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como, os capazes de causar significativa degradação ambiental, sob qualquer forma, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental. 10 Parágrafo Único – O licenciamento de que trata o caput desse artigo será precedido de estudos que comprovem, dentre outros requisitos, os seguintes: I – Os reflexos socioeconômicos às comunidades locais, considerados os efetivos e comprovados riscos de poluição do meio ambiente e de significativa degradação ambiental, comparados com os benefícios resultantes para a vida e o desenvolvimento material e intelectual da sociedade; II – As consequências diretas ou indiretas sobre outras atividades praticadas na região, inclusive de subsistência. Art. 94 – Para efeito do disposto no artigo anterior, o licenciamento obedecerá às seguintes etapas: I – Licença Prévia (LP) – emitida na fase preliminar da atividade, devendo resultar da análise dos requisitos básicos a serem atendidos quanto a sua localização, instalação e operação, observadas as diretrizes do zoneamento ecológico- econômico, sem prejuízo de atendimento ao disposto nos planos de uso e ocupação do solo; II – Licença de Instalação (LI) – emitida após a fase anterior, a qual autoriza a implantação da atividade, de acordo com as especificações constantes do projeto executivo aprovado; III – Licença de Operação (LO) – emitida após a fase anterior, a qual autoriza a operação da atividade e o funcionamento de seus equipamentos de controle ambiental, de acordo com o previsto nas Licença Prévia e de Instalação. § 1º – A Licença Prévia poderá ser dispensada no caso de ampliação de atividades. § 2º – As Licenças Prévia, de Instalação e de Operação, serão expedidas por tempo certo, a ser determinado pelo órgão ambiental, não podendo em nenhum caso ser superior a 5 (cinco) anos. § 3º – A Licença de Operação será renovada ao final de cada período de sua validade. Art. 95 – Os pedidos de licenciamento e a respectiva concessão ou renovação serão publicados no Diário Oficial do Estado, bem como no jornal de maior circulação local, às expensas do interessado. Art. 96 – É vedada a concessão de licenciamento ambiental antes de efetivadas as exigências acatadas pelo Poder Público, em audiências públicas 11 2.2.2. Da fiscalização ambiental Art. 110 – A fiscalização ambiental necessária à consecução dos objetivos desta Lei, bem como de qualquer norma de cunho ambiental, será efetuada pelos diferentes órgãos do Estado, sob coordenação do órgão ambiental, ou quando for o caso, do Conselho Estadual do Meio Ambiente. Parágrafo Único – É assegurado a qualquer cidadão o direito exercer a fiscalização referenciada neste artigo, mediante comunicação do ato ou fato delituoso à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente ou à autoridade policial, que adotarão as providências, sob pena de responsabilidade. Art. 111 – O Poder Executivo, mediante decreto, regulamentará os procedimentos fiscalizatórios necessários à implementação das disposições deste capítulo. 2.2.3. Das infrações e sansões Art. 118 – Considera-se infração administrativa qualquer inobservância a preceito desta Lei, das Resoluções do Conselho Estadual do Meio Ambiente e da legislação ambiental federal e estadual, especialmente as seguintes: I – Construir, instalar, ampliar ou fazer funcionar em qualquer parte do território do Estado, estabelecimentos, obras e atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados, comprovadamente, efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes, também, comprovadamente, sob qualquer forma de causar degradação ambiental, sem o prévio licenciamento do órgão ambiental ou com ele em desacordo; II – Emitir ou despejar efluentes ou resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, em desacordo com as normas legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente; III – Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; IV – Desrespeitar interdições de uso de passagens e outras estabelecidas administrativamente para a proteção contra a degradação ambiental ou, nesses casos, impedir ou dificultar a atuação de agentes do Poder Público; V – Utilizar ou aplicar agrotóxicos, seus componentes e afins, contrariando as restrições constantes do registro do produto e de normas regulamentares emanadas dos órgãos federais e estaduais competentes; 12 VI – Desobedecer ou inobservar normas legais ou regulamentares, padrões e parâmetros federais ou estaduais, relacionados com o controle do meio ambiente. Art. 119 – Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações ambientais serão punidas, alternativa ou cumulativamente, com as penalidades de: I – Advertência; II – Multa, simples ou diária; III- Apreensão de animais, de produtos, instrumentos, apetrechos, equipamentos e veículos de qualquer natureza utilizados no cometimento da infração; IV – Inutilização do produto; V – Interdição do produto; VI – Suspensão de venda e/ou fabricação do produto; VII – Embargo, desfazimento ou demolição da obra; VIII – Interdição parcial ou total, temporária ou definitiva, do estabelecimento ou atividade; IX – Cassação do alvará de licença de estabelecimento, obra ou atividade, ou do alvará de autorização para funcionamento; X – Indicação ao órgão competente para decidir sobre a perda ou restrição, ou não, de incentivos concedidos pelo Poder Público; XI – Indicação ao órgão competente para decidir sobre a perda ou suspensão, ou não, da participação em linhas de financiamentos em estabelecimentos oficiais de créditos; XII – Redução de atividades geradoras de poluição de acordo com os níveis previstos na licença; XIII – Prestação de serviços à comunidade. Art. 120 – As infrações ambientais classificam-se: I – Leves, aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstância atenuante; II – Graves, aquelas em que for verificada uma circunstância agravante; III – Gravíssimas, aquelas em que for verificada a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes. § 1º – Quando o infrator praticar simultaneamente duas ou mais infrações ser-lhe-ão aplicadas cumulativamente as penas a elas cominadas. § 2º – Para configurar a infração, basta a comprovação do nexo causal entre a ação ou omissão do infrator e o dano. 13 Art. 121 – A advertência será aplicada sempre por escrito e única e exclusivamente nas infrações leves. Art. 122 – A penalidade de multa será imposta, observados os seguintes limites: I - De 250 a 7.500 vezes o valor nominal da UPF-PA, nas infrações leves; II - De 7.501 a 50.000 vezes o valor nominal da UPF-PA, nas infrações graves; e III - De 50.001 a 1.500.000 vezes o valor nominal da UPF-PA, nas infrações gravíssimas. § 1°A multa será recolhida considerando-se o valor nominal da UPF-PA à data de seu efetivo pagamento. Art. 130 – Para a imposição da pena e sua gradação, a autoridade ambiental observará: I – As circunstâncias atenuantes e agravantes; II – A gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências para o meio ambiente; III – Os antecedentes do infrator quanto às normas ambientais. Art. 131 – São circunstâncias atenuantes: I – A ação do infrator não ter sido fundamentalpara a consumação do fato; II – O menor grau de compreensão e escolaridade do infrator; III – A disposição manifesta do infrator em procurar reparar ou minorar as consequências do ato lesivo ao meio ambiente; IV – Ser o infrator primário e a falta cometida de natureza leve; V – Ter o infrator comunicado previamente às autoridades competentes, o perigo iminente de degradação ambiental; VI – Colaborar o infrator com os agentes encarregados da fiscalização e do controle ambiental. Art. 132 – São circunstâncias agravantes: I – Ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada; II – Ter o infrator agido com dolo; Por meio da Portaria SEFA Nº 1.768 DE 2019, o valor da Unidade Padrão Fiscal do Estado do Pará (UPF/PA), a vigorar no exercício fiscal de 2020, foi fixado em R$ 3,5751. 14 III – A infração produzir efeitos sobre a propriedade alheia; IV – Da infração resultar consequências graves para o meio ambiente ou para a saúde pública; V – Os efeitos da infração terem atingido áreas sob proteção legal; VI – Ter o infrator cometido a infração para obter vantagem pecuniária; VII – Ter o infrator coagido outrem para a execução material da infração; VIII – Ter o infrator empregado métodos cruéis no abate ou captura de animais; IX – Impedir ou causar dificuldade ou embaraço à fiscalização; X – Utilizar-se o infrator da condição de agente público para a prática de infração; XI – A tentativa de o infrator eximir-se da responsabilidade atribuindo-a a outrem; XII – A infração ocorrer sobre espécies raras, endêmicas, vulneráveis ou em perigo de extinção. Parágrafo Único – Caracteriza-se a reincidência simples quando o infrator voltar a cometer qualquer nova infração e a reincidência específica quando voltar a cometer nova infração ao mesmo dispositivo legal anteriormente violado, qualquer que seja a gravidade. 2.2.4. Do processo administrativo Art. 136 – As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo próprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados o rito e prazos estabelecidos nesta Lei. Art. 137 – O auto de infração será lavrado na sede do órgão ambiental ou no local em que for verificada a infração, pelo servidor competente que a houver constatado, devendo conter: I – A qualificação do autuado; II – O local, data e hora da lavratura; III – A descrição completa e detalhista do fato e a menção precisa dos dispositivos legais ou regulamentares transgredidos para que o autuado possa exercer, em sua plenitude, o direito de defesa; IV – A penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a sua imposição tudo registrado com clareza e precisão, para os mesmos fins de plena defesa; 15 V – Assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número da matrícula; VI – Prazo de defesa; VII – O testemunho mediante as respectivas assinaturas, de pessoas que assistiram aos fatos narrados no auto. Art. 138 – A notificação é o documento hábil para informar ao interessado as decisões do órgão ambiental. § 1º – O infrator será notificado para ciência do auto de infração e das decisões do órgão ambiental: I – Pessoalmente; II – Por via postal ou telegráfica, com prova de recebimento; III – Por edital quando resultarem improfícuos os meios referidos nos incisos anteriores. § 2º – Se o infrator for notificado pessoalmente e recusar-se a exarar ciência, deverá essa circunstância ser mencionada, expressamente, pela autoridade que efetuou a notificação. § 3º – O edital referido no inciso III, deste artigo, será publicado uma única vez, na Imprensa Oficial, considerando-se a notificação 10 (dez dias) após a publicação. 2.3. LEI FEDERAL N° 9.605/1998 2.3.1. Da infração administrativa Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. § 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. § 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia. 16 § 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. § 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei. 2.4. DECRETO FEDERAL N° 6.514/2008 2.4.1. Das disposições gerais Art. 1o Este Capítulo dispõe sobre as condutas infracionais ao meio ambiente e suas respectivas sanções administrativas. Art. 2o Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente, conforme o disposto na Seção III deste Capítulo. Parágrafo único. O elenco constante da Seção III deste Capítulo não exclui a previsão de outras infrações previstas na legislação. Art. 3o As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções: I - Advertência; II - Multa simples; III - Multa diária; IV - Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais produtos e subprodutos objeto da infração, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). V - Destruição ou inutilização do produto; VI - Suspensão de venda e fabricação do produto; VII - Embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas; VIII - Demolição de obra; IX - Suspensão parcial ou total das atividades; X - Restritiva de direitos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6686.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6686.htm 17 2.4.2. Das infrações contra a flora Art. 43. Destruir ou danificar florestas ou demais formas de vegetação natural ou utilizá-las com infringência das normas de proteção em área considerada de preservação permanente, sem autorização do órgão competente, quando exigível, ou em desacordo com a obtida: (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), por hectare ou fração. Art. 44. Cortar árvores em área considerada de preservação permanente ou cuja espécie seja especialmente protegida, sem permissão da autoridade competente: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por hectare ou fração, ou R$ 500,00 (quinhentos reais) por árvore, metro cúbico ou fração. Art. 45. Extrair de florestas de domínio público ou áreas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: Multa simples de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por hectare ou fração. Art. 46. Transformar madeira oriunda de floresta ou demais formas de vegetação nativa em carvão, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, sem licença ou em desacordo com as determinações legais: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por metro cúbico de carvão-mdc. Art. 47. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira serrada ou em tora, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) por unidade, estéreo, quilo, mdc ou metro cúbico aferido pelo método geométrico. § 1° Incorre nas mesmas multasquem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente ou em desacordo com a obtida. § 2° Considera-se licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento aquela cuja autenticidade seja confirmada pelos sistemas de 18 controle eletrônico oficiais, inclusive no que diz respeito à quantidade e espécie autorizada para transporte e armazenamento. § 3° Caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização. § 3° Nas infrações de transporte, caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). § 4° Para as demais infrações previstas neste artigo, o agente autuante promoverá a autuação considerando o volume integral de madeira, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal que não guarde correspondência com aquele autorizado pela autoridade ambiental competente, em razão da quantidade ou espécie. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas de vegetação nativa: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por hectare ou fração. Parágrafo único. Caso a infração seja cometida em área de reserva legal ou de preservação permanente, a multa será de R$ 5.000 (cinco mil reais), por hectare ou fração. Art. 49. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, não passíveis de autorização para exploração ou supressão: Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas de vegetação nativa em unidades de conservação ou outras áreas especialmente protegidas, quando couber, área de preservação permanente, reserva legal ou demais locais cuja regeneração tenha sido indicada pela autoridade ambiental competente. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por hectare ou fração. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica para o uso permitido das áreas de preservação permanente. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). 19 Art. 49. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa, objeto de especial preservação, não passíveis de autorização para exploração ou supressão. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Multa de R$ 6.000,00 (seis mil reis) por hectare ou fração. Parágrafo único. A multa será acrescida de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou fração quando a situação prevista no caput se der em detrimento de vegetação primária ou secundária no estágio avançado ou médio de regeneração do bioma Mata Atlântica. Art. 50. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente: Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração. § 1° A multa será acrescida de R$ 500,00 (quinhentos reais) por hectare ou fração quando a situação prevista no caput se der em detrimento de vegetação secundária no estágio inicial de regeneração do bioma Mata Atlântica. § 2° Para os fins dispostos no art. 49 e no caput deste artigo, são consideradas de especial preservação as florestas e demais formas de vegetação nativa que tenham regime jurídico próprio e especial de conservação ou preservação definido pela legislação. Art. 51. Destruir, desmatar, danificar ou explorar floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, em área de reserva legal ou servidão florestal, de domínio público ou privado, sem aprovação prévia do órgão ambiental competente ou em desacordo com a aprovação concedida, inclusive em planos de manejo florestal sustentável: Art. 51. Destruir, desmatar, danificar ou explorar floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, em área de reserva legal ou servidão florestal, de domínio público ou privado, sem autorização prévia do órgão ambiental competente ou em desacordo com a concedida. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração. Art. 51-A. Executar manejo florestal sem autorização prévia do órgão ambiental competente, sem observar os requisitos técnicos estabelecidos em PMFS ou em desacordo com a autorização concedida. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008). 20 Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou fração. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Art. 52. Desmatar, a corte raso, florestas ou demais formações nativas, fora da reserva legal, sem autorização da autoridade competente: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) por hectare ou fração. Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou fração. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Art. 53. Explorar ou danificar floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, localizada fora de área de reserva legal averbada, de domínio público ou privado, sem aprovação prévia do órgão ambiental competente ou em desacordo com a concedida: Multa de R$ 300,00 (trezentos reais), por hectare ou fração, ou por unidade, estéreo, quilo, mdc ou metro cúbico. Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem deixa de cumprir a reposição florestal obrigatória. Art. 54. Adquirir, intermediar, transportar ou comercializar produto ou subproduto de origem animal ou vegetal produzido sobre área objeto de embargo: Multa de R$ R$ 500,00 (quinhentos reais) por quilograma ou unidade. Parágrafo único. A aplicação deste artigo dependerá de prévia divulgação dos dados do imóvel rural, da área ou local embargado e do respectivo titular de que trata o parágrafo único do art. 18. Parágrafo único. A aplicação do disposto neste artigo dependerá de prévia divulgação dos dados do imóvel rural, da área ou local embargado e do respectivo titular de que trata o § 1o do art. 18 e estará limitada à área onde efetivamente ocorreu o ilícito. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Art. 55. Deixar de averbar a reserva legal. (Vide Decreto nº 6.686, de 2008) (Vide Decreto nº 7.029, de 2009) (Vide Decreto nº 7.497, de 2011) (Vide Decreto nº 7.640, de 2011) (Vide Decreto nº 7.719, de 2012). Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). § 1° No ato da lavratura do auto de infração, o agente autuante assinará prazo de sessenta a noventa dias para o autuado promover o protocolo da solicitação administrativa visando à efetiva averbação da reserva legal junto ao órgão ambiental competente, sob pena de multa diária de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por hectare ou fração da área da reserva. 21 § 2° Haverá a suspensão da aplicação da multa diária no interregno entre a data do protocolo da solicitação administrativa perante o órgão ambiental competente e trinta dias após seu deferimento, quando será reiniciado o cômputo da multa diária. Penalidade de advertência e multa diária de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por hectare ou fração da área de reserva legal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). § 1° O autuado será advertido para que, no prazo de cento e vinte dias, apresente termo de compromisso de averbação e preservação da reserva legal firmado junto ao órgão ambiental competente, definindo a averbação da reserva legal e, nos casos em que não houver vegetação nativa suficiente, a recomposição, regeneraçãoou compensação da área devida consoante arts. 16 e 44 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). § 1° O autuado será advertido para que, no prazo de cento e oitenta dias, apresente termo de compromisso de regularização da reserva legal na forma das alternativas previstas na Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965. (Redação dada pelo Decreto nº 7.029, de 2009) § 2° Durante o período previsto no § 1o, a multa diária será suspensa. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). § 3° Caso o autuado não apresente o termo de compromisso previsto no § 1o nos cento e vinte dias assinalados, deverá a autoridade ambiental cobrar a multa diária desde o dia da lavratura do auto de infração, na forma estipulada neste Decreto. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008). § 4° As sanções previstas neste artigo não serão aplicadas quando o prazo previsto não for cumprido por culpa imputável exclusivamente ao órgão ambiental. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008). § 5° O proprietário ou possuidor terá prazo de cento e vinte dias para averbar a localização, compensação ou desoneração da reserva legal, contados da emissão dos documentos por parte do órgão ambiental competente ou instituição habilitada. (Incluído pelo Decreto nº 7.029, de 2009) § 6º No prazo a que se refere o § 5º, as sanções previstas neste artigo não serão aplicadas. (Incluído pelo Decreto nº 7.029, de 2009) Art. 56. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: 22 Multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$1.000,00 (mil reais) por unidade ou metro quadrado. Art. 57. Comercializar, portar ou utilizar em floresta ou demais formas de vegetação, motosserra sem licença ou registro da autoridade ambiental competente: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por unidade. Art. 58. Fazer uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização do órgão competente ou em desacordo com a obtida: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), por hectare ou fração. Art. 59. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade. Art. 60. As sanções administrativas previstas nesta Subseção serão aumentadas pela metade quando: I - Ressalvados os casos previstos nos arts. 46 e 58, a infração for consumada mediante uso de fogo ou provocação de incêndio; e II - A vegetação destruída, danificada, utilizada ou explorada contiver espécies ameaçadas de extinção, constantes de lista oficial. Art. 60-A. Nas hipóteses previstas nos arts. 50, 51, 52 e 53, em se tratando de espécies nativas plantadas, a autorização de corte poderá ser substituída pelo protocolo do pedido junto ao órgão ambiental competente, caso em que este será instado pelo agente de fiscalização a fazer as necessárias verificações quanto à real origem do material. (Incluído pelo Decreto nº 6.686, de 2008). 2.4.3. Das infrações relativas à poluição e outras infrações ambientais Art. 66. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, atividades, obras ou serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem: 23 I - Constrói, reforma, amplia, instala ou faz funcionar estabelecimento, obra ou serviço sujeito a licenciamento ambiental localizado em unidade de conservação ou em sua zona de amortecimento, sem anuência do respectivo órgão gestor; I - Constrói, reforma, amplia, instala ou faz funcionar estabelecimento, obra ou serviço sujeito a licenciamento ambiental localizado em unidade de conservação ou em sua zona de amortecimento, ou em áreas de proteção de mananciais legalmente estabelecidas, sem anuência do respectivo órgão gestor; (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). II - Deixa de atender a condicionantes estabelecidas na licença ambiental. 2.4.4. Das infrações administrativas contra a administração ambiental Art. 77. Obstar ou dificultar a ação do Poder Público no exercício de atividades de fiscalização ambiental: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). Art. 79. Descumprir embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas: Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Art. 80. Deixar de atender a exigências legais ou regulamentares quando devidamente notificado pela autoridade ambiental competente no prazo concedido, visando à regularização, correção ou adoção de medidas de controle para cessar a degradação ambiental. (Redação dada pelo Decreto nº 6.686, de 2008). Art. 82. Elaborar ou apresentar informação, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso, enganoso ou omisso, seja nos sistemas oficiais de controle, seja no licenciamento, na concessão florestal ou em qualquer outro procedimento administrativo ambiental: Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). 2.5. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 187/2008/IBAMA 2.5.1. Roteiro de orientação sobre inspeção industrial Itens a serem coletados antes da inspeção técnica industrial de uma indústria de base florestal: 1- Licenças ambientais: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6686.htm 24 Dados a serem observados na Licença Ambiental Condicionantes na Licença Ambiental; Prazo de validade, objetivos e se contém rasura; Data de início da operação; Capacidade operacional instalada. Outros. 2- Sistema eletrônico de controle florestal (CEPROF-PA) Dados a serem observados no relatório de origem de produto florestal para o período de análise estabelecido. Volume de entrada de produtos florestais (tora, lenha, carvão vegetal) no pátio da empresa; Volume de saída de produtos florestais (se for o caso); Saldo do volume de produtos florestais na data da inspeção industrial; Volume comercializado de subprodutos florestais (madeira beneficiada por grau de industrialização, carvão vegetal, etc.); Saldo de subprodutos florestais na data da inspeção industrial. Itens a serem observados no sistema eletrônico de controle de produtos florestais Quantidade de instrumento de controle eletrônico recebidos pela empresa; Quantidade de instrumento de controle eletrônico emitidos pela empresa. Itens a serem observados na inspeção industrial Ao chegar na empresa a equipe deve se identificar, solicitar a presença do proprietário ou responsável pela mesma. Não deve efetuar trabalhos de cubagem e inspeção da linha de produção, bem como coleta de dados fora da área do escritório, sem a presença de acompanhante da empresa. 3- Levantamento de pátio de estocagem de produtos florestais Efetuar a Cubagem de lenha, carvão e de toda a madeira em toras do pátio da indústria por espécie 25 FÓRMULAS DE CUBAGEM DE MADEIRA EM TORA O órgão ambiental deve adotar o método geométrico para cubagem de toras, utilizando a fórmula de Smalian. Fórmula: V = [(d b 2 * ¶/ 4) + (d t 2 * ¶/ 4)] / 2 * L Ou V = 0,7854*[(Db+Dt)/2]2*L Onde: V = volume em m³ L = Comprimento da tora em metro db = Diâmetro da base da tora em metro (obtido a partir da média do maior e menor diâmetro na seção – em cruz). dt = Diâmetro do topo da tora em metro (obtido a partir da média do maior e menor diâmetro na seção – em cruz). Observação: o volume será calculado com ou sem casca de acordo com o controle estabelecido pelo órgão ambiental competente. dt = Diâmetro do topo da tora em metro (obtido a partirda média do maior e menor diâmetro na seção – em cruz) 4- Medição individual de madeira serrada O órgão ambiental competente, em consonância com o setor empresarial, estabelecerá procedimentos de estocagem e medição de produtos florestais. Após realizar a medição das lenhas, carvão, toras e madeiras serradas, fazer o cruzamento dos dados obtidos com os dados levantados no escritório e dados dos relatórios do sistema eletrônico de controle de produtos florestais. Observação: O Ibama poderá admitir variação no volume total de até 10% para mais ou para menos. 2.6. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 21/2014/IBAMA 2.6.1. Glossário de produtos de origem florestal 2.6.1.1. Madeira serrada 26 É a que resulta diretamente do desdobro de toras ou toretes, constituída de peças cortadas longitudinalmente por meio de serra ou motosserra, independentemente de suas dimensões, de seção retangular ou quadrada. A madeira serrada será classificada de acordo com as seguintes dimensões: (Redação dada pela Instrução Normativa nº 9, de 12/12/2016). * O produto “Bloco, Quadrado ou Filé” possui seção quadrada; portanto, uma peça de madeira somente poderá ser classificada desta forma quando coincidirem suas medidas de espessura e largura. 2.6.1.2. Madeira serrada curta Peça de madeira obtida a partir da conversão de resíduos da indústria madeireira, conforme disposto no art. 55 desta Instrução Normativa, com comprimento máximo de 80 cm. A madeira serrada curta será classificada de acordo com as seguintes dimensões: Denominação Bloco, quadrado ou Filé* Espessura (cm) >12,0 Largura (cm) >12,0 Pranchão >7,0 >20,0 Prancha 4,0 – 7,0 >20,0 Viga ≥4,0 11,0 – 20,0 Vigota 4,0 – 11,0 8,0 – 10,9 Caibro 4,0 – 8,0 4,0 – 7,9 Tábua 1,0 – 3,9 >10,0 Sarrafo 2,0 – 3,9 2,0 – 10,0 Ripa <2,0 ≤10,0 27 2.7. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 002/2013/SEMAS 2.7.1. Raio de transporte Art. 7º. O transporte de matéria-prima para central de carbonização fica limitado ao raio máximo de 40 (quarenta) km, salvo o disposto no §1º deste artigo. § 1º Se a origem da matéria prima até o local da central de carbonização estiver num raio = 41 (quarenta e um) km e = 60 (sessenta) km, o empreendimento deverá demonstrar a viabilidade técnica e econômica, por meio da apresentação de estudo em conformidade com os parâmetros e exigências previstas no artigo 8º desta Instrução Normativa. § 2º Se a origem da matéria-prima até o local da central de carbonização estiver num raio > 60 (sessenta) km, o pedido de licenciamento será automaticamente indeferido. Denominação Espessura Largura Comprimento Viga curta Vigota curta ≥4,0 4,0 – 11,0 11,0 – 20,0 8,0 – 10,9 <80 <80 Caibro curto Tábua curta 4,0 – 8,0 1,0 – 3,9 4,0 – 7,9 >10,0 <80 <80 Sarrafo curto Ripa curta 2,0 – 3,9 <2,0 2,0 – 10,0 ≤10,0 <80 <80 28 2.7.2. Localização Art. 9º O licenciamento ambiental para atividade de carvoejamento obedecerá aos parâmetros a seguir: I - A atividade deverá estar localizada a uma distância mínima de 500 (quinhentos) metros no sentido contrário ou 1.000 (mil) metros sentido a favor na direção do vento predominante em linha reta para as margens de rodovias e estradas federais, estaduais e municipais. Caso seja comprovada à existência de barreira natural (vegetação, relevo e corredores de vento), a distância poderá ser reduzida em até 10% (dez por cento). II - A atividade deverá estar localizada a uma distância mínima de 3.000 (três mil) metros no sentido contrário ou 5.000 (cinco mil) metros no sentido a favor na direção do vento predominante em linha reta para perímetro urbano (cidade) ou comunidade. Caso seja comprovada à existência de barreira natural (vegetação, relevo e corredores de vento), a distância poderá ser reduzida em até 15% (quinze por cento). III - A distância de localização da atividade em relação às margens dos ramais de acesso (vias não oficiais) ficará sujeita a avaliação técnica, conforme predominância da direção do vento local e de barreiras naturais. IV - As atividades de produção de carvão vegetal que possuem sistema de captação de efluentes gasosos (fumaça) deverão obedecer a uma distância mínima de 1 (um) km de qualquer comunidade, vila ou localidade que haja habitação e 200 (duzentos) metros de qualquer estrada trafegável. 2.8. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 003/2013/SEMAS 2.8.1. Vedação no sistema de comercialização Art. 1º Fica vedada no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais – SISFLORA a comercialização, entre carvoarias ou carvoarias e comércios não produtores, dos produtos classificados como resíduo fonte de energia (Código 04), resíduos florestais (Código 06), cavaco (Código 75), lenha (Código 140) ético (Código 131). Parágrafo único. Somente é permitida a aquisição do carvão (Código 130) por empreendimentos que o comercialize para uso doméstico, sendo vedada a sua comercialização para carvoarias e siderúrgicas, bem como entre carvoarias. 29 Art. 2º Deverá ser respeitado o raio máximo de 40 (quarenta) km, entre o ponto de carbonização e as fontes de suprimento de matéria-prima florestal e, em casos excepcionais, o raio máximo de 60 (sessenta) km, mediante comprovação de viabilidade técnica e econômica a ser analisada pelo órgão ambiental. 2.9. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 01/2008/SEMAS 2.9.1. Modelos de guia florestal Art. 1º - Disciplinar o uso da Guia Florestal do Estado do Pará – GF-PA para o transporte de produtos/subprodutos de origem florestal, bem como qualquer outro produto que contenha em sua composição matéria-prima florestal ou de demais formas de vegetação no Estado do Pará, prevista no art. 6°, Inciso V e art.10, do Decreto Estadual nº 2.592, de 27 de novembro de 2006, alterado pelo Decreto Estadual nº 757, de 11 de janeiro de 2008 e dá outras providências. Art. 2º - A Guia Florestal - GF-PA será emitida nos seguintes modelos para as diversas modalidades definidas nesta Instrução Normativa: I. GF Modelo 1 - GF1-PA; II. GF Modelo 2 - GF2-PA; III. GF Modelo 3 - GF3-PA; IV. GF Modelo 3i – GF3i-PA; V. GF Modelo 4 - GF4-PA; VI. GF Modelo 5 – GF5-PA. Art. 4º- A Guia florestal GF1-PA, será exigida para o transporte de toras, desde suas origens conforme a identificação a seguir relacionada: 1. Autorização de Plano de Manejo Florestal sustentável PMFS-PA, 2. Autorização de supressão florestal ou de outras formas de vegetação para uso alternativo do solo, em Licença de Atividade Rural – LAR e em Licença de Instalação - LI; 3. Plano de Corte Seletivo em floresta plantada, 4. Matéria Prima de origem florestal originária de Limpeza de Pastagens; 5. Produto Florestal de Declaração de Estoque PFDE-PA, 6. Reflorestamento com Espécies Nativas REN-PA, 7. Reflorestamento com Espécies Exóticas REE-PA, 8. Erradicação ou Poda de Cultura ou Espécie Frutífera EPCF-PA, 30 9. Autorização de utilização de matéria prima florestal já explorada originária de Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS, supressão para uso alternativo do solo e floresta plantada. Art. 5º - A GF2-PA será exigida para o transporte de produto de origem florestal, exceto toras, efetuado desde sua origem até a indústria de produtos e/ou subprodutos florestais, incluindo que eles provenientes das atividades elencados no art. 4º desta Instrução Normativa, provenientes do Corte ou Poda de Árvores Urbanas–CPAU e os produtos abaixo mencionados: 1.carvão; 2. lenha 3. toretes; 4. escoramentos; 5. postes não imunizados; 6. palanques roliços; 7. mourões ou moirões; 8. lascas; 9. palmito; 10. óleos; 11. essências; 12. látex; 13. resina; 14. seiva; 15. folhas; 16. raízes; 17. frutos; 18. flores; 19. sementes; 20. cipós; 21. mudas; 22. gemas; 23. cascas e demais produtos oriundos de extrativismo. Art. 6º - A GF3-PA será exigida para o transporte de operações internas e exportação dos seguintes produtos e/ou subprodutos de origem florestal: I. Madeira serrada bruta ou semi-acabada; II. Produtos semi-acabados; III. Produtos beneficiados; IV. Produtosindustrializados; V. Toras, nas hipóteses de revenda para qualquer pessoa jurídica cadastrada no Cadastro de Exploradores de Produtos Florestais – CEPROF- A para as operações internas. Na 2ª (segunda) operação, inclusive os produtos e subprodutos que tenha utilizado a GF2-PA na 1ª (primeira) operação; VI. Resíduos de produtos florestais oriundos de indústrias; VII. Os produtos e/ou subprodutos florestais do art. 4º, na segunda operação; 31 VIII. Carvão originário de resíduos industriais, de resíduos florestais provenientes de PMFS, uso alternativo do solo e de floresta plantada; IX. Madeira agregada à industrialização. Art. 7º - A GF3i- A será exigida para o transporte interestadual dos seguintes produtos e/ou subprodutos de origem florestal: I. Madeira serrada bruta ou semi-acabada; II. Produtos semi-acabados; III. Produtos beneficiados; IV. Produtos industrializados; V. Toras, nas hipóteses de revenda para qualquer pessoa jurídica cadastrada no Cadastro de Exploradores de Produtos Florestais – CEPROF-PA para as operações internas, e nas operações interestaduais. Na 2ª (segunda) operação, inclusive os produtos e subprodutos que tenha utilizado a GF2-PA na 1ª (primeira) operação; VI. Resíduos de produtos florestais oriundos de indústrias; VII. Os produtos e/ou subprodutos florestais do art. 4º, na segunda operação; VIII. Carvão originário de resíduos industriais, de resíduos florestais provenientes de: PMFS, uso alternativo do solo e de floresta plantada; IX. Madeira agregada à industrialização. X. Produtos descritos nos artigos 4º e 5º da presente Instrução Normativa, na 2ª operação. § único - Fica dispensada, até regulamentação específica, a exigência da GF3i-PA para o transporte de carretel de madeira utilizado para o acondicionamento de fios, cabos elétricos e cordoalha de aço, e dos produtos descritos nos itens “10”, “11”, “12”, “13”, “14”, “15”, “16”, “17”, “18”, “19”, “20”, “21”, “22” e “23” do art. 5º, da presente Instrução Normativa, na 2ª operação. *O parágrafo único deste artigo foi alterado pela Instrução Normativa nº19, de 10 de outubro de 2008, publicado no DOE Nº 31.277, DE 16/10/2008. Art. 8º - A GF4-PA será emitida nos casos em que não couber a emissão das Guias Florestal Modelos 1, 2, 3 e 5, e por aqueles que não tenham obrigatoriedade de inscrever-se no CEPROFPA, e ainda, nas operações para outras unidades da Federação ( GF3i-PA), em que haja remessa de madeira em tora, blocos, filés, lascas, palanques, toretes, moirões e lenha efetuada por produtor rural do Estado do Pará. § 1º - A GF4-PA será exigida também nos seguintes casos: 32 I. Transferência de produtos florestais entre estabelecimentos produtores pertencentes ao mesmo proprietário ou entre proprietários diversos, mas que tenham a mesma participação societária; II. Doações; III. Para o adquirente, através de Leilões Públicos; 2.9.2. Dispensa de GF-PA e baixa no sistema Art. 16. Ficam dispensadas da emissão de GF-PA, as empresas cadastradas no CEPROF - PA, para acobertar o transporte: I - Em operações internas que envolvam madeira serrada, beneficiada ou industrializada, destinada ao consumidor final, com volume até 2m³ (dois metros cúbicos). Estas operações devem estar acompanhadas da respectiva Nota Fiscal, na qual deverão constar, além da descrição da mercadoria, o nome popular, o científico e a volumetria da madeira utilizada; II – De mobiliário acabado, componentes de utensílios ou móveis semi-acabados, utensílios que, por sua natureza, já se apresentam acabados, embalados e manufaturados para uso final, cabos para ferramentas e para cutelaria, em madeira, acabados e semi-acabados, devendo, esses, estar obrigatoriamente acompanhados da Nota Fiscal correspondente; III - Nas operações intermunicipais do produto classificado como briquete. § 1º No caso do inciso I, o vendedor está obrigado a prestar contas junto ao SISFLORA, até o 10º dia útil do mês subsequente ao de realização das vendas. A totalidade dessas negociações deverá compor um relatório mensal, elaborado em duas vias, sendo uma delas ser encaminhada à SEMA, com fins de controle, e a outra, que estará obrigatoriamente acompanhada das Notas Fiscais referentes aos produtos e/ou subprodutos transportados naquele período, arquivada por um período mínimo de 05 (cinco) anos. Art. 20° - Nas hipóteses de operações internas, o adquirente da matéria-prima florestal que não possuir acesso imediato ao SISFLORA-PA deverá no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis proceder à atualização do SISFLORA-PA. 33 2.9.3. Prazo de validade Art. 11° - As GFs-PA nas modalidades 1, 2, 3, 3i, 4 e 5, serão disponibilizadas no sistema CEPROF contendo os seguintes itens: XII. Nas operações internas e interestaduais via transporte rodoviário, o prazo de validade será impresso na GF-PA, de 240 (duzentas e quarenta) horas do horário da emissão da GF-PA, ou equivalente a 10 (dez) dias; XIII. Nas operações internas e interestaduais com utilização de transporte hidroviário ou intermodal, o prazo de validade será impresso na GF-PA, de 720 (setecentas e vinte) horas do horário da emissão, ou equivalente a 30 (trinta) dias. Art. 28° - A GF-PA poderá ser prorrogada uma única vez, por um prazo correspondente a 50% (cinquenta por cento) do prazo previsto nos Incisos XII e XIII do art. 11º desta Instrução Normativa, quando ocorrer qualquer problema com o veículo ou conjunto de veículos transportadores, que acarrete na expiração do prazo de validade. 2.9.4. Margem de erro Art. 21° - Os valores numéricos referentes ao volume de madeira poderão ser corrigidos em um percentual nunca superior a 10% (dez por cento) do volume indicado na GF1-PA e na GF4- PA, mantida a quantidade de toras e essências, para fins de atualização do sistema na Autorização de Corte do Manejo ou Exploração Florestal. 2.9.5. Transporte intermodal Art. 26° - No caso de transporte intermodal, ou utilização de mais de um serviço de transporte, deverá ser indicada na GFPA no campo observações, e na Nota Fiscal, a modalidade a ser utilizada conforme determinações da SEFA-PA. Deverá ser informado, todas as etapas a serem cumpridas, identificando as modalidades que serão utilizadas e os nomes dos prestadores dos serviços. Nos casos de exportação, incluir também o nome do armazém ou porto alfandegário, por onde deverá ser armazenado ou transitado. 34 IMPORTANTE Art. 12° - O transportador deverá apresentar a GF-PA, com o DAE devidamente recolhido, que acoberta o produto e/ou subproduto florestal transportado em todos os Postos de Fiscalização existentes no trajeto a ser percorrido pela carga, dentro do Estado do Pará. 2.10. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 04/2016/SEMA 2.10.1. Da suspensão de guias Art. 3º Caberá a suspensão das guias no CEPROF/SISFLORA quando ocorrer: I – Utilização de guia florestal vencida, desacompanhada do comprovante de pagamento, incompatível com a nota fiscal ou com divergência superior a 10% (dez por cento) de volumetria, produto e/ou espécie; II – Inconformidade na identificação do veículo, na placa declarada ou no trajeto declarado na GF; e/ou; III – Outras irregularidades ou inconformidades identificadas no momento da fiscalização do veículo, bem como outras hipóteses constantes desta norma. 2.10.2. Da suspensão do empreendimento e do estorno de saldo Art. 4º Caberá a suspensão de acesso ao CEPROF/SISFLORA quando ocorrer: I – Inconformidade no cadastro do CEPROF; II – Ausência de pedido recadastramento do CEPROF/SISFLORA ou de declaração de informações cadastrais, conforme Instrução Normativa nº 04, de 9 de setembro de 2015, da SEMAS/PA; III – Ausência de responsável técnico, por prazo superior a 10 (dez) dias úteis; IV – Descumprimento de notificação e/ou condicionante da licença, nos prazos definidos pela SEMAS/PA; 35 V – Utilização, com validade vencida, de alvará ou licença ambiental; ou após 90 (noventa) dias do vencimento, para AUTEF; VI – Divergência entre o saldo do CEPROF e a madeirafísica constante no pátio da empresa; VII – A situação cadastral do empreendimento estiver “inabilitado” junto à Secretaria de Estado de Fazenda do Pará – SEFA/PA; e/ou VIII – Existência de espécies proibidas por lei no pátio florestal; IX – Utilização de inventário florestal irregular; X – Realização de exploração em área diferente da autorizada no licenciamento do manejo; XI – Realização de venda ou recebimento de produtos florestais sem origem legal comprovada; XII – Realização de comércio virtual de créditos florestais; XIII – Realização de venda de produtos florestais para empreendimento que, embora necessite, não possua cadastro no sistema; XIV – Divergência do que foi licenciado, durante a execução florestal; § 1º Não será realizada suspensão, com base no vencimento da licença, quando caracterizada a prorrogação automática de que trata o § 4º do art. 14 da Lei Complementar 140, de 8 de dezembro de 2011, cujo protocolo do pedido de renovação da licença deve ser informado ou juntado, no caso de licenciamento municipal, no pedido de cadastramento, renovação ou alteração do CEPROF. § 2º Ocorrerá a suspensão automática do CEPROF/SISFLORA, nos casos de ausência de pedido recadastramento, de descumprimento de notificação (nos prazos definidos pela SEMAS/PA) e de utilização de licença ambiental vencida (ou, após 90 dias do vencimento, para AUTEF). § 3º Além das hipóteses descritas no art. 3º desta norma, também, haverá a suspensão da(s) guia(s) florestal(ais) em trânsito, nos casos constantes dos incisos VIII a XIV deste artigo, os quais poderão resultar (exceto VIII) no estorno de saldo de produtos em desconformidade. Art. 5º As suspensões de que tratam os arts. 3º e 4º desta norma serão autorizadas pela chefia (ou pessoa previamente designada) da Diretoria de Gestão Florestal – DGFLOR. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.semas.pa.gov.br/legislacao/publico/pesquisa, acesso em 25/03/2020 às 09:00h. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6514.htm, acesso em 26/03/2020 às 14:00h. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm, acesso em 26/03/2020 às 15:00h. http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mtiy/~edisp/in ea0122442.pdf, acesso em 27/03/2020 as 08:30h. http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/IN_21_DE_2014.pdf, acesso em 27/03/2020 às 13:00h. https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=23194, acesso em 27/03/2020 às 14:00h. http://www.semas.pa.gov.br/legislacao/publico/pesquisa http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6514.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mtiy/~edisp/inea0122442.pdf http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mtiy/~edisp/inea0122442.pdf http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/formularios/IN_21_DE_2014.pdf https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=23194 37 “Salve, ó terra de ricas florestas!!!” (Artur Teódulo Santos Porto)
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