Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O que é Participação? Amplitude de significados: Valorização de espaços, fóruns de maior domínio público Capacidade que tem os indivíduos de intervir na tomada de decisão em todos os aspectos da vida cotidiana que as/os afetam e envolvem (Vianna et al, 2009.) Como os sujeitos participam: Isoladamente ou em grupos Diretamente ou por representantes Voluntária ou condicionada Objetivos: Manutenção Aprimoramento Resposta Social Condicionantes da Participação A participação está condicionada por: Fatores culturais, psicossociais, socialização política Ponderações sobre custos e benefício da participação: possibilidade de atingirem ou não seus objetivos Motivos da não participação: Ausência de oportunidades/ marginalização Desconhecimento das possibilidades ou desinteresse Papel das instâncias participativas Tem como papel: Permitir que os sujeitos potencializem seus esforços para consecução de seus objetivos Debater e definir estratégias Definir os rumos para as instituições em que participam e/ou são usuárias Aspectos Históricos Golpe militar: repressão e falta de liberdade de expressão (havia várias normativas que proibiam a liberdade de expressão) Desenvolvimento da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) e organização do SUS: Ações Integradas em Saúde (AIS) – colegiados de gestão SUDS – participação de entidades em instâncias consultivas SUS O SUS e a Participação Participação popular: um dos pilares do SUS Legalmente garantida: conselhos e conferências de saúde Interfere diretamente nas políticas nacionais de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal LEI 8142/90 Regulamenta a participação social no SUS Art. 1° - O sistema único de saúde, de que trata a lei 8080, contará em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do poder legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I. Conferência de Saúde II. Conselho de Saúde III. Fundos de Saúde § 1° A Conferência de Saúde reunir-se à cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo poder executivo (Ministério da Saúde – âmbito federal, Secretaria Estadual ou Secretaria Municipal) ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde § 2° - O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na: I. Formulação de estratégias II. Controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros LEI 8080/90 § 3° - Os recursos dos Estados, DF e Municípios destinados às ações e serviços públicos de saúde e os transferidos pela União para a mesma finalidade por meio de Fundo de Saúde que será acompanhado e fiscalizado por Conselhos de Saúde. Reafirma a participação da comunidade na fiscalização dos recursos financeiros públicos Conselhos de Saúde Características: Órgão colegiado, permanente e deliberativo. Organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio (Resolução 453/2012) Composto por representantes do governo, prestadores de serviços e usuários Formado em cada nível de gestão Composição: 50% de usuários 25% de trabalhadores de saúde 25% gestores e prestadores de serviços O número de conselheiros é definido pelo âmbito local, porém a composição sempre será a mesma. O que faz? Define as prioridades estratégicas Discute a situação de saúde (apresenta para um representante da secretaria) Controla a execução de políticas Aprova relatórios e planos Conferências de Saúde Características: Discute a situação de saúde Elabora propostas políticas Não tem poder deliberativo Composição paritária Organiza-se nas três esferas de governo Ocorre de quatro em quatro anos Dos Membros: Art. 2°. Poderão participar como membros da Conferência todas as pessoas, representantes de entidades ou instituições interessadas na construção do SUS, na condição de: I. Delegados (direito a voz e voto na plenária final); II. Observadores (direito a voz) III. Convidados (direito a voz) São precedidas por conferências municipais e estaduais ainda que não esteja estabelecido um fluxo ascendente de deliberações Esfera pública de participação social no setor saúde, componente da “democracia sanitária”. Outras formas de participação social Ouvidorias (presentes em todos âmbitos, sendo que elas possuem um prazo para responder) Ministério Público (atende a causas públicas e a denúncias anônimas) Conselhos locais Orçamento participativo (população define como serão gastos os recursos da prefeitura) Aspectos Críticos à Participação Social no SUS Burocratização dos conselhos e exercício preferencial dos atributos instrumentais Prevalência da lógica de pactuação entre grupos interesse Obrigatoriedade dos conselhos não garante a consciência dos cidadãos Problemas e Dilemas Escassa visibilidade Precária representatividade Baixa articulação entre representantes e representados Qualificação dos conselheiros Efetivação da participação dos conselhos na formulação e implementação das políticas Reflexão (Escorel, 2013) Nada nasce pronto, nem gente, nem sistema. Tudo cresce, muda e se transforma. Ou deve crescer, mudar e se transformar. Quando isso não acontece, cristaliza, petrifica, burocratiza e perde o sentido inicial. São nas instâncias de participação social que ainda pulsam a utopia e o desejo de justiça social É nelas que pode ser formulada, se não um projeto para a nação, pelo menos, a necessária efetivação do projeto da Reforma Sanitária na sua amplitude e consequência socia, com projeto civilizatório. Filme sobre assunto https://www.youtube.com/watch?v=EOACL0yhxBU https://www.youtube.com/watch?v=EOACL0yhxBU
Compartilhar