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REORGANIZAR A SOCIEDADE - AUGUSTO COMTE - RESUMO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-
OESTE – UNIDESC 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
ADSON BRUNO ARAÚJO DE SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
REORGANIZAR A SOCIEDADE – AUGUSTO COMTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUZIÂNIA 
2018 
 
 
 
ADSON BRUNO ARAÚJO DE SANTANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REORGANIZAR A SOCIEDADE – AUGUSTO COMTE 
 
 
 
 
Apresenta-se o resumo do 
livro de Augusto Comte: 
Reorganizar a Sociedade. 
 
Professor: Adilson Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUZIÂNIA 
2018 
 
 
1. DO AUTOR 
Considerado o fundador do positivismo. Nasceu em 1798 na cidade de 
Montpellier, França. Morreu em Paris, no dia 5 de setembro de 1857. Em 1818, elabora 
a concepção da Ciência Social que chamou de Sociologia. Suas ideias se fundamentam 
nos fatos como único fator de estabilidade do universo. 
Existem várias obras tais como: Plano de Trabalhos Científicos para Reorganizar 
a Sociedade, Curso da Filosofia Positiva, Sociedade Positiva, dentre outros. Ainda vale 
enunciar que as ideias do positivismo inspiraram os escritos na bandeira brasileira, 
“Ordem e Progresso”. 
2. REORGANIZAR A SOCIEDADE 
O autor desenvolve seu pensamento, de início, sob a perspectiva de dois 
movimentos os quais estavam presentes na sociedade daquela época, um chamado de 
desorganização (sociedade sendo levada para uma anarquia moral e política que 
resultaria numa dissolução), o outro era a reorganização (conduzida para o estado social 
o qual seria definido pelo elemento humano). Este estado social estaria conveniente ao 
aspecto natural e todos os meios de prosperidade, ligados a ele, devem merecer o mais 
amplo desenvolvimento e sua aplicação direta. O grande problema é que a crise nessa 
época se deve a esses dois movimentos, uma vez que um é oposto do outro. 
Essa crise traz a tendência para a desordem do antigo sistema feudal e teológico 
que foi dominante, só que para existir a entrada do novo não pode haver a conservação 
do antigo, visto que este é o maior obstáculo ao progresso da civilização. Deste modo, é 
necessário deixar a direção crítica do antigo e ir para a direção orgânica (relacionada ao 
novo). Acontece que existem causas que estão impossibilitando a ocorrência dessa 
nova direção, uma delas é a direção crítica, pois contribui para prolongar a crise e 
possui a finalidade de que a sociedade seja uma presa das revoluções, e – além disso – 
ela abandona a sociedade. 
Outros pensamentos estão na mesma ideia dessa direção crítica, como os dos reis 
que querem o restabelecimento puro e simples do sistema antigo, mas esse pensamento 
não condiz nem eles compreendem a natureza da crise atual: que a queda do que 
 
 
predominava é o princípio da crise, mas não o efeito. Sendo que esta não é 
consequência da vontade humana. O autor ainda menciona que até a reforma de Lutero 
foi um efeito para a conservação do antigo sistema, já que queria assegurar o 
restabelecimento deste sistema e abafar as ciências positivas. 
Por isso que o surgimento das ciências da observação contribui para o 
surgimento do novo e, por consequência, a oposição à ideologia dominante. As ideias 
gerais devem decorrer da demonstração, e não da mera confiança. Esta não pode ser 
aplicada como princípio orgânico e a reorganização da sociedade seria impossível. 
O autor dá um exemplo com o qual se pega a ideia do sistema antigo e o 
implementa a uma organização social orgânica. Haverá a mudança de infalibilidade 
papal para a infalibilidade individual, bem como a substituição da arbitrariedade dos 
reis pela arbitrariedade dos povos, as mudanças iriam estar mais na nomenclatura do 
que nos fundamentos, uma vez que a essência feudal e teológica estaria presente. Isso 
seria mais uma camuflagem do que mudança significativa. Quando se quer o retorno do 
sistema antigo, provoca o surgimento da doutrina crítica e esta fornece força aos reis. 
Segundo o articulista, a doutrina orgânica é considerada a solução para a 
organização da sociedade, porque ela pode pôr fim à crise, conduzir a sociedade para 
novo sistema e para a marcha da civilização, a qual estaria muito ligado a ela também. 
O sistema não pode ser o mesmo para sempre, de acordo com o tempo tem que ter 
adaptação ao que vai se modificando. 
Além disso, fala que toda a operação humana completa compõe-se de duas 
partes: a teórica (espiritual) e a prática (temporal). A primeira é a ideia-mãe, é a alma, 
fundamento, é o novo princípio em que as relações sociais devem ser coordenadas e vai 
existir a formação do sistema de ideias gerais destinadas a servir de guia para a 
sociedade. 
Dessa forma, o trabalho geral deve começar aqui. Já a segunda, encaixa-se ao 
modo de repartição de poder, também conjunto de instituições administrativas 
implementadas conforme o espírito do sistema, isto é, de acordo com que é estabelecido 
nos trabalhos teóricos. Por isso que só pode ter a prática quando já existir a parte 
 
 
teórica, já que quem fixa exclusivamente tudo nessa segunda fase, comete erros (os 
quais são consequências de grande desvio primitivo) para reorganização social. 
Augusto Comte fala da importância do conhecimento teórico preliminar 
expondo que se até na exploração de uma manufatura, na construção de uma estrada, de 
uma ponte, na navegação de um navio tem que existir, por que na reorganização de uma 
sociedade não pode também? E ainda diz que o homem que pretende, em qualquer 
ponto que seja, não deixar dirigir seu espírito por teorias, limita-se a não admitir os 
progressos teóricos realizados pelos contemporâneos. 
Nada de essencial e de sólido pode ser feito, quanto à parte prática enquanto a 
teórica não for estabelecida, isso evita a construção sem bases, pois não pode passar a 
forma antes do fundamento. E esse era o erro cometido pelos povos, na medida em que 
faziam modificações no sistema dominante com o pensamento de ser a saída adequada, 
porém modificação por modificação, jamais iria substituir o sistema antigo. A simples 
modificação não muda a premissa fundamental que deu origem a ele. Seria uma atuação 
direcionada ao retrocesso com uma completa ineficácia ao pretendido. 
 Auguste Comte evidencia, além disso, a seguinte observação: a formulação da 
teoria trabalha para uma finalidade geral. Para que ocorra esse trabalho geral de 
reorganização tem que existir a divisão da teoria e da prática. Muito do que se quer 
mudar, nessa perspectiva dessa finalidade geral, vem da natureza do espírito humano 
produzido pelas agitações, inquietações. Este é o único meio de se evitar um desastre na 
reorganização. A verdadeira mudança deve vim desse espírito natural. 
As conquistas do espírito humano devem ser preservadas, por isso não podem se 
acabar com o antigo sistema. Outra coisa importante em todo o processo de 
reorganização da sociedade é a experiência, pois ela serve de guia e apoio para a 
construção de uma nova ideologia. Por isso é falado que a formação do sistema feudal e 
teológico tem que ser para os atuais uma fonte inesgotável de instrução, de 
ensinamento. 
Em outro momento, ele determina as pessoas qualificadas para dirigir os 
trabalhos teóricos gerais, essas pessoas são os sábios. São os únicos capazes de formar a 
nova doutrina orgânica, visto que são investidos de força moral, só eles podem transpor 
 
 
as barreiras do preconceito crítico vindo da soberania moral, isto é, só eles podem 
derrubar esse preconceito. Desta maneira, possuem os dois elementos fundamentais do 
governo moral capacidade e autoridade teórica. 
Depois o autor evidencia que os ramos do conhecimento se encontram 
necessariamente submetidos em sua marcha a passar por três estados teóricos: teológico 
(ou fictício), metafísico (ou abstrato) e científico (ou positivo). O primeiro se caracteriza 
por ideias sobrenaturais, os fatos observadossão explicados, isto é, vistos a priori, 
consoante fatos inventados. Com relação ao segundo, destina-se a servir de meio de 
transição do primeiro para o científico, liga os fatos com ideias que já não são 
inteiramente sobrenaturais. Aqui são as abstrações personificadas. 
Quanto ao terceiro, caracteriza-se ao modo definitivo de toda ciência, uma vez 
que os dois primeiros foram destinados a prepará-lo gradualmente. Então, os fatos são 
ligados por ideias ou leis gerais de uma ordem inteiramente positiva e são sugeridas e 
confirmadas pelos próprios fatos. Também pode se evidenciar que esses fatos bastantes 
gerais se transformam em princípios, tendo a sensibilidade de reduzir ao menor número 
possível, mas sem instituir nenhuma hipótese que não seja de natureza a ser verificada 
algum dia pela observação, ou seja, evidencia-se nessa ideia algo que deve ser 
verificado, examinado. 
Por outro lado e finalizando as ideias, o autor deixa explícita a relação de 
progresso ininterrupto que ao longo das civilizações se desenvolvem por meio de uma 
lei necessária a qual é impossível lutar contra, por isso que a civilização está sujeita em 
seu desenvolvimento progressivo a uma marcha natural e irrevogável e o espírito 
humano reage a essa necessidade da civilização. 
3. POSICIONAMENTO CRÍTICO 
O autor expõe de maneira interessante às ideias, explicando a relevância das 
modificações que são exigidas pela ordem natural se introduzindo dentro do espírito 
humano por meio de inquietações. Sendo muito necessário o uso da experiência para 
compor essa riqueza de mudanças a fim de que seja respeitado o processo evolutivo da 
civilização. 
 
 
Mas não é fácil mudar, pois não é só mudar por mudar. É necessário criar a parte 
teórica, que é o fundamento, a essência que fornece subsídios para a prática. Nem todos 
possuem a competência e são capazes de saber desenvolver o fundamento, sendo 
necessário que pessoas sábias (grande capacidade intelectual e notável moralidade) 
sejam as encarregadas para tal procedimento. 
É notório o desprezo dado pelas ideias positivas a aquilo que se fundamenta em 
mera confiança, visto que aquelas prezam pela ciência da observação, com isto é preciso 
fazer verificações para se determinar e confirmar uma ideia. 
Para que a sociedade seja reorganizada, é preciso ter a parte teórica e a temporal. 
Só assim vai ter bases e raízes fortes para consumar a implementação do novo sistema 
de forma permanente. Por fim, todas as relações existentes vão surgir pela ordem 
imposta pela natureza das coisas que está presente desde o princípio da civilização. 
Sempre vai existir essa busca, essa necessidade de mudar, de não ficar parado, sempre 
estarão presentes esses progressos, por isso, são ininterruptos. 
Diante de tudo isso, é relevante dá ênfase ao papel que a visão positivista se 
debruçou ao território brasileiro nos escritos da bandeira nacional com as palavras 
“Ordem e Progresso”, que é elemento vinculado ao pensamento positivista e tendo 
características de assegurar conquistas, dentre outras peculiaridades. Sendo propriedade 
de reconhecimento expresso e vinculação do Estado Republicano ao cienticismo 
moderno – cujos objetivos é o aperfeiçoamento civilizatório da sociedade. 
Interessante ainda mencionar um aspecto trazido por Auguste Comte em seu 
livro “Curso de Filosofia Positiva”, quando faz a distinção entre a estática e a dinâmica 
sociais (ambos os conceitos muito ligados às palavras estampadas na bandeira do 
Brasil). Fala que a primeira estuda as condições constantes da sociedade; já segunda 
investiga as leis de seu progressivo desenvolvimento. Ainda expõe que a ideia 
fundamental da estática é a ordem; quanto à dinâmica, o progresso. O autor inclui a 
perspectiva de que a dinâmica social subordina-se à estática, afirma que o progresso 
provém da ordem e há um aperfeiçoamento dos elementos permanentes da sociedade, 
tais como: religião, família, propriedade, acordo entre o poder espiritual e temporal 
(COMTE, 1978, pág. 12). 
 
 
Com a finalidade de enriquecer e também fortalecer a compreensão dos 
conceitos básicos sobre aquilo que está relacionado ao assunto em evidência, Noberto 
Bobbio, em seu livro “Dicionário de Política de A a Z”, define progresso da seguinte 
forma: 
“[...] Como ideia de que o curso das coisas, especialmente da 
civilização, conta desde o início com um gradual crescimento 
do bem-estar ou da felicidade, com uma melhora do indivíduo e 
da humanidade, constituindo um movimento em direção a um 
objetivo desejável.” 
Nesse ponto, configura-se em um universo de perpétuo fluxo e sendo necessária 
a existência de uma finalidade, um objetivo último do movimento. Com a concretização 
do objetivo é que se acha a medida do Progresso. Assim, atendo-se a um melhoramento 
futuro (BOBBIO, pág. 1010). 
Portanto, o pensamento do autor se vincula aos anseios oriundos de uma ordem 
natural que se impregna no ser, cujo objetivo se manifesta cronologicamente ao longo 
das eras. Não é algo que nasce do homem, pelo contrário, este é provocado a ter essa 
iniciativa. Ela sempre existiu e sempre existirá, uma vez que esse progresso, a melhora, 
o novo estão atrelados ao mundo que vivemos. Porém, a implementação vai encontrar 
muitas barreiras daqueles que não querem a mudança, na medida em que haverá perda 
de poder e o surgimento de mais direitos para a sociedade. Mesmo existindo a 
possibilidade de procrastina-la, é inevitável lutar contra essa ordem natural, mais cedo 
ou mais tarde ela acontecerá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Referências Bibliográficas 
Bobbio, Noberto. Dicionário de Política de A a Z. Editora UnB, ed. 11ª. 
Comte, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. Editora Abril Cultura, ano 1978. 
Comte, Auguste. Reorganizar a Sociedade. Editora Escala. 
Ebiografia. Auguste Comte. Disponível em 
www.ebiografia.com/auguste_comte/. Acesso em 03/08/2018

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