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Física I – Experimental Relatório: ATRITO Guilherme H. Lima 1 INTRODUÇÃO Um bloco de massa “m” colocado sobre uma mesa é puxado por uma força “F”. Existe uma força de atrito “fat” contrária ao movimento do bloco. A partir de uma primeira análise, supõe-se que essa força possa depender da massa do bloco, da força normal, da área de contato etc. Logo, a força de atrito pode ser descrita como: fat = C.Nq.As. O objeto utilizado na prática foi um dinamômetro, no qual, em geral, é dotado de uma mola que se distende à medida que se aplica nele uma força (ao puxar). Esse equipamento mensura o comportamento da carga alargada ou tensão por deformação de uma mola, deslocamento do ar ou extensões de ligas metálicas, que compreenderá em determinar o coeficiente de fricção entre os materiais. No caso, utilizou-se o dinamômetro de mola. As equações utilizadas estarão presentes antes dos cálculos nas próximas seções. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados 5 blocos de diferentes massas, um dinamômetro, folhas de papel almaço (para ser superfície de contato com os blocos) e uma balança analítica. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO - Na determinação de “q”: . Cálculo da força normal (N): Ni = mi . g. Então: N1 = 0,09576 . 9,785 = 0,9370 N; N2 = 0,15487 . 9,785 = 1,515 N; N3 = 0,20400 . 9,785 = 1,996 N; N4 = 0,29918 . 9,785 = 2,927 N; N5 = 0,33027 . 9,785 = 3,232 N. . Para saber a força a ser usada em cada ensaio, fez-se a média das forças coletadas pelo dinamômetro em 10 repetições para cada ensaio: Fm = ∑ 𝐹𝑖101 10 , então: Fm1 = 0,28 N; Fm2 = 0,44 N; Fm3 = 0,74 N; Fm4 = 0,94 N; Fm5 = 0,96 N. i massa (Kg) Fm (N) Normal (N) log N log F 1 0,09576 0,28 0,9370 -0,02826 -0,55 2 0,15487 0,44 1,515 0,18041 -0,36 3 0,20400 0,74 1,996 0,30016 -0,13 4 0,29918 0,94 2,927 0,4664 -0,03 5 0,33027 0,96 3,232 0,50947 -0,08 . Para encontrar o valor de “q”, partiu-se da seguinte equação: Fat = C.Nq.As. Então, log fat = q.log N + log(C.As). Onde “q” é semelhante ao “a” de uma equação de 1º grau. Portanto: q ~ a = (∑ log 𝑁∗log 𝐹)−(∑ log 𝑁)∗(∑ log 𝐹) 𝑛∗∑(log 𝑁)2−(∑ log 𝑁)² = 1,0399. Portanto, q ~ 1. - Determinação de “s”: Para essa parte, a massa total dos blocos é de 0,20400 Kg e constante. . Na primeira situação calculou-se a média das forças obtidas nas 10 medições do dinamômetro e a área da superfície de contato: Fm1 = ∑ 𝐹101 10 = 0,61 𝑁; A1 = C1.L1 = 23,45 cm. . Na segunda situação: Fm2 = ∑ 𝐹101 10 = 0,69 𝑁; A2 = C2.L2 = 16,10 cm. . Na terceira situação: Fm3 = ∑ 𝐹101 10 = 0,80 𝑁; A3 = C3.L3 = 22,78 cm. i Fm (N) A (m) 1 0,61 0,2345 2 0,69 0,1610 3 0,80 0,2278 . Para calcular “s”: Como “s” também é semelhante ao “a” de uma função de 1º grau, logo: s ~ a = (∑ log 𝐴∗log 𝐹)−(∑ log 𝐴)∗(∑ log 𝐹) 𝑛∗∑(log 𝐴)2−(∑ log 𝐴)² = 0,12. Portanto, s ~ 0. - Determinação da constante C: . Substituiu-se os valores de “q” e “s” na equação: fat = C.Nq.As. Então: fat = C.N1.A0. Por fim, fat = C.N. A partir dos dados da primeira tabela do relatório, calculou-se os valores de C e ΔC através do MMQ. Como C é também semelhante ao “a” de uma equação de primeiro grau e este semelhante ao μs (coeficiente de atrito estático), levando em conta a equação: fats = μs.N. Então: C = μs ~ a = ∑(𝑁∗𝐹) ∑ 𝑁² = 0,3158; ΔC = Δa = Δμs = √ ∑([𝑎∗𝑁]−𝐹2) (𝑛−1)∗(∑ 𝑁²) = 0,0130. Na determinação do atrito cinético (μc) foi utilizada a média das forças obtidas pelo dinamômetro das 10 medições de cada ensaio e como os valores das massas e da gravidade são os mesmos da parte do cálculo de “q”, então a força normal será a mesma nesta parte também. Assim, tem-se a tabela: i Fm (N) Normal (N) 1 0,32 0,9370 2 0,47 1,515 3 0,60 1,996 4 0,79 2,927 5 0,86 3,232 A partir desses dados, calculou-se o μc e Δμc através do MMQ. Partindo- se do mesmo princípio de equivalência entre “a” e μc. Portanto: . a = μc = ∑ 𝑁∗𝐹 ∑ 𝑁2 = 0,2791. . Δa = Δμc = √ ∑([μc∗𝑁]−𝐹2) (𝑛−1)∗(∑ 𝑁²) = 0,0315. O cálculo de “q” foi feito a partir dos logaritmos da força F e da normal (N) da primeira tabela do relatório e forneceu o valor de 1,0399, que ao arredondar, pode ser considerado igual a 1. Já o cálculo do “s”, expoente de A (área), também usando logaritmos, nesse de A e de N da segunda tabela, resultou no valor de 0,12, aproximadamente 0. O coeficiente de atrito estático (μs), cujo valor é 0,3158, mostrou-se ser maior que o μc (0,2791). Esse resultado está de acordo com a teoria relacionada aos coeficientes de que, em geral, é mais difícil romper a inércia do objeto, tirando-o do repouso, do que mantê-lo em velocidade constante. 4 CONCLUSÃO A partir desta prática, pôde-se notar que área não interfere na força de atrito. Isso se dá pelo fato da ordem do expoente (0) da variável área (A), tornando desprezível o efeito da área superficial de contato do objeto no cálculo da força de atrito. Já a força normal (N) interfere, ao passo que seu expoente é de ordem 1, podendo concluir que a relação gráfica entre atrito e a normal se dá por uma reta. Intrínsecos na força normal estão a massa do objeto e a gravidade, ou seja, a massa do objeto está relacionada indiretamente coma força de atrito.
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