Buscar

Aula 06- O Iluminismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

História moderna: da formação do sist. Internac.
Aula 6: O Iluminismo
Apresentação
Nesta aula, identi�caremos as principais correntes de pensamento iluminista, em especial, os contratualistas e de que
forma os princípios do contrato social contribuem para a reforma do estado e a crise do antigo regime.
Objetivo
Estabelecer as principais teorias que embasam o estado absolutista;
Avaliar a importância da Revolução Cientí�ca para a construção de um novo paradigma de ciência;
Relacionar argumentos para compreender as bases do pensamento iluminista e a transformação no mundo das
ideias.
Introdução
Nas aulas de Idade Moderna, temos discutido frequentemente a questão do Estado, não é?
De fato, quando falamos em modernidade, alguns temas nos vêm à mente de imediato: reforma religiosa, absolutismo,
mercantilismo, são alguns deles. Isso ocorre porque nos currículos escolares, o estudo de Idade Moderna está ligado,
sobretudo à realidade europeia.
Aprendemos, nas aulas anteriores, entretanto, que modernidade é muito mais do que apenas o contexto europeu e ela
ocorre de diferentes maneiras, seja no Oriente, seja na América.
Se tivéssemos que escolher uma palavra para de�nir o momento, provavelmente escolheríamos “transformação”, pois
esta é a que melhor sintetiza as mudanças que temos estudado.
Assim, falamos anteriormente sobre a formação dos estados nacionais, certo? Vamos relembrar: Idade Média – Estado
descentralizado e economia agrária baseada no feudo.
Estado na era moderna
Por que, dentre todos os assuntos que já abordamos, o Estado na era moderna é tão importante?
Porque é nesse momento em que se origina o modelo de Estado que temos atualmente. Não só em termos práticos,
como sua organização e forma de administrar, mas também em sentidos ideológicos. Na Idade Moderna, surgem
questionamentos sobre para que serve o Estado e como ele deve funcionar para ser legítimo. São estas ideias que
fornecem a base da nossa política atual.
Ao conjunto de teorias formuladas para entender e analisar o
homem, a sociedade e o Estado modernos, damos o nome de
iluminismo.
Sabemos que, com a crise do feudalismo, os reinos europeus passaram a se uni�car e que, progressivamente, esta
centralização deu origem ao absolutismo.
Em termos ideológicos, o absolutismo teve diversos defensores entre os �lósofos e os pensadores da época, sendo os
mais notáveis: Jean Bodin, Jacques Bossuet, Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes.
Estudaremos, a seguir, parte da história de cada um deles.
 Jean Bodin (Fonte: Wikipedia).
Jean Bodin
Jean Bodin viveu no século XVI, na França. Sua formação como jurista levou-o
a se dedicar a elaborar teorias sobre a soberania, sendo por isso considerado o
pai da Ciência Política. Sua principal obra é A República, onde defende os
princípios da soberania e do direito divino dos reis. Reconhecia a existência de
três tipos de regime: monarquia, aristocracia e democracia.
Cada um desses regimes era de�nido conforme quem exercia o poder: na
monarquia, um único indivíduo; na aristocracia, uma minoria e na democracia,
uma maioria.
Apesar de defender as instituições democráticas e de ser um admirador da
legislação da antiguidade – em especial, as leis gregas e romanas, e a
possibilidade do povo eleger seus representantes como ocorria na Grécia
Clássica – Bodin acreditava na monarquia como o regime necessário à
manutenção da ordem.
Para este �lósofo, a organização de um Estado legítimo tem como �nalidade combater o estado de anarquia, que, sob seu
ponto de vista, levaria a humanidade à catástrofe. O Estado soberano, amparado no direito divino, pode assegurar a
ordem, necessidade fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Para este �lósofo, a organização de um Estado
legítimo tem como �nalidade combater o estado de anarquia, que, sob seu ponto de vista, levaria a humanidade à
catástrofe. O Estado soberano, amparado no direito divino, pode assegurar a ordem, necessidade fundamental para o
desenvolvimento da sociedade.
“Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus,
que os príncipes soberanos, e sendo por Ele estabelecidos
como seus representantes para governarem os outros
homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a �m
de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda
a obediência, a �m de sentir e falar deles com toda a honra,
pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a
Deus, de Quem ele é a imagem na terra.”
BODIN, 1999
 Jacques Bossuet (Fonte: Wikipedia).
Jacques Bossuet
Bossuet era teólogo e viveu na França, entre os séculos XVII e XVIII. Suas ideias
o aproximaram do poder e do rei e sua experiência de vida na corte fez com
que retomasse a teoria do direito divino, que justi�cava o absolutismo.
Na verdade, como religioso, é compreensível que este pensador tenda a buscar
na religião os fundamentos da política. Assim, defende também a teoria do
direito divino segundo a qual um rei ocupa este cargo porque esta é a vontade
de Deus e como tal não pode ser questionada nem sofrer oposição. Desta
forma, opor-se ao rei era opor-se ao próprio Deus, o que fazia com que os
assuntos de Estado não estivessem circunscritos ao campo da politica, mas
também ao espiritual.
As revoltas populares e a oposição ao poder real, passam então a ser
consideradas como heresia, sob este ponto de vista.
Sua principal obra é A Política tirada da Sagrada Escritura, publicada após sua morte, no inicio do século XVIII, na qual o
autor explicita a teoria do direito divino.
Esta associação entre política e religião pode ser considerada uma herança medieval, já que na Idade Média a igreja
detinha um enorme poder político.
Na Idade Moderna, embora exista uma noção sobre a separação Igreja e Estado, em alguns casos, a Igreja acaba servindo
como uma instituição que legitima o poder real, como é o caso da Espanha e da França católicas.
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do
próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma
maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e
de mais alto; devemos acreditar que ele vê melhor, e
devemos obedecê-lo sem murmurar, pois o murmúrio é
uma disposição para a sedição.”
BOSSUET, 1977
 Nicolau Maquiavel (Fonte: Wikipedia).
Nicolau Maquiavel
Um dos mais notórios �lósofos absolutistas foi Nicolau Maquiavel. De sua
principal obra, O príncipe, publicada no século XVI, uma citação, que de fato
não se encontra no livro, �cou famosa: “o �m justi�ca os meios”. Na verdade,
esta é uma interpretação um tanto equivocada da obra de Maquiavel que
defendia o uso de qualquer meio para atingir um objetivo, desde que esse
objetivo fosse justo e contribuísse para o bem maior.
Devido à distorção de sua obra, o senso comum atribuiu o adjetivo
maquiavélico a tudo o que é ardiloso ou astuto.
Maquiavel nasceu e viveu parte de sua vida em Florença, na Itália. Durante sua
vida, participou do governo de Lorenzo de Médici, um dos grandes
patrocinadores do renascentismo, em cujo governo, Florença atingiu seu auge.
É importante lembrarmos que a Itália era dividida em reinos autônomos, e que só seria uni�cada no século XIX. Essa
divisão fez com que, mesmo na Idade Moderna, algumas famílias dominassem os reinos italianos e não era raro
disputarem o poder, como é o caso dos Médici, em Florença e dos Sforza, de Milão.
 Thomas Hobbes (Fonte: Wikipedia).
Thomas Hobbes
Hobbes era um contratualista, ou seja, defendia a teoria do contrato social, que
será retomada, entre outros, pelo iluminista Jean-Jacques Rousseau. Para ele,
os homens nascem iguais, e, no estado de natureza – nosso estado primitivo,
sem Estado ou leis – tendem a se destruir para obter o que desejam.
Como não existe nenhum poder que limite ou puna os homens, a tendência é
que estes vivam em permanente luta por recursos ou por bens materiais.
É a chamada guerra de todos contra todos, o que nos remete à frase pela qual
Hobbes é constantemente lembrado: “O homem é o lobo do homem”.
De acordo com o contrato social, o homem precisa do Estado para poder sobreviver em sociedade.Dessa forma, abrimos
mão de nossa liberdade e da igualdade natural, a que temos direito ao nascer, em prol de um poder maior, forte e
centralizado, que administraria os homens e os impediria de viver em luta constante. Dai a defesa do absolutismo, pois só
um Estado único e soberano é capaz de conter as paixões humanas.
Veremos adiante que existem diversos tipos de pensamento formulados a partir da ideia do contrato social, mas de modo
geral, podemos dizer que este é o contrato tácito entre o homem e o estado, e que justi�ca a existência e a necessidade de
um poder centralizado.
Qualquer governo é melhor que a ausência de governo. O despotismo, por pior que seja, é preferível ao mal maior da
anarquia, da violência civil generalizada, e do medo permanente da morte violenta.
 “A liberdade guiando o povo”, pintura de Eugène Delacroix. (Fonte: Google)
O iluminismo
As teorias não surgem do nada. Elas são fruto da observação, do contexto onde são formuladas e das preocupações de
cada época. No caso tanto do iluminismo quanto das teorias absolutistas, elas são o resultado de um período de grande
transformação, na qual o estado não é algo “natural”, mas construído, social e politicamente.
As ideias iluministas foram pensadas a partir da existência do Estado absolutista e apontam para o esgotamento deste
modelo administrativo. Não só na politica, mas também na economia.
Estas teorias estão olhando para uma nova ordem social, na qual a burguesia surge como uma classe economicamente
ativa, mas ainda politicamente insigni�cante e apontam para a necessidade de transformações na estrutura de poder.
Mas, mesmo hoje, questionamos frequentemente a legitimidade dos
Estados. Entendemos que um governo legítimo necessita ser
democrático e que o voto é a ferramenta mais comum e importante de
participação popular.
Pensamento iluminista
Para podermos entender o pensamento iluminista, é necessário considerarmos o contexto no qual estas ideias foram
gestadas.
Idade Média
Não havia pensamento corrente sobre o
Estado na Europa porque não havia Estado.
Porém, com a centralização dos Estados
nacionais, é necessário um embasamento
teórico, pois o que para nós hoje é
absolutamente comum, a existência de um
governo central, ainda era uma novidade no
período.
Idade Moderna
Discutia-se o que era cidadania, formas de
participação popular, até onde alcança o
poder de um soberano, quais são os
elementos necessários para um estado
forte, e assim por diante.
Idade Contemporânea
Hoje discutimos Estados autoritários,
liberais, capitalistas ou socialistas. São as
nossas preocupações contemporâneas.
As teorias não surgem do nada. Elas são fruto da observação, do contexto onde são formuladas e das preocupações de
cada época. No caso tanto do iluminismo quanto das teorias absolutistas, elas são o resultado de um período de grande
transformação, na qual o estado não é algo “natural”, mas construído, social e politicamente.
As ideias iluministas foram pensadas a partir da existência do Estado absolutista e apontam para o esgotamento deste
modelo administrativo. Não só na politica, mas também na economia.
Estas teorias estão olhando para uma nova ordem social, na qual a burguesia surge como uma classe economicamente
ativa, mas ainda politicamente insigni�cante e apontam para a necessidade de transformações na estrutura de poder.
Ao olhar para a organização do Estado fragmentado em feudos da
Idade Média, os iluministas enxergam aquele período como “idade das
trevas”, e sua in�uência foi tão grande que só há bem pouco tempo
passamos a questionar o termo e a entendê-lo como pejorativo.
1
Revolução Cientí�ca
Entre os séculos XVI e XVIII, ocorre na Europa, um movimento denominado Revolução Cientí�ca.
O renascimento, a reforma e, sobretudo, a invenção da imprensa, contribuíram para uma nova forma de pensar a ciência.
Saiba mais
Em poucos minutos podemos saber o que está sendo produzido sobre um determinado assunto no mundo inteiro. Esse
era, aliás, o objetivo primeiro da internet: criar um meio de divulgação de trabalhos acadêmicos que permitisse a
cooperação de cientistas do mundo todo.
Mas, entre as idades Média e Moderna, compartilhar ideias era algo muito mais complicado.
No século XV, com a imprensa de Gutemberg, essa tarefa �cou um pouco mais fácil. Grandes obras de cientistas como
Copérnico e Galileu podiam ser lidas em outros países, traduzidas para outros idiomas e se tornariam mais acessíveis do
que jamais foram.
É claro, havia limitações e a principal delas era a Igreja, que condenava varias teorias cientí�cas e julgava os cientistas
como hereges, como ocorreu com Galileu Galilei e Giordano Bruno. Não era à toa que os iluministas pregavam a
separação entre Igreja e Estado e a limitação dos poderes eclesiásticos.
Principais representantes da Revolução Cientí�ca
Dentre os principais representantes desta revolução cienti�ca estão:
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon173/aula6.html
 Isaac Newton (Fonte: Wikipedia).
Isaac Newton
Newton nasceu na Inglaterra, no século XVII e suas teorias no campo da
Matemática e da Física são estudadas até hoje.
Todos lembramos das três leis de Newton, não é?
Uma das histórias que se contam sobre este cientista é que ele estava deitado
sobre uma macieira quando caiu uma maçã em sua cabeça.
A partir desse evento, o cientista passou a teorizar sobre a queda dos objetos e
se essa força que os faz cair em direção a terra existiria também fora dela. É a
chamada Lei da Gravitação Universal.
Esta é, provavelmente, apenas uma lenda, mas ilustra com clareza uma
característica do espírito cienti�co da época: a observação dos fenômenos
quer sejam grandiosos, quer sejam pequenos, como a simples queda de uma
maçã.
A ciência moderna baseia-se, sobretudo, na empiria, no experimento e na forma de observar o mundo e a natureza. Sobre
sua importância, �cou famosa uma frase do poeta inglês Alexander Pope:
“A natureza e as leis da natureza estavam imersas em
trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou.”
POPE
 René Descartes (Fonte: Wikipedia).
René Descartes
Igual importância teve o matemático francês, René Descartes, a quem é
atribuída a famosa frase: “Penso, logo existo”.
Descartes defendia o uso de princípios matemáticos para entender não só as
leis da natureza, mas também a Filoso�a e a ciência em geral.
Sua principal obra, O discurso de método, defende o empirismo e a observação
cientí�ca como forma de fazer ciência, em uma de�nição que se tornou o
paradigma que de�niu o que é ou não ciência.
É considerado o pai da Matemática Moderna e o fundador do empirismo e do
racionalismo. Suas teorias são utilizadas até hoje e discutidas, especialmente,
quando falamos de ciências humanas.
A partir de Descartes, as ciências passam a desenvolver seu próprio método cienti�co, que, se não se baseia no
experimento, busca um rigor através da comprovação de suas teorias por fontes, evidências e vestígios.
Saiba mais
Saiba mais sobre René Descartes .
Novos olhares
javascript:void(0);
A revolução cientí�ca abriu caminho para uma nova ordem de questionamentos. Os princípios defendidos pelos
matemáticos e físicos foram ampliados a partir da ótica �losó�ca e utilizados para compreender a sociedade do Antigo
Regime.
Os princípios defendidos pelos matemáticos e físicos foram ampliados a partir da ótica �losó�ca e utilizados para
compreender a sociedade do Antigo Regime.
Os iluministas valorizam a racionalidade, assim como Descartes e repudiam as explicações de fundo religioso. A
superstição passa a ser vista como obscurantismo e fases da história onde a religião teve grande in�uência, como a Idade
Média, é encarada com preconceito, como uma verdadeira “idade das trevas”.
Hoje, avaliamos que a Idade Média teve uma grande contribuição cultural e que o feudalismo é fruto de seu tempo. Não
podemos julgar um período como bom ou ruim, melhor ou pior, mas entendê-lo em seu contexto.
Compreender as estruturas políticas e econômicas signi�ca também compreender o homem e a sociedadedo período
com suas particularidades, en�m, com a sua própria história.
 Voltaire (Fonte: Wikipedia).
Voltaire
Um dos iluministas que defendia a separação entre Igreja e Estado com mais
fervor foi o francês François Marie Arouet, que �cou conhecido como Voltaire.
Ele viveu entre os séculos XVII e XVIII e produziu diversas obras importantes,
não só trabalhos cientí�cos, mas também peças literárias e teatrais.
Foi um critico ferrenho da intolerância religiosa e do regime absolutista. Em
suas obras, denunciava os privilégios da nobreza em contraste com a miséria
da população francesa. Denunciar os abusos eclesiásticos e defender que a
Igreja não inter�ra nos assuntos de Estado não fazia de Voltaire, um ateu.
É importante separarmos estas questões. A crítica tanto de Voltaire quanto a
de outros iluministas é à instituição eclesiástica e não à fé ou à crença em
Deus. Nesse sentido, não há uma contradição entre fé e ciência, mas a
separação destas duas instâncias.
As ideias de Voltaire in�uenciaram diversos movimentos, como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados
Unidos, sobretudo suas teorias sobre liberdade e direitos civis.
Ficou famosa a frase: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o
direito de você dizê-las.”, como exemplo de sua defesa à liberdade de pensamento e seu repúdio a qualquer tipo de
censura, quer parta do Estado, quer da Igreja.
Concluindo...
De modo geral, os iluministas defendem o predomínio da razão em detrimento da fé. Isso quer dizer que há a valorização
da explicação cienti�ca, e não religiosa, acerca dos fenômenos da natureza e da sociedade.
Este é um dos princípios também defendidos por outro francês, Denis Diderot, que organizou a Enciclopédia, a maior obra
da época, reunindo o pensamento de diversos �lósofos sobre assuntos políticos, sociais e culturais.
Teve a contribuição de outro �losofo, D´Alembert, mas atraiu a atenção de uma grande rainha, Catarina da Rússia ,
com quem trocava cartas e que se tornou uma de suas patrocinadoras.
A defesa da racionalidade, a crítica ao absolutismo e à Igreja católica, a defesa da liberdade e da tolerância religiosa, da
cidadania e da participação política são algumas das ideias iluministas que in�uenciaram não só a Europa, mas também
os movimentos de independência da América no século XIX.
2
Notas
Fragmentado 1
A fragmentação do Estado é vista como algo primitivo, desorganizado e a centralização como indispensável, mas não da
maneira que foi aplicada, dando origem ao absolutismo, mas com uma maior participação popular e a partir de princípios
fundamentais, como liberdade e igualdade.
Catarina da Rússia 2
Catarina faz parte de um grupo de governantes no qual se inclui o Marquês de Pombal, de Portugal, que são chamados de
déspotas esclarecidos, pois embora tenham um governo autoritário, aplicam diversos princípios e ideias iluministas durante o
período em que governaram.
Referências
BODIN, J. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 1999. p. 61-62
BOSSUET, Jacques-Benigne. Política tirada da sagrada escritura. In: FEITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História.
Lisboa: Plátano, 1977.
GIANNETTI, E. A respeito da �loso�a de Thomas Hobbes. In: Vícios privados, benefícios públicos? a ética na riqueza das nações
– p.81. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Próxima aula
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon173/aula6.html
O iluminismo e a crítica ao Antigo Regime;
O contrato social para os iluministas;
O pensamento ilustrado e as revoluções na América.
Explore mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu
professor online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.

Outros materiais