Atividade1 Prática de Ensino da Língua Portuguesa II

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Sabe-se que a leitura é uma atividade além de comunicativa, também social e com nitidez na interação autor/texto/leitor. Segundo (Bakhtin; Volochinov 1929/1981) há um processo comunicativo e interpretativo, entre leitor e texto no que diz respeito a concepção sócio interacionista. Também ocorre variações interpretativas conforme os pontos de vista dos leitores. Desse modo, na interação autor-texto-leitor considerando o contexto sócio histórico, a cada enunciação o leitor partilha com o outro o que traz de suas experiências com outras leituras e da vida cotidiana. Assim, a leitura não poderá ser a mesma para todos os leitores que compartilharem do mesmo texto.
 Nesta abordagem leitor e autor interagem, e ambos, são responsáveis pela construção de sentidos do texto. O leitor usa a sua competência enquanto leitor e interage com o autor, por meios de técnicas interpretativas, seguindo as trilhas/pistas que o autor sugere ao longo do texto, para que consiga chegar às suas conclusões. Nos questionamentos “a. A atitude do Governo norte-americano em relação aos ataques terroristas de 11 de setembro contra as torres gêmeas do WTC é, de certa forma, arrogante e destemperada. [...]”, “d. Há razão nas insanidades dos sequestradores dos aviões usados como mísseis? ”, tais questionamentos, estão enfatizando a interação e conhecimento mediante a perspectiva, ora do leitor, ora do texto, conforme a situação da leitura proposta e questionamentos feitos.
 Já nas indagações, “b. Por que, na sua opinião, os fundamentalistas islâmicos pregam que os Estados Unidos são a representação viva do mal da Terra? ”, “c. Se coubesse a você a decisão de atacar o Afeganistão, qual seria a sua atitude? ” E, “e. Se você pudesse escolher uma palavra e uma frase que definissem a situação atual da humanidade, você escolheria quais, dentre tantas já ditas? ”. O processo de leitura feito integra um processo perceptivo e cognitivo, trazendo além das informações textuais, também, as que o leitor traz consigo, em sua “bagagem de mundo’’ e contexto sócio histórico e ideológico. Propondo que o leitor pense fora do texto, relacione a leitura e indagações, respondendo-as conforme seu conhecimento de mundo, fazendo assim uma interação mais profunda e ampla entre leitor/texto, instituindo-o para que pense ‘’fora da caixa”, relacionando a leitura com outras leituras. Dessa forma pode-se averiguar a predominância da concepção Sócio-Interacionista na proposta de leitura exposta na atividade.