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Direito Administrativo Regime Jurídico Administrativo DOCENTE: ME. ALANA TIOSSO 2 VAMOS RELEMBRAR 3 AULA 05 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO E ATOS ADMINISTRATIVOS 4 ATO ADMINISTRATIVO 5 6 Vontade da Administração Ação Concreta Estado de Polícia Vontade da Administração Ato Administrativo Ação Concreta Estado de Direito 7 ATO ADMINISTRATIVO A Administração Pública não pode iniciar qualquer atuação material sem a prévia expedição do ato administrativo que lhe sirva de fundamento; é a fonte e o limite material da atuação da Administração. é o ato jurídico típico do Direito Administrativo 8 • Autoexecutoriedade • Presunção de legitimidade • Exigibilidade • Imperatividade Atributos específicos do ato administrativo 9 • criação • preservação • modificação • extinção de direitos e deveres Efeitos jurídicos decorrentes do ato administrativo Para a Administração Pública e/ ou para o administrado 10 CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO Ato administrativo é toda manifestação expedida no exercício da função administrativa (que nem sempre constitui declaração de vontade), com caráter infralegal (necessária subordinação aos dispositivos legais), consistente na emissão de comandos complementares à lei (não pode atuar contrariando a lei, ou fora da lei, e deve atuar conforme a lei, com a finalidade de produzir efeitos jurídicos (adquirir, resguardar, modificar, extinguir e declarar direitos). Lembrem-se: o ato administrativo cumpre importante papel de controle sobre as atividades da Administração Pública. (MAZZA, 2021, P. 156) SO PODE TRATAR DE MATÉRIA PREVIAMENTE ESTABELECIDA EM LEI. 11 QUEM PODE EXECUTAR ATOS ADMINISTRATIVO? Poder Executivo; Poder Judiciário; Poder Legislativo; Ministério Público; particulares delegatários de função administrativa; Qualquer pessoa encarregada de executar tarefas da Administração OS COMANDOS DE TRÂNSITO SÃO ATOS ADMINISTRATIVOS AFIRMATIVA CERTA OU ERRADA? 12 “A conceituação de ato administrativo em face do Estado Democrático de Direito, obtida a partir do conjunto principiológico constante na Constituição Federal, corresponde à norma concreta, emanada do Estado, ou por quem esteja no exercício da função administrativa, que tem por finalidade criar, modificar, extinguir ou declarar relações jurídicas entre o Estado e o administrado, suscetível de ser contrastada pelo Poder Judiciário”. CERTA 13 No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características, verifique quais estão corretas: 1) provém do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais; 2) é exercido no uso de prerrogativas públicas, sob regência do direito público; 3) trata-se de declaração jurídica unilateral, mediante manifestação que produz efeitos de direito; 4) sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional, por não apresentar caráter de definitividade. Todas as afirmativas estão corretas 14ATOS X FATOS ADMINISTRATIVOS FATOS ADMINISTRATIVOS VOLUNTÁRIOS DERIVADOS DE ATOS ADMINISTRATIVOS (APREENSÃO DE MERCADORIA) DERIVADOS DE CONDUTAS ADMINISTRATIVAS EX: MUDANÇA DE LOCAL DE REPARTIÇÃO PÚBLICANATURAIS (RAIO QUE DESTRÓI BEM PÚBLICO) “ Toda a atividade material no exercício da função administrativa, que visa a efeitos de ordem prática para a Administração”. (corrente dinamicista) 15 Fato administrativo = evento dinâmico da Administração Fonte: googleimagens 16 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO Atos jurídicos praticados pela Administração Pública, que não se enquadram no conceito de atos administrativos, como: (MAZZA, 2021, p. 193) Atos políticos ou de governo Atos meramente materiais Atos legislativos ou jurisdicionais Atos de gestão ou regidos pelo direito privado Contratos administrativos ERRADA. NEM TODO ATO JURÍDICO PRATICADO PELA ADMINISTRAÇÃO É ATO ADMINISTRATIVO; NEM TODO ATO ADMINISTRATIVO É PRATICADO PELA ADMINISTRAÇÃO 17 “Qualquer manifestação de vontade ou declaração da Administração configura ato administrativo”. CORRETA. SÃO ATOS DA ADMINISTRAÇÃO 18 “As atividades de cunho político que visam a acontecimento futuro e às atividades operacionais ou executórias compreendem, respectivamente, atos governamentais e atos de administração”. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO a) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE; b) IMPERATIVIDADE; c) EXIGIBILIDADE; d) AUTOEXECUTORIEDADE; e) TIPICIDADE. 19 20 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei. (DI PIETRO, 2019, p. 459) é um atributo universal aplicável a todos os atos administrativos e atos da Administração. (MAZZA, 2021, p. 160) “A PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE É QUALIDADE INERENTE A TODO O ATO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA”. 21 A presunção de legitimidade depende de previsão legal”. INCORRETA CORRETA 22 PRESUNÇÃO DE VERACIDADE Diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. Assim ocorre com relação às certidões, atestados, declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública. DI PIETRO, 2019, p. 459 23 EXEMPLO: MULTA DE TRANSITO A validade jurídica da multa em si decorre da presunção de legitimidade. Ao expedir a multa, o agente competente declara ter constatado a ocorrência de uma infração (fato) motivadora da prática do ato. A verdade dessa constatação é reforçada pela presunção de veracidade. É A “FÉ PÚBLICA” 24 EFEITOS DA PRESUNÇÃO DA VERACIDADE 1 - enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria Administração ou pelo Judiciário, ele produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido, devendo ser cumprido; 2 - O Judiciário não pode apreciar ex officio a validade do ato; A nulidade só pode ser decretada pelo Judiciário a pedido da pessoa interessada; (DI PIETRO, 2019, 461) 25 A presunção de veracidade inverte o ônus da prova; Só se produz provas sobre os FATOS. A presunção de legitimidade NÃO produz esse efeito, uma vez que, quando se trata de confronto entre o ato e a lei, não há matéria de fato a ser produzida; 26 IMPERATIVIDADE significa que o ato administrativo pode criar unilateralmente obrigações aos particulares, independentemente da anuência destes. é atributo da maioria dos atos administrativos não estando presente nos atos enunciativos, como certidões e atestados, nem nos atos negociais, como permissões e autorizações. CORRETA 27 “A imperatividade implica que a imposição do ato independe da anuência do administrado”. 28 EXIGIBILIDADE Poder de aplicar sanções administrativas, como multas, advertências e interdição de estabelecimentos comerciais. 29 AUTOEXECUTORIEDADE A Administração pode executar o ato administrativo por si própria e por conta, sem a necessidade de intervenção ou autorização seja pelo Judiciário ou pelo Legislativo. Na autoexecutoriedade a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força. 30EXEMPLOS A autoexecutoriedade é atributo de somente alguns tipos de atos administrativos. 1. quando expressamente prevista em lei. Em matéria de contrato: a retenção da caução, a utilização dos equipamentos e instalações do contratado para dar continuidade à execução do contrato; Em matéria de polícia administrativa: a apreensão de mercadorias, o fechamento de casas noturnas, a cassação de licença para dirigir; 31 2. quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar prejuízo maior para o interesse público; Ocorre no âmbito também da polícia administrativa, ex: a demolição de prédio que ameaça ruir, o internamento de pessoa com doença contagiosa, a dissolução de reunião que ponha em risco a segurança de pessoas e coisas. (DIPIETRO, 2019, p. 463-464) “DEVIDO AO ATRIBUTO DA AUTO- EXECUTORIEDADE, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE CONDICIONAR A PRÁTICA DE ALGUM ATO ADMINISTRATIVO AO PAGAMENTO DE MULTA”. 32 “A possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial, decorre do atributo da autoexecutoriedade”. CORRETA INCORRETA É ATRIBUTO DA EXIGIBILIDADE A APLICAÇÃO DE MULTAS 33TIPICIDADE Quando nos referimos a tipicidade significa dizer que existe uma tipificação, ou seja, uma previsão sobre determinado ato ou conduta. No ato administrativo não é diferente. Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultado. Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar exsiste um ato definido em lei. (DI PIETRO, 2019, p. 465) Decorre do princípio da legalidade, pois a Administração só pode fazer o que a lei permite, e evita também abusos de poder e arbitrariedades. 34 35 PLANOS: EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA O ato administrativo está sujeito a três planos lógicos distintos: a) existência; b) validade; c) eficácia. O plano da existência ou da perfeição consiste no cumprimento do ciclo de formação do ato. O plano da validade envolve a conformidade com os requisitos estabelecidos pelo ordenamento jurídico para a correta prática do ato administrativo O plano da eficácia está relacionado com a aptidão do ato para produzir efeitos jurídicos. (MAZZA, 2019, p. 468-469). 36VALIDADE No plano da validade, investiga-se a conformidade do ato administrativo com os requisitos/elementos fixados no ordenamento para sua correta produção. a)visão tradicional: Hely Lopes Meirelles: Art. 2º da Lei n. 4.717/65, a Lei da Ação Popular divide o ato administrativo em cinco requisitos: competência, objeto, forma, motivo e finalidade. b) visão moderna: foi desenvolvida por Celso Antônio Bandeira de Mello, que identifica seis pressupostos de validade do ato administrativo: sujeito, motivo, requisitos procedimentais, finalidade, causa e formalização. MAZZA, 2019, p. 480-481 37 ELEMENTOS E REQUISITOS Quando estamos diante da validade do ato, é preciso observar se cumpriu os requisitos/elementos: competência (sujeito), objeto, forma, motivo e finalidade. Sujeito/competência: é aquela pessoa/autoridade que a lei atribuiu a competência de realizar tal ato. 38OBJETO é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Ele só existe quando produz efeito jurídico, ou seja, quando, em decorrência dele, nasce, extingue-se, transforma-se um determinado direito. Para identificar esse elemento, basta verificar o que o ato enuncia, prescreve, dispõe. (DI PIETRO, 2019, 472) O objeto deve ser lícito (conforme à lei), possível (realizável no mundo dos fatos e do direito), certo (definido quanto ao destinatário, aos efeitos, ao tempo e ao lugar), e moral (em consonância com os padrões comuns de comportamento, aceitos como corretos, justos, éticos). Requisito discricionário, comporta margem de liberdade 39FORMA Forma: pode ser entendida como a exteriorização do ato, ou seja, o modo pelo qual este é publicado no mundo exterior. Fala-se que o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc. A obediência à forma não significa que a administração esteja sujeita a formas rígidas e sacramentais; o que se exige, a rigor, é que seja adotada, como regra, a forma escrita, para que tudo fique documentado e passível de verificação a todo momento; a não ser que a lei preveja expressamente determinada forma (como decreto, resolução, portaria etc.). requisito vinculado. 40 A Administração pode praticar o ato pela forma que lhe parecer mais adequada. (DI PIETRO, 2019, p. 474) Está incluso no elemento forma a motivação do ato administrativo, ou seja, a exposição dos fatos e do direito que serviram de fundamento para a prática do ato; a sua ausência impede a verificação de legitimidade do ato. 41FINALIDADE Finalidade: é o resultado que a Administração pretende com determinado ato. Quando se multa um particular por estar em desacordo com a Lei, a finalidade é sancionar pelo descumprimento da norma, e por meio de uma coerção indireta exigir que ele deixe de não cumprir a legislação. A finalidade é o efeito mediato. Distingue-se do motivo, porque este antecede a prática do ato, correspondendo aos fatos, às circunstâncias, que levam a Administração a praticar o ato. (DI PIETRO, 2019, p. 477) Se infringida a finalidade, o ato será ilegal, por desvio de poder. requisito vinculado. 42MOTIVO Motivo: é a razão do ato, o fundamento de fato e de direito que motivou a execução do ato administrativo. Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato. Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar o ato. Requisito discricionário, comporta margem de liberdade; Ex: No ato de punição do funcionário, o motivo é a infração que ele praticou; no tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o conjunto de requisitos comprovados pelo proprietário. (DI PIETRO, 2019, p. 479) 43 A mais importante classificação dos atos administrativos baseia-se no critério do grau de liberdade, dividindo os atos em vinculados e discricionários. “A LICENÇA E A ADMISSÃO SÃO ESPÉCIES DE ATO VINCULADO”. 44 “O ato será vinculado quando o ordenamento jurídico estabelecer apenas um objeto como possível para atingir determinado fim”. CORRETA CORRETA “Discricionário é o ato que o administrador pode praticar com certa liberdade de escolha quanto à conveniência e oportunidade” CORRETA 45 A enorme quantidade de atos administrativos tipificados pela legislação brasileira exige um esforço de identificação das diversas categorias. A mais conhecida sistematização é a empreendida por Hely Lopes Meirelles , que divide os atos administrativos em cinco espécies. 46EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO Um ato administrativo extingue-se por: 1. cumprimento integral de seus efeitos: a) esgotamento do conteúdo jurídico: o ato exaure integralmente a sua eficácia após o cumprimento do conteúdo. Ex: o gozo de férias de um funcionário; b) execução material: quando a ordem expedida pelo ato é materialmente cumprida. Ex: a ordem executada de demolição de uma casa; c) implemento de condição resolutiva ou termo final: o ato é extinto quando sobrevém o evento preordenado a cessar sua aplicabilidade. Ex: término do prazo de validade da habilitação para conduzir veículos. 47 2. Desaparecimento do sujeito ou do objeto: o ato administrativo é praticado em relação a pessoas ou bens. Desaparecendo um desses elementos, o ato extingue-se automaticamente. Ex: promoção de servidor extinta com seu falecimento. 3. Extinção por renúncia: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da situação proporcionada pelo ato. Ex: exoneração de cargo a pedido do ocupante. (MAZZA, 2021, p. 185) 48 “Um cidadão obteve licença para construir. Contudo, passados dez anos o imóvel pegou fogo, caso em que se exige novo pedido de licença”. CORRETA 49 4. retirada: abrange: Revogação: a retirada se dá por razões de oportunidade e conveniência; Invalidação: por razões de ilegalidade; Cassação: a retirada se dá “porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de poder continuar desfrutando da situação jurídica”; Ex: cassação de licença para funcionamento de hotel por haver se convertido em casa de tolerância; Renúncia: se extinguem os efeitos do ato porque o próprio beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. 50 Caducidade: a retirada se deu “porque sobreveio norma jurídica que tornou inadmissível a situação antes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente”.Ex: é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível. Contraposição: é o caso da exoneração de funcionário, que tem efeitos contrapostos ao da nomeação 51 ANULAÇÃO É o desfazimento do ato por conta da ilegalidade do mesmo. Alguns autores chamam de invalidação. “como a desconformidade com a lei atinge o ato em suas origens, a anulação produz efeitos retroativos à data em que foi emitido (efeitos ex tunc). Se a invalidação do ato decorrer de mudança de orientação da Administração Pública, ela não pode retroagir. Trata-se de aplicação do princípio da segurança jurídica”. (Di Pietro, 2019, p. 521) 52 ANULAÇÃO A anulação pode ser feita pela Administração Pública, com base no seu poder de autotutela sobre os próprios atos. (Súmulas STF nº 346 e 473). Independe de provocação do interessado, pois esta vinculada ao princípio da legalidade, ela tem o poder-dever de zelar pela sua observância. Firma-se o entendimento de anulação do ato administrativo quando afete interesses ou direitos de terceiros. (Di Pietro, 2019, p. 522) Poderá deixar de anular em circunstâncias determinadas, quando o prejuízo resultante da anulação puder ser maior do que o decorrente da manutenção do ato ilegal; nesse caso, é o interesse público que norteará a decisão. 53 Ou pelo Poder Judiciário, mediante provocação dos interessados, que poderão utilizar, para esse fim, quer as ações ordinárias e especiais previstas na legislação processual, quer os remédios constitucionais de controle judicial da Administração Pública. (Di Pietro, 2019, p. 521) 54 A Administração tem um prazo para rever o ato? Há divergência, mas o art. 54 da Lei do processo administrativo prescreve que: “o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”. “De um lado, o legislador quis beneficiar a estabilidade das relações jurídicas, impedindo que a possibilidade de invalidação do ato possa atingir situações já consolidadas pelo decurso do tempo; de outro, quis beneficiar o destinatário do ato ilegal que esteja de boa-fé”. (Di Pietro, 2019, p. 524) 55 VÍCIOS Os vícios podem atingir os cinco elementos do ato, caracterizando os vícios quanto à competência e à capacidade (em relação ao sujeito), à forma, ao objeto, ao motivo e à finalidade. (Di Pietro, 2019, p. 526) Os vícios dos atos administrativos podem afetar o interesse de terceiros ou até mesmo o interesse público; Ex: a adjudicação, na licitação, a quem não seja o vencedor prejudica a este, aos demais licitantes e ao próprio interesse da Administração na escolha da melhor proposta; por isso mesmo, não pode o Poder Público ficar dependendo de provocação do interessado para declarar a nulidade do ato, incumbindo-lhe o poder-dever de fazê-lo, com base em seu poder de autotutela. 56 VICIOS Por outro lado, pode acontecer que a manutenção do ato ilegal seja menos prejudicial ao interesse público do que a sua anulação; nesse caso, pode a Administração deixar que o ato prevaleça, desde que não haja dolo, dele não resulte prejuízo ao erário, nem a direitos de terceiros. Ex: os atos praticados por funcionários “de fato”; Quanto aos vícios que atingem o ato administrativo, há o excesso e o abuso de poder, a usurpação de função, o exercício de fato. 57 58 59 REFERÊNCIAS ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 23. ed. ver. atual e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo : MÉTODO, 2015. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 9. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 11. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021. EBOOK
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